Parece piada...
Coube ao Luís Inácio assinar a reforma ortográfica lusófona.
Será que ele leu o que assinou?
Se leu, será que ele entendeu?
Particularmente, duvido, mas não deve ser o único.
A reforma não passa nem perto da maciça maioria da população brasileira.
Qual será o “impato” desse “pato”?
Aos analfabetos de fato e aos funcionais pouca diferença fará.
Discussões acadêmicas também não colocarão nem mais arroz, nem feijão no prato dos portugueses, nem mais bacalhau no nosso.
Quando entrei para a escola há quase cinqüenta anos aprendi e tive que convencer minha mãe e pai que eram apenas 23 letras no alfabeto e não mais 26, como eles haviam aprendido.
Foi um rude golpe para eles saberem que o CA, o IPISOLONE e o DABLIU tinham recebido cartão vermelho. Acho que foi na reforma de 1943.
Agora estão voltando.
A minissaia já foi e voltou, o laquê virou gel e Sérgio Porto (O Istanislau) “já dizia, em pensamento profundo, que um dia o terceiro sexo ainda passava para segundo”...
Será que a reforma será que nem moda feminina? Vai e volta...
Nesse ritmo, fizemos uma combinação, um “pato”, em casa. Não jogaremos os “diccionários” fora. Podem ser útil futuramente.
Problema apenas com o nome de meu filho que originalmente deveria ter um CA e tem um CE?
Consultarei a numerologia para saber da conveniência de alterá-lo.
O escrevente que fez o “rezisto” elogiou o facto de eu estar tomando esse cuidado para evitar confundir o rebento.
Só para registro...
Sabem que eu tive teve um aluno que se chamava Uóchito?
Eita, precisão ortográfica!
Nem tudo é ruim...
A música brasileira agradece a reparação feita.
Comadre Sebastiana poderá cantar A-E-I-O-U IPISILONE sem ter que explicar o que é o IPISILONE e ensinar apenas a dança diferente.
A cartilha da Juju voltará a ficar certa. A-E-I-O-U-DABLIU-DABLIU. Ela que já tinha problemas com a tabuada.
A indústria automobilística, finalmente, verá a nacionalização do Ford CA.
No estalar das gemas, do ponto de vista prático, educacionalmente, não muda nada.
A grande massa dos brasileiros continuará a escrever errado por linhas tortas.
Dios és brasileño. Acierta las líneas...
Vc naum entendeu?
Conversando com meus zíperes, lembro-me do professor do curso de Jornalismo que sempre dizia que um modo de dominação é a perda da identidade cultural.
A modificação da escrita, embora pareça facilitar, contribui para essa “perca” com o esquecimento das origens das palavras.
Sufixos e prefixos, derivações que montem na vaca e sigam para o brejo.
Isso é facto.
Fato n´alémar é outra coisa...
Perde-se o contacto com a história e vai se destruindo a última flor do Lácio.
Será que ainda não será da Lassie? Ou do Laço?
Volto ao início...
Depois de termos o acadêmico “imortal” José Sarnei e o sociólogo Fernando Henrique como presidentes, parecerá, realmente, piada o presidente que se orgulha de não haver estudado carimbar essa inútil e analfabetizante mudança na língua portuguesa.
Como semi-analfabetos somos e analfabetos continuaremos, desce mais uma breja e vê quanto está o jogo que amanhã a “Pretobrás” descobre outro “pressal”...
Em tempo: Desta vez a culpa realmente não é deLLe...
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Um comentário:
não havia necessidade disso, para nós, pelo menos, que vivemos por essas paragens. dizem que vai ser bom para unificar os países de língua portuguesa. não sei. muita coisa importante na lei não é cumprida e deveria. e ninguém discute. bjks
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