09 outubro 2008

ÓIA, O MORTO AQUI, GENTE...

ISSO SIM É RESSUSCITAR ou...
ÓIA, O MORTO AQUI, GENTE...

Oi! Cheguei...
Será o Benedito, digo o Gabriel?
Era...
O Gabriel Birr que não se dava com o padrasto resolveu fazer uma birrinha e sumiu de casa uns dias, provavelmente tomando umas biritas.
Coincidentemente ao seu desaparecimento encontraram um corpo devidamente falecido no rio da cidade.
É ele.
Não é ele...
O padrasto dizia que não e a mãe dizia que sim...
Como os homens sempre demoram a reconhecer os filhos, resolveram deixar para a Justiça Eleitoral decidir...
Acharam que se ele fosse vivo apareceria na eleição...
Ledo engano...
Quem é vivo sempre desaparece perante a qualquer justiça neste “braziu varemnós”.
Como ele não foi votar resolveram:
Na falta de tu, vai tu mesmo...
Esse desconhecido é o Gabriel...
Falando em Gabriel fico pensando com meus zíperes.
Será que lá em Jaraguá do Sul não se faz um DNAzinho, não se tem uma arcadinha dentária para comparar?
Oh! Dona mãe!
Desculpe-me a crítica, mas não reconhecer o filho recém morto é de doer.
Mais que a dor da morte...
Do reconhecimento ao enterro um instantinho...
Corre! Encomenda a missa de sétimo dia, que no caso já havia passado.
Do enterro a ressurreição, duas horinhas.
Apareceu o Gabriel, olé, olé, olá...
Feliz da vida após passar uma semana nos braços da namorada.
O que fazer com o indigente?
A família decide que pode deixar no túmulo...
O enterro já foi pago mesmo...
Pode não!
Uma mãe pode estar querendo fazer o enterro de seu verdadeiro filho.
O trágico burlesco completou-se com o cancelamento da missa que fora encomendada.
Se o filho não é meu, fica sem missa.
Olhe aqui, dona Lídia, até eu que sou ateu mandaria rezar missa, fazer culto evangélico, iria a centro espírita, mão branca, agradeceria orixás se reencontrasse meu filho que dava como morto.

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