(Ou desencontrando a Vany...)
Who are Vany?
Vany é uma mulher virtual?
Acho que não, pois, salvo melhor enganação robótica, já ouvi sua voz.
Entretanto dentro dos parâmetros atuais da informática tudo pode não ser exatamente o que aparenta.
Essa misteriosa senhora do longínquo século passado escreve ótimos textos e começamos a trocar emeius.
Experimentem a série “Ditados na berlinda!” publicados no site Recanto das Letras.
O nome da série não é lá grande novidade para mim, pois desde a pré-escola toda vez que a professora fazia ditados minhas notas ficavam na berlinda.
Durante minutos foi a única pessoa que possuía um livro meu. A primeira adquirente do raríssimo primeiro livro da primeira edição do meu bem sucedido, felizmente, À Independência, Entre Rios!
Deu-se ao trabalho, que muito me fez feliz, de comparecer à Bienal do Livro e comprar o livro autografado.
E não é que exatamente na hora em que ela chegou ao stand eu tinha ido fazer um “pipit-stop” e nos desencontramos.
De nada adiantou meus apelos ligando para seu celular – 71364017 (*).
Ela não retornou, desculpando-se que era dia de seu rodízio.
Explico para quem não é de St.Paul: Rodízio é a proibição imposta aos carros em trafegarem em determinada região da metrópole de acordo com a placa.
Fiquei chateado pelos dois motivos.
Não conheci Vany e retardei meu primeiro autógrafo a pessoas que não fossem da família.
Ficamos em dívida.
Prometemos nos conhecer no dia do lançamento do livro.
Nesse ínterim descobri certos segredos irreveláveis e fui ameaçado se os contasse.
Detalhes quase íntimos, como o fato dela ter visto o beijo que a Vida Alves deu no Walter Forster. Ou que ela assistiu ao primeiro programa da TV Record na era pré-cambriana e sabem o que mais?
A Vany sabe de cor e salteado o ataque da seleção do Uruguai da Olimpíada de 1924...
Ela descobriu como sou mentiroso e fofoqueiro.
A mais importante descoberta é que a Vany é também uma poetisa.
Pensei com meus zíperes.
Unirei o útil ao agradável e convidei-a para se apresentar no sarau de lançamento dos livros.
E ela, o que fez?
Aceitou, é claro...
Entretanto...
Sempre há o entretanto.
O pessoal que mora fora de Entre Rios quando vem para a civilização tem problemas.
Ela se perdeu na metrópole e chegou atrasada ao sarau.
Não me avisaram de sua chegada e ela foi embora antes de seu término.
Abduzida, talvez.
Mandou-me, no mesmo dia, o emaiu:
“Gostei muito do evento, dos músicos, de como você organizou tudo. Desejo todo o sucesso do mundo, mas agora continuo com meu problema inicial, duplicado: como vou conseguir o autógrafo do Pedro nos DOIS livros???.
Eu pergunto:
Vany, você existe realmente?
Plagiando Vinicius de Moraes, consolo-me:
”A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida!”
Vany, não percamos a esperança.
Qualquer dia, qualquer hora a gente se encontra... (Luiz Ayrão).
A gente se conhece e se nada mais der errado eu juro que autografo os dois livros.
Beijos...
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(*)Em tempo, o número do celular não é da Vany... É da minha sogra...
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