19 novembro 2010

PRETO NO BRANCO (Consciência Negra?)

Louve-se o Rei da Bola
E pretos como o Cartola,
Clementina de Jesus.
Nenhum entrou de sola
Carregaram sua cruz
Espalharam muita luz

Negros mais que perfeitos
Não falaram de Angola
Acima de preconceitos
Sem rancores quilombola
Uniram a sua maneira
Toda a nação brasileira

Imperdoável o holocausto
Vivido por antepassados
Mas estou um tanto exausto
De ouvir a mesma cantilena
Não sei se vale a pena
Remexer nesses pecados

Tantos penaram nesta terra
Índios que aqui estavam
Feitos de gato e sapato
Mortos os que lutavam
Fugiram para a serra
Esconderam-se no mato

Meu avô, um carcamano
Braço dado uma gestante
Mão de obra bem barata
Sem ter na carne a chibata
Dentro do caucasiano
O sofrer bateu bastante

Também não acorrentados
Olhos puxados ludibriados
Atravessaram oceanos
Estranhas caras amarelas
Em sonhos traziam planos
A este país de mazelas

Como seria sem essa gente?
Sem Giovanni anarquista?
A perseverança dos nisseis?
E quanto imigrante valente
Fugidos de ódio nazista,
Por discordarem dos reis

De suas seculares dores
E sofrimentos no coração
Todos com sua seqüela
Exiladas raças em união
Embora proibidos amores
Do sangue fizeram aquarela.

Todos tiveram seu medo
Flagelos, penares, cicatrizes
Cada qual em seu degredo
Finais nem sempre felizes
Torçam-me mil narizes
Aponte-me seu dedo.

Pra que ranços ancestrais
Futucando antigas feridas?
Dores diversas? Rangidas
Nas senzalas, muito mais!
Mas não são todos culpados
Dos negros escravizados

É preciso que se revele:
Desnude-se além da pele!
Não é preciso ser sábio
Hoje a diferença social
Não é a grossura do lábio
Está além da questão racial

Velhos, jovens, meninas
Estendidos em papelão
Esmolando nas esquinas
Rastejando pelo chão
Morrendo sem ter leito
Misérias de todo jeito

Nessas cenas do cotidiano
Parodio o negro Solano:
“De toda cor, sem ter um nome,
Tem muita gente com fome”

12 novembro 2010

TIRIRICA - RETRATO DA EDUCAÇÃO

O palhaço que faz rir amplia minha vontade de chorar.
Tragédia...
O eleito Tiririca teve doze horas para ler um texto e mostrar que não era analfabeto.
Talvez tenham pedido para fazer um zero com o fundo do copo e tenha tido dificuldade em descobrir qual lado era o fundo.
No outro lado da comédia, candidatos do ENEM, que em protesto colocaram narizes de palhaço, nem relógios podiam usar para em, aproximadamente, a metade desse tempo tinham que mostrar tudo que sabiam.
A apoteose do espetáculo da farsa burlesca – Retratos da Educação do braziu Varemnós”- foi a foto de Everardo mostrando o polegar. Será que já havia tirado a tinta após assinar a prova?
O fato serve como um cala a boca no Mercadante. Nunca mais critique a aprovação continuada. O candidato “abestado” elegeu quantos petistas mesmo?
Sem suscetibilidades feridas, hein! A Imprensa ainda é livre. Mesmo que a televisiva seja subsidiada pelas publicidades estatais e aquisições de bancos falidos pela Caixa.
Mais um aviãozinho! Calma não é o Aerodiuma desta feita.
Quem quer dinheiro?
A escola pública não quer... Precisa...
Ao menos para ficar pior.
Não fica?
Óia!

05 novembro 2010

DILMA E BAN(DO)COOP

A fala mansa pós-eleição da presidente, no período de “babação” dos meios de comunicação revela, a principio, o mesmo discurso “mole” e “conciliador” que conhecemos de sobejo.
Promessas que nunca fez cumprir enquanto Ministra.
Assim não fosse não manteria sob suas “pacificas” asas a Guerra que ia montando sua “Bolsa Familiar”.
Desautorizaria, por exemplo, dirigentes do Partido a falar de CPMF.
Nem esconderia seu tesoureiro que lesou milhares de pessoas e está, inclusive, formalmente denunciado com mais cinco réus, cúmplices ou companheiros por formação de bando ou quadrilha.
Epa! Bando? Quadrilha?
Olhem aí... Um novo slogan publicitário para a Cooperativa:
“Na BAN(DO)COOP quem dança é você”.
Tornando macro o exemplo da Cooperativa, resta uma certeza:
Com o PT não se negocia! O PT combate-se.
A presidente, por enquanto, é do PT.
Logo...
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Petista adora fitinha de pulso.
A imprensa noticiou que na festa de comemoração da vitória de Lulla na eleição, dependia da cor, o acesso aos pratinhos e bebidas do bufê.
Desde o vermelho mais clarinho, que ficava na rua tomando cerveja e comendo ar até o tom roxo, lá dentro, regado a acepipes e uísque.
Bracelete preto não entrava, nem votava.
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Aviso aos leitores:
Salvo algum fato novo, como uma prova que deus é brasileiro e não argentino, até o final do ano, não falarei de política ou formação de quadrilha ou bando de estelionatários.
Temos muitas coisas importantes a escrever, antes que um Conselho Popular de Monitorização da Mídia atinja também aos blogs.
Por exemplo: Será que o Manto consegue classificação para a Libertadores?
Começo a achar que a Libertadores vêm antes dos prédios da BANCOOP.
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Está liberado o uso de biquínis em parque municipais de S.Paulo.
Afinal com a proposta da Câmara de Vereadores para que o Prefeito ganhe R$ 25.000,00 por mês, o povo vai acabar tendo que entrar pelado mesmo.
Olha o aumento do IPTU, gente!
Queria tanto pagar IPTU do meu apartamento.
Mas ele não sai do chão.
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03 novembro 2010

ALTERAÇÃO DAS MARÉS - A CULPA É DO GORDO

Muito se fala em alterações da geografia. Que o sertão vai virar mar. O mar virar sertão. Praias serão invadidas pelo mar. Cubatão e Belo Horizonte serão cidades a beira-mar.
Isso tudo é provável mesmo. Mas não por força da meteorologia, da geologia, das forças eólicas, das mudanças climáticas.
O grande culpado é o homem.
Sem machismo... A mulher também é culpada.
A mídia é culpada. A publicidade é culpada.
Como diz aquele clássico da música popular: “Tem culpa todo mundo”.
O Mac Donald, a Kibon, a gordura trans, a picanha, a cevada da cerveja, o japonês do pastel, a novela das oito, a Palmirinha e todos os programas femininos da tarde.
Tem culpa até o et coetera. Tem sim... Muito et coetera também engorda.
Não há mar que agüente segurar a onda e não deixar vazar a água.
Tem muita gente gorda na praia.
Eu sou testemunha. Exemplo, uma ova!
Ou os maiôs, as sunguinhas e biquínis estão encolhendo?
Deve ser de lavar.
Aquele bando de IMC (Índice de Massa Corpórea) modelito 30 entra no mar. Tudo ao mesmo tempo. Não tem como. O excesso de água escorre para a areia na maré baixa mesmo. Encontra a praia meio inclinada pela tonelagem que está estirada na areia ou degustando frituras e frango e está feito o caos.
A água do mar invade até a mureta do calçadão. Mesmo onde não existe calçadão.
É o jeito da natureza se defender. Enche a praia de água salgada – cuidado com a pressão - e obriga o pessoal a se levantar da esteira e sair da praia. Atrás seguem o moço do camarão e os ambulantes de cerveja, caipirinha e refrigerante.
Ufa! Que sorte!
A maioria dos gordinhos pegou seu isopor e saiu da praia. A Terra se reequilibrou e o mar desceu um pouquinho.
Da última vez, entrou água na garagem do prédio e quase me estraga o motor do carro.
Por favor, por favor! Sejam conscientes. Pensem na natureza.
Não arremessem o saquinho de batatas fritas em mim. Nem os palitos de camarão e sorvete.
Tem um cesto de lixo logo ali.
Tinha!
Á água levou...