16 outubro 2008

CAMPANHA PELO FIM DAS ÁRVORES

Árvore é um estorvo!
Já teve o desgosto de ver um galho repousando no painel do carro, após atravessar o vidro?
Ou ter que varrer a calçada, constantemente, em virtude da quantidade de folhinhas que outra solta?
E essas seringueiras que quebram as calçadas? Veja lá se pode uma seringueira brotar onde havia uma calçada!
A trabalheira que dá afastar ou podar os galhos que se enfiam no meio dos fios da rede elétrica?
Quantas pipas eu enrosquei quando a Vila Mariana ainda era uma vila habitável.
Em certos momentos vêm-me desejos que todas as árvores do mundo se acabassem...
Só causam inconvenientes...
Os pássaros não mais incomodarão o buzinar das cidades.
Esqueci-me! Árvore ainda atrai raios...
Com o final das árvores estaremos livres dos materiais publicitários que são jogados sobre as cidades.
Publicidade de imóveis, supermercados, planos de saúde, quiromantes, vendedores de computadores.
Neste caso acho que gastam mais papel que o economizado com o mundo virtual.
Propaganda política. A quantidade que se gasta para iludir o povo, quantos cadernos e livros poderiam ser fabricados?
Processos judiciais, então!
Não existissem árvores para os papéis, pararia o Judiciário.
Uma imensa folha A4 de 29 cm por 21 cm com um carimbinho CONCLUSO e pronto...
Em vinte anos teremos material reciclável...
O que não falta é capacidade reciclável para a árvore.
De folha de papel inútil ela se transforma rapidamente em material para entupir canos e inundar os bairros varzeanos. Neste caso com a colaboração de outros elementos, como essa maldita invenção chamada PET.
Eu mesmo nos momentos de ódio em que vejo a garagem de minha casa atulhada desses papéis pico-os e faço um verdadeiro carnaval na rua.
Com o fim das árvores haverá outras vantagens:
Não haverá mais pizzas em forno a lenha e com o fim dos motoboys entregando delivery será reduzido o índice de acidentes.
Adeus fondues aquecendo o inverno ao lado de uma lareira fumacenta.
Sem lareiras, Papais Noéis não mais ficarão entalados em chaminés.
Assim, para terminar, lanço minhas pragas a esse absurdo da botânica, que, aliás, fez-me ficar de exame várias vezes por que eu não sabia o que era uma Briófita ou uma Pteridófita.
Que ao final das árvores todas as mesas de jacarandá sejam de ferro...
Os tacos sejam substituídos por carpete de madeira ou piso frio...
E as árvores sejam culpadas e condenadas ao arder no fogo do inferno até quando se extinguirem, pois pela falta de sua sombra, o câncer de pele se espalhará.
Menos mal que o fabrico de cimento independente da árvore e não faltará para juntar com a areia do imenso deserto e construir milhões de oásis para proteger os seres humanos mais abastados que eventualmente sobreviverem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Essa foi coisa de maluco! :)

O mais interessante é que nos comportamos dessa maneira, sem perceber. Você só colocou em palavras! Nós somos assim...

Eu tirei três árvores da minha calçada, cada um por um motivo e de uma vez só. Depois, plantei quatro e outra veio de graça, plantada por um passarinho agradecido por eu não ter feito maldade maior.

bjs

Anônimo disse...

Acho que vc. só pode estar BRINCANDO!!!
Na minha calçada, por falta de espaço existem duas árvores juntas; que segundo um engenheiro florestal e biólogo não sobreviveriam pois as duas são nativas, e uma mataria a outra! Penso que elas advinharam que num futuro próximo, sua idéia pode ser geral, e resolveram se entender!!!!
Estão lá ! Lindas e floridas....
Uma Primavera e um Manacá da Serra(que já é "cria" de uma que exis
tia no jardim da casa da minha mãe)