COLETES SALVA VIDAS NOS MONUMENTOS DE ST PAUL
Alguns monumentos de St. Paul receberam coletes salva-vidas e ficaram vestidos desta forma até o dia 14 de dezembro.
Os coletes foram feitos sob medida.
O intuito do artista era que as obras fossem vistas e valorizadas.
O trabalho recebeu o nome de SOBREVIVÊNCIA.
Sinceramente, só percebi isso ao passar à frente, ou debaixo, do descuidado Monumento ao Duque de Caxias, que está sendo consumido pelo tempo na Praça Princesa Isabel.
Quem viu, viu!
Quem não viu, faça como eu.
Use a imaginação!
Corri à Internet para conhecer a lista de monumentos e fiquei imaginando a vestimenta de alguns.
O primeiro que me aguçou a atenção seria o tamanho do colete do imenso monumento homenageando Borba Gato.
Por tabela, descobri que a Praça do Borba Gato não se chama Borba Gato. Que me desculpe o homenageado na placa da rua, mas a Praça é do Borba Gato, um símbolo do bairro, outrora município de Santo Amaro
Em oposição ao tamanho fiquei imaginando Ruy Barbosa discursando em Haia vestido naqueles trajes. Não seria o Águia, mas o Golfinho (apropriado para o tamanho físico de Rui) de Haia.
Certamente, Anhanguera preferiria um colete à prova de flechas em suas aventuras de bandeirante.
Se Carlos Gomes poderia reger o Guarany com uma “roupitcha” daquelas, por que não se pode entrar de bermudas no Teatro Municipal?
D.Pedro I tentando erguer sua espada. Nem com a ajuda da Marquesa de Santos e do Patriarca José Bonifácio, que também ganhou seu coletezinho. O braziu poderia ainda ser colônia além mar. Necas de pitipiricas à Independência.
Camões, sim, faria bom uso da vestimenta. Sentir-se-ia mais seguro nas guerras marítimas. Talvez dedicasse alguns de seus brilhantes versos aos coletes.
Felizmente não estamos sob a ditadura militar.
Lembro-me que o cronista Lourenço Diaféria foi preso por que a ditadura considerou ofensivo ao regime uma crônica em elogiava a bravura de um militar que morreu salvando uma criança no fosso das ariranhas no Zoológico do Rio. Comparou sua bravura a de Duque de Caxias.
Imaginem colocassem um colete no Duque.
Tortura certas nos porões do Doi-Codi.
Se a monumental arte à prova d´água chamou a atenção não sei, mas deve ter espantado os gatos das regiões.
Gato é um bicho esperto. Não fica perto de local que possam encharcar.
St. Paul no verão é chuva e enchente na certa.
Sem os gatos por perto, as pombas se refestelam nos monumentos.
Ficou-me a dúvida do porquê não colocarem coletes também nos animais.
O cavalo do Duque de Caxias e o eqüino de D.Pedro I, que não era um cavalo como fazem pensar os historiadores e pintores, ficarão absolutamente à mercê da sorte.
Consultarei a UIPA – União Internacional de Proteção aos Animais sobre o risco dos animais não sobreviverem se chover tudo o que o tamanho dos coletes indicam.
Será que esse dinheiro que a Fundação do Banco do Braziu investiu (ou gastou?) nessa empreita não seria melhor aproveitado se utilizado, por exemplo, numa dragagem de fundo de rio ou limpeza dos córregos?
Sei lá!
Acho que estou ficando ranzinza demais!
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