27 junho 2008

SÃO PAULO AGORA É NOSSO PADROEIRO


(foto copiada da Wikipédia)

Vixê mãezinha santa.
Mais uma santa cassada.
Logo a avó de Jesus.
As vetustas “senhoras de Santana” estão em revolta.
(Nota explicativa – As senhoras de Santana foi o nome dado a um grupo de pessoas que juntaram mais de 100 mil assinaturas contra a pornografia na TV na década de 80).
Acusam aos santos de conchavo, puro machismo.
Como pode o “convertido Saulo” tomar o lugar da santa que acumula, ainda, os cargos de Padroeira da Terceira Idade e dos marceneiros?
E, de quebra, é uma estação do Metrô.
De minha parte, estou felicíssimo.
Primeiro que tal fato alterará, sobremaneira, minha vida.
Depois nem se comemorava o dia da santa, dia 26 de julho (dia da vovó e do nascimento do meu pai) com um feriadinho.
Terceiro, como membro fundador e único da seita “Apóstolos de Pedro”, sempre defendi que Entre Rios (cidade fictícia de meu primeiro livro) se afastasse desses oportunistas invasores dos malévolos distritos vizinhos à alvissareira e promissora província de Entre Rios.
Santana era, absurdamente, a patrona, a padroeira da cidade de São Paulo.
Com todo respeito aos fervorosos defensores da santa, alguém fazia idéia que ela era a padroeira de São Paulo.
Pode uma coisa dessas?
No meu modesto e leigo modo de ver, era como o São Paulo Futebol Clube (argh!!!)...
Peraí...
Já voltei...
Fui escovar os dentes...
Era como se o timinho lá do Morumbi tivesse como padroeiro São Jorge, o magnífico e magnânimo Jorginho, o protetor incólume do Manto Sagrado.
Que se diga, de passagem, também já passou pelo dissabor de ser cassado pela Santa Madre Igreja.
Parece piada, mas diz a lenda, que o Papa Pio VI, em 1782, esqueceu-se do detalhe que a cidade chamava-se São Paulo e indicou Santa Ana para padroeira da cidade.
Antes que façam outra piada, D. Giovanni Ângelo Braschi, o Pio VI, era italiano.
O cardeal de São Paulo, D. Odilo Scherer, ainda tentou dar uma ajeitadinha na situação para não desagradar às senhoras de Santana.
Propôs que a cidade ficasse com dois padroeiros.
Ainda bem que o Vaticano, sabiamente, não permitiu.
Imaginem só o transtorno que se formaria.
Se com uma padroeira só a cidade já é uma confusão, um caos, imaginem com o casal discutindo.
Santana não iria se entender nunca com o Saulo.
Quando ele explicasse o problema do rodízio dos automóveis, ela iria perguntar o que é isso. (Nota explicativa – o bairro de Santana, por estar além Rios não tem rodízio).
Quando ele falasse da poluição do centro da cidade, ela iria responder que está perto da serra da Cantareira e também não iria compreender o problema.
Piadinhas à parte, nada mais justo para São Paulo Apóstolo, santo meio esquecido pelos católicos.
Só lembro de uma Paróquia na cidade onde ele seja o padroeiro único.
No bairro do Belém.
Também fora dos limites de minha querida Entre Rios.

Um comentário:

Enio Luiz Vedovello disse...

Perto da minha casa também tem uma, bem pequena. Mas também não fica em Entre-Rios.