26 junho 2008

JOVEM GUARDA - NOSSOS IDOLOS ESTÃO PARTINDO



Não se trata de gostar ou não do que se chamou de Jovem Guarda.
Particularmente, não era adepto de ficar vendo as jovens tardes de domingo.
Mas não tirem os méritos dos seus cantores.
Foram marcantes.
Mas estão partindo.
Há cinco anos foi-se Cely Campello.
Levou os Lacinhos Cor de Rosa para tomar um Banho de Lua...
Em 1992, Antonio Marcos (Como vai você – gravada pelo Rei).
Em 1986, foi Ronnie Cord que descia a Rua Augusta a 120 por hora.
Em 1981, morreu Paulo Sérgio, que insistiam dizer rivalizar Roberto Carlos por causa do timbre de voz anasalado.
Além da Jovem Guarda, eles tiveram em comum que eram muito jovens para morrer.
Estendendo o rol de cantores e compositores apressados em nos deixar, lembro-me de Elis Regina, Clara Nunes, Gonzaguinha, Jessé, Altemar Dutra, Raul Seixas, Tim Maia.
Câncer, derrames cerebrais, drogas, acidentes de carro, choques anafiláticos, não importa a causa.
Cada um que partiu cedo demais, antes do combinado como diz Rolando Boldrin, deixa um vazio dentro de quem os admirava..
Uma sensação que faltava ainda alguma música para eles gravarem.
Essas pessoas são eternas.
Não ficarão apenas na lembrança de mais uma geração.
Enquanto alguém estiver cantando um verso deles, eles serão lembrados.
Agora quem nos deixa é Sylvinha.
Não listarei músicas que, se quiser, continuarei ouvindo na voz de todos eles.
Todos eles me fazem lembrar de um passado saudoso, isso eles me fazem.
E vão continuar fazendo.
Por essas ausências é que temos que fazer como receita Paulinho Moska:“O que você faria se só lhe restasse um dia?”.
E digo mais, apesar da tristeza “no entanto é preciso cantar”.
Para eternizá-los como é de justiça fazer.
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http://apostolosdepedro.blogspot.com

Um comentário:

Enio Luiz Vedovello disse...

O pior é que "Nossos ídolos ainda são os mesmos, e as aparências não enganam mais. Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém", em tempos de créu, me soa cada vez mais verdadeiro.