10 junho 2008

BANCOOP - VACCARI NÃO COMPARECE A ASSEMBLEIA

BANCOOP FOGE NOVAMENTE!!!

Com a presença de cerca de trezentos cooperados realizou-se, no Auditório Franco Montoro da Assembléia Legislativa de São Paulo, sessão plenária da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor onde foi abordado o caso BANCOOP.
Compareceram o Promotor Dr. José Carlos Blat e o Dr. Valter Picazzio, advogado de alguns empreendimentos.
O presidente da BANCOOP, alegando compromissos não compareceu, comprometendo-se a comparecer no dia 23 de junho.
O Dr. Valter explicou aos deputados a diferença das ações da BANCOOP, que declara-se uma cooperativa mas agiu como empresa privada., como, por exemplo, a comprovada ação de diretores como empresários fornecendo serviços à Cooperativa e o lançamento dos FDICs, sem consulta. Explicou as cobranças de rateio e aportes injustificáveis e a falta de registros imobiliários dos empreendimentos.
Citou uma frase atribuída ao Sr. João Vaccari, na seccional da Casa Verde: “Concordem ou não, quem não pagar, coloco na rua...”
O Dr. Blat contou o histórico da formação do Inquérito Criminal que se iniciou em fevereiro de 2007, pela ação de pessoas ligadas ao empreendimento “Torres da Moóca”. Foi pedida a quebra do sigilo fiscal e bancário dos diretores. Confirmou o desvirtuamento da Lei das Cooperativas e ação como empresa da BANCOOP, que usou o dinheiro dos cooperados para fins privados, lucrativos e escusos, unificou contas de 47 empreendimentos e sumiu com 43 milhões de reais recebidos dos FDICS.
Declarou que pelos depoimentos do empreiteiro Walter Amaro da Silva, do Eng. Ricardo Luis do Carmo (responsável por 30 empreendimentos) e do Sr. Helio Malheiros definiu-se bem o esquema de Notas Fiscais superfaturadas, com o uso de contas de prestadores de serviço para circulação do dinheiro que era desviado.
Segundo dados encontrados em planilhas da empresa-fantasma MIZU onde havia cheques com entradas referentes a pagamentos da BANCOOP e saídas com destino a doações ao Partido dos Trabalhadores.
Falou ainda, de possíveis crimes eleitorais e que o caso também foi remetido ao Tribunal Regional Eleitoral para apuração.
Referiu-se a seu trabalho como uma investigação técnica, apartidária e que, depois de analisar documentos referentes aos anos de 2001 a 2005, encontra-se diante de uma organização criminosa, que busca o dinheiro e poder a custa de pessoas que queriam suas casas.
Não cita nomes diretamente, mas apenas comprovou a materialidade delitiva dos atos.
Identifica os crimes de formação de quadrilha, apropriação indébita, lavagem de capitais e estelionato.
Justifica a dificuldade do fornecimento de dados pelo Banco Central à quantidade de dados a serem encaminhados.
Encaminhou o inquérito também a Policia Federal para apurar-se quanto aos Fundos de Previdência que compraram os FDICs.
Solicitou dos deputados que intervenham junto a Secretaria de Segurança Pública para inclusão do Sr. Helio Malheiro no PROVITA (Programa de Proteção da Vida de Testemunhas).
Comentou ainda quanto a tentativa da BANCOOP em retirar documentos guardados em um dos empreendimentos e da ação da empresa DELLA LIBERA na compra de terreno superfaturados e com “defeitos” que obrigassem custos maiores.
Dada a palavra aos cooperados, falaram, primeiramente, um cooperado do empreendimento “Cachoeira” disse que desde que o Sr. João Vaccari assumiu a presidência fez-se “arrecadaçõezinhas” incluindo-se imóveis com escritura e não construídos.
Citou o esquema de doações a partido político e disse que a empresa sangrou os cooperados.
Citou as 280 decisões judiciais contrárias a BANCOOP, com 90 sentenças definitivas, relevando as considerações de duas delas. Uma onde o Juiz chama a BANCOOP
de “arapuca” e outra de "direção acéfala", pela má gestão e administração irresponsável.
Demonstrou que dos 52 empreendimentos que a BANCOOP alega ter construído, apenas 18 estão terminados (muitos sem escrituras ainda, nota minha), 5 são externos a BANCOOP, 16 estão inacabados e 13 sequer saíram do chão.
A seguir um cooperado do Vilas da Penha entregou à comissão um documento com 1100 assinaturas de apoio ao trabalho do Ministério Publico e citou o caso de seu empreendimento, parcialmente construído, onde os cooperados já gastaram 120 mil e a BANCOOP quer mais 90 mil de aporte.
Dada a palavra aos deputados para indagações aos convidados, o deputado Rui Falcão (PT), numa nítida atitude de defesa dos interesses da BANCOOP, alegou que precisaria saber o que o Sr. João Vaccari teria a dizer, acusou o Dr. Valter quanto a ter sido condenado por litigância de má-fé no empreendimento Casa Verde e elogiou os aplausos que foram dedicados ao Dr. Blat. Comentou que o Ministério Público estava fazendo um acordo com a BANCOOP, fato que não mais condiz com a verdade, pois o acordo não foi homologado pela intervenção do Procurador Geral e, valendo-se de normas regimentais da Assembléia, gastou seu tempo até que a Comissão tivesse que encerrar seus trabalhos em virtude do inicio da ordem do dia do Plenário (não tentem entender as normas regimentais)
O deputado Bruno Covas (PSDB) propôs que os trabalhos continuassem informalmente para esclarecimento da comissão.
Pronunciou-se o deputado Dr. Fernando Capez (PSDB) que indagou sobre o esquema MIZU e Della Líbera e o deputado Bruno Covas que solicitou quantificações de valores.
Depois de manifestações pontuais de cooperados da platéia os trabalhos se encerraram.

A próxima reunião será dia 23 de junho às 15 horas.
Compareça e leve seu vizinho.
Não faça como o Sr. João Vaccari que não compareceu.
Você não tem motivos para fugir...


PARABÉNS A VOCÊ QUE COMPARECEU....

Um comentário:

Anônimo disse...

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