15 junho 2008

MILITARES GAYS E A DITADURA DO PRECONCEITO



Assusto-me toda vez que vem à tona o assunto do preconceito, da discriminação seja dos gays, dos negros (afro-descendentes), das mulheres, et coetera.
Lembro-me imediatamente do filme Cidade das Mulheres e porque não de Hitler.
Pode parecer que esteja pegando pesado demais, mas acho extremamente inócuas atitudes escandalosas quando ocorrem, e se ocorrem, essas discriminações.
E perigosas.
Porque geram reações, às vezes, muito mais fortes.
Não exagero ao indagar se não há maior preconceito ao inverso.
Os caucasianos terão, certamente, que se render a maioria negra dentro de alguns anos.
São movimentos quilombolas, reserva de cotas universitárias.
Por enquanto, estão comendo pelas beiradas.
A questão não é racial, é financeira, de poder.
Ou os negros não se trucidariam na África, em guerras tribais.
E não estariam matando brancos na África do Sul.
Temo quando a ministra do cartão corporativo, Sra. Matilde Ribeiro, diz que: “Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco. (...) Quem foi açoitado a vida inteira não tem a obrigação de gostar de quem o açoitou”.
Ora, pela lógica da Matilde, nenhum patrão tem obrigação de contratar um negro, uma mulher ou um gay.
Tem que decidir-se pelo mais lucrativo para sua empresa.
Lembram de Cidade das Mulheres de Fellini? As mulheres tomam o poder e escravizam os homens.
O disfarce da discriminação e do preconceito é apenas uma das formas de luta para assumir o poder.
Bem perto, temos o exemplo do Partido da estrela vermelha que defendia a ética, a igualdade, a transparência.
Era o partido da ética, defensores dos pobres.
O que fizeram quando tomaram o poder?
Leiam a Revolução dos Bichos, de Orwell.
Eram contra o império do tzar e fizeram um império comunista.
E Mein Kampf de Hitler?
Hitler também era um pequeno político.
Chegou ao poder, enlouqueceu com a idéia da raça ariana pura, tentou dizimar os judeus.
Não fosse derrotado, dizimaria quem mais lhe tentasse opor.
Não é exagero. É exatamente isso.
Não polemizarei com exemplos de preconceitos aos brancos e heterossexuais, feitos pelos negros e gays, para evitar discussões pontuais.
Puxem pela memória e encontrarão os exemplos facilmente.
O caso do Exército e dos militares gays, que buscaram seus quinze minutos de fama, correndo para a TV.
Embora aleguem que foram punidos porque eram gays, cometeram diversas transgressões que puniriam homens e mulheres.
Para conceder entrevistas necessitariam de autorização expressa do Comandante de sua Unidade.
Disse a pérola: “Não há nada melhor que tomar banho com um monte de homens sarados”.
A frase não condiz com os preceitos da conduta moral exigível aos militares.
O Ministério Público Militar tentará enquadrar o ato no Código Penal Militar, como crime de pederastia ou ato libidinoso, mesmo sendo feito fora do ambiente militar.
Na há como raciocinar com valores extra-caserna ou argumentos civis, pois vale mesmo o Código Militar.
O sargento efetivamente deserdou. O militar que se ausenta, por oito dias, sem satisfação ou justificativa aceitável é considerado desertor. Estes, além de cumprir pena em prisão militar, têm penalidades civis, como não obter passaporte, impedimentos a prestar concursos públicos e algumas outras restrições.
A despeito das alegações quanto a apresentar atestados médicos particulares, esquece-se que o Exército tem médicos em seus quadros e só aceita atestados emitidos por estes. Não há que se falar em preconceito nestas punições.
Voltamos ao início.
Tudo é preconceito, perseguição.
Não tardará o clamor de entidades de direitos humanos, as mesmas que defendem bandidos de toda espécie.
Exército, meus caros, é regulamento. Rígidos e dolorosos. Não tem meio termo.
Há muitos gays nas Forças Armadas e ali continuarão.
Se os sargentos não buscassem os holofotes, dificilmente seriam presos e punidos. Não pela opção sexual.
Como se diz, pediu para ser punido.
O preconceito é só uma desculpa, como na maioria dos casos.

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