Quase tudo já se falou sobre Elis Regina...
Exceto da falta que ela me faz.
19 de Janeiro de 1982, estava exatamente sobre a ponte pênsil de São Vicente, quando ouvi, sem maiores avisos: “Elis morreu”...
Freei o carro e travei-me...
Rápido, a idéia: “Ela não podia fazer isso”...
Morrer aos trinta e seis anos...
Como Marilyn...Elis não tinha esse direito...
Havia muitas músicas para gravar...
Muitos compositores para lançar...
Muito a apimentar o mundo...
Lembro-me de frases marcantes de Elis...
Uma vez ela disse que parara a terapia para dar uma folga para a terapeuta...
Tinha razão!
Às vezes é preciso dar folga para os outros...
Mas não era o caso...
Elis dava prazer como seu canto...
Outra frase de Elis: “As pessoas se esquecem de dizer eu te amo...”
E não custa nada...
Não adianta dizer-lhe agora... Ela não vai ouvir...
Elis não tinha o direito de abandonar seus fãs amantes sem prévio aviso...
A gente tinha que se preparar...
Fazer uma terapia...
Por mais que escute as músicas de Elis, elas parecem sempre novas...
Aquela voz, que brincava com as notas musicais, não morre...
Felizmente...
È só fechar os olhos e ela parece ali fascinando, querendo a volta do irmão do Henfil, homenageando as Marias, levando-me de arrastão a tamborilar os dedos e acompanhando-a, esperando que ela fosse sair de dentro do CD e cantar só para mim, levando-me num trem azul, tirando-me o medo de amar e ser livre...
Elis você tinha que avisar a gente...
Você que cantava toda mistura de ritmos, bagunçou tudo na nossa cabeça com a sua ausência...
Embora nestes trinta anos tenham surgido excelentes cantoras com vozes maravilhosas o espaço de Elis é insubstituível...
Olho para meus CDs e fazer o quê?...
Numa repetitiva overdose de tantas madrugadas, ouço mais um, na esperança que entre uma música e outra, Elis apareça com outra frase surpreendente...
Ela não aparece...
Entretanto, nunca irá desaparecer...
19 janeiro 2012
15 janeiro 2012
ITANHAÉM E O DIREITO AO SOSSEGO
Na mesma semana em que se divulgou a vitória de Itanhaém no combate a dengue, outro fato relacionado à saúde, deixa-me indignado e irritado.
Causa diagnosticada da irritação: exposição excessiva ao barulho.
Neste caso, a cidade é Itanhaém – litoral sul de São Paulo -, mas serve para qualquer uma onde a paz do cidadão é desrespeitada pelo poder público que, a titulo de divertir o turista, contrata (ou autoriza) caminhões de som para fazerem barulho na praia, por sete, oito, dez horas diárias.
Assim se deu.
Na primeira semana de Janeiro de 2012 - quinta, sexta, sábado e domingo - instalou-se na Praia do Sonho, conhecida também por abrigar a Cama de Anchieta, um caminhão de uma emissora de FM, com o patrocínio de uma empresa de esfihas, recentemente instalada na cidade, e uma marca de cerveja.
Talvez, oculto entre os patrocinadores haja interessados em garantir o emprego aos otorrinolaringologistas da cidade ou, porque não, no crescimento do comércio de aparelhos auditivos.
Fato o barulho ter permanecido, ininterrupto das 10 às 17 horas, em volume certamente muito superior ao recomendado como suportável pelo ser humano.
Estivesse entre nós, duvido que Anchieta conseguisse trabalhar em sua catequese com um barulho desses
Quem sabe até castigasse os índios se batessem um tamborzinho enquanto falasse aos aborígenes ou mesmo interrompessem sua “siesta”.
No mínimo, mandá-los-ia tocar lá na Cibratel ou outra praia mais deserta da cidade. Quem sabe na aldeia de Abarebebê, em Peruíbe?
No Poço das Antas em Mongaguá, talvez fosse mais apropriado, cochicha-me o Grilo Falante.
Seja para onde fossem, com certeza, respeitariam o Jesuíta.
Entretanto, nestes tempos de falta de respeito e ética, tudo se pode nas praias, ainda que fira o direito ao sossego dos moradores, garantido inclusive no Código Civil.Mas aos organizadores do evento, parece tratarem por idiotas aos que incomodam.
O que a Prefeitura não percebe em seu oportunismo de momento, é que estes moradores, através do pagamento de seus impostos, é que sustentam a cidade, garantem os salários dos criadores da programação cultural da cidade e movimentam efetivamente o comércio da cidade ao longo do ano.
Vivêssemos numa democracia, far-se-iam análises e consultas prévias sobre as conseqüências do evento.
Algum morador da Praia do Sonho foi consultado sobre o interesse ou inconveniência em ouvir músicas – de gosto duvidoso por sinal – durante o dia inteiro?
Pergunto, e sei que alguns outros incomodados fazem o mesmo questionamento: Se o som não incomoda, porque não colocam o trio elétrico no pátio do estacionamento da Prefeitura, durante a semana, e em frente das casas do Prefeito, Secretário da Cultura e demais organizadores aos sábados e domingos.
Seguindo na trilha das consultas, se conseguirmos uma, chegaremos aos médicos.
Consultou-se algum otorrino sobre as irreversíveis lesões auditivas causadas pela prolongada exposição a ruídos superiores a 70 dB?
Talvez entre os presentes na praia houvesse diversos trabalhadores que recebem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) na empresa onde trabalha, para proteger-se de máquinas muito menos ruidosas que o som a que se expunham.
Ouviu-se algum dermatologista ou oncologista quanto aos cânceres de pele causados, pela exposição ao sol, à platéia instigada a ficar dançando horas ao sol de fritar ovos na areia? Antes que contraponham, não há protetor solar que evite ao excesso.
Pediatras opinaram sobre os males causados pelo som às crianças pequenas.
Agora que a barulheira parou, consigo escutar incautos defensores da ditatorial zorra instalada na Praia do Sonho em Janeiro de 2012.
O que eles dizem?
Chega, mano!
Que cara chato!
Mude-se para o Alaska!
Este é um conselho sábio e mais simples que uma Ação Civil Pública.
Quem estiver incomodado que se mude.
Farei isso.
Não para o Alaska, pois o frio causa-me sinusite e não simpatizo com a Sarah Palin.
Entretanto, apesar de apreciar muito as belezas naturais de Itanhaém, no verão de 2013, provavelmente, farão a zorra na praia sem o dinheiro de meus impostos.
Vendo um apartamento, frente ao mar, na Praia do Sonho.
Preço a combinar.
O comprador receberá, no ato da escritura, um par de protetores auriculares usados e inúteis.
Causa diagnosticada da irritação: exposição excessiva ao barulho.
Neste caso, a cidade é Itanhaém – litoral sul de São Paulo -, mas serve para qualquer uma onde a paz do cidadão é desrespeitada pelo poder público que, a titulo de divertir o turista, contrata (ou autoriza) caminhões de som para fazerem barulho na praia, por sete, oito, dez horas diárias.
Assim se deu.
Na primeira semana de Janeiro de 2012 - quinta, sexta, sábado e domingo - instalou-se na Praia do Sonho, conhecida também por abrigar a Cama de Anchieta, um caminhão de uma emissora de FM, com o patrocínio de uma empresa de esfihas, recentemente instalada na cidade, e uma marca de cerveja.
Talvez, oculto entre os patrocinadores haja interessados em garantir o emprego aos otorrinolaringologistas da cidade ou, porque não, no crescimento do comércio de aparelhos auditivos.
Fato o barulho ter permanecido, ininterrupto das 10 às 17 horas, em volume certamente muito superior ao recomendado como suportável pelo ser humano.
Estivesse entre nós, duvido que Anchieta conseguisse trabalhar em sua catequese com um barulho desses
Quem sabe até castigasse os índios se batessem um tamborzinho enquanto falasse aos aborígenes ou mesmo interrompessem sua “siesta”.
No mínimo, mandá-los-ia tocar lá na Cibratel ou outra praia mais deserta da cidade. Quem sabe na aldeia de Abarebebê, em Peruíbe?
No Poço das Antas em Mongaguá, talvez fosse mais apropriado, cochicha-me o Grilo Falante.
Seja para onde fossem, com certeza, respeitariam o Jesuíta.
Entretanto, nestes tempos de falta de respeito e ética, tudo se pode nas praias, ainda que fira o direito ao sossego dos moradores, garantido inclusive no Código Civil.Mas aos organizadores do evento, parece tratarem por idiotas aos que incomodam.
O que a Prefeitura não percebe em seu oportunismo de momento, é que estes moradores, através do pagamento de seus impostos, é que sustentam a cidade, garantem os salários dos criadores da programação cultural da cidade e movimentam efetivamente o comércio da cidade ao longo do ano.
Vivêssemos numa democracia, far-se-iam análises e consultas prévias sobre as conseqüências do evento.
Algum morador da Praia do Sonho foi consultado sobre o interesse ou inconveniência em ouvir músicas – de gosto duvidoso por sinal – durante o dia inteiro?
Pergunto, e sei que alguns outros incomodados fazem o mesmo questionamento: Se o som não incomoda, porque não colocam o trio elétrico no pátio do estacionamento da Prefeitura, durante a semana, e em frente das casas do Prefeito, Secretário da Cultura e demais organizadores aos sábados e domingos.
Seguindo na trilha das consultas, se conseguirmos uma, chegaremos aos médicos.
Consultou-se algum otorrino sobre as irreversíveis lesões auditivas causadas pela prolongada exposição a ruídos superiores a 70 dB?
Talvez entre os presentes na praia houvesse diversos trabalhadores que recebem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) na empresa onde trabalha, para proteger-se de máquinas muito menos ruidosas que o som a que se expunham.
Ouviu-se algum dermatologista ou oncologista quanto aos cânceres de pele causados, pela exposição ao sol, à platéia instigada a ficar dançando horas ao sol de fritar ovos na areia? Antes que contraponham, não há protetor solar que evite ao excesso.
Pediatras opinaram sobre os males causados pelo som às crianças pequenas.
Agora que a barulheira parou, consigo escutar incautos defensores da ditatorial zorra instalada na Praia do Sonho em Janeiro de 2012.
O que eles dizem?
Chega, mano!
Que cara chato!
Mude-se para o Alaska!
Este é um conselho sábio e mais simples que uma Ação Civil Pública.
Quem estiver incomodado que se mude.
Farei isso.
Não para o Alaska, pois o frio causa-me sinusite e não simpatizo com a Sarah Palin.
Entretanto, apesar de apreciar muito as belezas naturais de Itanhaém, no verão de 2013, provavelmente, farão a zorra na praia sem o dinheiro de meus impostos.
Vendo um apartamento, frente ao mar, na Praia do Sonho.
Preço a combinar.
O comprador receberá, no ato da escritura, um par de protetores auriculares usados e inúteis.
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12 janeiro 2012
REVEILLON NA PRAIA
Alerta: Qualquer semelhança deste texto com fatos reais significa que o autor atingiu sua meta. Este relato acontece em tudo que é cidade do litoral.
Réveillon! Oba!
Vamos a La playa, oh! oh! oh! oh! oh!
Atentem para a diferença!
É narrativa do réveillon.
Fosse Natal seria ho! ho! ho! Apenas três ho!
Réveillon na praia é uma delícia. Aquele marzão... Sol... Praião... Tudo maravilhoso em nossos planos...
De repente, muito mais que de repente chega aquele monte de gente...
Os turistas...
Esse ser estranho no qual os humanos se transformam quando saem de seu habitat.
Um caso científico a ser estudado.
O que é o turista de réveillon?
Dirão rapidamente... Turista é aquele contribuinte que será esfolado nos preços das diárias de hotel, apartamentos de aluguel, restaurantes, ambulantes.
As prefeituras os esperam com todo carinho.
Preparam shows de cantores sertanejos – conhecidos ou não, de bandas absolutamente desconhecidas, provavelmente, a serviços de médicos otorrinolaringologistas especializados em surdez.
Claro! Gastarão em cerca de dez minutos de fogos de artifícios a verba que poderia ser destinada a compra de material escolar, medicamentos. Mas, o turista nem perceberá esse detalhe.
Réveillon não é hora de pensar nessas coisas. De mais a mais, ele estará mais preocupado em descobrir onde comprar mais cerveja, pois as três dúzias de latinhas que começou a beber as oito da manhã estão terminando.
Ele não tem culpa da Prefeitura não haver providenciado latões para recolher as latinhas. Diga-se de passagem, não tem mesmo... Então, fazer o que? Deixar as latinhas pela praia.
Quase meia noite!
Viva!
Hora dos fogos de artifício.
Alguém já definiu bem o que são os fogos de artifício: Algo que explode e fica fedendo.
Seria bem mais econômico e ecologicamente correto, se todos ficassem soltando puns na praia, ao invés de queimar-se verba pública.
Os cachorros ficariam menos assustados com o barulho.
Barulho! Barulho! Barulho!
Por que quase todos adoradores de funk, acham que a população inteira tem que ouvir? Passei a madrugada toda escutando carros tunados desfilando pela avenida.
Quero ver quem dirá que meu mau humor matinal foi sem razão.
Piorou, quando resolvi andar pela praia.
Pobre Iemanjá! Quem disse que ela queria aquele monte de flores? Devolveu tudo. Junto com garrafas de uísque vagabundo, garrafinhas de vodka – inteiras ou em caquinhos, garrafas pet e preservativos.
Tudo espalhado pela areia, onde as, ainda hoje inocentes, crianças, e talvez futuros bárbaros, insistem em brincar de castelinho.
Aliás, eu que jurava ter certeza fosse o homem descendente dos macacos – até pelas macaquices praticadas durante as “festividades de confraternização”, passei a raciocinar se, na verdade, não descendemos do porco.
Com certeza, não! Porcos são animais limpos. Cobrem-se de lama para proteger a pele.
Não posso afirmar convictamente se as pessoas estiradas pela areia, na manhã do dia primeiro eram “madrugadores”, conscientes dos males causados pela radiação dos raios solares, bronzeando-se antes das dez horas ou mero rescaldo da noite anterior, pela aparência em cacos da maioria. Mais cacos que eles somente os de garrafas deixados na areia.
Para felicidade geral dos moradores da cidade, neste ano o réveillon foram apenas dois dias de caos.
Poderia ser pior.
No ano passado emendou quinta, sexta, sábado e domingo.
Parece absurdo, mas alguns vizinhos, que puderam abandonar a cidade, procuraram refúgio lá em São Paulo para ter um pouco de paz.
Feliz ano novo aos sobreviventes de mais um réveillon na praia.
Ao trabalho para pagar o IPTU e sustentar o próximo.
Réveillon! Oba!
Vamos a La playa, oh! oh! oh! oh! oh!
Atentem para a diferença!
É narrativa do réveillon.
Fosse Natal seria ho! ho! ho! Apenas três ho!
Réveillon na praia é uma delícia. Aquele marzão... Sol... Praião... Tudo maravilhoso em nossos planos...
De repente, muito mais que de repente chega aquele monte de gente...
Os turistas...
Esse ser estranho no qual os humanos se transformam quando saem de seu habitat.
Um caso científico a ser estudado.
O que é o turista de réveillon?
Dirão rapidamente... Turista é aquele contribuinte que será esfolado nos preços das diárias de hotel, apartamentos de aluguel, restaurantes, ambulantes.
As prefeituras os esperam com todo carinho.
Preparam shows de cantores sertanejos – conhecidos ou não, de bandas absolutamente desconhecidas, provavelmente, a serviços de médicos otorrinolaringologistas especializados em surdez.
Claro! Gastarão em cerca de dez minutos de fogos de artifícios a verba que poderia ser destinada a compra de material escolar, medicamentos. Mas, o turista nem perceberá esse detalhe.
Réveillon não é hora de pensar nessas coisas. De mais a mais, ele estará mais preocupado em descobrir onde comprar mais cerveja, pois as três dúzias de latinhas que começou a beber as oito da manhã estão terminando.
Ele não tem culpa da Prefeitura não haver providenciado latões para recolher as latinhas. Diga-se de passagem, não tem mesmo... Então, fazer o que? Deixar as latinhas pela praia.
Quase meia noite!
Viva!
Hora dos fogos de artifício.
Alguém já definiu bem o que são os fogos de artifício: Algo que explode e fica fedendo.
Seria bem mais econômico e ecologicamente correto, se todos ficassem soltando puns na praia, ao invés de queimar-se verba pública.
Os cachorros ficariam menos assustados com o barulho.
Barulho! Barulho! Barulho!
Por que quase todos adoradores de funk, acham que a população inteira tem que ouvir? Passei a madrugada toda escutando carros tunados desfilando pela avenida.
Quero ver quem dirá que meu mau humor matinal foi sem razão.
Piorou, quando resolvi andar pela praia.
Pobre Iemanjá! Quem disse que ela queria aquele monte de flores? Devolveu tudo. Junto com garrafas de uísque vagabundo, garrafinhas de vodka – inteiras ou em caquinhos, garrafas pet e preservativos.
Tudo espalhado pela areia, onde as, ainda hoje inocentes, crianças, e talvez futuros bárbaros, insistem em brincar de castelinho.
Aliás, eu que jurava ter certeza fosse o homem descendente dos macacos – até pelas macaquices praticadas durante as “festividades de confraternização”, passei a raciocinar se, na verdade, não descendemos do porco.
Com certeza, não! Porcos são animais limpos. Cobrem-se de lama para proteger a pele.
Não posso afirmar convictamente se as pessoas estiradas pela areia, na manhã do dia primeiro eram “madrugadores”, conscientes dos males causados pela radiação dos raios solares, bronzeando-se antes das dez horas ou mero rescaldo da noite anterior, pela aparência em cacos da maioria. Mais cacos que eles somente os de garrafas deixados na areia.
Para felicidade geral dos moradores da cidade, neste ano o réveillon foram apenas dois dias de caos.
Poderia ser pior.
No ano passado emendou quinta, sexta, sábado e domingo.
Parece absurdo, mas alguns vizinhos, que puderam abandonar a cidade, procuraram refúgio lá em São Paulo para ter um pouco de paz.
Feliz ano novo aos sobreviventes de mais um réveillon na praia.
Ao trabalho para pagar o IPTU e sustentar o próximo.
17 dezembro 2011
MENSAGEM A PAPAI NOEL
Papai Noel,
Eu sei que você nem se lembra mais de mim.
É recíproco, pois esqueço de você o ano inteiro.
E nem me lembraria, não fosse seus sósias ficarem aparecendo em tudo que é canto, esquina, praça.
Alguns bem feinhos e magricelas.
Todos com suas Noeletes! Essas sim, em sua maioria, valem a pena serem vistas.
Pelo menos as que aparecem na TV.
Quando eu era pequeno, só tinha rena.
Se bem que tenha quem prefira as renas.
Um bom filé de rena mataria a fome de muita gente.
Ui! Lá vem porrada da “APRenaTa” - Associação dos Protetores de Renas Natalinas, acusando-me de renofobia.
Nonoca...
Posso chamá-lo assim?
Você não existe. Se existisse mesmo, o Manto Sagrado já teria ganho a Libertadores.
É o pedido de milhares de pessoas há anos.
E nada!
Aumento de salário de aposentado, também necas de pitipiricas.
Papai Noel, pensando bem você é um saco!
Quando diminui o congestionamento de porta de escola, você cisma de aparecer e tumultuar o trânsito...
Aquele monte de carro parado vendo árvore de Natal no Ibirapuera, enfeites da Avenida Paulista, esperando vaga em porta de shopping.
A culpa é toda sua, Nonoca!
Aumentam os pedintes nos semáforos.
Aumentam os telefonemas de Associações Beneficentes.
Aumentam as filas nos supermercados
Aumenta o preço do bacalhau.
Espírito de Natal?
Pois, sim!
Mera data comercial.
Papai Noel, se manca!
Ninguém está preocupado com você.
Eu sei que você nem se lembra mais de mim.
É recíproco, pois esqueço de você o ano inteiro.
E nem me lembraria, não fosse seus sósias ficarem aparecendo em tudo que é canto, esquina, praça.
Alguns bem feinhos e magricelas.
Todos com suas Noeletes! Essas sim, em sua maioria, valem a pena serem vistas.
Pelo menos as que aparecem na TV.
Quando eu era pequeno, só tinha rena.
Se bem que tenha quem prefira as renas.
Um bom filé de rena mataria a fome de muita gente.
Ui! Lá vem porrada da “APRenaTa” - Associação dos Protetores de Renas Natalinas, acusando-me de renofobia.
Nonoca...
Posso chamá-lo assim?
Você não existe. Se existisse mesmo, o Manto Sagrado já teria ganho a Libertadores.
É o pedido de milhares de pessoas há anos.
E nada!
Aumento de salário de aposentado, também necas de pitipiricas.
Papai Noel, pensando bem você é um saco!
Quando diminui o congestionamento de porta de escola, você cisma de aparecer e tumultuar o trânsito...
Aquele monte de carro parado vendo árvore de Natal no Ibirapuera, enfeites da Avenida Paulista, esperando vaga em porta de shopping.
A culpa é toda sua, Nonoca!
Aumentam os pedintes nos semáforos.
Aumentam os telefonemas de Associações Beneficentes.
Aumentam as filas nos supermercados
Aumenta o preço do bacalhau.
Espírito de Natal?
Pois, sim!
Mera data comercial.
Papai Noel, se manca!
Ninguém está preocupado com você.
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PREVISÕES INFALIVEIS PARA 2012
PREVISÕES PARA 2012
Nossas previsões para 2011 foram um sucesso.
Mais de 95% de acerto.
Em time que está ganhando não se mexe...
Repetiremos o feito em 2012.
Então, vamos lá:
O ano será bissexto.
Assim sendo, seguramente Fevereiro terá 29 dias.
Todos os demais meses também.
A BANCOOP não entregará nenhum imóvel.
O Corinthians disputará novamente a Libertadores.
Pela Internet, circularão informações que Elvis não morreu, que querem acabar com o 13º.salário, que alguém amanheceu numa banheira de gelo sem o rim, que alguém foi dopado ao pegar o segundo prato num restaurante, que este parágrafo está parecendo boletim de ocorrência de tantos “quês”.
Haverá shows com sobreviventes da Jovem Guarda.
A TV Globo apresentará o Especial de Natal de Roberto Carlos.
Se Roberto não se converter à Universal e apresentar-se na Record.
Acontecerão tragédias aéreas. O BBB e a Fazenda continuarão no ar.
Quem sobreviver, e não tiver o que fazer, verá. Estarei ocupado.
Morrerão pessoas que nunca haviam morrido antes.
Em não existindo Medidas Provisórias alterando as datas por motivo de força maior, a terça-feira de Carnaval será numa terça-feira, a sexta-feira Santa numa sexta e Corpus Christi (não confundir com Habeas-Corpus) numa quinta.
Os Habeas-Corpus serão concedidos em todos os dias da semana, liberando o geral.
O governo anunciará a descoberta de poços de petróleo no pressal.
O preço da gasolina continuará salgado.
O índice de reajuste do aposentado será menor que o do Salário Mínimo.
Haverá greves do funcionalismo público. E ninguém notará.
Professores entrarão em greve. E ninguém notará.
Alunos invadirão a reitoria da USP.
O dia das Mães será no segundo domingo de Maio.
Já o dia dos Pais, independentemente de quem seja, será no dia 12 de Agosto.
Haverá congestionamentos em São Paulo.
Diretores de Escolas de Samba reclamarão de injustiça no resultado.
Caetano Veloso dará entrevista garantindo – ou não, sei lá...
Infelizmente, será difícil um filme brasileiro ganhar o Oscar.
Todavia, os astros garantem: Um filme brasileiro ganhará a categoria nacional do Festival de Gramado.
Atrizes globais cinqüentonas (ou mais) unir-se-ão a homens muito mais jovens.
Artistas estarão envolvidos com drogas.
Haverá programação especial para comemorar o centenário de Nelson Rodrigues, Mazzaropi e Jorge Amado e, talvez, novamente, de Adoniram.
O Braziu classificar-se-á antecipadamente para a Copa de 2014.
Noventa e nove por cento de possibilidade do campeão gaúcho ser o Internacional ou o Grêmio.
É semelhante a possibilidade do campeão mineiro ser o Cruzeiro ou Atlético.
O Íbis vencerá uma partida. (N.A.– Preciso errar algo para ter credibilidade).
Chipre não se classificará para as finais da “Euro-Copa”.
José Sarney e parte do PMDB apoiarão o governo.
Outra parte apoiará quem estiver no Governo.
Dilma demitirá ministros por causa de denúncias da imprensa.
Continuaremos sem saber como uma tartaruga sobe num poste e o que faz lá.
Surgirão templos evangélicos em diversas esquinas e galpões.
Eduardo Suplicy cantará “Blowin´in the Wind” , em uma sessão do Senado..
Um membro do Judiciário cometerá crime e será absolvido por seus pares.
Presos indultados cometerão crimes no período do indulto.
Membros do tráfico serão libertados por seus pares que explodirão uma delegacia.
Políticos envolvidos com milícias e com o tráfico serão julgados e absolvidos por seus pares.
A lei da Ficha Limpa talvez seja julgada pelo STF.
O povo discutirá os crimes nas novelas e prescreverão crimes reais de políticos.
O Mensalão poderá ingressar na primeira série, pois completará sete anos.
Haverá horário político obrigatório.
O Ministro da Saúde falará em rede nacional sobre o surto de dengue e afirmará que os culpados são seus vizinhos e os donos de borracharia.
Haverá muitas balas perdidas no Rio.
Morros desabarão por causa das chuvas.
Haverá denúncias de desvios nas doações.
A passeata do Orgulho Gay terá muito mais gente que em 2011.
Miss Braziu ainda será uma mulher.
Há fortes probabilidades de nascer a Miss Braziu-2032.
Se houver a conjunção da constelação de Áries com a Estrela Dalva, haverá forte reação de Touro que exigirá o teste de DNA dos Gêmeos no programa do Ratinho.
Depois dos Quartos Crescentes virão sempre as Luas Cheias.
Haverá “blue moon” em Agosto.
Para terminar, deixo uma mensagem de esperança:
Que todos estejamos aqui ao final de 2012, para novas estonteantes previsões.
Um feliz 2012 !
Nossas previsões para 2011 foram um sucesso.
Mais de 95% de acerto.
Em time que está ganhando não se mexe...
Repetiremos o feito em 2012.
Então, vamos lá:
O ano será bissexto.
Assim sendo, seguramente Fevereiro terá 29 dias.
Todos os demais meses também.
A BANCOOP não entregará nenhum imóvel.
O Corinthians disputará novamente a Libertadores.
Pela Internet, circularão informações que Elvis não morreu, que querem acabar com o 13º.salário, que alguém amanheceu numa banheira de gelo sem o rim, que alguém foi dopado ao pegar o segundo prato num restaurante, que este parágrafo está parecendo boletim de ocorrência de tantos “quês”.
Haverá shows com sobreviventes da Jovem Guarda.
A TV Globo apresentará o Especial de Natal de Roberto Carlos.
Se Roberto não se converter à Universal e apresentar-se na Record.
Acontecerão tragédias aéreas. O BBB e a Fazenda continuarão no ar.
Quem sobreviver, e não tiver o que fazer, verá. Estarei ocupado.
Morrerão pessoas que nunca haviam morrido antes.
Em não existindo Medidas Provisórias alterando as datas por motivo de força maior, a terça-feira de Carnaval será numa terça-feira, a sexta-feira Santa numa sexta e Corpus Christi (não confundir com Habeas-Corpus) numa quinta.
Os Habeas-Corpus serão concedidos em todos os dias da semana, liberando o geral.
O governo anunciará a descoberta de poços de petróleo no pressal.
O preço da gasolina continuará salgado.
O índice de reajuste do aposentado será menor que o do Salário Mínimo.
Haverá greves do funcionalismo público. E ninguém notará.
Professores entrarão em greve. E ninguém notará.
Alunos invadirão a reitoria da USP.
O dia das Mães será no segundo domingo de Maio.
Já o dia dos Pais, independentemente de quem seja, será no dia 12 de Agosto.
Haverá congestionamentos em São Paulo.
Diretores de Escolas de Samba reclamarão de injustiça no resultado.
Caetano Veloso dará entrevista garantindo – ou não, sei lá...
Infelizmente, será difícil um filme brasileiro ganhar o Oscar.
Todavia, os astros garantem: Um filme brasileiro ganhará a categoria nacional do Festival de Gramado.
Atrizes globais cinqüentonas (ou mais) unir-se-ão a homens muito mais jovens.
Artistas estarão envolvidos com drogas.
Haverá programação especial para comemorar o centenário de Nelson Rodrigues, Mazzaropi e Jorge Amado e, talvez, novamente, de Adoniram.
O Braziu classificar-se-á antecipadamente para a Copa de 2014.
Noventa e nove por cento de possibilidade do campeão gaúcho ser o Internacional ou o Grêmio.
É semelhante a possibilidade do campeão mineiro ser o Cruzeiro ou Atlético.
O Íbis vencerá uma partida. (N.A.– Preciso errar algo para ter credibilidade).
Chipre não se classificará para as finais da “Euro-Copa”.
José Sarney e parte do PMDB apoiarão o governo.
Outra parte apoiará quem estiver no Governo.
Dilma demitirá ministros por causa de denúncias da imprensa.
Continuaremos sem saber como uma tartaruga sobe num poste e o que faz lá.
Surgirão templos evangélicos em diversas esquinas e galpões.
Eduardo Suplicy cantará “Blowin´in the Wind” , em uma sessão do Senado..
Um membro do Judiciário cometerá crime e será absolvido por seus pares.
Presos indultados cometerão crimes no período do indulto.
Membros do tráfico serão libertados por seus pares que explodirão uma delegacia.
Políticos envolvidos com milícias e com o tráfico serão julgados e absolvidos por seus pares.
A lei da Ficha Limpa talvez seja julgada pelo STF.
O povo discutirá os crimes nas novelas e prescreverão crimes reais de políticos.
O Mensalão poderá ingressar na primeira série, pois completará sete anos.
Haverá horário político obrigatório.
O Ministro da Saúde falará em rede nacional sobre o surto de dengue e afirmará que os culpados são seus vizinhos e os donos de borracharia.
Haverá muitas balas perdidas no Rio.
Morros desabarão por causa das chuvas.
Haverá denúncias de desvios nas doações.
A passeata do Orgulho Gay terá muito mais gente que em 2011.
Miss Braziu ainda será uma mulher.
Há fortes probabilidades de nascer a Miss Braziu-2032.
Se houver a conjunção da constelação de Áries com a Estrela Dalva, haverá forte reação de Touro que exigirá o teste de DNA dos Gêmeos no programa do Ratinho.
Depois dos Quartos Crescentes virão sempre as Luas Cheias.
Haverá “blue moon” em Agosto.
Para terminar, deixo uma mensagem de esperança:
Que todos estejamos aqui ao final de 2012, para novas estonteantes previsões.
Um feliz 2012 !
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09 dezembro 2011
GUARDANAPO - Premio Especial do Juri - XIII Concurso Nacional de Poesias
GUARDANAPO
Maquiagem desfeita
Noite mal dormida
Castigo da vida?
Trabalho? Coisa feita?
No espelho um trapo
Sente-se um farrapo.
No canto amassado
Bilhete borrado...
Mais esperança perdida
Foi-se o sonho de véu
Prometido no papel
Tanta jura não cumprida
Carruagem? Conto de fada?
Viagem de lua de mel...
Tornaram-se apenas nada
Pouco restou da despedida:
Doendo no pensamento
Lágrima ressacada
A endurecer sentimento;
Dor cortante navalha
No amanhecer sem calor
Mais um amor errado
Solitária, bate um medo
Derreteu-se outra paixão
Sente arder o dedo
Ao acender o fogão
Nas mãos retalha
Aos fiapos o guardanapo
Com um verso encantado
Que aquecera seu coração
--------------------------------------------------------
XIII CONCURSO NACIONAL DE POESIAS 2011
Clube dos Escritores de Piracicaba
Categoria Profissional: Premio Especial do Júri para Pedro Luiz Dias Galuchi, de São Paulo/SP, com a poesia “Guardanapo”.
Maquiagem desfeita
Noite mal dormida
Castigo da vida?
Trabalho? Coisa feita?
No espelho um trapo
Sente-se um farrapo.
No canto amassado
Bilhete borrado...
Mais esperança perdida
Foi-se o sonho de véu
Prometido no papel
Tanta jura não cumprida
Carruagem? Conto de fada?
Viagem de lua de mel...
Tornaram-se apenas nada
Pouco restou da despedida:
Doendo no pensamento
Lágrima ressacada
A endurecer sentimento;
Dor cortante navalha
No amanhecer sem calor
Mais um amor errado
Solitária, bate um medo
Derreteu-se outra paixão
Sente arder o dedo
Ao acender o fogão
Nas mãos retalha
Aos fiapos o guardanapo
Com um verso encantado
Que aquecera seu coração
--------------------------------------------------------
XIII CONCURSO NACIONAL DE POESIAS 2011
Clube dos Escritores de Piracicaba
Categoria Profissional: Premio Especial do Júri para Pedro Luiz Dias Galuchi, de São Paulo/SP, com a poesia “Guardanapo”.
22 novembro 2011
SEQUELAS DO BRAZIL
Braziu,
Terra abaixo do Equador
Sem pecado, sem juízo
Você está um porre!
Veio Cabral navegador
Índios livres, paraíso
Quem agora lhes socorre?
Braziu,
Hoje sem suas densas matas
Só mentiras e cascatas
Jagunços bem armados
Será que tu não te arrependes?
De Zumbi a Chico Mendes
Quantos foram eliminados?
Braziu,
De seus bravos coronéis
Importando seus escravos
Acorrentados pelos pés
Libertos foram nos papéis
Continuam as correntes
Nos afro-descendentes
Braziu,
Dos grupos de meninos
Incendiando os Galdinos
Que não têm onde dormir
Nossa revolta só aumenta
Arde vermos o Pimenta
Leve e solto por aí
Braziu,
Das mortes na Candelária,
De Dorothy, madre operária
Essa sim vinha servir
Um povo a pedir socorro
Que despenca pelo morro
Basta uma chuva cair
Braziu,
Preto e pobre é que são presos
Nem ficamos mais surpresos
Só nos resta indignar
Nada de chamar a polícia
Senão surge uma milícia
Pra sua família chacinar
Braziu,
Levanta do eterno berço
De tanto levarem um terço
Seu continente vira ilha
Amada pátria tão garrida
Merecia melhor vida
Só em festa ter quadrilha
Braziu,
De mulher, praia e cerveja
Cada esquina uma igreja
Enriquece seu pastor
Corrupção se espalha
Ainda chamam o canalha
De excelência e doutor
Braziu,
Que fim levou o seu Cruzeiro!
Vale mais quem tem dinheiro
Bom padrinho, costa quente,
Será que um dia toma jeito
Ter igualdade e respeito
Quem sabe mais frente
Braziu,
Da malária, mal de Chagas
A pior de suas pragas
Não é a saúva, é o chupim
Vende riqueza nas lotecas
Enquanto enchem as cuecas
Com o rateio do butim
Braziu,
Crise na bolsa, inflação
Mais um banco faliu
Manda a conta pro povão
De fome chora a criança
Velho morre de frio
Cansa a esperança
Braziu
Tento mudar de canal
A notícia é sempre igual
Do palanque vem promessa
Parece que só interessa
Encher a cara e de fogo
Sentar e ver o jogo
Braziu,
Do folclore e carnaval
Não se estranhe, afinal
O saci ser um herói
Se pelos deuses abençoado
Alguma coisa deu errado
Isso dói e como dói
Braziu,
Terra abaixo do Equador
Sem pecado, sem juízo
Você está um porre!
Veio Cabral navegador
Índios livres, paraíso
Quem agora lhes socorre?
Braziu,
Hoje sem suas densas matas
Só mentiras e cascatas
Jagunços bem armados
Será que tu não te arrependes?
De Zumbi a Chico Mendes
Quantos foram eliminados?
Braziu,
De seus bravos coronéis
Importando seus escravos
Acorrentados pelos pés
Libertos foram nos papéis
Continuam as correntes
Nos afro-descendentes
Braziu,
Dos grupos de meninos
Incendiando os Galdinos
Que não têm onde dormir
Nossa revolta só aumenta
Arde vermos o Pimenta
Leve e solto por aí
Braziu,
Das mortes na Candelária,
De Dorothy, madre operária
Essa sim vinha servir
Um povo a pedir socorro
Que despenca pelo morro
Basta uma chuva cair
Braziu,
Preto e pobre é que são presos
Nem ficamos mais surpresos
Só nos resta indignar
Nada de chamar a polícia
Senão surge uma milícia
Pra sua família chacinar
Braziu,
Levanta do eterno berço
De tanto levarem um terço
Seu continente vira ilha
Amada pátria tão garrida
Merecia melhor vida
Só em festa ter quadrilha
Braziu,
De mulher, praia e cerveja
Cada esquina uma igreja
Enriquece seu pastor
Corrupção se espalha
Ainda chamam o canalha
De excelência e doutor
Braziu,
Que fim levou o seu Cruzeiro!
Vale mais quem tem dinheiro
Bom padrinho, costa quente,
Será que um dia toma jeito
Ter igualdade e respeito
Quem sabe mais frente
Braziu,
Da malária, mal de Chagas
A pior de suas pragas
Não é a saúva, é o chupim
Vende riqueza nas lotecas
Enquanto enchem as cuecas
Com o rateio do butim
Braziu,
Crise na bolsa, inflação
Mais um banco faliu
Manda a conta pro povão
De fome chora a criança
Velho morre de frio
Cansa a esperança
Braziu
Tento mudar de canal
A notícia é sempre igual
Do palanque vem promessa
Parece que só interessa
Encher a cara e de fogo
Sentar e ver o jogo
Braziu,
Do folclore e carnaval
Não se estranhe, afinal
O saci ser um herói
Se pelos deuses abençoado
Alguma coisa deu errado
Isso dói e como dói
-------------------------------------------
Baseado em versos de Duque Estrada, Ary Barroso, Baby Consuelo e Chico Buarque e tantas notícias de jornal.
Terra abaixo do Equador
Sem pecado, sem juízo
Você está um porre!
Veio Cabral navegador
Índios livres, paraíso
Quem agora lhes socorre?
Braziu,
Hoje sem suas densas matas
Só mentiras e cascatas
Jagunços bem armados
Será que tu não te arrependes?
De Zumbi a Chico Mendes
Quantos foram eliminados?
Braziu,
De seus bravos coronéis
Importando seus escravos
Acorrentados pelos pés
Libertos foram nos papéis
Continuam as correntes
Nos afro-descendentes
Braziu,
Dos grupos de meninos
Incendiando os Galdinos
Que não têm onde dormir
Nossa revolta só aumenta
Arde vermos o Pimenta
Leve e solto por aí
Braziu,
Das mortes na Candelária,
De Dorothy, madre operária
Essa sim vinha servir
Um povo a pedir socorro
Que despenca pelo morro
Basta uma chuva cair
Braziu,
Preto e pobre é que são presos
Nem ficamos mais surpresos
Só nos resta indignar
Nada de chamar a polícia
Senão surge uma milícia
Pra sua família chacinar
Braziu,
Levanta do eterno berço
De tanto levarem um terço
Seu continente vira ilha
Amada pátria tão garrida
Merecia melhor vida
Só em festa ter quadrilha
Braziu,
De mulher, praia e cerveja
Cada esquina uma igreja
Enriquece seu pastor
Corrupção se espalha
Ainda chamam o canalha
De excelência e doutor
Braziu,
Que fim levou o seu Cruzeiro!
Vale mais quem tem dinheiro
Bom padrinho, costa quente,
Será que um dia toma jeito
Ter igualdade e respeito
Quem sabe mais frente
Braziu,
Da malária, mal de Chagas
A pior de suas pragas
Não é a saúva, é o chupim
Vende riqueza nas lotecas
Enquanto enchem as cuecas
Com o rateio do butim
Braziu,
Crise na bolsa, inflação
Mais um banco faliu
Manda a conta pro povão
De fome chora a criança
Velho morre de frio
Cansa a esperança
Braziu
Tento mudar de canal
A notícia é sempre igual
Do palanque vem promessa
Parece que só interessa
Encher a cara e de fogo
Sentar e ver o jogo
Braziu,
Do folclore e carnaval
Não se estranhe, afinal
O saci ser um herói
Se pelos deuses abençoado
Alguma coisa deu errado
Isso dói e como dói
Braziu,
Terra abaixo do Equador
Sem pecado, sem juízo
Você está um porre!
Veio Cabral navegador
Índios livres, paraíso
Quem agora lhes socorre?
Braziu,
Hoje sem suas densas matas
Só mentiras e cascatas
Jagunços bem armados
Será que tu não te arrependes?
De Zumbi a Chico Mendes
Quantos foram eliminados?
Braziu,
De seus bravos coronéis
Importando seus escravos
Acorrentados pelos pés
Libertos foram nos papéis
Continuam as correntes
Nos afro-descendentes
Braziu,
Dos grupos de meninos
Incendiando os Galdinos
Que não têm onde dormir
Nossa revolta só aumenta
Arde vermos o Pimenta
Leve e solto por aí
Braziu,
Das mortes na Candelária,
De Dorothy, madre operária
Essa sim vinha servir
Um povo a pedir socorro
Que despenca pelo morro
Basta uma chuva cair
Braziu,
Preto e pobre é que são presos
Nem ficamos mais surpresos
Só nos resta indignar
Nada de chamar a polícia
Senão surge uma milícia
Pra sua família chacinar
Braziu,
Levanta do eterno berço
De tanto levarem um terço
Seu continente vira ilha
Amada pátria tão garrida
Merecia melhor vida
Só em festa ter quadrilha
Braziu,
De mulher, praia e cerveja
Cada esquina uma igreja
Enriquece seu pastor
Corrupção se espalha
Ainda chamam o canalha
De excelência e doutor
Braziu,
Que fim levou o seu Cruzeiro!
Vale mais quem tem dinheiro
Bom padrinho, costa quente,
Será que um dia toma jeito
Ter igualdade e respeito
Quem sabe mais frente
Braziu,
Da malária, mal de Chagas
A pior de suas pragas
Não é a saúva, é o chupim
Vende riqueza nas lotecas
Enquanto enchem as cuecas
Com o rateio do butim
Braziu,
Crise na bolsa, inflação
Mais um banco faliu
Manda a conta pro povão
De fome chora a criança
Velho morre de frio
Cansa a esperança
Braziu
Tento mudar de canal
A notícia é sempre igual
Do palanque vem promessa
Parece que só interessa
Encher a cara e de fogo
Sentar e ver o jogo
Braziu,
Do folclore e carnaval
Não se estranhe, afinal
O saci ser um herói
Se pelos deuses abençoado
Alguma coisa deu errado
Isso dói e como dói
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Baseado em versos de Duque Estrada, Ary Barroso, Baby Consuelo e Chico Buarque e tantas notícias de jornal.
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15 novembro 2011
ENTERRO DO QUERENCIO (quase cordel)
Vilarejo em silêncio
Quando a noticia correu
Morreu o seu Querêncio
Antes ele do que eu
Raquel caiu em pranto
Desses de desesperar
Tido quase como santo
Pelo povo do lugar
O padre se lamentou
A perda do sacristão
Porque não me esperou?
Queria dar extrema unção
Na hora do velório
Todo mundo apareceu
Que nem festa de casório
Quem não foi, diz que perdeu
Nem é bom lembrar
Confusão já começou
As beatas a rezar
Carpideira enciumou
Na viúva, a Raquel
Chegou um desconhecido
Foi mostrando um papel
Dívida do falecido
Zé do Empório escutou
E se manifestou
Se for pra ser assim
Também devia para mim
O Mané da Padaria
Foi ao padre e cochichou:
Tem vinho da sacristia
Que ele levou e não pagou
O Toninho lá do bar
Tomou coragem e reclamou
Minha mesa de bilhar
Com o taco ele rasgou
Murmurou uma mocinha
Da casa do pecado
Teve uma vezinha
Que eu lhe fiz fiado
O que é ruim também piora
Surgiu dona Esperança
Veio na última hora
Mostrar o pai para a criança
Querêncio deitadinho
Não podia reagir
Com cara de santinho
Parecia até sorrir
Raquel quase desmaiou
Só pode ser maldade
O cunhado confirmou
Tudo mesmo era verdade
Gritou enraivecida
Que vá logo para o inferno
Pra chegar bem na outra vida
Ainda lhe comprei um terno
Já vai tarde seu safado
Nem olhou para o caixão
E saiu de braço dado
Com um tal de Ricardão
Quando a noticia correu
Morreu o seu Querêncio
Antes ele do que eu
Raquel caiu em pranto
Desses de desesperar
Tido quase como santo
Pelo povo do lugar
O padre se lamentou
A perda do sacristão
Porque não me esperou?
Queria dar extrema unção
Na hora do velório
Todo mundo apareceu
Que nem festa de casório
Quem não foi, diz que perdeu
Nem é bom lembrar
Confusão já começou
As beatas a rezar
Carpideira enciumou
Na viúva, a Raquel
Chegou um desconhecido
Foi mostrando um papel
Dívida do falecido
Zé do Empório escutou
E se manifestou
Se for pra ser assim
Também devia para mim
O Mané da Padaria
Foi ao padre e cochichou:
Tem vinho da sacristia
Que ele levou e não pagou
O Toninho lá do bar
Tomou coragem e reclamou
Minha mesa de bilhar
Com o taco ele rasgou
Murmurou uma mocinha
Da casa do pecado
Teve uma vezinha
Que eu lhe fiz fiado
O que é ruim também piora
Surgiu dona Esperança
Veio na última hora
Mostrar o pai para a criança
Querêncio deitadinho
Não podia reagir
Com cara de santinho
Parecia até sorrir
Raquel quase desmaiou
Só pode ser maldade
O cunhado confirmou
Tudo mesmo era verdade
Gritou enraivecida
Que vá logo para o inferno
Pra chegar bem na outra vida
Ainda lhe comprei um terno
Já vai tarde seu safado
Nem olhou para o caixão
E saiu de braço dado
Com um tal de Ricardão
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27 outubro 2011
O SEQUESTRO DA FILHA DA SECRETARIA ELETRÔNICA
Alô! Você ligou para 5081-XYXZ. Mansão do Pedrão. Após o sinal deixe seu recado, que retornaremos – proposital a cruel dúvida: retornaremos de algum lugar ou retornaremos a ligação? - assim que pudermos ou ligue para meu celular - se for alguma coisa importante, a pessoa terá meu número.
A secretária lá de casa atende mais ou menos assim as ligações quando não estou ou não quero atender. Viva o B Identifica Número de A.
Tenho que confessar que eu acho que é assim.
Tem muito que na frase anterior? Não gostou, vá a Delegacia e faça um Boletim de “Oqueorrência”.
Eu ia dizendo que não se exatamente o que minha secretária eletrônica responde quando é incomodada.
Deve ser porque não ligo para ela.
Confesso: certa época eu ligava muito, para não me esquecer de algo. Deixava alguns recados para mim, como não “se esqueça de pagar a conta do telefone”.
Juro que sempre escuto as mensagens e retorno quando é algo importante.
Hoje, encontrei minha secretária quase em pânico.
Piscava desesperadamente.
Corri para ouvi-la.
A fita fazia fita.
Dizia, com voz de medo: Mãe! Mãe! Responde, mãe! Fui assaltada! Me ajuda! Me seqüestraram!
Breve silêncio...............
...................................................................
Dona! Seqüestramos sua filha! Responde, dona! Vamos matar sua filha!
Toin...toin...toin...toin...
Claro que o esperto leitor já deve ter concluído o lógico. Tratava-se daqueles telefonemas onde bandidos assustam familiares dizendo que seqüestraram seus filhos.
Estou acostumado a esse tipo de ligação.
Certa noite “meu filho” telefonou as três da matina dizendo que estava sendo seqüestrado. Ele jamais me ligaria às três da manhã. Cortaria sua mesada se fizesse isso. E as baladas acabavam geralmente as quatro.
Noutra madrugada, novo seqüestro. Minha filha. Mandei que a matassem, pois ela me enchia a paciência. Além disso, não tenho filhas.
Em outro seqüestro, voz convincente. Quase cai na esparrela, não estivessem meus filhos viajando fora do país.
A ameaça recebida hoje causou indignação com a queda da qualidade do seqüestrador. Será que o Sindicato dos Seqüestradores não tem um curso de qualificação profissional?
Eita, bandido burro! Não sabe nem conversar com uma secretária eletrônica. Poderia ter ameaçado mais. Dizer aonde eu deveria levar o dinheiro do resgate. Para eu não chamar o CSI. Não ligar para o 190. Ao menos deixar um telefone para retorno. Algo assim, não acham?
De outra parte, o telefonema deixou-me encafifado. Minha secretária parece ter ficado muito preocupada com o recado.
Será que a “filha seqüestrada” seria mesmo a minha? Ou será que a minha secretária terá mesmo uma filha que eu desconheço?
Nestes tempos de modernidade, nada surpreende. Espera-se qualquer coisa.
Estou desconfiado!
Será que a minha secretária terá tido um caso nessas conduítes da vida? Com o cabo da antena de TV, da TV a cabo, do alarme.
Sei não!
A secretária lá de casa atende mais ou menos assim as ligações quando não estou ou não quero atender. Viva o B Identifica Número de A.
Tenho que confessar que eu acho que é assim.
Tem muito que na frase anterior? Não gostou, vá a Delegacia e faça um Boletim de “Oqueorrência”.
Eu ia dizendo que não se exatamente o que minha secretária eletrônica responde quando é incomodada.
Deve ser porque não ligo para ela.
Confesso: certa época eu ligava muito, para não me esquecer de algo. Deixava alguns recados para mim, como não “se esqueça de pagar a conta do telefone”.
Juro que sempre escuto as mensagens e retorno quando é algo importante.
Hoje, encontrei minha secretária quase em pânico.
Piscava desesperadamente.
Corri para ouvi-la.
A fita fazia fita.
Dizia, com voz de medo: Mãe! Mãe! Responde, mãe! Fui assaltada! Me ajuda! Me seqüestraram!
Breve silêncio...............
...................................................................
Dona! Seqüestramos sua filha! Responde, dona! Vamos matar sua filha!
Toin...toin...toin...toin...
Claro que o esperto leitor já deve ter concluído o lógico. Tratava-se daqueles telefonemas onde bandidos assustam familiares dizendo que seqüestraram seus filhos.
Estou acostumado a esse tipo de ligação.
Certa noite “meu filho” telefonou as três da matina dizendo que estava sendo seqüestrado. Ele jamais me ligaria às três da manhã. Cortaria sua mesada se fizesse isso. E as baladas acabavam geralmente as quatro.
Noutra madrugada, novo seqüestro. Minha filha. Mandei que a matassem, pois ela me enchia a paciência. Além disso, não tenho filhas.
Em outro seqüestro, voz convincente. Quase cai na esparrela, não estivessem meus filhos viajando fora do país.
A ameaça recebida hoje causou indignação com a queda da qualidade do seqüestrador. Será que o Sindicato dos Seqüestradores não tem um curso de qualificação profissional?
Eita, bandido burro! Não sabe nem conversar com uma secretária eletrônica. Poderia ter ameaçado mais. Dizer aonde eu deveria levar o dinheiro do resgate. Para eu não chamar o CSI. Não ligar para o 190. Ao menos deixar um telefone para retorno. Algo assim, não acham?
De outra parte, o telefonema deixou-me encafifado. Minha secretária parece ter ficado muito preocupada com o recado.
Será que a “filha seqüestrada” seria mesmo a minha? Ou será que a minha secretária terá mesmo uma filha que eu desconheço?
Nestes tempos de modernidade, nada surpreende. Espera-se qualquer coisa.
Estou desconfiado!
Será que a minha secretária terá tido um caso nessas conduítes da vida? Com o cabo da antena de TV, da TV a cabo, do alarme.
Sei não!
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24 outubro 2011
ADOTE UM CÃO E LEVE UMA CRIANÇA
Dirão cobras e lagartos.
Texto sem pata nem focinho.
Voltas em torno do rabo.
Claro que gosto de animais.
Tenho a pata atrás com certa raça bípede e mamífera.
Chegada a uma ditadura.
Sou contra todo tipo de ditadura.
Inclusive a dos cães abandonados.
Quem adota um?
Dei uma volta pela cidade.
Vi umas filas.
De pobres e abandonados.
À porta do Posto de Saúde.
Não eram cães.
Talvez tratados pior que os cães da fila da tosa.
Todos prosas.
Quem não quer tomar banho e tosar a barba não entra no albergue.
Dorme sob o Minhocão.
Um cão comia restos de cachorro quente.
Sob o sol quente, crianças mendigavam.
À espera de adoção?
Sem qualquer chance.
Já adotados pela miséria, sem esperança
Deu na TV: Tosador descuidado mata cachorro.
Proíbam-se os “mata-cachorros”.
Pega! Pega! Morde o motoqueiro.
Pega! Pega o filhote no colo.
Uma gracinha!
É castrado!
Castrado o destino dos mal nascidos.
Nos berços da vida.
Nos corredores do SUS.
É sem sentido?
É sem sentido.
Canil é orfanato de cachorro?
Alguns cães são como crianças para muitos.
Muitas crianças queriam ser tratadas como alguns cães.
Atenção!
Promoção!
Quem adota uma criança?
Leva um cachorro de brinde.
Quem adota um cachorro?
Leva uma criança de brinde.
Leva, vai!
Texto sem pata nem focinho.
Voltas em torno do rabo.
Claro que gosto de animais.
Tenho a pata atrás com certa raça bípede e mamífera.
Chegada a uma ditadura.
Sou contra todo tipo de ditadura.
Inclusive a dos cães abandonados.
Quem adota um?
Dei uma volta pela cidade.
Vi umas filas.
De pobres e abandonados.
À porta do Posto de Saúde.
Não eram cães.
Talvez tratados pior que os cães da fila da tosa.
Todos prosas.
Quem não quer tomar banho e tosar a barba não entra no albergue.
Dorme sob o Minhocão.
Um cão comia restos de cachorro quente.
Sob o sol quente, crianças mendigavam.
À espera de adoção?
Sem qualquer chance.
Já adotados pela miséria, sem esperança
Deu na TV: Tosador descuidado mata cachorro.
Proíbam-se os “mata-cachorros”.
Pega! Pega! Morde o motoqueiro.
Pega! Pega o filhote no colo.
Uma gracinha!
É castrado!
Castrado o destino dos mal nascidos.
Nos berços da vida.
Nos corredores do SUS.
É sem sentido?
É sem sentido.
Canil é orfanato de cachorro?
Alguns cães são como crianças para muitos.
Muitas crianças queriam ser tratadas como alguns cães.
Atenção!
Promoção!
Quem adota uma criança?
Leva um cachorro de brinde.
Quem adota um cachorro?
Leva uma criança de brinde.
Leva, vai!
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19 outubro 2011
FIAT LUX
DIVAGAÇÕES ILUMINADAS
Hoje quase entrei em estado de choque.
Queria escrever um texto e pus-me a matutar à busca de uma idéia luminosa.
Oh! Raios!... Porque me falham, conexões cerebrais? Onde estão vocês, neurônios? Melhor consultar um neurologista. Posso estar com um axônio com defeito químico na sinapse.
Eu, que sempre diziam estar ligado em duzentos e vinte, talvez esteja com algum plug desligado.
Esperem um pouco. Preciso ter uma conversinha com o corretor automático de textos.
“Se liga, meu! Pare de corrigir para plugue. Em meados do século XX era plug mesmo. De mais a mais o plug é meu, eu escrevo como eu quero. Se continuar grifando meu texto, eu lhe desligo”
Essas máquinas!
Continuando...
Puxando pelo fio da memória, imagens surgem lentamente como nas velhas televisões valvuladas.
Algumas notícias tristes.
Lembrei-me da história do Nélson, um rapaz tamanho guarda-roupas, que trabalhava com manutenção de elevadores. Deve ter conectado o vermelho no amarelo, quando era para conectar o preto no branco e foi lançado ao fosso. Felizmente estava apenas no segundo andar e não veio (ou foi) a óbito. Entretanto, o deslocamento de ar e o barulho levaram parte de sua audição.
Em outra situação, perdi um aluno. Empinava pipa e tentou desenganchar uma do fio com uma barra metálica. A descarga foi fatal.
Um terceiro caso nunca foi muito claro.
Diz a lenda que um casal estava no escurinho, fazendo sei lá o que. Não era no cinema, nem chupavam dropes (no meu tempo era drops) de anis, que nem a Rita Lee. De repente, como em outra música: A lâmpada acendeu...
Que foi grilo falante? Como você é chato! Se liga, mano! Qual o grilo desta vez?
Ah! A música era “... a lâmpada apagou....”
Sei lá! O fato é que a lâmpada acendeu, o marido apareceu e encheu o rapaz de porrada.
Está muito trágico? Parecendo aqueles programas de fim de tarde?
Para iluminar seu sorriso, lembrei-me de uma historinha singela.
Bem light...
Um menininho assistia a um filme no cinema, quando um black-out (prefiro o estrangeirismo a esse neologismo do apagão) apagou (ou blequeteou?) o bairro. Inocentemente, o garoto perguntou à mãe se iriam passar o filme a vela.
Engraçadinha, não?
Algo mais sério?
Minhas linhas de transmissão levam-me às usinas energéticas.
Itaipu... Furnas...
A quantidade de pessoas em cargos dos Conselhos de Administração dessas estatais não lembra uma árvore de Natal cheia de penduricalhos, enfeites e estrelinhas, entre pisca-piscas coloridos?
Por essa luz que me ilumina: Disse algo que não devia?
Que foi desta vez, grilo? Ainda troco você por um vaga-lume falante.
Ah! Eles preferem ficar longe dos holofotes?
Melhor homenagear alguém? Mais seguro?
Já sei!
Ninguém melhor que Thomas Edison.
Oh! Iluminado descobridor (e não inventor) da energia elétrica. Você merece todas as homenagens e loas. Foi o grande transformador do mundo. Sua descoberta, depois da roda, a maior de toda humanidade. Sem ela, quase nada seria possível. Basta-nos abrir os olhos e veremos quantas coisas o ser humano pode desenvolver com sua descoberta....
Epa! Que foi isso?
A lâmpada piscou...
Será que dará tempo de terminar o tex...
Hoje quase entrei em estado de choque.
Queria escrever um texto e pus-me a matutar à busca de uma idéia luminosa.
Oh! Raios!... Porque me falham, conexões cerebrais? Onde estão vocês, neurônios? Melhor consultar um neurologista. Posso estar com um axônio com defeito químico na sinapse.
Eu, que sempre diziam estar ligado em duzentos e vinte, talvez esteja com algum plug desligado.
Esperem um pouco. Preciso ter uma conversinha com o corretor automático de textos.
“Se liga, meu! Pare de corrigir para plugue. Em meados do século XX era plug mesmo. De mais a mais o plug é meu, eu escrevo como eu quero. Se continuar grifando meu texto, eu lhe desligo”
Essas máquinas!
Continuando...
Puxando pelo fio da memória, imagens surgem lentamente como nas velhas televisões valvuladas.
Algumas notícias tristes.
Lembrei-me da história do Nélson, um rapaz tamanho guarda-roupas, que trabalhava com manutenção de elevadores. Deve ter conectado o vermelho no amarelo, quando era para conectar o preto no branco e foi lançado ao fosso. Felizmente estava apenas no segundo andar e não veio (ou foi) a óbito. Entretanto, o deslocamento de ar e o barulho levaram parte de sua audição.
Em outra situação, perdi um aluno. Empinava pipa e tentou desenganchar uma do fio com uma barra metálica. A descarga foi fatal.
Um terceiro caso nunca foi muito claro.
Diz a lenda que um casal estava no escurinho, fazendo sei lá o que. Não era no cinema, nem chupavam dropes (no meu tempo era drops) de anis, que nem a Rita Lee. De repente, como em outra música: A lâmpada acendeu...
Que foi grilo falante? Como você é chato! Se liga, mano! Qual o grilo desta vez?
Ah! A música era “... a lâmpada apagou....”
Sei lá! O fato é que a lâmpada acendeu, o marido apareceu e encheu o rapaz de porrada.
Está muito trágico? Parecendo aqueles programas de fim de tarde?
Para iluminar seu sorriso, lembrei-me de uma historinha singela.
Bem light...
Um menininho assistia a um filme no cinema, quando um black-out (prefiro o estrangeirismo a esse neologismo do apagão) apagou (ou blequeteou?) o bairro. Inocentemente, o garoto perguntou à mãe se iriam passar o filme a vela.
Engraçadinha, não?
Algo mais sério?
Minhas linhas de transmissão levam-me às usinas energéticas.
Itaipu... Furnas...
A quantidade de pessoas em cargos dos Conselhos de Administração dessas estatais não lembra uma árvore de Natal cheia de penduricalhos, enfeites e estrelinhas, entre pisca-piscas coloridos?
Por essa luz que me ilumina: Disse algo que não devia?
Que foi desta vez, grilo? Ainda troco você por um vaga-lume falante.
Ah! Eles preferem ficar longe dos holofotes?
Melhor homenagear alguém? Mais seguro?
Já sei!
Ninguém melhor que Thomas Edison.
Oh! Iluminado descobridor (e não inventor) da energia elétrica. Você merece todas as homenagens e loas. Foi o grande transformador do mundo. Sua descoberta, depois da roda, a maior de toda humanidade. Sem ela, quase nada seria possível. Basta-nos abrir os olhos e veremos quantas coisas o ser humano pode desenvolver com sua descoberta....
Epa! Que foi isso?
A lâmpada piscou...
Será que dará tempo de terminar o tex...
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10 outubro 2011
LIDER TAXI - DESRESPEITA DEFICIENTE VISUAL
Divulguem e boicotem a TAXI LIDER
Nota publicada no
Jornal o Estado de S.Paulo.
Érsea é vice-presidente do Instituto Iris, onde presto trabalho voluntário.
TAXISTA SE NEGA A TRANSPORTAR DEFICIENTE VISUAL
Sou deficiente visual e me locomovo com a ajuda de meu cão-guia. Embora exista uma lei que garanta o meu direito de ser transportada com ele em veículos públicos e privados, muita gente ainda insiste em desrespeitá-la. Em 15/9, por volta das 22 horas, liguei para a Líder Táxi solicitando um carro. Quando o taxista chegou ao local solicitado, negou-se a fazer a corrida e disse: "Animal dentro do meu carro, nem pensar". O motorista arrancou com o veículo ainda com a porta aberta. Naquele momento, eu estava apoiada na porta e, por pouco, não fui jogada ao chão. No ano passado, tive o mesmo problema. Fiz uma reclamação na Líder Táxi e, desde essa época, quando ligo de meu celular, nunca há um carro disponível. Novamente telefonei para reclamar, mas a ligação só chamava. Porém, ao ligar de outro telefone, fui atendida já no primeiro toque. A atendente justificou dizendo que "infelizmente, não dispomos de veículos adaptados para o transporte de passageiros com cão-guia". Ora, não é preciso nenhuma adaptação para fazer esse tipo de transporte. O cachorro, além de dócil, é treinado e fica sentado no assoalho do veículo durante todo o trajeto - sem causar qualquer interferência no trabalho do motorista. Além disso, a Lei 11.126/05 assegura ao portador de deficiência visual o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo.
ERSÉA MARIA ALVES / SÃO PAULO
Nota publicada no
Jornal o Estado de S.Paulo.
Érsea é vice-presidente do Instituto Iris, onde presto trabalho voluntário.
TAXISTA SE NEGA A TRANSPORTAR DEFICIENTE VISUAL
Sou deficiente visual e me locomovo com a ajuda de meu cão-guia. Embora exista uma lei que garanta o meu direito de ser transportada com ele em veículos públicos e privados, muita gente ainda insiste em desrespeitá-la. Em 15/9, por volta das 22 horas, liguei para a Líder Táxi solicitando um carro. Quando o taxista chegou ao local solicitado, negou-se a fazer a corrida e disse: "Animal dentro do meu carro, nem pensar". O motorista arrancou com o veículo ainda com a porta aberta. Naquele momento, eu estava apoiada na porta e, por pouco, não fui jogada ao chão. No ano passado, tive o mesmo problema. Fiz uma reclamação na Líder Táxi e, desde essa época, quando ligo de meu celular, nunca há um carro disponível. Novamente telefonei para reclamar, mas a ligação só chamava. Porém, ao ligar de outro telefone, fui atendida já no primeiro toque. A atendente justificou dizendo que "infelizmente, não dispomos de veículos adaptados para o transporte de passageiros com cão-guia". Ora, não é preciso nenhuma adaptação para fazer esse tipo de transporte. O cachorro, além de dócil, é treinado e fica sentado no assoalho do veículo durante todo o trajeto - sem causar qualquer interferência no trabalho do motorista. Além disso, a Lei 11.126/05 assegura ao portador de deficiência visual o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo.
ERSÉA MARIA ALVES / SÃO PAULO
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07 outubro 2011
MORRI E NÃO ME AVISARAM
Olá!
Por favor! Alguém fale comigo...
Moço, não finja que não existo...
“Deixa eu” levar fiado!
....................................................
Sabe, gente! São tantas coisas pra gente... Pra gente o que mesmo, Gil?
Ah! Sim... Você colocou no cartão de lembretes...
Cartão?!?!
Arghhhhh....
Cartão, cartão, cartão...
Faz quinze dias que meu cartão do banco foi mastigado pela máquina do terminal e não repuseram. Não posso sacar dinheiro, não posso comprar, não posso nada. Tornei-me um incapaz... Civilmente incapaz... Talvez seja interditado, pois desapropriado já me sinto.
Quero um cartão novo, pedi. Urgente, por favor!
A culpa é da greve, disse meu gerente, que não é meu, mas do banco...
Greve de quem?
Do banco, dos correios, da.... (interatividade aí, leitor).
Tem culpa todo mundo, seu doutor, só não tem culpa eu, que estou “me ferrando-me”.
De Jobin e Vinicius: Eu não existo sem você...
Desliga esse rádio, cáspite!
Nem me venha com a desculpa (culpa... culpa...culpa... ecoa em meus ouvidos) que vão sortear um par de ingressos para o show do Tôfrito e Cuzido para os primeiros que ligarem.
Estou sem telefone há dois dias... Erraram a minha portabilidade...
Quem se importa?
Alô!
Não! Não foi meu telefone que tocou... Foi o orelhão comunitário.
Acho que estou enlouquecendo.
Pelo menos isso... É uma esperança que não tenha morrido...
Sem poder torrar a fortuna de minha aposentadoria, sem receber um telefonema, sem receber uma correspondência – nem que fosse boleto de cobrança - tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu...
Desculpa, Chico!
Por favor! Alguém fale comigo...
Moço, não finja que não existo...
“Deixa eu” levar fiado!
....................................................
Sabe, gente! São tantas coisas pra gente... Pra gente o que mesmo, Gil?
Ah! Sim... Você colocou no cartão de lembretes...
Cartão?!?!
Arghhhhh....
Cartão, cartão, cartão...
Faz quinze dias que meu cartão do banco foi mastigado pela máquina do terminal e não repuseram. Não posso sacar dinheiro, não posso comprar, não posso nada. Tornei-me um incapaz... Civilmente incapaz... Talvez seja interditado, pois desapropriado já me sinto.
Quero um cartão novo, pedi. Urgente, por favor!
A culpa é da greve, disse meu gerente, que não é meu, mas do banco...
Greve de quem?
Do banco, dos correios, da.... (interatividade aí, leitor).
Tem culpa todo mundo, seu doutor, só não tem culpa eu, que estou “me ferrando-me”.
De Jobin e Vinicius: Eu não existo sem você...
Desliga esse rádio, cáspite!
Nem me venha com a desculpa (culpa... culpa...culpa... ecoa em meus ouvidos) que vão sortear um par de ingressos para o show do Tôfrito e Cuzido para os primeiros que ligarem.
Estou sem telefone há dois dias... Erraram a minha portabilidade...
Quem se importa?
Alô!
Não! Não foi meu telefone que tocou... Foi o orelhão comunitário.
Acho que estou enlouquecendo.
Pelo menos isso... É uma esperança que não tenha morrido...
Sem poder torrar a fortuna de minha aposentadoria, sem receber um telefonema, sem receber uma correspondência – nem que fosse boleto de cobrança - tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu...
Desculpa, Chico!
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05 setembro 2011
HEMORRÓIDAS...ARDEM!!
Vejam isso é email que se mande.
Foi redigido por um "premiado" durante o "pós-operatório" do traseiro.
Diz a lenda que é assim mesmo.
----------------------------------------------------------------
Ptolomeu em 150 d.C. falava que a terra era o centro do universo e que tudo girava em torno dela.
Foram precisos cerca de 1400 anos para esta teoria ser rebatida por Nicolau Copérnico provando para a humanidade que o Sol sim era o centro.
Eu, simplesmente eu, descobri em apenas três dias, após 56 anos, que ambos estavam redondamente enganados: O centro do Universo é o ..... (fiofó)
Isso mesmo! O vulgarmente chamado de ...!
Operei das hemorróidas em caráter de urgência algumas semanas atrás.
No domingo à noitinha, o que achava que seria uma singela eliminação de gases, quase me virou do avesso.
É difícil, mas vamos ver se reverte, falou meu médico.
Reverteu merda nenhuma. Era mais fácil o Lula aceitar que sabia do mensalão do que aquela lazarenta bolinha (?) dar o toque de recolher.
Foram quase 2 horas de cirurgia e confesso não senti nadica de nada e não sofri abuso sexual durante minha letargia!
Dois dias de hospital, passei bem embora tenham tentado me afogar com tanto soro que me aplicaram, foram litros e litros.
Recebi alta e fui para casa repousar.
Passados os efeitos anestésicos e analgésicos, vem a primeira vez.
TAKEO...!! Parece que você está evacuando um croquete de figo da Índia com pedregulho, casca de abacaxi, concha de ostra e arame farpado.
É um auto-flagelo.
Por uns três dias dói tanto que você não imagina uma coisinha tão pequena e com um nome tão reduzido (...) possa doer tanto.
O tamanho da dor não é proporcional ao tamanho do nome.
Acho mesmo que o ... deveria chamar-se dobrovosky, tegulcigalpa, nabucodonosor.
Passam pela cabeça soluções mágicas:
Usar um ventilador! Só se for daqueles túneis aerodinâmicos.
Gelo! Só se eu escorregar pelado por uma encosta do Monte Everest.
Esguichinho d’água! Tem que ser igual a da Praça da Matriz, névoa seguida de jatos intercalados.
Descobri também que somos descendentes diretos do bugio, porque você fica andando como macaco e com o (...) vermelho; qualquer tosse, movimento inesperado, virada mais brusca o (...) dói, e como!
Para melhorar as idas à privada, recomenda-se dieta na base de fibras.
Foi o que fiz.
Devo ter comido cinco vassouras piaçaba, um tapete de sisal e alguns metros de corda.
Agora sei o sentido daquela frase: quem tem medo de cagar não come!
Tudo valeu, agora já estou bem. Vou ao banheiro como manda o figurino, não preciso pensar para soltar pum e o (...) está afinado. Uma beleza. Acho que em “ré” menor.
O chato é que tive de usar Modess por 20 dias após a cirurgia e hoje estou sentindo falta dele!
Ai! Meu Deus!
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28 agosto 2011
CORDEL CAPA DE REVISTAS (BATTISTI E ZÉ DIRCEU)
Ninguém me leve a mal
Que ando ruim da vista
Mas nas capas de revista
Lá das bancas de jornal
Parecia até competição
Numa o italiano terrorista
Noutra o “chefe” do mensalão
Olhei e me enraiveci
Como as coisas são erradas
Trabalhamos feito idiotas
E usam o nosso dinheiro
Pra sustentar esse condenado
Que matou compatriotas
Belo par de companheiros
O italiano tem documento
De cidadão brasileiro
Talvez ganhe um monumento
O que me deixa surpreso
Se lá ele seria preso
Aqui bem junto ao mar
Refestela-se a descansar
Como é normal essa gente
O outro bem falante
Também se diz inocente
De cabelos faz implante
À espera de sua condenação
Mas a todos garante
Decerto não terá prisão
O que não dizem do Brasil
Lesados aqui e vítimas da Itália
Que somos filhos de vadia
Comprados por alguns mil
Não espero ação divina
Na verdade é sempre falha
A justiça, se tardia
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12 agosto 2011
PINA VOLTOU DAS FÉRIAS
Oi, Gegê!
Pininha? O que aconteceu? Você sumiu...
Posso voltar ou a senhora me deu justa causa?
Claro que pode... Justa causa por que?
Verdade! Não sou rezistrada...
Deixe esses detalhes para lá... Por onde andou, menina?
Fui fazer turismo... Visitar uns parentes lá em cima...
Seis meses visitando parente, Pina! Haja parente... Ainda bem que você não é política, senão haja lugar para tanta gente...
Tenho muito mesmo. Tenho parente por tudo esse Nordeste. Em tudo que é estado.
No Piauí, em Maceió, Juazeiro do Norte e do Sul, Arapiraca, Aracaju, Caruaru, Camanducaia...
Pina, não exagere! Camanducaia é logo ali, em Minas...
Não senhora! É perto de Fortaleza...
Pina! Perto de Fortaleza? Não seria Caucaia?
Por isso é que eu demorei... Eu pedia passagem errada...
Ai! Pina! Você não mudou nada... Vá vestir o uniforme que tem bastante serviço...
Pra já!... Dona Gegê...
O que foi?
Quem ajudou a senhora esse tempo todo...
Tive que me virar sozinha...
Por isso que está essa bagunça... Depois fala mal de mim...
Pina! Não começa...
Ai! Gegê... Eu não tenho culpa dessa confusão, não é?...
Que confusão?
Do pessoal da mulher do Lula.
Que mulher do Lula?
A que eu votei. A presidenta...
Ai... ai... ai... ai... ai... O que você tem a ver com a presidente?
Sei não! Eu fiz confusão nas Cidades, posso ter atrapalhado o Transporte de alguma mercadoria... Sei lá! E estão algemando quem faz Turismo.
Pina! Pelo amor de Deus... Não é nada disso...
É sim! Eu vi na televisão do meu primo lá em Cabaceiras... A TV dele é mais bonita que a da senhora... Porque a senhora não compra uma igual?
Não interessa! E fica de boquinha bem fechada, senão mando colocar um zíper...
Puxa vida! Já vi que não mudou nada!
Vai lavar a louça, vai!
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11 junho 2011
O RIO E O DIVINO (Primeiro Lugar na VII Aprodivino/Itanhaem)
Esta poesia foi classificada em Primeiro lugar na APRODIVINO 2011 de Itanhaém
-----------------------------------------------------------------------------
O RIO E O DIVINO
Rio escorre sem sororoca
Deve ser pra ver a soca
Divina arte em forma peregrina
Maridos, esposas, idoso, menina
Todos a amassar o pilão
Distribuir o produto pro irmão
Rio vai morrendo de vontade
Queria parar e ir para praça
Mudar o desaguadouro
Assistir a fé de verdade
Orgulho de povo de raça
Quanto vale esse tesouro?
Rio passa perto devagarinho
Se não provocasse enchente
Chegaria pertinho dessa gente
Veria o brilho no olhar de menino
Que vai socando com carinho
Preparando a festa do Divino
Prestando bem a atenção
Vento no Rio entoa um hino
Tum... Tum... Tal um coração
Acompanha o badalar do sino
Adentro da noite sagrada
Em que a fé é demonstrada
Rio não pode voltar suas águas
Gente pode esquecer as mágoas
Redobrar a fé ano após ano
Põe mais arroz, enche de farinha
Soca o pilão, sonha outro plano
Reza Pai Nosso, Salve Rainha
Alegria não seria só minha...
Se numa magia do destino
Saísse o Rio da linha
Viesse saudar o Divino!
.........................................................................
Vem rio, vem!
Vem saudar, vem!
A festa do Divino
De Itanhaém
-----------------------------------------------------------------
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O RIO E O DIVINO
Rio escorre sem sororoca
Deve ser pra ver a soca
Divina arte em forma peregrina
Maridos, esposas, idoso, menina
Todos a amassar o pilão
Distribuir o produto pro irmão
Rio vai morrendo de vontade
Queria parar e ir para praça
Mudar o desaguadouro
Assistir a fé de verdade
Orgulho de povo de raça
Quanto vale esse tesouro?
Rio passa perto devagarinho
Se não provocasse enchente
Chegaria pertinho dessa gente
Veria o brilho no olhar de menino
Que vai socando com carinho
Preparando a festa do Divino
Prestando bem a atenção
Vento no Rio entoa um hino
Tum... Tum... Tal um coração
Acompanha o badalar do sino
Adentro da noite sagrada
Em que a fé é demonstrada
Rio não pode voltar suas águas
Gente pode esquecer as mágoas
Redobrar a fé ano após ano
Põe mais arroz, enche de farinha
Soca o pilão, sonha outro plano
Reza Pai Nosso, Salve Rainha
Alegria não seria só minha...
Se numa magia do destino
Saísse o Rio da linha
Viesse saudar o Divino!
.........................................................................
Vem rio, vem!
Vem saudar, vem!
A festa do Divino
De Itanhaém
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09 maio 2011
PANIS ET CIRCENSES
PANIS ET CIRCENSES
A Platéia quer dar risada
Mas como contar piada
Fazer chiste, uma troça?
Queimaram o homem da carroça
Ardeu como Galdino
E tantos sem nome
Queimados de fome
Ardendo por dentro
Meninos do Centro
Na Sé, Candelária,
Chacina, Zona Leste
Só mais um do Nordeste
Placas nas esquinas
Vendem-se meninas!
Coisinha corriqueira!
Que bobeira, negão!
Viva a novela diária
Hoje não tenho não
Nenhuma palavra hilária
Uma situação “non sense”.
Mas... e a platéia?
Precisa sorrir...
À alcatéia:
Panis et circenses
----------------------------------------------------------------------------------
São Paulo, 09 de maio de 2011.
Esta semana dois “carroceiros” foram queimados vivos no bairro do Brás.
A Platéia quer dar risada
Mas como contar piada
Fazer chiste, uma troça?
Queimaram o homem da carroça
Ardeu como Galdino
E tantos sem nome
Queimados de fome
Ardendo por dentro
Meninos do Centro
Na Sé, Candelária,
Chacina, Zona Leste
Só mais um do Nordeste
Placas nas esquinas
Vendem-se meninas!
Coisinha corriqueira!
Que bobeira, negão!
Viva a novela diária
Hoje não tenho não
Nenhuma palavra hilária
Uma situação “non sense”.
Mas... e a platéia?
Precisa sorrir...
À alcatéia:
Panis et circenses
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São Paulo, 09 de maio de 2011.
Esta semana dois “carroceiros” foram queimados vivos no bairro do Brás.
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06 maio 2011
BANCOOP - INTERVENÇÃO E VILA CLEMENTINO
Colegas de Infortunio,
Falo pessoalmente, pois enquanto diretor da ASSOCIAÇÃO não recebi qualquer contato da BANCOOP.
Sinceramente não sei quais motivos ainda leva pessoas a manterem contatos extrajudiciais com a BANCOOP, procurando-a ou atendendo todo e qualquer telefonema.
Aliás, consultei e avisei ao Sindico e Subsindico quanto a mais esta artimanha da "Cooperativa de fachada".
Ambos responderam que não haviam sido procurados.
Quem é, então, o contato que representa o Vila Clementino?
Será que acreditam mesmo em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, para não mais elucubrar sobre a motivação de aceitarem "negociações".
Seis anos de mentiras não serviram de lição?
O que essas pessoas têm ido fazer na sede da BANCOOP?
O que trarão de novidade após a reunião da proxima segunda feira?
Tentarão nos empurrar novamente a OAS? Oferecerão que troquemos o desligamento da cooperativa pelo perdão da dívida?
Muito provavelmente não dirão nada de novo, pois nada mais tem a dizer.
Ou será que pedirão para não penhorarmos cadeiras, garrafas de uisque, frigobares, etc...
A BANCOOP está destruida.
Plagiando a manchete de uma revista de grande circulação: A casa deles caiu.
Na última terça-feira, os argumentos do advogado da cooperativa foram fulminados pelo voto do relator do Conselho Superior do MINISTERIO PUBLICO.
A Intervenção é iminente.
Até o Sindicato dos Bancários tenta tirar o time de campo e "ameaça" executar a dívida de 45 milhões ainda este mês.
O newletters, outrora farto de "convicentes" argumentos, neste mês saiu quase apenas com fotos.
A BANCOOP, como prevemos, ao confiarmos na Justiça, chegou na fase do não ter mais nada a dizer, depois de diversas vezes não querer conversa com seus cooperados, impedindo o acesso as Assembléias.
Encaminha-se para o choramingo dos condenados encurralados, lembrando que alguns de seus dirigentes foram denunciados pelo MINISTERIO PÚBLICO CRIMINAL.
Será que os "negociadores que representam o Vila Clementino" ainda não tem noção que estamos com a ação ganha, a BANCOOP NÃO RECORREU DE NADA e o juiz já deu todos os indicativos para a cisão do Vila Clementino.
O que leva colocarem em risco nossa luta?
Ao risco de assumirmos um prejuizo financeiro ainda maior do que já temos, perdoando o algoz?
Qual a vantagem em revestirmos a fantasia de "cooperados" quando os tribunais sedimentam a tese de sermos vitimas de um estelionato praticado pelos próceres da "arapuca"?
A quem interessa divisionismo entre moradores e "sem teto", neste momento?
Talvez interesse a BANCOOP.
Fotografar pessoas e escrever qualquer bobagem no rodapé da foto, quanto a estar negociando com o empreendimento, como tem faltado à verdade em outros locais.
Pensem sobre o assunto, tendo em mente:
QUALQUER NEGOCIAÇÃO COM A BANCOOP AGORA PODE CAUSAR GRANDES PREJUIZOS PROCESSUAIS E FINANCEIROS, A TODO EMPREENDIMENTO.
E dispenso o rosário de argumentos quanto a nunca vamos receber mesmo.
Não receber é muito diferente que abrir mão de um direito.
Por acreditar no Estado de Direito, da minha parte dessa luta não abrirei mão.
-----------------------------------------------------------------------------
Ditado árabe: Se você é enganado uma vez, a culpa pode não ser sua. Na segunda vez, com certeza será.
MUDE A VIDA DE UM DEFICIENTE VISUAL - ADOTE UM CÃO GUIA - Saiba como em IRIS
Falo pessoalmente, pois enquanto diretor da ASSOCIAÇÃO não recebi qualquer contato da BANCOOP.
Sinceramente não sei quais motivos ainda leva pessoas a manterem contatos extrajudiciais com a BANCOOP, procurando-a ou atendendo todo e qualquer telefonema.
Aliás, consultei e avisei ao Sindico e Subsindico quanto a mais esta artimanha da "Cooperativa de fachada".
Ambos responderam que não haviam sido procurados.
Quem é, então, o contato que representa o Vila Clementino?
Será que acreditam mesmo em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, para não mais elucubrar sobre a motivação de aceitarem "negociações".
Seis anos de mentiras não serviram de lição?
O que essas pessoas têm ido fazer na sede da BANCOOP?
O que trarão de novidade após a reunião da proxima segunda feira?
Tentarão nos empurrar novamente a OAS? Oferecerão que troquemos o desligamento da cooperativa pelo perdão da dívida?
Muito provavelmente não dirão nada de novo, pois nada mais tem a dizer.
Ou será que pedirão para não penhorarmos cadeiras, garrafas de uisque, frigobares, etc...
A BANCOOP está destruida.
Plagiando a manchete de uma revista de grande circulação: A casa deles caiu.
Na última terça-feira, os argumentos do advogado da cooperativa foram fulminados pelo voto do relator do Conselho Superior do MINISTERIO PUBLICO.
A Intervenção é iminente.
Até o Sindicato dos Bancários tenta tirar o time de campo e "ameaça" executar a dívida de 45 milhões ainda este mês.
O newletters, outrora farto de "convicentes" argumentos, neste mês saiu quase apenas com fotos.
A BANCOOP, como prevemos, ao confiarmos na Justiça, chegou na fase do não ter mais nada a dizer, depois de diversas vezes não querer conversa com seus cooperados, impedindo o acesso as Assembléias.
Encaminha-se para o choramingo dos condenados encurralados, lembrando que alguns de seus dirigentes foram denunciados pelo MINISTERIO PÚBLICO CRIMINAL.
Será que os "negociadores que representam o Vila Clementino" ainda não tem noção que estamos com a ação ganha, a BANCOOP NÃO RECORREU DE NADA e o juiz já deu todos os indicativos para a cisão do Vila Clementino.
O que leva colocarem em risco nossa luta?
Ao risco de assumirmos um prejuizo financeiro ainda maior do que já temos, perdoando o algoz?
Qual a vantagem em revestirmos a fantasia de "cooperados" quando os tribunais sedimentam a tese de sermos vitimas de um estelionato praticado pelos próceres da "arapuca"?
A quem interessa divisionismo entre moradores e "sem teto", neste momento?
Talvez interesse a BANCOOP.
Fotografar pessoas e escrever qualquer bobagem no rodapé da foto, quanto a estar negociando com o empreendimento, como tem faltado à verdade em outros locais.
Pensem sobre o assunto, tendo em mente:
QUALQUER NEGOCIAÇÃO COM A BANCOOP AGORA PODE CAUSAR GRANDES PREJUIZOS PROCESSUAIS E FINANCEIROS, A TODO EMPREENDIMENTO.
E dispenso o rosário de argumentos quanto a nunca vamos receber mesmo.
Não receber é muito diferente que abrir mão de um direito.
Por acreditar no Estado de Direito, da minha parte dessa luta não abrirei mão.
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Ditado árabe: Se você é enganado uma vez, a culpa pode não ser sua. Na segunda vez, com certeza será.
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05 maio 2011
CORAÇÃO DE MÃE
Fiz este coração para você, entregando à mãe um mal formado origami construído numa folha de jornal.
O garoto demonstrou felicidade com o carinho da mãe lhe retribuindo o presente. Ela afagou sua cabeça, deu-lhe um beijo e puxou-o para seu colo.
Pessoas que estavam em pé no ônibus sorriram desarmadamente diante dos gestos de afetividade que o garoto e sua mãe trocavam acumpliciados.
A dupla simples havia subido no ônibus um ponto antes.
Pelo uniforme surrado, muito provavelmente, era aluno da escola de educação infantil municipal da região.
Pela conversa ele queria comprar um presentinho para o dia das mães.
A tradicional desculpa do “não estou precisando de nada” parecia apenas retratar a impossibilidade daquela mãe em adquirir qualquer bobagem à prestação ou no “um e noventa e nove” para se presentear.
Revirou a sacola e entregou um carrinho ao filho, que se pôs a manobrá-lo no vidro do coletivo, num “vrum-vrum” a imaginar-se piloto de fórmula um. Ou motorista de ônibus, como convém imaginarmos o destino de pessoas mal-nascidas.
Ajoelhou-se no banco e começou a conversar com o passageiro de trás, numa cena inimaginável na cidade grande.
Você tem carro, indagou.
Ao ver o sinal assertivo, reperguntou, então porque anda de ônibus?
Um sorriso desconcertado foi a resposta.
Agora de pé no colo da mãe, que se apertara para que alguém mais sentasse, voltou para as manobras na janela.
Aproveitou uma curva imaginária e beijou a mãe, repetindo que queria comprar um presente para o dia das mães.
Mas você já meu o coração, retrucou a mãe.
Onde a senhora guardou?
O de papel está na minha bolsa, o seu – apertando com o dedo o peito do menino – está aqui, apontando para o próprio peito.
O menino fez cara de desentendido.
A mãe riu.
Olhou pela janela, apressou-se, apertou a campainha, pediu licença e desceu do ônibus.
Levou todos os olhares a acompanhá-los caminhando pela rua até perdê-los do alcance de visão no trafegar do ônibus pela avenida.
Mas não tinham ido embora totalmente.
Deixaram um pedacinho de coração em todos.
Muitos, e eu inclusive, devem estar querendo aprender como se faz a felicidade num pedacinho de jornal.
Alguém pode me ensinar a dobrar um coraçãozinho de origami?
O garoto demonstrou felicidade com o carinho da mãe lhe retribuindo o presente. Ela afagou sua cabeça, deu-lhe um beijo e puxou-o para seu colo.
Pessoas que estavam em pé no ônibus sorriram desarmadamente diante dos gestos de afetividade que o garoto e sua mãe trocavam acumpliciados.
A dupla simples havia subido no ônibus um ponto antes.
Pelo uniforme surrado, muito provavelmente, era aluno da escola de educação infantil municipal da região.
Pela conversa ele queria comprar um presentinho para o dia das mães.
A tradicional desculpa do “não estou precisando de nada” parecia apenas retratar a impossibilidade daquela mãe em adquirir qualquer bobagem à prestação ou no “um e noventa e nove” para se presentear.
Revirou a sacola e entregou um carrinho ao filho, que se pôs a manobrá-lo no vidro do coletivo, num “vrum-vrum” a imaginar-se piloto de fórmula um. Ou motorista de ônibus, como convém imaginarmos o destino de pessoas mal-nascidas.
Ajoelhou-se no banco e começou a conversar com o passageiro de trás, numa cena inimaginável na cidade grande.
Você tem carro, indagou.
Ao ver o sinal assertivo, reperguntou, então porque anda de ônibus?
Um sorriso desconcertado foi a resposta.
Agora de pé no colo da mãe, que se apertara para que alguém mais sentasse, voltou para as manobras na janela.
Aproveitou uma curva imaginária e beijou a mãe, repetindo que queria comprar um presente para o dia das mães.
Mas você já meu o coração, retrucou a mãe.
Onde a senhora guardou?
O de papel está na minha bolsa, o seu – apertando com o dedo o peito do menino – está aqui, apontando para o próprio peito.
O menino fez cara de desentendido.
A mãe riu.
Olhou pela janela, apressou-se, apertou a campainha, pediu licença e desceu do ônibus.
Levou todos os olhares a acompanhá-los caminhando pela rua até perdê-los do alcance de visão no trafegar do ônibus pela avenida.
Mas não tinham ido embora totalmente.
Deixaram um pedacinho de coração em todos.
Muitos, e eu inclusive, devem estar querendo aprender como se faz a felicidade num pedacinho de jornal.
Alguém pode me ensinar a dobrar um coraçãozinho de origami?
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