Esta poesia foi classificada em Primeiro lugar na APRODIVINO 2011 de Itanhaém
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O RIO E O DIVINO
Rio escorre sem sororoca
Deve ser pra ver a soca
Divina arte em forma peregrina
Maridos, esposas, idoso, menina
Todos a amassar o pilão
Distribuir o produto pro irmão
Rio vai morrendo de vontade
Queria parar e ir para praça
Mudar o desaguadouro
Assistir a fé de verdade
Orgulho de povo de raça
Quanto vale esse tesouro?
Rio passa perto devagarinho
Se não provocasse enchente
Chegaria pertinho dessa gente
Veria o brilho no olhar de menino
Que vai socando com carinho
Preparando a festa do Divino
Prestando bem a atenção
Vento no Rio entoa um hino
Tum... Tum... Tal um coração
Acompanha o badalar do sino
Adentro da noite sagrada
Em que a fé é demonstrada
Rio não pode voltar suas águas
Gente pode esquecer as mágoas
Redobrar a fé ano após ano
Põe mais arroz, enche de farinha
Soca o pilão, sonha outro plano
Reza Pai Nosso, Salve Rainha
Alegria não seria só minha...
Se numa magia do destino
Saísse o Rio da linha
Viesse saudar o Divino!
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Vem rio, vem!
Vem saudar, vem!
A festa do Divino
De Itanhaém
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11 junho 2011
O RIO E O DIVINO (Primeiro Lugar na VII Aprodivino/Itanhaem)
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