30 agosto 2009

MILAGRE NO PET SHOP

Resolvi levar Mickey, Minnye, Chyquinho, Francysquinho, Huguyto, Evyto e Luyzito ao Pet Shop. Todos com ypsilone...
Como morador da metrópole, não é a lenda que diz, tenho direito a sete ratos.
Resolvi pegar logo uns pequeninos para não sobrarem para mim o sustento de ratazanas da região central da cidade que assustariam o angorá da vizinha.
Queria ver se havia algum tratamento que transformasse os meus “ratus ratus” pardos em branquelos hamsters.
Se o Michael conseguia porque não tentar com a família?
Todos devidamente engaiolados e escondidos para não causar nenhum tumulto na sala de espera.
Cochichei à atendente o problema e mandou-me que esperasse, pois iria entrar em contacto com o veterinário especializado no problema.
Fingi que acreditei e fiquei lendo revistas.
Tinha a Focinhos, Good Forms Cats Girls, Hot Dogs, X Female Rabbits...
Fui folheando até que não pude deixar de ouvir a conversa que se travava sobre cães.
Uma balzaquiana, dona de um cão, estava indignada e queria saber como ensinar ao seu canídeo o ditado “cachorro que late não morde”. O Yorkshire latia muito e destruía todas suas pantufas. Da balzaquiana.
Uma jovem tentava consolá-la. Estava com o braço enfaixado vitimada por uma mordida de seu rottweiller, que entendeu que cachorro que não late tinha obrigatoriamente que morder.
O rottweiller, nem aí, paquerava uma poodle que estava se encostando na minha perna.
Acho que estava sentindo o cheiro do queijinho de Mickey et family...
Ainda bem que não havia nenhum gato nas redondezas.
Ai! Meu são Chiquinho de Assis, valei-me.
Falei no diabo, escutei o miado.
Gato não tem quem segure.
Ainda mais se está prestes a tomar um banho e fazer uma poda.
Alvoroço no pedaço.
Segura peão!
Miloca, nome da gata sem ypsilone, sentiu o cheiro de Minnye e começou a farejar a gaiolinha.
A poodle se invocou com a agitação da gata e ficou ouriçada.
O Rottweiler enciumou-se, talvez pensando que na gaiola houvesse um pequinês que se engraçara com a poodle que ele paquerava e rosnou.
A Yorkshire começou a latir.
Quem faz esse “canis domesticus” parar?
Resolvi me cuidar e a meus “ratus ratus”.
Peguei a gaiolinha e me mandei.
Todos a salvo, conferi meus animaizinhos.
Miraculo! Miraculo!
Os meus ratinhos estavam branquinhos, branquinhos.
Pareciam white hamster-twister (camundongos).
Creio que o medo os transformara.
O chato é que quando conto essa história, ninguém acredita.

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