08 abril 2009
A VERDADEIRA HISTÓRIA DO COELHINHO
A dúvida sempre fica na cabeça à época da Páscoa.
Porque coelhinho?
Coelhinho bota ovo?
Coelhinho come chocolate?
Minimamente, deveria ser a coelhinha que botaria ovos...
E pela velocidade que o coelhinho come não sobraria para ninguém.
Até que viesse a dor de dente com as cáries que o chocolate provoca.
Há quem diga que os coelhinhos levavam ovinhos para tentar reconquistar as coelhinhas que se bandearam para a Playboy num baile de aleluia.
Essa é uma das versões que nem bebês acreditam.
Bebês comem o chocolate, fingem que esperam o coelhinho, mas se não acreditam em cegonha, por experiência própria, vão acreditar que mamífero bota ovo?
Não é ornitorrinco!
Outra versão, muito mais coerente, é que havia nos Alpes Suíços um certo Mr. Rabbit que fabricava chocolates.
Vendia sua produção na aldeia, aos domingos, na praça defronte a Igreja.
Os padres lambendo com a testa de vontade de comer o chocolate, mas como não podiam comprar porque fizeram voto de pobreza penitenciavam-se ao jejum do doce.
Um padre espertinho teve a idéia.
Espalhar que comer chocolate era pecado...
Mr. Rabbit não vende nada e dá o que sobrar para os padres.
A novidade foi dada no sermão. Comer chocolates era o mais grave pecado da gula.
Em verdade, em verdade, vos digo!
É um pecado não comer o chocolate, especialmente se for bom como eram os de Mr. Rabbit.
Realmente chocolate engorda. Principalmente as mulheres com TPM.
Mas tem solução...
Homens podem correr uns 15 quilômetros, para perder as calorias ganhas e entrar nas calças outra vez.
Para as mulheres, alguns cestos de roupa para lavar e casa para limpar resolve.
Eu mesmo já estou saindo para correr, pois minha mulher acabou de ler a frase anterior.
Voltemos aos padres!
No dia do sermão condenando o consumo de chocolates, as vendas de Mr. Rabbit despencaram.
Tão logo soube da sacanagem que os padres haviam feito, foi tirar satisfação.
Sem convencer os padres, pacificamente, para que refizessem a situação, apelou dizendo que espalharia para toda a vila coisas não muito sagradas que os padres faziam.
Quase foi enviado a Inquisição para ser incinerado.
Salvou-se, pois alguém lembrou que se matassem Mr. Rabbit perder-se-ia a receita do delicioso doce.
Vamos negociar, decidiu o abade.
Digo que interpretei mal o pecado da gula e podem comer chocolate de vez em quando, mas o senhor tem que mandar a guloseima para o Monastério.
De graça?
A coisa pegou...
O abade, morto de desejo (pelo chocolate), refletiu e propôs:
No ritual da Semana Santa a Igreja alardeia que é preciso jejuar todos os dias e o senhor vende muito mais no domingo de Páscoa.
Manda um terço das vendas para nós.
Um terço é muito para pouco pecado, respondeu Mr. Rabbit.
Discussão vai, discussão vem, acertaram por 10% e, de modo indireto, inventaram o dízimo.
Como Mr. Rabbit vai nos entregar o chocolate sem que a população perceba?
Não podemos dar bandeira, disse um dos assessores do abade.
Pensaram e decidiram.
O filho de Mr. Rabbit, Litlle Rabbit, conhecido por Rabbitinho, seria encarregado de levar os chocolates para os padres.
Precisamos de um disfarce.
Genial!
Temos criação de gansos, não temos? Ponderou outro assessor...
Mrs. Rabbit compra os ovos, não compra?
Ao invés de quebrar, ela fura, tira a gema e clara, enche de chocolate e Rabbitinho nos traz os ovos de volta, escondidos dentro da cesta.
Peralá! Refutou Mr. Rabbit...
Além de dar o chocolate a vocês, tenho que comprar os ovos?
E de gansos?
Negociação vai, negociação vem, chegaram a um acordo...
Os padres dariam os ovos para esconder os chocolates.
Mas, de codornas.
Na primeira Páscoa, logo depois do sucesso de vendas dos chocolates de Mr. Rabbit, Rabbitinho levou uma cesta de ovinhos de codorna aos padres.
Nos anos seguintes variaram os tamanhos dos ovos...
Galinhas, marrecos, patos, gansos, etc..
E assim se deu a origem do coelhinho da Páscoa levar ovinhos.
Acredite se quiser!
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