20 março 2010

BANCOOP - PROCURADORIA SE CONFUNDE

Conferir no blog de Reinaldo Azevedo o texto reproduzido abaixo


A Procuradoria da República de São Paulo publica em seu site uma nota — ANALFABETA, DIGA-SE — que só ajuda a fazer confusão. Ela colabora para a verdade tanto quanto enobrece a língua portuguesa. Mas só comento esse detalhe no fim do post. Vamos ler o que está lá.

19/03/10 - Documentação do inquérito do mensalão sobre Funaro não traz informações sobre tesoureiro do PT

O corretor Lúcio Funaro responde em São Paulo a processo por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro

O corretor Lúcio Bolonha Funaro responde a ação penal 2008.61.81.007930-6, na 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

A denúncia que gerou a ação penal foi oferecida pelo Ministério Público Federal em São Paulo, em junho de 2008. Lucio Bolonha Funaro e José Carlos Batista respondem pelos crimes de quadrilha e por 33 infrações a artigos da Lei n. 9.613/98 (Lavagem de Dinheiro), em razão de fatos apurados nos autos da ação penal 470 (Mensalão), que tramita no Supremo Tribunal Federal.

Os documentos recebidos da Procuradoria Geral da República, que embasaram a denúncia, oferecida pela procuradora da República Anamara Osório Silva, em São Paulo, demonstram que, através da Garanhuns Empreendimentos, empresa de Funaro e Batista, se garantia a dissimulação da origem e do destino de valores que iam da SMP&B ao antigo Partido Liberal. As transferências chegaram ao valor aproximado de R$ 6,5 milhões.

São sobre essas operações de lavagem de dinheiro que trata o processo, que tramita normalmente perante à 2ª Vara Federal. A última movimentação processual constante é de fevereiro de 2010.

O MPF em São Paulo não pode confirmar se o depoimento de Funaro, concedido em Brasília, se deu sob o instituto da “delação premiada”. De toda forma, o MPF não revela informações, nem o teor desses depoimentos, em respeito à legislação pertinente.

Entretanto, tanto na documentação remetida pela PGR à São Paulo, que embasou a denúncia, quanto na própria acusação formal remetida à Justiça pelo MPF-SP, em resposta a inúmeros questionamentos da imprensa, é necessário esclarecer, não há nenhuma menção ao ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto, atualmente tesoureiro do Partido dos Trabalhadores.

Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Estado de S. Paulo

Comento
1 - O título da nota está armando a Rede Oficial de Mentiras da Internet - SUSTENTADA, COMO ESTÁ PROVADO, COM DINHEIRO DA LULA NEWS -, que abusa da ignorância de seus “fiéis”, para sustentar que nada existe contra João Vaccari Neto. UMA OVA!!! E os vagabundos aproveitam: “Viram? A nota contesta matéria da VEJA”. Não contesta, não, bando de ótários! A NOTA CONFIRMA MATÉRIA DA VEJA.

2 - Vai aqui um trecho da reportagem da VEJA: “O mensalão produziu quarenta réus ora em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre eles não está Vaccari. Ele parecia bagrinho no esquema. Pelo que se descobriu agora, é um peixão.”

3 - A QUESTÃO ESTÁ AÍ: A QUESTÃO É JUSTAMENTE SABER POR QUE AS DENÚNCIAS CONTRA VACCARI FORAM ENGAVETADAS!!! TERÁ A PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA SE TRANSFORMADO, NESSE PARTICULAR, DA “ENGAVETADORIA GERAL DA REPÚBLICA”?

4 - Em todo caso, dou o benefício da dúvida à Procuradoria Geral da República: o material sobre Vaccari foi enviado ao grupo que está investigando os Fundos de Pensão, investigação que ainda está em curso. Vamos ver;

5 - A nota da procuradoria em SP afirma como novidade o que todo mundo sabe:
a - Funaro é um dos investigados;
b - Vaccari não está no inquérito.
Marcelo Oliveira, que cuida da comunicação da procuradoria em São Paulo, ainda vai emitir nota afirmando que a Terra é redonda e que dois mais dois são quatro.

6 - Ora, qual é a razão de ser da reportagem de VEJA? Reproduzo trecho da própria revista:
Em 2003, enquanto cuidava das finanças da Bancoop, João Vaccari acumulava a função de administrador informal da relação entre o PT e os fundos de pensão das empresas estatais, bancos e corretoras. Ele tocava o negócio de uma maneira bem peculiar: cobrando propina. Propina que podia ser de 6%, de 10% ou até de 15%, dependendo do cliente e do tamanho do negócio. Uma investigação sigilosa da Procuradoria-Geral da República revela, porém, que 12% era o número mágico para o tesoureiro - o porcentual do pedágio que ele fixava como comissão para quem estivesse interessado em se associar ao partido para saquear os cofres públicos.
A revelação do elo de João Vaccari com o escândalo que produziu um terremoto no governo federal está em uma série de depoimentos prestados pelo corretor Lúcio Bolonha Funaro, considerado um dos maiores especialistas em cometer fraudes financeiras do país. Em 2005, na iminência de ser denunciado como um dos réus do processo do mensalão, Funaro fez um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Em troca de perdão judicial para seus crimes, o corretor entregou aos investigadores nomes, valores, datas e documentos bancários que incriminam, em especial, o deputado paulista Valdemar Costa Neto, do PR, réu no STF por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em um dos depoimentos, ao qual VEJA teve acesso, Lúcio Funaro também forneceu detalhes inéditos e devastadores da maneira como os petistas canalizavam dinheiro para o caixa clandestino do PT. Apresentou, inclusive, o nome do que pode vir a ser o 41º réu do processo que apura o mensalão - o tesoureiro João Vaccari Neto.

7 - Vamos lá, sr. Oliveira! Conteste o que vai acima; diga que o que vai acima não existe!!! Eu o desafio a fazê-lo, assinando embaixo.

8 - Não, Oliveira não pode fazê-lo. Por isso, escreve esta maravilha:
O MPF em São Paulo não pode confirmar se o depoimento de Funaro, concedido em Brasília, se deu sob o instituto da “delação premiada“. De toda forma, o MPF não revela informações, nem o teor desses depoimentos, em respeito à legislação pertinente.
Ah, não pode? ENTÃO POR QUE EMITE UMA NOTA PARA DIZER QUE A TERRA É REDONDA?

9 - Fosse o caso de emitir uma nota, a única possível, meu senhor, teria de explicar por que o inquérito, COMO INFORMOU VEJA, ignora Vaccari. Por quê? O SENHOR TEM ALGUMA EXPLICAÇÃO?

10 - Vejam que comovente é o trecho final da nota:
“é necessário esclarecer, não há nenhuma menção ao ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto, atualmente tesoureiro do Partido dos Trabalhadores.”
ISSO JÁ ESTÁ ESCLARECIDO!!! ISSO ESTÁ NA REPORTAGEM DA VEJA. A REPORTAGEM DA VEJA SÓ EXISTE PORQUE, CITO A REVISTA DE NOVO, “O mensalão produziu quarenta réus ora em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre eles não está Vaccari. Ele parecia bagrinho no esquema. Pelo que se descobriu agora, é um peixão.”

11 - Os depoimentos de Funao existem. Estão com a procuradoria. Devidamente gravados. A questão é outra, senhor Marcelo Oliveira! A questão é saber por que, de fato, o inquérito ignorou o sr. Vaccari.
A propósito, senhor Oliveira: POR QUE O INQUÉRITO IGNOROU O SENHOR VACCARI.

Não quero me estender demais neste post. Deixo para outro a língua em que é vazada a nota. Em indigência, concorre com o conteúdo.

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