Oi! Boa noite, ela disse...
Ainda bem que vocês são magrinhos.
Mô não entrou nesse espacinho, não!
Mô está comendo muita feijoada!
Devo ter feito cara de (????????).
Feijoada sou eu!
Não acreditei no que ouvia...
Quem mandou deixar para comprar ingresso na última hora?
Casa de shows com mesa para seis e você em dois corre esse risco.
Sentar junto com pessoas, digamos assim, desinibidas.
A balzaquiana, aparentemente com a metade da idade do companheiro, estava com a corda toda.
Vocês têm que ver no dia dos namorados!
Todo ano ele me dá uma lingerie.
Olhei meus zíperes e chamei minha amiga oriental, a Yukiko...
È uma prima do Takeo...
Yukiko, sempre gentil, pergunta: Senhor, Yukiko tem a ver com isso?
Se Yukiko não tem nada a ver, segue em frente.
Mas eu não podia seguir.
Entalado entre a cadeira e a mesa, de frente para a balzaca, que em dois minutos já havia pisado três vezes no meu pé.
E ainda perguntou: Mô, é no seu pé que estou pisando?
Levantei o dedo.
Ela pediu desculpas e prosseguiu sua narrativa para o casal que os acompanhava e todos ao redor quanto a suas aventuras com o constrangido companheiro.
Ai! Amanhã vou perder a hora. Hoje eu não durmo... Mô vai dormir comigo. Dormir é modo de dizer.
Mô era um garanhão.
Ou seria o dia da hiena?
Não havia bebida sobre a mesa.
Ou já viera calibrada ou a distinta era uma fera da discrição e etiqueta.
Mô, cê lembra daquela viagem que fizemos para Nova York. Foi gostosa.
Eu – ela - também estava gostosa
Felizmente senti “súbita” e oportuna dor no “asiático”.
À francesa, saí e fui perguntar ao garçom se aquela mesinha para um casal, lá no fundo, estava reservada.
Atrás da pilastra, ao lado de extintor de incêndio, não tem importância.
Que felicidade!
Não estava.
Por uma questão de educação, voltei à mesa para despedir-me e ela a toda.
Durante o show, contaram aquela piada sobre o porquê do argentino nunca se perder.
Caiu-me a ficha.
A “mulher feijoada” era argentina.
Também se achava.
29 agosto 2008
28 agosto 2008
JOVENS E INCRIVEIS TARDES DE TERÇA
O SESC Ipiranga apresentou Os Incríveis numa terça feira à tarde.
Cidade correndo solta, mas compromisso de aposentado é agenda livre.
Lá fui eu...
Agora que sou dependente de comerciário é quase de graça...
Casa cheia, ou melhor, ginásio lotado...
Luzes apagadas e pontualmente às 15 horas os primeiros acordes.
Não me perguntem as músicas que foram tocadas.
Prestei mais atenção na reação da platéia.
Durante 75 minutos vi pessoas cantando, dançando, recordando a Jovem Guarda.
Em sua maioria sessentões.
Eu era um quase bebê.
Havia também mais jovens, dessas que transformam qualquer música em ritmo de axé.
Até Milionário (essa música eu lembro) ganhou um rebolado diferente.
Dos Incríveis The Clevers, Manito, Risonho, Nenê, Mingo e Netinho, apenas este permanece e comanda o espetáculo e num momento mais tocante, falou à platéia.
Netinho perdeu suas cordas vocais, em 1995, vítima de câncer e disse que o resto continua funcionando.
Não canta, mas os Incríveis encantaram.
Teve de Hully-gully a propaganda do Rinso (Eu te amo, meu Braziu)
Até eu, que nunca amei os Beatles e Rollings Stones senti-me numa Jovem Tarde de Domingo...
Isto é, de uma terça-feira...
27 agosto 2008
OLIMPIADAS - SENTI-ME NELA
(crônica de Pedro Galuchi)
---------------------------------------------------------------
Senti-me um verdadeiro atleta olímpico.
Para mim, que pratiquei um pouco de atletismo e durante anos fui professor de Educação Física não foi exatamente uma glória, mas uma seqüência de sentimentos quanto aos fracassos dos brasileiros.
Fui quase um decatleta.
O decatlo é uma prova onde em dois dias o atleta corre 100, 400 e 1500 metros rasos, 110 metros com barreiras, arremessa o peso, disco e dardo, salta à distância, à altura e com vara, não nessa ordem.
Fiz uma vez essa prova como avaliação final do curso de atletismo na Faculdade e fiquei com dores uma semana.
Saí de casa com minha mochila de tralhas de aposentado.
Tinha correspondências para colocar no correio, contas a pagar no banco, listinha de compras para o supermercado.
Pesinho light.
Saí em disparada como nos 100 e 400 metros.
Epa!
Uma calçada interditada para obras.
Parece pista de cross-country.
Véspera de eleição acontece essas coisas.
Ótimo!
Aproveito para fazer um pequeno treino de ziguezague entre os carros, com atividade de visão periférica para desviar dos motoqueiros que vêm no corredor.
Passei no primeiro teste.
Antes que me critiquem por não usar a faixa de pedestres, lembro que não atravessei a rua, só desviei da interdição.
Veio-me à memória um treino de alternância de saltos, ao desviar dos buracos da calçada ainda não consertada.
Impulso com o pé direito, amortece com o esquerdo e inverte.
Naqueles tempos o amortecedor patelar ainda não reclamava.
Opa!
Buraco maior à frente.
Corridinha, impulso maior, salto em distância.
Três buracos consecutivos, prova extra de salto triplo.
Ufa! Cheguei a primeira parada.
Senta e espera.
Demora tanto o atendimento que parece o intervalo para do dia seguinte.
Quando chegou minha senha no correio, já estava com vontade de arremessar a mochila, tipo arremesso de martelo.
Mas duas provas fora do programa é muito, não acham?
Próxima etapa era...
Chamem o Takeo! (O primo do PQP).
Distraído com a próxima atividade não vi que o desnível da calçada estava desnivelado.
Rodopiei feito a Daiane e abundei como o Diego.
Acho que fiquei com cara de Jade.
Devo ter dado a típica olhada para ver se ninguém viu e ficado com aquele sorriso amarelo na fachada.
Poxa! Não tinha pensado nisso. Até o sorriso amarelo que a gente dá é falso.
Será que tenho sangue maide in Chaina?
Tudo é possível, desde que encontraram genes caucasianos no DNA do Neguinho da Beija Flor.
Levanta logo que o banco vai fechar.
Hora daquela corridinha de 400 metros, só que com barreiras.
De onde saiu todo esse povo?
Se eu tivesse uma vara saltaria sobre eles.
E se eu tivesse uma vara, contasse com ela e ela sumisse?
Iria ficar muito pior.
Ufa!
Consegui fazer tudo.
Até a compra do supermercado já está feita também.
A mochila deve estar mais pesada que o peso.
Sobrevivi aos meus deveres caminhando pelo bairro.
Arremesso a mochila no sofá e vou curtir a dor no tornozelo.
Ah! Em tempo.
O rascunho desta crônica foi feito enquanto colocava o tornozelo no gelo.
Estão vendo só como o torcedor também sofre com as peripécias do atleta.
Desculpem-me o sofrimento da leitura!
Takeo, como está gelada.
Benhê, pega o controle remoto que vai começar a maratona.
---------------------------------------------------------------
Senti-me um verdadeiro atleta olímpico.
Para mim, que pratiquei um pouco de atletismo e durante anos fui professor de Educação Física não foi exatamente uma glória, mas uma seqüência de sentimentos quanto aos fracassos dos brasileiros.
Fui quase um decatleta.
O decatlo é uma prova onde em dois dias o atleta corre 100, 400 e 1500 metros rasos, 110 metros com barreiras, arremessa o peso, disco e dardo, salta à distância, à altura e com vara, não nessa ordem.
Fiz uma vez essa prova como avaliação final do curso de atletismo na Faculdade e fiquei com dores uma semana.
Saí de casa com minha mochila de tralhas de aposentado.
Tinha correspondências para colocar no correio, contas a pagar no banco, listinha de compras para o supermercado.
Pesinho light.
Saí em disparada como nos 100 e 400 metros.
Epa!
Uma calçada interditada para obras.
Parece pista de cross-country.
Véspera de eleição acontece essas coisas.
Ótimo!
Aproveito para fazer um pequeno treino de ziguezague entre os carros, com atividade de visão periférica para desviar dos motoqueiros que vêm no corredor.
Passei no primeiro teste.
Antes que me critiquem por não usar a faixa de pedestres, lembro que não atravessei a rua, só desviei da interdição.
Veio-me à memória um treino de alternância de saltos, ao desviar dos buracos da calçada ainda não consertada.
Impulso com o pé direito, amortece com o esquerdo e inverte.
Naqueles tempos o amortecedor patelar ainda não reclamava.
Opa!
Buraco maior à frente.
Corridinha, impulso maior, salto em distância.
Três buracos consecutivos, prova extra de salto triplo.
Ufa! Cheguei a primeira parada.
Senta e espera.
Demora tanto o atendimento que parece o intervalo para do dia seguinte.
Quando chegou minha senha no correio, já estava com vontade de arremessar a mochila, tipo arremesso de martelo.
Mas duas provas fora do programa é muito, não acham?
Próxima etapa era...
Chamem o Takeo! (O primo do PQP).
Distraído com a próxima atividade não vi que o desnível da calçada estava desnivelado.
Rodopiei feito a Daiane e abundei como o Diego.
Acho que fiquei com cara de Jade.
Devo ter dado a típica olhada para ver se ninguém viu e ficado com aquele sorriso amarelo na fachada.
Poxa! Não tinha pensado nisso. Até o sorriso amarelo que a gente dá é falso.
Será que tenho sangue maide in Chaina?
Tudo é possível, desde que encontraram genes caucasianos no DNA do Neguinho da Beija Flor.
Levanta logo que o banco vai fechar.
Hora daquela corridinha de 400 metros, só que com barreiras.
De onde saiu todo esse povo?
Se eu tivesse uma vara saltaria sobre eles.
E se eu tivesse uma vara, contasse com ela e ela sumisse?
Iria ficar muito pior.
Ufa!
Consegui fazer tudo.
Até a compra do supermercado já está feita também.
A mochila deve estar mais pesada que o peso.
Sobrevivi aos meus deveres caminhando pelo bairro.
Arremesso a mochila no sofá e vou curtir a dor no tornozelo.
Ah! Em tempo.
O rascunho desta crônica foi feito enquanto colocava o tornozelo no gelo.
Estão vendo só como o torcedor também sofre com as peripécias do atleta.
Desculpem-me o sofrimento da leitura!
Takeo, como está gelada.
Benhê, pega o controle remoto que vai começar a maratona.
26 agosto 2008
MISS FREIRA POSANDO EM REVISTAS MASCULINAS...
Deu na mídia...
“Padre desiste de concurso de beleza para freiras”.
A idéia era de um sacerdote italiano e foi abortada.
Ato falho, ato falho, ato falho...
O padreco havia pedido que freiras com idade entre 18 e 40 anos de idade mandassem fotos para concorrer.
Não explica se as fotos seriam de corpo inteiro, três por quatro, com ou sem hábitos.
Pretendia mostrar que não apenas as mulheres feias se tornavam freiras e postar em seu Website.
Sei não! Diz a lenda que tem cada freirinha...
Há até filmes que exploram esse fetiche...
Será que o padre desistiu da idéia, vítima de ciúme e pressões superiores?
Afinal, freiras são as noivas de Cristo...
Quem seriam os jurados por lá?
O sacristão?
O bispo?
O jardineiro?
O sacerdote, alegando-se mal compreendido, disse que as eleitas contariam suas histórias.
E se elas resolvem contar pecados inconfessáveis?
Sei não!
Essas religiões...
Aids, pedofilia, concurso de miss...
Melhor não esticar a conversa.
Vade retro, Satanás!
Inquisição neles.
De minha parte, já entabulava conversações com meus zíperes planejando a Miss Apóstolos de Pedro, onde examinaria e conferiria pessoalmente todas as candidatas.
Se o pirão é bom primeiro eu...
Tenho certeza que nestas “terras brazilis” não faltariam Marias Batinas, Marias Sacristias querendo dar (ato falho, ato falho) de monjas para aparecer e choveria na minha horta.
Mesmo que meu concurso não progredisse pela forte concorrência que sofreria pelas seitas concorrentes, estava ansioso para ver as freirinhas na capa de revistas masculinas.
Já as estava vendo.
Uma só com véu ou chapéu de freira, outra enrolada num terço, uma terceira...
Chega, imaginação! Chega!
Frustrante...
Não será dessa vez...
---------------------------------------------------------------
Jorginho, não se empolga com a história, está bem?
Você está de férias, mas é bom não se desgastar...
24 agosto 2008
BEIJO, ABRAÇO, APERTO DE MÃO
Na Bienal do Livro resolvi fazer algumas brincadeiras para divulgar meus livros.
Percebi que alguns estandes davam balinhas, resolvi saciar a fome de leitura e escrevi haikais e distribuir como amostra grátis.
Só para mulheres é claro...
Machos, vade retro, satã!
Principalmente para adolescentes.
Grupinhos de estudantes, então...
Um prato cheio...
De novo, o velho mote...
Olhem um autor...
Chamavam outras...
Como os haikais são herméticos e de “difícil” compreensão, algumas me perguntavam o significado.
Aproveitava para dar algumas dicas de versos, métricas, rimas e alguns olhinhos brilhavam.
O mais emocionante mesmo foi quando uma garota de uns catorze anos, de uma escola pública de Itapecerica da Serra, depois de me perguntar o significado do haikai, perguntou quem era o autor.
Disse-lhe que era eu...
Desconfiada olhou para o crachá.
Cochichou algo com uma colega, encorajou-se e disparou:
Eu posso pedir uma coisa para o senhor?
Pensei que pediria para eu autografar o marcador de páginas.
Posso apertar a sua mão?
Gelei um segundo e brinquei com ela, esticando a mão.
Pode apertar tudo... Pode abraçar, beijar...
Ela fez isso.
As outras quatro também...
Fotografaram.
Hoje devo estar conhecido na cidade.
Graças a simplicidade dessa menina.
Lembrei-me da brincadeira “erótica” de adolescência dos anos 60.
Daqui a alguns anos, será que elas vão querer me abraçar?
Tomara que sim...
Para a jovem, um recado:
”Não sei onde você andará, nem o que fará da foto, mas vou lembrar sempre da emoção que me causou.”
Você merece um aperto de mão, um abraço e um beijo.
Percebi que alguns estandes davam balinhas, resolvi saciar a fome de leitura e escrevi haikais e distribuir como amostra grátis.
Só para mulheres é claro...
Machos, vade retro, satã!
Principalmente para adolescentes.
Grupinhos de estudantes, então...
Um prato cheio...
De novo, o velho mote...
Olhem um autor...
Chamavam outras...
Como os haikais são herméticos e de “difícil” compreensão, algumas me perguntavam o significado.
Aproveitava para dar algumas dicas de versos, métricas, rimas e alguns olhinhos brilhavam.
O mais emocionante mesmo foi quando uma garota de uns catorze anos, de uma escola pública de Itapecerica da Serra, depois de me perguntar o significado do haikai, perguntou quem era o autor.
Disse-lhe que era eu...
Desconfiada olhou para o crachá.
Cochichou algo com uma colega, encorajou-se e disparou:
Eu posso pedir uma coisa para o senhor?
Pensei que pediria para eu autografar o marcador de páginas.
Posso apertar a sua mão?
Gelei um segundo e brinquei com ela, esticando a mão.
Pode apertar tudo... Pode abraçar, beijar...
Ela fez isso.
As outras quatro também...
Fotografaram.
Hoje devo estar conhecido na cidade.
Graças a simplicidade dessa menina.
Lembrei-me da brincadeira “erótica” de adolescência dos anos 60.
Daqui a alguns anos, será que elas vão querer me abraçar?
Tomara que sim...
Para a jovem, um recado:
”Não sei onde você andará, nem o que fará da foto, mas vou lembrar sempre da emoção que me causou.”
Você merece um aperto de mão, um abraço e um beijo.
23 agosto 2008
BRAZIU... ZIU... ZIU...
Apesar de não haver consumido a Olimpíada dos Pequineses, não há como escapar do noticiário.
Continuo com a firme opinião quanto a piscina e a pista de atletismo tivessem medida menor que a original.
Se os sorridentes e “democratas” chianises dublaram a cantora e forjaram os fogos com lamparinas, do que não seriam capazes.
São capazes de quaisquer BRIC-braques.
Braziu,ziu,ziu em festa.
Fomos medalhas de bronze no BRIC.
Atrás da C, da R e à frente da Índia.
Vivam os heróis braziuleiros.
À César o que é de César. E só dele.
Foi “pai”trocinado em suas braçadas rumo à beirada da piscina!
Não ficarei com piadinhas, tipo: ”era na China e o atleta do braziu amarelou”.
O país é verde e amarelo!
Verde na esperança falastrona da ida.
E amarelo no sorriso desculposo do retorno.
Sem síndrome de urubu, felizmente o futebol canarinho fracassou derrotados pelo vareio sem vara de los hermanos que hacen la fiesta pelo bi olímpico.
Saudaciones a los heroes brasileños!
A Diego, Jade, Daiane, Fabiana Murer, aos marchadores, lutadores de boxe sem medalhas e outros tantos sem medalhas.
Estes sim, são o retrato do esporte do braziu.
Eventualmente ganharão algo.
Porque eventualmente aparece um herói para fazer a pátria subir no alto do mastro por instante para glória e gáudio do braziu,ziu,ziu...
Repetir que somos um país propositadamente desorganizado é “chover no molhado”.
Fazer piadinhas, dizer da falta de sorte de um tombo, da perda da vara é incentivar a “síndrome de cachorro vira-lata” do braziuleiro.
Heróis por heróis há mais heróis jamaicanos, quenianos, panamenhos (o panamenho Irving Saladino, campeão do salto em extensão treina no braziu) que braziuleiros.
Serão os caucasianos nacionais são piores que os europeus e maide in uesseei?
Nossos negros só sabem tocar atabaque, dançar capoeira e chutar bola?
Enquanto estivermos à mercê da sorte e de governantes incompetentes estaremos gritando braziu, ziu, ziu numa eventualidade ao invés de subirmos naturalmente ao pódio colhendo simplesmente o fruto de um trabalho permanente.
Exemplos pelo mundo não faltam.
Minha avó já dizia:
Falar é prata, calar é ouro...
Preciso trabalho silente e contínuo de formiguinha e não a bazófia da cigarra para um dia ganharmos medalhas proporcionais a dimensão territorial e população do braziu.
E não apenas à dimensão de sua “garganta”.
---------------------------------------------------------------------------------
(na foto o "herói" panamenho Irving Saladino, campeão do salto à extensão que treina no braziu)
22 agosto 2008
BIENAL - ONDE FICA A CAMA ELÁSTICA?
Nestes dias de Feirão, digo Bienal, do Livro de São Paulo observei a reação das crianças frente ao mundo das letras.
Crianças pequenas em fila, seguindo monitores ou professoras, vibravam quando encontravam alguma atividade diferente de estantes cheias de livros inacessíveis nos estandes.
Havia contadores de histórias, clowns, personagens infantis da literatura.
Os olhinhos brilhavam.
Chamou-me a atenção uma contadora de histórias que contou uma história apenas com mímica.
De outra parte, já relatei minha emoção quando uma criança de uns dez anos ao ler meu crachá de “autor”, puxou a professora pelo braço e apontando para mim, o ET, disse-lhe: Tia, uma autor, um autor.
Isso eu vi com outros autores rodeados de crianças em diversos lugares.
Ou seja, todos autores são, num primeiro momento, admirados pelas crianças.
Elas percebem que estão ali.
Que andam, comem, bebem, respiram.
Estão vivos.
O público existe e muito.
É preciso tratar bem dele.
Repetindo, em letra maiúscula para que nossos governantes ouçam:
É PRECISO TRATAR BEM DELE.
Aproveitar a curiosidade latente da criança e matar-lhe a fome de saber, de conhecer.
Onde esbarra a dificuldade?
Na falta de incentivo a novos autores.
No custo para edição de um livro.
È muito caro para a população comprar um livro.
A quantidade de autores criativos é imensa.
Nos mais diversos assuntos.
Isso, tenho certeza, não falta.
Agora para terminar, escutei uma frase de um garoto, de uns dez anos, que embarcou no navio por engano.
Ele perguntou a professora:
Aqui não tem cama elástica?
Meus neurônios sim viraram elásticos e ficaram batendo no cérebro perguntando-se:
O que será que andam dizendo para as crianças no assunto cultura e literatura?
===================================================================
Respondendo a quem me perguntou onde anda o Jorginho.
Dei-lhe férias, porque a série B está de doer...
Crianças pequenas em fila, seguindo monitores ou professoras, vibravam quando encontravam alguma atividade diferente de estantes cheias de livros inacessíveis nos estandes.
Havia contadores de histórias, clowns, personagens infantis da literatura.
Os olhinhos brilhavam.
Chamou-me a atenção uma contadora de histórias que contou uma história apenas com mímica.
De outra parte, já relatei minha emoção quando uma criança de uns dez anos ao ler meu crachá de “autor”, puxou a professora pelo braço e apontando para mim, o ET, disse-lhe: Tia, uma autor, um autor.
Isso eu vi com outros autores rodeados de crianças em diversos lugares.
Ou seja, todos autores são, num primeiro momento, admirados pelas crianças.
Elas percebem que estão ali.
Que andam, comem, bebem, respiram.
Estão vivos.
O público existe e muito.
É preciso tratar bem dele.
Repetindo, em letra maiúscula para que nossos governantes ouçam:
É PRECISO TRATAR BEM DELE.
Aproveitar a curiosidade latente da criança e matar-lhe a fome de saber, de conhecer.
Onde esbarra a dificuldade?
Na falta de incentivo a novos autores.
No custo para edição de um livro.
È muito caro para a população comprar um livro.
A quantidade de autores criativos é imensa.
Nos mais diversos assuntos.
Isso, tenho certeza, não falta.
Agora para terminar, escutei uma frase de um garoto, de uns dez anos, que embarcou no navio por engano.
Ele perguntou a professora:
Aqui não tem cama elástica?
Meus neurônios sim viraram elásticos e ficaram batendo no cérebro perguntando-se:
O que será que andam dizendo para as crianças no assunto cultura e literatura?
===================================================================
Respondendo a quem me perguntou onde anda o Jorginho.
Dei-lhe férias, porque a série B está de doer...
21 agosto 2008
CUIDADO COM AS FALSIFICAÇÕES
Navegando por um jornal ou li na Internet, não me lembro.
A notícia dizia dos riscos em deixar que preencham seu cheque através daquelas maquininhas automáticas.
Seu cheque é colocado no microondas, o valor apagado e pronto.
Você foi lesado mais uma vez.
O cheque é esquentado e você entra numa fria.
Se o golpe pega, a lavagem de dinheiro será substituída pela secagem do cheque.
Nem sei o que pensar.
Talvez a solução seja desfraldar antigas bandeiras:
“Abaixo o capitalismo!” “Não ao consumismo!”.
Como?
Você é instigado o tempo todo ao consumo desvairado.
É loja vendendo carnê e dando de brinde um produto, templos do melhor deus, panfletos de “deliveri”, as pragas do “telemarquetim”.
Interatividade aí, pessoal!
Animei-me e fui às compras.
Eu ainda vou às compras.
Muito raramente, mas vou.
Fisicamente.
Diz a lenda que é um perigo fornecer “cepeefe” pela rede mundial.
Vai aparecer um “raquer” e sacar todo seu dinheiro da poupança.
Bons tempos aqueles em que o gatuno só levava a carteira do bolso da poupança.
Deixe-me ver.
Posso fazer compras até R$ 500,00 por dia.
Os bancos determinaram que esse é o limite para você tirar o seu dinheiro da máquina deles.
E não adianta querer gastar mais através do cartão de débito.
O sistema não aceita. Vou passar vergonha.
Tenho que tomar outros cuidados.
Nem pensar em deixar o cartão na mão do frentista, do garçom, de qualquer um que estiver no caixa.
São todos larápios.
Vão “clonar” seu cartão e você, ó...
De qualquer maneira, tenho os quinhentinhos.
Pronto escolhi os produtos, enchi o carrinho.
Oh! Moça! Vai devagar!
Assim você arranca as escamas da garoupa, tira as pintas da onça, depila o mico leão dourado, depena a arara e a garça, arranca a casca da tartaruga, tira as rugas da coroa da cara da cédula.
Já perceberam como ficam microorganismos nas unhas das caixas de supermercado de tanto que elas arranham as notas?
E o olhar de super-homem atravessando o oceano de micróbios em busca da marca dágua?
Oba! Minha nota não era falsa.
Claro que não. Peguei de um ambulante na 25th Mars Avenue. Eles lá deixam passar nota falsa?
É mais seguro que o caixa automático.
Onde tenho o maior cuidado.
Existe um dispositivo que rouba os dados magnéticos do chip do cartão.
Um tal chupa-cabra.
Nesta loja não aceita cartão de crédito?
E débito?
Redechópi?
Não?
Só visa eléquitron.
E a maquininha está quebrada.
Mas, vou comprar... Vou comprar... Vou comprar...
Tenho uma folhinha de cheque.
Não devo andar com o talonário todo, porque há o risco de furtos.
Nananananananão.
Não vai preencher na maquininha, não.
Não leu o começo da crônica?
Vai pegar meu cheque, colocar no microondas e adulterar.
Nem pense em me emprestar a caneta.
Eu sei que é daquelas que a tinta é lavável.
Pensa que vai me enganar?
Meu erreje. Está no cheque. O nome está diferente, mas pode ver que a foto lembra. Foi antes de eu alisar o cabelo e descolorir.
Ainda não mudei o nome depois do segundo divórcio.
A carteira de motorista?
Ai! A última que comprei o DETRAN tomou de volta.
O telefone é celular pré pago. Mas eu mudo todo mês quando surge um modelo novo.
Meu endereço? É que estou sendo despejada. Marca a da Zinha, minha irmã.
Rua Um, número Sete, casa Um.
O número da certidão de óbito da vovó eu não trouxe.
Ufa! Consegui finalizar a compra.
Mas que é desagradável, é.
Oh! Povinho desconfiado. A gente parece falsificador.
Agora, chega! Deixe-me saborear minhas compras.
Ah! Não.
Outro produto meide in chaina.
“Abaixo o consumismo!”, “Abaixo o capitalismo!”, “Viva a revolução comunista!”
A notícia dizia dos riscos em deixar que preencham seu cheque através daquelas maquininhas automáticas.
Seu cheque é colocado no microondas, o valor apagado e pronto.
Você foi lesado mais uma vez.
O cheque é esquentado e você entra numa fria.
Se o golpe pega, a lavagem de dinheiro será substituída pela secagem do cheque.
Nem sei o que pensar.
Talvez a solução seja desfraldar antigas bandeiras:
“Abaixo o capitalismo!” “Não ao consumismo!”.
Como?
Você é instigado o tempo todo ao consumo desvairado.
É loja vendendo carnê e dando de brinde um produto, templos do melhor deus, panfletos de “deliveri”, as pragas do “telemarquetim”.
Interatividade aí, pessoal!
Animei-me e fui às compras.
Eu ainda vou às compras.
Muito raramente, mas vou.
Fisicamente.
Diz a lenda que é um perigo fornecer “cepeefe” pela rede mundial.
Vai aparecer um “raquer” e sacar todo seu dinheiro da poupança.
Bons tempos aqueles em que o gatuno só levava a carteira do bolso da poupança.
Deixe-me ver.
Posso fazer compras até R$ 500,00 por dia.
Os bancos determinaram que esse é o limite para você tirar o seu dinheiro da máquina deles.
E não adianta querer gastar mais através do cartão de débito.
O sistema não aceita. Vou passar vergonha.
Tenho que tomar outros cuidados.
Nem pensar em deixar o cartão na mão do frentista, do garçom, de qualquer um que estiver no caixa.
São todos larápios.
Vão “clonar” seu cartão e você, ó...
De qualquer maneira, tenho os quinhentinhos.
Pronto escolhi os produtos, enchi o carrinho.
Oh! Moça! Vai devagar!
Assim você arranca as escamas da garoupa, tira as pintas da onça, depila o mico leão dourado, depena a arara e a garça, arranca a casca da tartaruga, tira as rugas da coroa da cara da cédula.
Já perceberam como ficam microorganismos nas unhas das caixas de supermercado de tanto que elas arranham as notas?
E o olhar de super-homem atravessando o oceano de micróbios em busca da marca dágua?
Oba! Minha nota não era falsa.
Claro que não. Peguei de um ambulante na 25th Mars Avenue. Eles lá deixam passar nota falsa?
É mais seguro que o caixa automático.
Onde tenho o maior cuidado.
Existe um dispositivo que rouba os dados magnéticos do chip do cartão.
Um tal chupa-cabra.
Nesta loja não aceita cartão de crédito?
E débito?
Redechópi?
Não?
Só visa eléquitron.
E a maquininha está quebrada.
Mas, vou comprar... Vou comprar... Vou comprar...
Tenho uma folhinha de cheque.
Não devo andar com o talonário todo, porque há o risco de furtos.
Nananananananão.
Não vai preencher na maquininha, não.
Não leu o começo da crônica?
Vai pegar meu cheque, colocar no microondas e adulterar.
Nem pense em me emprestar a caneta.
Eu sei que é daquelas que a tinta é lavável.
Pensa que vai me enganar?
Meu erreje. Está no cheque. O nome está diferente, mas pode ver que a foto lembra. Foi antes de eu alisar o cabelo e descolorir.
Ainda não mudei o nome depois do segundo divórcio.
A carteira de motorista?
Ai! A última que comprei o DETRAN tomou de volta.
O telefone é celular pré pago. Mas eu mudo todo mês quando surge um modelo novo.
Meu endereço? É que estou sendo despejada. Marca a da Zinha, minha irmã.
Rua Um, número Sete, casa Um.
O número da certidão de óbito da vovó eu não trouxe.
Ufa! Consegui finalizar a compra.
Mas que é desagradável, é.
Oh! Povinho desconfiado. A gente parece falsificador.
Agora, chega! Deixe-me saborear minhas compras.
Ah! Não.
Outro produto meide in chaina.
“Abaixo o consumismo!”, “Abaixo o capitalismo!”, “Viva a revolução comunista!”
18 agosto 2008
A PROFESSORA DISSE NÃO!
Não gosto do formato mercantilista desse “feirão” que se transformou a Bienal do Livro, mas enfim e como diz Milton “o artista tem de ir onde o povo está”.
Fiquei a maior parte do meu tempo de autógrafos conversando no stand com dois outros autores e com os responsáveis da Editora.
Repentinamente, acendeu-se uma luz no fundo do túnel da solitária hora de autógrafos. Uma professora apontou para mim e disse aos seus alunos:
“Olhem! Um autor!”
Entre feliz e surpreso olhei para os lados e não encontrando nenhum ET concluí:
“Era eu!”
Viva!
Sou um autor.
Ora, pois, oh! Pá!
É o que está escrito no crachá.
A criançada atacou-me.
Acabaram com meu estoque de marcadores de página.
Pediram que autografasse os marcadores.
Diante da felicidade daquelas crianças em ver um autor, lembrei-me da dificuldade que era arrumar unzinho só para levar às escolas durante os 15 anos que fui diretor de escola.
Pensei com meus zíperes.
Posso fazer esse trabalho
Saí do stand e passei a conversar com todos os responsáveis por grupos escolares que encontrei.
Grupo Escolar é coisa muito antiga.
Arf! Quanto tempo.
Deixe estar. Descobri que a Cartilha Caminho Suave da Branca Alves de Lima atingiu sua 127ª. Edição.
Cartãozinho em punho parava os professores de escola pública, dizia sobre meus livros, minha condição de aposentado como diretor de escola e perguntava sobre eventual interesse em que eu fosse até a sua escola.
Reações diversas.
Algumas muito interessadas realmente. Paravam os alunos, perguntavam sobre meus livros e até pegaram o telefone.
Outras mais preocupadas em não perder as crianças, agradeceram e colocaram o cartão no meio de algum livro ou panfleto.
Talvez leiam depois.
Opa! Outro ataque de um grupo de escolares.
Tinham visto um ET.
Digo, um Autor.
Fizeram nova festa.
Animei-me.
Oferecido que só eu, fui de grupo em grupo acabando com meus cartões.
Só para citar, a maciça maioria das escolas que encontrei eram da periferia de St.Paul.
Parabéns a esses professores.
Era meu último cartão.
Um choque brutal.
Dirigi-me a uma professora que chegava com seus alunos e me apresentei entregando-lhe o cartão.
Nem me ouviu e disse:Não!
Insisti: “A senhora não tem interesse em levar um autor a sua escola?”
Não!
Por favor...
Pela carinha da santa, ela ia dizer mais um não!
Só devolve o cartão!
Ela ficou estática e retomei o precioso derradeiro cartão.
Perdeu uma oportunidade dessas.
Um autor de graça.
Cheio “de graça”.
Chateado, falei para o zíper da camisa:
“Essa não é do ramo! O que veio fazer aqui?”
Num flash, passaram imagens de algumas professoras que não eram do ramo e tive que aturar enquanto diretor.
A professora seguinte era, fez-me algumas perguntas e reanimei-me.
Felizmente, a maioria é do ramo.
Fiquei a maior parte do meu tempo de autógrafos conversando no stand com dois outros autores e com os responsáveis da Editora.
Repentinamente, acendeu-se uma luz no fundo do túnel da solitária hora de autógrafos. Uma professora apontou para mim e disse aos seus alunos:
“Olhem! Um autor!”
Entre feliz e surpreso olhei para os lados e não encontrando nenhum ET concluí:
“Era eu!”
Viva!
Sou um autor.
Ora, pois, oh! Pá!
É o que está escrito no crachá.
A criançada atacou-me.
Acabaram com meu estoque de marcadores de página.
Pediram que autografasse os marcadores.
Diante da felicidade daquelas crianças em ver um autor, lembrei-me da dificuldade que era arrumar unzinho só para levar às escolas durante os 15 anos que fui diretor de escola.
Pensei com meus zíperes.
Posso fazer esse trabalho
Saí do stand e passei a conversar com todos os responsáveis por grupos escolares que encontrei.
Grupo Escolar é coisa muito antiga.
Arf! Quanto tempo.
Deixe estar. Descobri que a Cartilha Caminho Suave da Branca Alves de Lima atingiu sua 127ª. Edição.
Cartãozinho em punho parava os professores de escola pública, dizia sobre meus livros, minha condição de aposentado como diretor de escola e perguntava sobre eventual interesse em que eu fosse até a sua escola.
Reações diversas.
Algumas muito interessadas realmente. Paravam os alunos, perguntavam sobre meus livros e até pegaram o telefone.
Outras mais preocupadas em não perder as crianças, agradeceram e colocaram o cartão no meio de algum livro ou panfleto.
Talvez leiam depois.
Opa! Outro ataque de um grupo de escolares.
Tinham visto um ET.
Digo, um Autor.
Fizeram nova festa.
Animei-me.
Oferecido que só eu, fui de grupo em grupo acabando com meus cartões.
Só para citar, a maciça maioria das escolas que encontrei eram da periferia de St.Paul.
Parabéns a esses professores.
Era meu último cartão.
Um choque brutal.
Dirigi-me a uma professora que chegava com seus alunos e me apresentei entregando-lhe o cartão.
Nem me ouviu e disse:Não!
Insisti: “A senhora não tem interesse em levar um autor a sua escola?”
Não!
Por favor...
Pela carinha da santa, ela ia dizer mais um não!
Só devolve o cartão!
Ela ficou estática e retomei o precioso derradeiro cartão.
Perdeu uma oportunidade dessas.
Um autor de graça.
Cheio “de graça”.
Chateado, falei para o zíper da camisa:
“Essa não é do ramo! O que veio fazer aqui?”
Num flash, passaram imagens de algumas professoras que não eram do ramo e tive que aturar enquanto diretor.
A professora seguinte era, fez-me algumas perguntas e reanimei-me.
Felizmente, a maioria é do ramo.
13 agosto 2008
MINHAS PROMESSAS
VOTE PEDRÃO... ELE TEM A SOLUÇÃO
OU
VOTE PEDRINHO... ELE É O CAMINHO
Não sei direito que slogan usar...
Meu partido todos já sabem.
Partido da Unidade Nacional
O PUN.
O Partido do Apostolado de Pedro.
PUN - O único partido que avisa o que vem depois.
Nas próximas eleições serei novamente candidato.
Prometo que serei.
Prometo.
Prometo.
Prometo.
Prometo menos brometo, bromato e bromito no pão.
Incentivarei o consumo de brócolis, quiabo e nabo nas escolas públicas.
Construirei um túnel ligando o Bairro do Pari a Paraisópolis, passando pela Freguesia do Ó e Higienópolis em ziguezague para terminar com os congestionamentos nessas zonas.
Os metrôs serão aéreos e assim como os aviões ficarão proibidos de cair.
Os aviões que conseguirem decolar, é claro!
Complementando a proposta de um concorrente que promete o aero-trem, criarei o aero-porto para desembarque de containeres.
Colocarei tampões sobre as marginais. O cheiro que persistir será eliminado com a colocação de tampões nos narizes dos motoristas.
Serão entabuladas negociações com proeminentes curiosos para estudarem quanto a possibilidade de marcação prévia de consulta nos pronto-socorros e atendimentos de urgência.
Será proibido furar filas.
Uma boa notícia para os marceneiros.
Meu primeiro ato será licitar a produção de cabides reduzindo definitivamente o desemprego que ataca ferozmente meus familiares, amigos e correligionários.
Criarei “o bolsa-cunhado” terminando com empréstimos sem juros e sem pagamento.
Para evitar ciumeira, darei uma bolsa também para minha sogra.
Motoqueiros terão faixa exclusiva desde que não estejam com motos.
Carros velhos como fuscas, fiat 147, chevetes, passats, belinas ganharão rodízio próprio.
Fuscas só quebram na segunda, fiat na terça, chevetes nas quartas, passats nas quintas, belinas nas sextas.
Brasília fica fora do rodízio porque já quebrou o braziu.
O passe único será reduzido. Muito feias aquelas carteirinhas penduradas no pescoço. Parece crachá de pobreza.
Serão instaladas catracas exclusivas para obesos em todos os ônibus e vans.
Apesar de já haver sido objeto de promessas antigas, agora é definitivo. Lutarei para terminar com a Lei da Oferta e da Procura.
Ampliarei o recesso parlamentar, para que a população seja “menas” (já ouviram candidato a presidente falando isso) prejudicada com as leis por eles criadas.
Proibirei a alteração de nomes de ruas, viadutos, túneis e quaisquer logradouros públicos e privados.
As privadas dos banheiros públicos serão limpas.
Proibirei que escrevam nas portas dos banheiros.
Será também proibido escrever “Atlas(ado)” nos elevadores.
Garota(o)s de programa não mais colocarão seus telefones em telefones públicos.
Os telefones funcionarão. Inclusive os celulares.
A Justiça será mais ágil e pagarei todos os precatórios.
Aposentados terão reajustes justos.
A Constituição não será mais (r)emendada.
Determinarei o fim do instituto da reeleição, instituindo a eleição vitalícia, à semelhança do companheiro (oopppsss!) Evo Chávez.
Decretarei a proibição de rebaixamento do Corínthians.
Não será permitido o uso de algemas. Nem de chicotinhos e outros fetiches.
O sexo só será permitido com finalidades sexuais.
Ampliarei o Leve-Leite, com a introdução do Leve-Pãozinho e Leve-Margarina.
Com o intuito de melhorar o trânsito ao redor das escolas, o recesso escolar será ampliado.
Os professores não precisarão mais ir às escolas. Para que esse inútil deslocamento? As crianças que não aprendem são aprovadas. E o professor leva a culpa.
Cães serão obrigados a recolher os dejetos jogados por seus donos nas calçadas e avenidas.
Construirei salões de bailes para a terceira idade dando outra opção de lazer ao invés das filas de supermercados e bancos.
Mochilas não mais poderão ser carregadas nas costas.
Instituirei o rodízio nos elevadores. Dia par só pararão nos andares pares e dias ímpares nos ímpares, é claro, oh! pá!
Eu prometo porque posso prometer. Não serei eleito... Não precisarei cumprir...
Se estiverem cheios de minhas promessas, elejam-me e prometo esconder-me de todos.
Senão, volto na próxima eleição, com mais promessas.
Até a próxima eleição.
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O blog volta segunda feira
OU
VOTE PEDRINHO... ELE É O CAMINHO
Não sei direito que slogan usar...
Meu partido todos já sabem.
Partido da Unidade Nacional
O PUN.
O Partido do Apostolado de Pedro.
PUN - O único partido que avisa o que vem depois.
Nas próximas eleições serei novamente candidato.
Prometo que serei.
Prometo.
Prometo.
Prometo.
Prometo menos brometo, bromato e bromito no pão.
Incentivarei o consumo de brócolis, quiabo e nabo nas escolas públicas.
Construirei um túnel ligando o Bairro do Pari a Paraisópolis, passando pela Freguesia do Ó e Higienópolis em ziguezague para terminar com os congestionamentos nessas zonas.
Os metrôs serão aéreos e assim como os aviões ficarão proibidos de cair.
Os aviões que conseguirem decolar, é claro!
Complementando a proposta de um concorrente que promete o aero-trem, criarei o aero-porto para desembarque de containeres.
Colocarei tampões sobre as marginais. O cheiro que persistir será eliminado com a colocação de tampões nos narizes dos motoristas.
Serão entabuladas negociações com proeminentes curiosos para estudarem quanto a possibilidade de marcação prévia de consulta nos pronto-socorros e atendimentos de urgência.
Será proibido furar filas.
Uma boa notícia para os marceneiros.
Meu primeiro ato será licitar a produção de cabides reduzindo definitivamente o desemprego que ataca ferozmente meus familiares, amigos e correligionários.
Criarei “o bolsa-cunhado” terminando com empréstimos sem juros e sem pagamento.
Para evitar ciumeira, darei uma bolsa também para minha sogra.
Motoqueiros terão faixa exclusiva desde que não estejam com motos.
Carros velhos como fuscas, fiat 147, chevetes, passats, belinas ganharão rodízio próprio.
Fuscas só quebram na segunda, fiat na terça, chevetes nas quartas, passats nas quintas, belinas nas sextas.
Brasília fica fora do rodízio porque já quebrou o braziu.
O passe único será reduzido. Muito feias aquelas carteirinhas penduradas no pescoço. Parece crachá de pobreza.
Serão instaladas catracas exclusivas para obesos em todos os ônibus e vans.
Apesar de já haver sido objeto de promessas antigas, agora é definitivo. Lutarei para terminar com a Lei da Oferta e da Procura.
Ampliarei o recesso parlamentar, para que a população seja “menas” (já ouviram candidato a presidente falando isso) prejudicada com as leis por eles criadas.
Proibirei a alteração de nomes de ruas, viadutos, túneis e quaisquer logradouros públicos e privados.
As privadas dos banheiros públicos serão limpas.
Proibirei que escrevam nas portas dos banheiros.
Será também proibido escrever “Atlas(ado)” nos elevadores.
Garota(o)s de programa não mais colocarão seus telefones em telefones públicos.
Os telefones funcionarão. Inclusive os celulares.
A Justiça será mais ágil e pagarei todos os precatórios.
Aposentados terão reajustes justos.
A Constituição não será mais (r)emendada.
Determinarei o fim do instituto da reeleição, instituindo a eleição vitalícia, à semelhança do companheiro (oopppsss!) Evo Chávez.
Decretarei a proibição de rebaixamento do Corínthians.
Não será permitido o uso de algemas. Nem de chicotinhos e outros fetiches.
O sexo só será permitido com finalidades sexuais.
Ampliarei o Leve-Leite, com a introdução do Leve-Pãozinho e Leve-Margarina.
Com o intuito de melhorar o trânsito ao redor das escolas, o recesso escolar será ampliado.
Os professores não precisarão mais ir às escolas. Para que esse inútil deslocamento? As crianças que não aprendem são aprovadas. E o professor leva a culpa.
Cães serão obrigados a recolher os dejetos jogados por seus donos nas calçadas e avenidas.
Construirei salões de bailes para a terceira idade dando outra opção de lazer ao invés das filas de supermercados e bancos.
Mochilas não mais poderão ser carregadas nas costas.
Instituirei o rodízio nos elevadores. Dia par só pararão nos andares pares e dias ímpares nos ímpares, é claro, oh! pá!
Eu prometo porque posso prometer. Não serei eleito... Não precisarei cumprir...
Se estiverem cheios de minhas promessas, elejam-me e prometo esconder-me de todos.
Senão, volto na próxima eleição, com mais promessas.
Até a próxima eleição.
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O blog volta segunda feira
12 agosto 2008
DEVER E PODER
Se você pensa que encontrará um texto jurídico, administrativo ou filosófico, dançou literalmente.
Pode mudar de sítio (treinamento para unificação ortográfica), mas ficará curioso com a chacrinha que estarei fazendo.
O dever e o poder é basicamente a relação entre homens e mulheres.
Quem pode mais chora menos.
Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Aqui em casa é assim...
Benhê, você pode me ajudar?
Significa: Devo parar o que estou fazendo (geralmente tomando cerveja e assistindo o vídeo tape de Taquaritinga e Furnas) e ir, imediatamente, lavar a louça.
Benhê, eu posso (interatividade) qualquer coisa?
Significa: Devo concordar prontamente.
Benhê, será que eu devo...?
Significa não posso interromper a frase e assentir sem poder questionar.
Paiê, posso ir à balada?, pergunta seu filho menor de idade.
Pergunta pra sua mãe.
Ela disse que devo perguntar pra você.
Benhê, o Júnior pode ir à balada?
Você pode ir buscá-lo?
Significa que devo acordar às três da manhã e ir buscá-lo.
Benhê, posso comprar (interatividade) no cartão?
Significa que posso decidir se deve ser no crédito ou débito.
Benhê, posso fazer só uma pergunta?
Já fez, agora deixe-me acabar de ler o jornal.
Significa que devo me arrepender imediatamente da resposta.
Benhê, posso ler o que você está escrevendo? É uma poesia para mim?
Significa: devo chutar o fio do computador e desligar, pois a coisa pode ficar preta.
Será que posso publicar este texto?
Devo me arriscar?
Se eu publiquei você deve manter segredo ou eu posso ficar sem computador.
Devo ou não devo?
Posso ou não posso?
-------------------------------------------------------------
Estarei autografando na Bienal do Livro (Anhembi)
dias 18 e 20 (14 as 16h) - Editora All Print (Rua I-7)
dia 24 no stand da AJEB (Rua B 2)
Livros à venda também nos sites
http://www.ciadoslivros.com.br
http://www.livrariacultura.com.br
http://www.allprinteditora.com.br
Pode mudar de sítio (treinamento para unificação ortográfica), mas ficará curioso com a chacrinha que estarei fazendo.
O dever e o poder é basicamente a relação entre homens e mulheres.
Quem pode mais chora menos.
Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Aqui em casa é assim...
Benhê, você pode me ajudar?
Significa: Devo parar o que estou fazendo (geralmente tomando cerveja e assistindo o vídeo tape de Taquaritinga e Furnas) e ir, imediatamente, lavar a louça.
Benhê, eu posso (interatividade) qualquer coisa?
Significa: Devo concordar prontamente.
Benhê, será que eu devo...?
Significa não posso interromper a frase e assentir sem poder questionar.
Paiê, posso ir à balada?, pergunta seu filho menor de idade.
Pergunta pra sua mãe.
Ela disse que devo perguntar pra você.
Benhê, o Júnior pode ir à balada?
Você pode ir buscá-lo?
Significa que devo acordar às três da manhã e ir buscá-lo.
Benhê, posso comprar (interatividade) no cartão?
Significa que posso decidir se deve ser no crédito ou débito.
Benhê, posso fazer só uma pergunta?
Já fez, agora deixe-me acabar de ler o jornal.
Significa que devo me arrepender imediatamente da resposta.
Benhê, posso ler o que você está escrevendo? É uma poesia para mim?
Significa: devo chutar o fio do computador e desligar, pois a coisa pode ficar preta.
Será que posso publicar este texto?
Devo me arriscar?
Se eu publiquei você deve manter segredo ou eu posso ficar sem computador.
Devo ou não devo?
Posso ou não posso?
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Estarei autografando na Bienal do Livro (Anhembi)
dias 18 e 20 (14 as 16h) - Editora All Print (Rua I-7)
dia 24 no stand da AJEB (Rua B 2)
Livros à venda também nos sites
http://www.ciadoslivros.com.br
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10 agosto 2008
ONG, BICHAS E SOLITÁRIAS - Um problema sério no braziu
Gente! Preciso ganhar um dinheirinho.
Minha aposentadoria não dá mais.
Andei lendo...
Não é gerundismo!
Estava andando e lendo.
Ainda consigo.
Pois é.
Li que o governo desova um monte de dinheiro em ONGs.
Já tentei criei uma, mas fui duramente criticado e boicotado.
Era para a Preservação da Loira Natural.
Fui taxado de discriminador por loiras, morenas e por gente que nem lembrava a cor do cabelo.
Quase fui lançado às chamas.
Agora tive outra idéia.
A ONG das bichas e solitárias.
Como o nome parece tipo antibiótico de amplo espectro, o governo vai pensar que estou atendendo diversos segmentos da população.
O que não deixa de ser verdade.
Especificamente, defenderá o direito da população, que não queira conviver com elas, acabar com as bichas e solitárias.
Heterossexual pode ser atendido?
Pode.
Grupos de pessoas?
Podem.
Pessoas solitárias?
Também.
Freqüentadores de saunas gays ou xibungos?
Claro que sim.
Minha proposta é criar uma ONG destinada a estudar o público que vive em regiões insalubres, com más condições de saneamento.
Tem público às pamparras neste braziu varemnós.
Tem nos pampas também, mas a maioria está no Norte e Nordeste.
Lá ainda tem muita bicha e solitária.
Temos que exterminar com as bichas e solitárias.
Ainda temos muita gente com verminose.
Só falta entenderem mal e me criticarem por estar defendendo os helmínteos.
Exatamente o oposto.
Não pense que estou tentando desopilar o seu fígado.
O problema ataca inicialmente outros órgãos e o projeto é para se pensar seriamente.
Será que consigo um dinheirinho do governo para combater esse problema?
Como não se fiscalizam as ONGs e nem se preocupam com a dor de barriga dágua alheia, se não der certo, embolso o dinheiro e ninguém vai notar.
Afinal 30% da população do mundo têm algum tipo de verminose.
Mas em alguns lugares do braziu atinge 80% da população.
Minha aposentadoria não dá mais.
Andei lendo...
Não é gerundismo!
Estava andando e lendo.
Ainda consigo.
Pois é.
Li que o governo desova um monte de dinheiro em ONGs.
Já tentei criei uma, mas fui duramente criticado e boicotado.
Era para a Preservação da Loira Natural.
Fui taxado de discriminador por loiras, morenas e por gente que nem lembrava a cor do cabelo.
Quase fui lançado às chamas.
Agora tive outra idéia.
A ONG das bichas e solitárias.
Como o nome parece tipo antibiótico de amplo espectro, o governo vai pensar que estou atendendo diversos segmentos da população.
O que não deixa de ser verdade.
Especificamente, defenderá o direito da população, que não queira conviver com elas, acabar com as bichas e solitárias.
Heterossexual pode ser atendido?
Pode.
Grupos de pessoas?
Podem.
Pessoas solitárias?
Também.
Freqüentadores de saunas gays ou xibungos?
Claro que sim.
Minha proposta é criar uma ONG destinada a estudar o público que vive em regiões insalubres, com más condições de saneamento.
Tem público às pamparras neste braziu varemnós.
Tem nos pampas também, mas a maioria está no Norte e Nordeste.
Lá ainda tem muita bicha e solitária.
Temos que exterminar com as bichas e solitárias.
Ainda temos muita gente com verminose.
Só falta entenderem mal e me criticarem por estar defendendo os helmínteos.
Exatamente o oposto.
Não pense que estou tentando desopilar o seu fígado.
O problema ataca inicialmente outros órgãos e o projeto é para se pensar seriamente.
Será que consigo um dinheirinho do governo para combater esse problema?
Como não se fiscalizam as ONGs e nem se preocupam com a dor de barriga dágua alheia, se não der certo, embolso o dinheiro e ninguém vai notar.
Afinal 30% da população do mundo têm algum tipo de verminose.
Mas em alguns lugares do braziu atinge 80% da população.
09 agosto 2008
BIENAL DO LIVRO - NUNCA MAIS!
(foto de Marcia Bib - blog Divagações Psicodélicas)
Vamos deixar claro: sou visceralmente contrário a expor qualquer convidado ao pagamento de taxas, couverts, bebidas, etc.
Jurei, há umas três bienais que não voltaria mais devido ao excesso de pessoas. Este ano estão prevendo 800 mil.
80 mil por dia. Meio Maracanã.
Porque cobrar ingresso?
R$ 10,00 por cabeça (per capita, para evitar cacofonia) são R$ 8 milhões de reais.
Bela grana. “Gud larjante”.
Argumentarão: a cada R$ 10,00 de consumo você recebe R$ 1,00 de desconto.
Gastando R$ 100,00 o ingresso estará pago.
Ora, esse valor já está embutido. Tudo é bancado pela publicidade, pelas editoras e pela consignação (que chega a 70%) da venda dos livros.
O livro que já é muito caro, tem seu custo aumentado.
Qual a diferença do big feirão do Anhembi de uma barraquinha de rua com livros usados ou da Feira do Livro de Porto Alegre (15 dias à céu aberto)?
Mas como o castigo vem a cavalo, o peixe morre pela boca, boca fechada não entra mosquito.
Dito e feito.
Lancei dois livros e a editora ofereceu-me espaço em seu stand na Bienal do Livro para “autografar”.
Aliás, estou tentando instalar minha mesa ao lado da mesa do Ziraldo, que também estará autografando e convidei o Paulinho para ajudar na divulgação. Só não sei se convidei o Paulinho certo.
Conferi a lista de horários e constatei que meu nome não consta da lista de autores.
Mas não será tão difícil me achar...
Procurem onde não houver fila. Sou avesso a elas. Traduzindo aos patrícios lusitanos, não procurem em rabo de bichas.
Aumentando minha insatisfação.
Consultei a organização sobre convites, credenciais, essas coisas para mim e familiares.
Só o autor terá acesso livre e deverá se identificar à entrada. Os demais pagam.
Mais fila...
Uma grande falta de gentileza, para não dizer ganância.
Embora sem renome, estarei levando algumas pessoas ao evento e expondo-os a um consumo injusto, pois poderiam comprar o meu livro diretamente.
Já defini que irei só. Nem minha mulher irá.
Para começar a encerrar: O mercantilismo realmente atrapalha a cultura.
Lembro-me de Farenheit 451, onde se fazia a transmissão oral para se preservar a literatura e o conhecimento do povo e comparo.
Tenho de me referir e aplaudir Agnaldo Timóteo e Lobão que vendem seus discos no mercado informal, em bancas de jornal, parando carros na rua.
Lembro do “maldito” e genial Plínio Marcos vendendo seus livros à porta de teatros da Bela Vista (Bixiga).
E a tantos outros que vendem solitariamente o produto de sua inteligência.
Reforça-me a idéia de sair vendendo espetinhos de camarão pela praia e a cada dez espetinhos dar um livro.
Matarei a fome física e a intelectual da população.
Alerta final: quem iria a Bienal exclusivamente para me incentivar, pode deixar para o lançamento pessoal.
Não pagará ingresso, não receberá pisões nos pés e se chegar cedo terá lugar para sentar. E ainda poderá declamar suas poesias.
Não vou jurar para não pagar a boca, mas acho que Bienal do Livro, definitivamente, será a última.
Plagiando Chico Buarque mais uma vez: Salvem o escritor popular!
08 agosto 2008
EFEMÉRIDES E NECROLÓGIOS
Como todo mundo que lê jornal diariamente, dou uma olhadela pelas efemérides.
As efemérides são terríveis.
Braziu campeão do mundo na Suécia.
Isso é do meu tempo.
Fundação de braziulia.
Isso também...
Nascimento do Niemeyer.
Aí, é exagero!
Chiiiii!
Melhor virar a página.
Lá está o necrológio.
Alguns dizem que é mania mórbida ler o necrológio.
Macacos não me mordam, psiquiatras não me ouçam, mas ler a parte de cidades, metrópole, governo, política é muito mais mórbida.
No necrológio, ao menos, as mortes são, via de regra, naturais.
Só dá um gelo quando morre alguém conhecido, colega dos tempos de escola e vem a lembrança:
Esse é do meu tempo!
Brrrrrr...
Ler o necrológio toda manhã tem lá suas vantagens.
Você lê, seu nome não está lá, há uma boa possibilidade de estar vivo.
Aconselhável ler de manhã, logo depois de acordar, porque com a violência das cidades grandes, à noite nunca se sabe.
Já que estou falando de necrológio, vamos a ele.
Tem certas coisas curiosas nas notas de falecimento.
Em cidades pequenas. Isto é, em quase todas as cidades que não são metrópoles, coloca-se a foto do falecente.
Deve ser para não errar a pessoa no enterro.
Não riam, pois isso, lamentavelmente eu vi acontecer.
Havia na família um senhor muito velhinho, com mais de noventa anos. Era cunhado ou qualquer coisa de meu avô.
Seu filho havia morrido e o senhor estava sentado bem à porta do velório recebendo as condolências.
Uma parente, sutil como um javali em vidraçaria, olhou para ele assustada como se visse um fantasma e torpedeou:
Tio, não foi o senhor que morreu, não?
O tio quase morreu de susto e eu de rir.
Para satisfazer o pessoal, ele logo depois morreu.
Já notei que há pessoas - deve ser uma confraria - que cuida da vida, neste caso da morte de todo mundo em algumas cidades.
Morre alguém por lá, aparece toda a árvore genealógica, cargos ocupados, comendas recebidas pelo santo falecente na nota.
É bom que ele fosse santo mesmo, senão corria o risco de sabermos a lista de concubinas, de filhos não reconhecidos.
Podem conferir.
Leiam disfarçadamente para ninguém perceber que você também lê necrológio.
Para terminar, falemos a verdade.
Tem um monte de gente que dá uma vontade de vermos a morte estampada na primeira página.
Não vou listar e podem me criticar, mas que tem, tem.
Pode fazer a sua...
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Estarei na Bienal do Livro (Anhembi) dias 18 a 20 (à tarde) - Editora All Print (Rua I-7) e no dia 24 no stand da AJEB (Rua B 2)
Livros à venda nos sites
http://www.ciadoslivros.com.br
http://www.livrariacultura.com.br
http://www.allprinteditora.com.br
As efemérides são terríveis.
Braziu campeão do mundo na Suécia.
Isso é do meu tempo.
Fundação de braziulia.
Isso também...
Nascimento do Niemeyer.
Aí, é exagero!
Chiiiii!
Melhor virar a página.
Lá está o necrológio.
Alguns dizem que é mania mórbida ler o necrológio.
Macacos não me mordam, psiquiatras não me ouçam, mas ler a parte de cidades, metrópole, governo, política é muito mais mórbida.
No necrológio, ao menos, as mortes são, via de regra, naturais.
Só dá um gelo quando morre alguém conhecido, colega dos tempos de escola e vem a lembrança:
Esse é do meu tempo!
Brrrrrr...
Ler o necrológio toda manhã tem lá suas vantagens.
Você lê, seu nome não está lá, há uma boa possibilidade de estar vivo.
Aconselhável ler de manhã, logo depois de acordar, porque com a violência das cidades grandes, à noite nunca se sabe.
Já que estou falando de necrológio, vamos a ele.
Tem certas coisas curiosas nas notas de falecimento.
Em cidades pequenas. Isto é, em quase todas as cidades que não são metrópoles, coloca-se a foto do falecente.
Deve ser para não errar a pessoa no enterro.
Não riam, pois isso, lamentavelmente eu vi acontecer.
Havia na família um senhor muito velhinho, com mais de noventa anos. Era cunhado ou qualquer coisa de meu avô.
Seu filho havia morrido e o senhor estava sentado bem à porta do velório recebendo as condolências.
Uma parente, sutil como um javali em vidraçaria, olhou para ele assustada como se visse um fantasma e torpedeou:
Tio, não foi o senhor que morreu, não?
O tio quase morreu de susto e eu de rir.
Para satisfazer o pessoal, ele logo depois morreu.
Já notei que há pessoas - deve ser uma confraria - que cuida da vida, neste caso da morte de todo mundo em algumas cidades.
Morre alguém por lá, aparece toda a árvore genealógica, cargos ocupados, comendas recebidas pelo santo falecente na nota.
É bom que ele fosse santo mesmo, senão corria o risco de sabermos a lista de concubinas, de filhos não reconhecidos.
Podem conferir.
Leiam disfarçadamente para ninguém perceber que você também lê necrológio.
Para terminar, falemos a verdade.
Tem um monte de gente que dá uma vontade de vermos a morte estampada na primeira página.
Não vou listar e podem me criticar, mas que tem, tem.
Pode fazer a sua...
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Estarei na Bienal do Livro (Anhembi) dias 18 a 20 (à tarde) - Editora All Print (Rua I-7) e no dia 24 no stand da AJEB (Rua B 2)
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06 agosto 2008
REDE GLOBO E A TRANSMISSÃO DAS OLIMPIADAS
A Rede Globo soltou nota na grande mídia esclarecendo as limitações do seu sinal para exibição dos Jogos Olímpicos de Pequim em locais públicos.
Ainda bem que escreveram Pequim, por que Beijin, Beijin fica parecendo publicidade do programa da Xuxa.
Causou-me espanto e perplexidade tal medida.
Dizem que onde há emoção lá está a Globo, mas não deram cobertura ao enterro de meu poodle, que me causou tanta comoção. Ele corria tão bem atrás da bolinha. Melhor que os jogadores do Dunga.
A Globo, magnanimamente, autoriza as exibições públicas, em geral, sem necessidade de qualquer autorização especifica.
Tão bonzinhos!
Porque não liberam o sinal digital nas parabólicas?
Impõe algumas condições tais como:
Não é permitido lucrar, cobrar ingresso, sortear ou distribuir brindes.
Cobrar ingresso vá lá... Afinal já está embutido no couvert, mas não poder distribuir brindes?
Se o cara quer dar, dá para quem quiser... (ooooppppps!)
O sinal deve ser transmitido integralmente, sem cortes durante as publicidades.
Ora, ora! Porque não posso assistir um programinha evangélico nos intervalos?
Podem estar mais interessantes que uma partida de badmington ou apresentação de saltos ornamentais.
E se a seleção estiver jogando, podemos orar para que consiga empatar no segundo tempo.
Não pode passar vídeo tape.
Ofende a inteligência. Assistir vídeo tape só se o Corinthians for campeão da Libertadores. Já não basta a exaustiva repetição dos cinco segundos de melhores momentos?
Proibido associar a exibição dos eventos esportivos com partidos políticos ou candidatos.
Essa medida é boa, assim o Lulla não será exibido na abertura.
Mas a pérola é a não permissão da utilização de nenhuma das marcas oficiais do Comitê Olímpico Internacional, do Comitê Olímpico Chinês relativos a anéis olímpicos, logomarcas, emblemas, mascotes, medalhas e tocha olímpica.
Ou seja, é proibido falsificar.
Ora, pois, dirão ouvir estrelas.
Não pode falsificar?
Mas os Jogos não são na China?
Acho que essa nota da globo é falsa.
Ainda bem que escreveram Pequim, por que Beijin, Beijin fica parecendo publicidade do programa da Xuxa.
Causou-me espanto e perplexidade tal medida.
Dizem que onde há emoção lá está a Globo, mas não deram cobertura ao enterro de meu poodle, que me causou tanta comoção. Ele corria tão bem atrás da bolinha. Melhor que os jogadores do Dunga.
A Globo, magnanimamente, autoriza as exibições públicas, em geral, sem necessidade de qualquer autorização especifica.
Tão bonzinhos!
Porque não liberam o sinal digital nas parabólicas?
Impõe algumas condições tais como:
Não é permitido lucrar, cobrar ingresso, sortear ou distribuir brindes.
Cobrar ingresso vá lá... Afinal já está embutido no couvert, mas não poder distribuir brindes?
Se o cara quer dar, dá para quem quiser... (ooooppppps!)
O sinal deve ser transmitido integralmente, sem cortes durante as publicidades.
Ora, ora! Porque não posso assistir um programinha evangélico nos intervalos?
Podem estar mais interessantes que uma partida de badmington ou apresentação de saltos ornamentais.
E se a seleção estiver jogando, podemos orar para que consiga empatar no segundo tempo.
Não pode passar vídeo tape.
Ofende a inteligência. Assistir vídeo tape só se o Corinthians for campeão da Libertadores. Já não basta a exaustiva repetição dos cinco segundos de melhores momentos?
Proibido associar a exibição dos eventos esportivos com partidos políticos ou candidatos.
Essa medida é boa, assim o Lulla não será exibido na abertura.
Mas a pérola é a não permissão da utilização de nenhuma das marcas oficiais do Comitê Olímpico Internacional, do Comitê Olímpico Chinês relativos a anéis olímpicos, logomarcas, emblemas, mascotes, medalhas e tocha olímpica.
Ou seja, é proibido falsificar.
Ora, pois, dirão ouvir estrelas.
Não pode falsificar?
Mas os Jogos não são na China?
Acho que essa nota da globo é falsa.
05 agosto 2008
O RABO BALANÇA O CACHORRO!
Quando era criança e brincava de mocinho e bandido achava que a polícia era do bem e os bandidos eram do mal.
Apesar dos esforços do Stalone, do Schwarznegger, de muitos promotores e delegados da Policia Federal sabemos que no “braziu varemnós” não é bem assim...
A situação é caótica.
Os bandidos são certamente do mal, embora pareçam ser do bem nos guetos de pobreza, e a policia, em milhares de casos, também é do mal. Milicianos do mal.
A Polícia Federal faz ações glamourosas, portentosas...
Bate, prende e arrebenta, como dizia João Batista...
Ai, Jesus!
Vem o tal de Hábeas e solta todo mundo.
Pior!
Faz-se CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e os policiais tornam-se suspeitos.
Como ousam prender algum amigo do Rei?
Aqui é Pasárgada! Em Pasárgada, os amigos do rei não podem ser presos.
São cidadãos acima de qualquer suspeita.
Sem golpes baixos, como revistar abaixo da cintura. Isso não é pudico. Você pode encher a mão de "capim".
Os bandidos (eram do mal ou do bem, mesmo?) invadem terras, dominam comunidades, determinam quem deve ser votado, no estilo mais violento da cabrestagem dos primórdios do século vinte.
Podem ser filiados ou fichados em qualquer partido de aluguel.
Nanico ou de amplo espectro.
Afinal, ao molde de muitos medicamentos com igual descrição, os partidos políticos no braziu, em sua ampla maioria, servem para qualquer tipo de falcatrua.
Importa estar perto e ser amigo do rei.
Se ele estiver nu, que todos fiquem também. Se ele estiver bem vestido e alimentado, que importa se há desnudos e famintos.
Nestas terras “d´alemar” alia-se a esquerda ativa com direita passiva ou versa-vice numa orgia festiva, aves bicudas namoram estrelinhas. Nas entrelinhas ficam os de sempre, no centro do poder.
Nós, os honestos, ficamos no meio do tiroteio, numa perigosa linha, segurando-nos na ética residual do maniqueísmo do bem e do mal.
Só está meio difícil saber o que é bem e o que é mal.
Bem é se locupletar, ser devoto de um terço nas licitações e desfilar sua imunidade em festas.
Mal é não ter escola pública decente, não ter atendimento médico, ter uma aposentadoria miserável, apesar de uma das maiores cargas tributárias do mundo, apesar de trabalhar todos os dias, anos a fio.
Enfim, trabalhar que nem um cachorro e estar sempre com o rabo de fora, como diria vovó, sem saber para onde correr.
Votar na situação ou na oposição?
Chamar a polícia ou chamar o ladrão?
O mais difícil é identificar quem é quem.
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CADÊ O CARRO?
Crônica de Pedro Galuchi
CENA UM
Quase 23 horas.
Olha desesperado para o lugar onde deixava, habitualmente, seu carro.
Ele não está mais lá.
Seu amado e querido fusquinha verde “cheguei” se fora.
Sem seguro.
Onde será a Delegacia mais próxima?
Orelhões naquele tempo das fichas eram raros, mesmo na Avenida Paulista.
Fica estático, encostado na parede, refletindo o quanto custara pagar todas as prestações do carro.
CENA DOIS
Refestelado no ônibus da empresa dorme o trajeto inteiro.
Estava moído do dia inteiro de trabalho.
É acordado pelo pessoal, pois seu local de descer ia passando.
Segure modorrento, passos arrastados até chegar em casa.
Abre o portão, a porta e dorme no sofá.
CENA TRÊS
O telefone toca e ele atende de mau humor.
Onze da noite. Quem será?
O senhor está vendendo um Passat?
Estou, mas isso é hora de ligar.
Desculpe-me, senhor. Não estou querendo comprar o carro, não. Sou o vigia do estacionamento. Só quero fazer uma pergunta.
CENA QUATRO
Essa porcaria (não foi bem isso) não pega.
Pessoal, dá uma força aqui.
Empurra, empurra, dá o tranco, coloca em segunda e nada.
Nem sinal.
Deve ser alternador, motor de arranque, falta de combustível, o cacete.
Volta com o carro para a vaga que está atrapalhando a saída do estacionamento.
Chamar o mecânico, um auto-elétrico, fazer o quê?
Sábado vão cobrar uma nota para vir dar atendimento.
Desiste.
Pega o ônibus e vai para casa todo melado de suor depois do jogo.
Segunda feira resolve isso.
DE VOLTA À CENA UM
Não tem um telefone que funcione em plena Avenida Paulista.
O negócio é esperar o ônibus, ir para casa e ligar de casa para a Polícia.
Epa! O que essa pasta está fazendo comigo?
Eu não vim de casa hoje.
Começa a vasculhar a memória.
Caramba! Não vim por aqui hoje.
Não estacionei o carro aqui.
Quinze minutos de caminhadas após, lá estava ele.
O fusca paradinho no mesmo lugar, inabitual.
Que felicidade!
Agora o problema era outro.
Explicar para a mulher que chegara quase duas horas depois do horário habitual porque esquecera onde deixara o carro.
Se colasse a desculpa, passaria a ser um bom álibi.
CENA DOIS O RETORNO
Benhê! Cadê o carro?
Dormira a noite toda no sofá.
Que carro?
O nosso, ora!
Na garagem.
Não está.
Olhou na rua?
Não está.
Eu nem fui trabalhar de carro ontem.
Foi sim.
Não fui.
Foi.
Não fui.
Foi.
Tinha ido.
A chave no bolso da calça o condenou.
O carro?
O carro passou à noite no estacionamento do emprego, no relento.
E os filhos bem que podem ir um dia a pé para a escola.
VOLTANDO À CENA TRÊS
Que você quer saber a esta hora da noite?
Onde o senhor quer que eu guarde a chave?
Que chave?
A chave do carro que o senhor deixou pendurada na porta do carro.
Joga embaixo do banco, por favor.
E muito obrigado
Salvou-lhe o atraso do dia seguinte.
Ia perder umas duas horas procurando a chave amanhã de manhã.
CONTINUANDO A CENA QUATRO
Uma inhaca desgraçada no ônibus.
Toca a campainha do cérebro e imediatamente a do ônibus.
Desce voando e sai correndo.
O estacionamento fecha às seis.
Faltam quinze minutos.
Correu mais que ponta direita de várzea.
Ufa! Deu tempo.
Acerta os números do bloqueador de combustível e sai de fininho.
Até o próximo sábado inventa uma desculpa para explicar como o carro funcionou.
Ninguém me contou. Eu vi...
E participei ativamente.
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04 agosto 2008
OITO COISAS PARA FAZER ?
Mandaram-me um “memê” para que eu indicasse oito coisas que preciso fazer...
Entrei em pânico!
Teria eu oito coisas para fazer hoje?
Uma segunda-feira?
Esqueci-me de sete, porque de acordar lembrei-me.
Felizmente, ou não estaria escrevendo agora e apareceria no necrológio amanhã.
Li melhor o “memê”.
Era para eu colocar oito coisas que gostaria de fazer antes de “bater com as dez”.
Estão vendo como não é mania.
Ai! Querem que eu morra!
Deve ser o pessoal da Bancoop!
Vou morrer e ainda tenho tanta coisa para fazer.
Pois é, sua múmia... É isso mesmo que querem que você diga.
Agora sim, grilo falante... Obrigado pela "múmia"!
Deixe-me pensar...
Aposentado tem tantas coisas a fazer...
Já sei...
Tenho que ir para alguma fila...
Carnê para pagar? Pegar remédio no Posto de Saúde? Marcar consulta no SUS? Ir ao supermercado? Receber a aposentadoria?
Não tem fila para hoje, não!
Tem a fila dos precatórios, mas essa nem vou porque não chegará minha vez.
Morrerei antes...
Morrer, outra vez!
Hoje é segunda, não tem jogo na TV.
Nem um futebolzinho de areia, um campeonato de Futsal da Indonésia.
Felizmente, não tenho cachorro para levar para passear, nem carro para lavar.
Lembrei...
O cardiologista disse-me para fazer exercícios regulares, toda manhã...
Como não tenho mais hora para levantar, não tenho como me habituar a fazer exercício sempre na mesma hora. Assim não os farei para não desregular o organismo.
E já pensaram se eu morro fazendo exercícios?
Aparecerá um inoportuno para desmerecer a atividade física.
Tenho de defender a classe dos professores de Educação Física.
Além do que, hoje está um frio danado.
Dois banhos? Nananananananã?
Esqueci de reservar o hotel.
É isso que eu tinha que fazer.
Programar minhas férias e reservar o hotel.
Pára Pedro! Pára com isso...
Esse “estreisse” é para quem trabalha de carteira assinada.
Vou para hotel no dia que quiser...
Fora de temporada e de final de semana.
Opa! Que dia é hoje?
Estamos em agosto.
Acabaram-se as férias escolares e não é final de semana?
Desculpem-me leitores, mas lembrei-me que tenho que ir...
Para onde?
Na estrada eu vejo...
Prometo pensar nas oito coisas e depois eu conto...
Bye!!!
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Entrei em pânico!
Teria eu oito coisas para fazer hoje?
Uma segunda-feira?
Esqueci-me de sete, porque de acordar lembrei-me.
Felizmente, ou não estaria escrevendo agora e apareceria no necrológio amanhã.
Li melhor o “memê”.
Era para eu colocar oito coisas que gostaria de fazer antes de “bater com as dez”.
Estão vendo como não é mania.
Ai! Querem que eu morra!
Deve ser o pessoal da Bancoop!
Vou morrer e ainda tenho tanta coisa para fazer.
Pois é, sua múmia... É isso mesmo que querem que você diga.
Agora sim, grilo falante... Obrigado pela "múmia"!
Deixe-me pensar...
Aposentado tem tantas coisas a fazer...
Já sei...
Tenho que ir para alguma fila...
Carnê para pagar? Pegar remédio no Posto de Saúde? Marcar consulta no SUS? Ir ao supermercado? Receber a aposentadoria?
Não tem fila para hoje, não!
Tem a fila dos precatórios, mas essa nem vou porque não chegará minha vez.
Morrerei antes...
Morrer, outra vez!
Hoje é segunda, não tem jogo na TV.
Nem um futebolzinho de areia, um campeonato de Futsal da Indonésia.
Felizmente, não tenho cachorro para levar para passear, nem carro para lavar.
Lembrei...
O cardiologista disse-me para fazer exercícios regulares, toda manhã...
Como não tenho mais hora para levantar, não tenho como me habituar a fazer exercício sempre na mesma hora. Assim não os farei para não desregular o organismo.
E já pensaram se eu morro fazendo exercícios?
Aparecerá um inoportuno para desmerecer a atividade física.
Tenho de defender a classe dos professores de Educação Física.
Além do que, hoje está um frio danado.
Dois banhos? Nananananananã?
Esqueci de reservar o hotel.
É isso que eu tinha que fazer.
Programar minhas férias e reservar o hotel.
Pára Pedro! Pára com isso...
Esse “estreisse” é para quem trabalha de carteira assinada.
Vou para hotel no dia que quiser...
Fora de temporada e de final de semana.
Opa! Que dia é hoje?
Estamos em agosto.
Acabaram-se as férias escolares e não é final de semana?
Desculpem-me leitores, mas lembrei-me que tenho que ir...
Para onde?
Na estrada eu vejo...
Prometo pensar nas oito coisas e depois eu conto...
Bye!!!
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03 agosto 2008
CONVERSAR NA MESA?
Não sou muito de ficar conversando à mesa depois das refeições.
Quem conversa, conversa à mesa e não na mesa, a menos que esteja sentado sobre ela, a mesa.
Muito menos antes, porque quando estou com fome fico ansioso, vendo perninhas de frango voando à frente e não raciocino muito bem.
De barriga cheia já sou meio fraco, imaginem neurônios com fome.
Comer é comer, conversar é conversar.
Ou conversa ou come.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, diria a lenda.
Odeio gente falando de boca cheia.
Perdigotos de farinha de mandioca, então!
Não posso comer com as mãos e lamber os dedos, nem coçar a sola do pé ou tudo quase simultaneamente.
Ui! Que nojo!
Houve um ministro que afirmava ser impossível conversar de sapatos.
Não sei que fim deu nele...
Era uma das poucas coisas que eu concordava com ele.
Papo sério só de pantufas, o mais é uma chatice.
Você está, à mesa, começando aquele papo sobre a oitava sinfonia de Mozart e alguém fala de axé.
Geralmente um cunhado.
Você quer discutir as relações econômicas entre o BRIC e alguém quer jogar truco.
Definitivamente não dá.
Tenta comentar o descontrole governamental quanto a falsificação do álcool nas bombas de combustível e alguém “bombado” de uísque falsificado começa a dar palpite.
Sogra quando se mete no papo, então?
Vixê, mãezinha santa...
Cumpade, uma conversa engata outra.
Minha sogra fala demais.
Mulher é assim mesmo! Pior é que devemos prestar atenção no que elas falam porque são que nem relógio analógico parado. Está certo duas vezes ao dia.
Lembrei de uma historinha.
Sabe, a dona Gertrudes, a patroa da Pina? Ela estava fazendo um tratamento para reduzir a barriga. Tirar banha, recauchutar a borracharia, essas coisas.
O médico mandou que ela passasse uma pomada para as estrias.
Ela perguntava como passar, quantas vezes por dia, qual quantidade.
O médico foi perdendo a paciência com tantos detalhes.
Ela insistindo, levanta a bola:
Doutor o senhor disse para passar em movimentos circulares. Sentido horário ou anti-horário.
Horário, dona Gertrudes, senão desatarraxa o umbigo e cai a b....!
Não ria, não! Tem pior!
Teve o caso de um parto que a mulher falava tanto, tanto que o anestesista disse-lhe que se ficasse falando muito entrava ar na barriga e ela nunca mais emagreceria.
E ela acreditou?
Acreditou e o marido dela ficou amigão do médico.
Garçom, desce mais duas que a conversa está ficando boa!
E outro prato de farofa para "molhar" o espetinho...!
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Pedro Galuchi
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e no dia 24 no stand da AJEB (Rua B 2)
Quem conversa, conversa à mesa e não na mesa, a menos que esteja sentado sobre ela, a mesa.
Muito menos antes, porque quando estou com fome fico ansioso, vendo perninhas de frango voando à frente e não raciocino muito bem.
De barriga cheia já sou meio fraco, imaginem neurônios com fome.
Comer é comer, conversar é conversar.
Ou conversa ou come.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, diria a lenda.
Odeio gente falando de boca cheia.
Perdigotos de farinha de mandioca, então!
Não posso comer com as mãos e lamber os dedos, nem coçar a sola do pé ou tudo quase simultaneamente.
Ui! Que nojo!
Houve um ministro que afirmava ser impossível conversar de sapatos.
Não sei que fim deu nele...
Era uma das poucas coisas que eu concordava com ele.
Papo sério só de pantufas, o mais é uma chatice.
Você está, à mesa, começando aquele papo sobre a oitava sinfonia de Mozart e alguém fala de axé.
Geralmente um cunhado.
Você quer discutir as relações econômicas entre o BRIC e alguém quer jogar truco.
Definitivamente não dá.
Tenta comentar o descontrole governamental quanto a falsificação do álcool nas bombas de combustível e alguém “bombado” de uísque falsificado começa a dar palpite.
Sogra quando se mete no papo, então?
Vixê, mãezinha santa...
Cumpade, uma conversa engata outra.
Minha sogra fala demais.
Mulher é assim mesmo! Pior é que devemos prestar atenção no que elas falam porque são que nem relógio analógico parado. Está certo duas vezes ao dia.
Lembrei de uma historinha.
Sabe, a dona Gertrudes, a patroa da Pina? Ela estava fazendo um tratamento para reduzir a barriga. Tirar banha, recauchutar a borracharia, essas coisas.
O médico mandou que ela passasse uma pomada para as estrias.
Ela perguntava como passar, quantas vezes por dia, qual quantidade.
O médico foi perdendo a paciência com tantos detalhes.
Ela insistindo, levanta a bola:
Doutor o senhor disse para passar em movimentos circulares. Sentido horário ou anti-horário.
Horário, dona Gertrudes, senão desatarraxa o umbigo e cai a b....!
Não ria, não! Tem pior!
Teve o caso de um parto que a mulher falava tanto, tanto que o anestesista disse-lhe que se ficasse falando muito entrava ar na barriga e ela nunca mais emagreceria.
E ela acreditou?
Acreditou e o marido dela ficou amigão do médico.
Garçom, desce mais duas que a conversa está ficando boa!
E outro prato de farofa para "molhar" o espetinho...!
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