Reputo de sofrível qualquer atendimento publico que demore mais que cinco minutos.
Dez minutos são irritantes e mais de vinte, como disse Adoniram Barbosa, quem é que agüenta?
Evito ir a Prefeitura, bancos... Do INSS, graças a minha sorte estou livre...
Mas lembram da fila de velhinhos quando o brilhante ministro da estrela vermelha, atual presidente do partido mandou que os idosos se recadastrassem...
Como se os velhinhos fossem os suspeitos... A história mostrou o inverso...
Hoje tive de ir a uma repartição pública, digamos assim...
Não vou identificar porque terei de voltar e pode piorar o mau atendimento... O espírito de corpo desse pessoal é típico espírito de porco...
Pois bem...
Eram catorze e trinta...
Só precisava entregar um documento...
Quem recebe?... Perguntou o jovem que estava no balcão de atendimento...
Silêncio total...
Quem recebe, insistiu o rapaz...
A Tati...
Oba!!!... A Tati...
Meus problemas acabaram... Um carimbo e posso ir para casa...
Cadê a Tati?
Tatibitati de um lado... Tatibitati de outro e pronto acharam a Tati...
A Tati estava na sessão de relaxamento...
Ao fundo da sessão, lá deveria estar a Tati, entre aquelas pessoas que se movimentavam lentamente, acertando a respiração, olhando o infinito, sentindo o umbigo... Algumas buscando resgatá-lo em algum lugar embaixo da barriga, pelo estilo avantajado de alguns participantes...
E ainda depois do almoço... Que preguiça!!!... Espreguicem e soltem os braços...
Hora da “siesta” e aparece um idiota como eu querendo entregar um documento...
A Tati não apareceu nos cinco minutos que admito esperar...
Fui-me embora, apesar dos apelos do jovem para que eu esperasse um pouquinho, pois a sessão só durava vinte minutos...
Fiquei encafifado, refletindo com meu zíper...
Porque não fazem o relaxamento antes das 10h ou depois da 17h., quando não há nenhum risco de surgir um chato querendo ser atendido?...
Num átimo, a resposta... Antes das dez é hora de discutir a novela, a gafe do LuLLa, resolver sudoku ou jogar paciência.
Depois da cinco é hora da maquiagem, aparar as unhas, passagem do rimel...
E se a Tati morrer? A repartição fecha... Apenas a Tati pode bater o carimbo...
Tati é insubstituível, invendável e imprestável, diria Vicente Matheus...
Parodiando o ícone Luiz Ignácio, que ontem se manifestou ser como Raul Seixas, uma metamorfose ambulante, embora esteja mais para um camaleão, “Pare o mundo que eu quero descer...”
Quero descer, fazer tai-chi, yoga, zen budismo...
Mas eu preciso que alguém carimbe este maldito documento até o dia dez...
06 dezembro 2007
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Um comentário:
Ah... Você é contribuinte, para que quer qualidade de vida???
Deixe isto para quem precisa...
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