“Compro laranja, dotô...
E ainda dou uma de quebra pro senhor...
No Senado eles chega tarde e só trambicar...
Vergonha farta e farta decoro pros parlamentar...
E os menino passa fome e fica sem estudar...
Só faz conchavo porque o voto pode comprar...
Se alguém do povinho por acaso reclamar...
Os coroné arruma outro pro seu laranjar...”
Alguém se candidata a laranja?
Há oferta ampla geral e irrestrita no Senado Federal...
Não precisa de concurso...
O currículo desejável é, prioritariamente, morar no Nordeste.
Não ter qualquer conhecimento prático de emissoras de rádio, Tv, criação de gado...
Necessário apenas ter RG, CPF e precisar de favores...
Dá-se em troca chinelinhos, chaveirinhos, cesta básica e outras quinquilharias...
Possibilidade de aparecer na Rede Globo e falar que também não sabia de nada...
Dirigir-se a escritório regional de parlamentares de Alagoas, Maranhão, Pernambuco e outros...
Não se aceita contra oferta...
Há laranjas em excesso no mercado...
Não há risco de punibilidade...
Exceto para o laranja...
Como diria o dito popular...
“Esse minino vai longe”...
Saiu dos rincão de Alagoas e chegou ao Senado...
Talvez, o maior produtor de laranjas do país...
Produz (ou reproduz) com facilidade e paga pensão terceirizada...
“Esse minino vai longe...”
“É lei de Murici... Cada um que cuide de si...”
E eles é quem cuidam do braziu...
Estava certo, Calígula...
Melhor Incitatus no Senado...
05 dezembro 2007
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Um comentário:
Excelente tua obra nestes versos, Pedro! E de lá para cá nada mudou, apenas piorou! Disseste tudo! Abraços.
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