17 novembro 2008
OBAMANIA – A ilusão do Messianismo.
A indústria da esperança está a postos.
Vende-se: Ilusão!
O carnaval será de Obama.
Não faltarão máscaras e outros fetiches com a foto do queniano que nem ganhou a São Silvestre...
Procura-se sempre um salvador da pátria!
Obama poderá até ser um salvador da pátria, sim.
Mas não da “pátria brazilis”.
Obama é apenas o presidente eleito dos Estados Unidos da América.
Lá do Norte.
E só.
Enganam-se os que pensam que Obama dará um passo para melhorar a segurança urbana, as falhas da educação, a crise da saúde, os índices de corrupção, as aposentadorias, as condições de trabalho escravo ou quase escravo que estejam um metro além da soberania americana.
Diferentemente de atitudes pusilânimes como as tomadas pelo presidente brasileiro no relacionamento com seus “muy” amigos vizinhos, se houver uma crise com o México ou Canadá, o “bom moço” de Illinois não hesitará em colocar as tropas em estado de beligerância para defender os interesses maiores de seu povo.
E o povo dele não é especificamente queniano, nem genericamente negro – nos States apenas 14 % da população é negra – nem hispânico – maior que a negra - mas, americano.
Diferentemente do que ocorre em terras brazilis não se amparará em crocodilianas lágrimas acusando heranças malditas para esquivar-se do enfrentamento na resolução de problemas pertinentes ao mandato outorgado pelo povo desobrigado de votar.
E ele virá depois de um dos mais mal avaliado presidente americano.
Mas também não será quase deus, se fizer um governo melhor.
Será apenas reeleito - uma única vez - e aos 55 anos talvez retorne para o Senado ou passe a dar palestras, participar de atividades humanitárias, pois não mais poderá se eleger.
Talvez, por isso quando sair do cargo, não torcerá pelo tradicional “quanto pior melhor”, ambicionando voltar nos braços dos políticos que desejam carguinhos para apaniguados.
Diferentemente do que ocorre nestas plagas, onde há a praga da divisão do butim pos eleitoral, buscará democraticamente reforço e opinião republicana se necessário defender interesses dos trabalhadores americanos.
Fechará o acesso ao Green Card e combaterá a imigração ilícita para manter empregos americanos.
Colocará o protecionismo tributário para valorizar a produção agrícola americana.
Há enormes diferenças entre uma nação que já ganhou duas guerras mundiais, já efetuou a sangria da Secessão e aprendeu valores conquistados e um povo que espera sempre o advento de um Messias que resolva seus problemas seja através de bolsa-família ou de Proer.
E o presidente americano sabe disso.
Não é com blá-blá-blá de discursos vazios para grupos escolhidos a dedo ou a um lanche que se manterá no poder.
Vencido o prazo de transição de governo, no dia seguinte a sua posse não haverá Clark Kent, Capitão Marvel ou Papa que o ajude.
Terá que defender os interesses americanos.
E só.
A figura vendida no marketing ficará para seus vizinhos distantes da América Latina, que não são estados unidos, exceto na ilusão de pensarem que o presidente americano irá solucionar problemas brasileiros, se não for de interesse maior dele.
A política austera que se fará necessária aos interesses americanos poderá servir apenas de mais uma desculpa a fragilidade natural de um país dependente que não faz valer sua força nem entre os mais “frágeis hermanos” que expulsam empresas brasileiras de suas terras e são agradados.
“Duela a quien duela...”
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Um comentário:
É verdade! O povão gosta é de novela! Se o Obama fosse verde e tivesse antenas, também estariam apostando nele.
Revolucionário mesmo é o Osama!
Braços!
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