31 julho 2010

ADONIRAN BARBOSA


Se acabar a Luz da Light
Eu Acendo o Candeeiro
Prá Mané não apagar...
Tiver Despejo na Favela
Ou derrubarem a Maloca
Eu Arranjo Outro Lugar.
Vou Prá Banda de Lá:
Casa Verde ou do Piolho
Qualquer morro serve...
Já tenho a solução:
Durmo na Praça da Sé,
Viaduto Santa Ifigênia.
Prá que chorar na rampa?
Dar bom dia a tristeza?
Vou é Tocar na Banda
Quero Ver Quem Pode Mais...
Passei no Casamento do Moacir,
Tinha Filé de Onça,
E Torresmo à Milanesa
Levei Nicola e Arnesto,
Pois Malvina, Dona Boa
Foi Amor Que Já Passou...
Perdi o Trem das Onze
Voltei no Caminhão do Simão...
Agora vai!...
Dondoca, Minha Nega!
Quem bate sou eu...
Nem precisa Jogar a Chave,
Que eu não quero entrar...
Minha vida me consome...
Não me deu satisfação...
Sigo no Vai da Valsa...

Já fui uma brasa.
À Iracema e Carolina
Dei Prova de Carinho.
Hoje, Mãe, eu Juro...
Meu amor é o Timão.
Agüenta a mão, João...
Diz o Provérbio, um Ditado,
Envelhecer é uma arte...
Parece Conselho de Mulher.
Aqui! Gerarda... Chega...
E Deus te abençoe!
Rubinato...

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