Calcula-se em cerca de 3,5 milhões de pessoas participando da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBT) em São Paulo. Esse público é equivalente a mais de 25% da população do município de São Paulo. 400 mil turistas deixaram quase R$ 200 milhões na cidade. Toda essa multidão distribuída em pouco mais de dois quilômetros de extensão – Avenidas Paulista e Consolação – por cerca de seis horas, oficialmente.
A Parada Gay foi literalmente diversificada, com reação bem distinta do público. A alegria movida a álcool – e algo mais? - misturou-se com violência, tumulto e música. Enquanto milhares dançavam, centenas corriam de ladrões e do empurra-empurra inevitável.
O maior dos empurra-empurra ocorreu no vão do MASP (Museu de Arte de São Paulo) com pessoas, inclusive crianças de colo – uma grande irresponsabilidade dos pais - e idosos prensados contras as grades. Foram “salvos” e carregados por PMs e seguranças.
Ao menos oito feridos foram levados a hospitais com fraturas ou torções. A organização registrou 412 atendimentos médicos, com uma pessoa esfaqueada e outra com fratura exposta após queda. A maioria das demais ocorrências foi devido ao excesso de álcool.
Não havia somente gays e ativistas, mas milhares de pessoas que lá estiveram apenas para dançar ao som dos vinte trios elétricos que “infernizaram” a região com seu altíssimo som e música de gosto duvidoso. Por volta das 22h, na Avenida Vieira de Carvalho (reduto gay no centro da cidade), alguém “irritado” com algumas pessoas que dispersavam da festa e ainda faziam muito barulho jogou uma bomba caseira no grupo. Cerca de 30 pessoas ficaram levemente feridas.
Fico me perguntando o que a UGT (União Geral dos Trabalhadores), o SECSP (Sindicato dos Comerciários), a Prefeitura da Cidade de São Paulo, o CRP (Conselho Regional de Psicologia), a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o SEESP (Sindicato dos Enfermeiros), o Sintratel (Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing) e a APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) tem a ver com o evento para enviar trios elétricos ao local.
Puro exibicionismo e gasto do dinheiro de seus associados. O trabalho destas entidades deve ser feito no dia a dia nos outros 364 dias do ano.
O esquema de segurança ficou a cargo das Polícias Civil e Militar, com pelo menos mil policiais fazendo a segurança, deslocados de outras regiões da cidade ou convocados para o evento.
Registraram-se ainda dez agressões, quatro furtos, três roubos e 11 discussões. Três detenções. Estes dados abrangem apenas os casos em que foi acionado o telefone 190, ou seja, não contam as ocorrências atendidas diretamente pelo efetivo no local.
Entre os próprios ativistas já há a ideia de que o evento está perdendo o significado de seu justíssimo fundamento – o protesto contra o preconceito, violência e homofobia - e se tornando “um circo”, com a participação de pessoas, especialmente heterossexuais, que somente querem se exibir e divertir. Transformaram o evento, inicialmente ideológico, em atração turística.
É fato!
Sou avesso a tumultos e contrário ao uso da Avenida Paulista e outros locais de uso múltiplo para quaisquer manifestações de grupos ou festas de sindicatos. Que o “show gay” seja transferido para local determinado e fechado como, por exemplo, o Sambódromo ou construído um colorido “gayzódromo”.
Não atrapalharia, democraticamente, o direito de ir e vir, o direito ao silêncio dos 75% restantes da população da cidade que não são gays, não os odeiam, não se incomodam com seu comportamento, mas tem que aturar a bagunça, que talvez nem seja culpa deles.
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N.A – Todos os dados foram colhidos de diversos sites jornalísticos.
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