C & C - UMA PORCARIA DE ATENDIMENTO
Precisei fazer algumas compras de material de construção e lá fui para a maratona estressante de uma grande loja de materiais.
CENA I – Há duas semanas.
Um vendedor se apresentou e perguntei onde estavam os fios 2 ½?
Um instante que já volto...
E pendurou o crachá no carrinho, demarcando território...
Só faltou o xixi na rodinha, face a cachorrada que fez...
Pensei que tinha ido buscar os fios...
Enquanto isso, continuei em verdadeira batalha com os demais produtos elétricos que precisava...
Interruptor simples, interruptor paralelo duplo, tomada dupla e esse monte de nomes que adoram dizer para a gente se sentir ignorante em mais alguma coisa...
Cadê o vendedor?
Onde estão as lâmpadas incandescentes, pensei alto...
No outro corredor, disse-me um outro vendedor...
Resumindo, o vendedor sumiu...
Apareceu, de rabo, digo de mãos abanando, quando eu já havia encontrado quase tudo que procurava, inclusive o fio...
O senhor procurava o que mesmo?
Já encontrei tudo...
O senhor viu meu crachá que eu deixei no carrinho?
Devem ter levado junto com o carrinho.
Deve estar procurando até hoje, pois coloquei numa prateleira, no meio de umas lâmpadas...
Não preciso mais do senhor, disse-lhe no limite de minha educação...
Virei-me como pude, paguei e fui...
CENA II - Ontem
SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente)
Olhe, o vendedor garantiu que a entrega seria feita na sexta-feira, telefonei reclamando no domingo, hoje é segunda-feira e a “merdacoria” não chegou...
Como?
O vendedor garantiu que a entrega seria feita na sexta-feira, telefonei reclamando no domingo, hoje é segunda-feira e a “merdacoria” não chegou...
Fez cara de “como” novamente, mas não teve coragem...
Conferido o CPF, número do pedido, endereço, certidão de óbito de meu tataravô, olhou na tela do computador e:
Moço! Não sei o que aconteceu...
Então empatamos, só que eu paguei a compra e você está recebendo para resolver...
Vinte minutos depois de alguns telefonemas e mais telefonemas, chegou a conclusão:
Moço! Não sei o que aconteceu...
Eu sei, o motorista fugiu com a compra, arrisquei...
Prometo – estamos em época de eleições, então não devo confiar – que amanhã estará entregue...
CENA III - Ontem
O valor da compra está errado...
Como?
O valor da compra está errado...
(Cara de ????)
Eu comprei 17 produtos e a senhora marcou 19?
Impossível...
Com o saco no calcanhar de tantas asnices numa mesma loja sugeri a moça que tirasse o sapato para contarmos dedinho por dedinho.
O senhor tem razão...
Ainda que não tivesse, o cliente sempre tinha razão antes do Código de Defesa do Consumidor... Agora, nem sempre...
Quinze minutos e, pronto, a compra estava liberada, mas não haviam encontrado o motorista com a minha “merdacoria”...
O gerente deu o azar de atender ao telefone próximo de mim...
Chamei-o e contei-lhe as histórias e perguntei:
Sinceramente, o senhor voltaria a essa loja?
(fatos ocorridos na loja C & C – filial Miguel Estéfano).
Cena IV - SAC - Hoje.
A merdacoria não chegou ainda...
O ATENDIMENTO DO SAC É IGUALMENTE UMA DROGA E NÃO RESOLVE...
Atendido por Juliana Guedes, Milena Aguiar, Thais Silva...
30 setembro 2008
MARTAXA - DIGA NÃO!
A Sra. Martha Favre, concorrente ao posto de burgomestre de São Paulo, é a perfeita imagem do que sofreremos que for dado o poder.
Ela é o retrato sem reparos do partido da estrelinha vermelha.
Passar como rolo compressor.
Atropelar quem lhe opuser.
Fora serem petulantes, empedernidos, donos da verdade.
O correto são eles e acima de qualquer suspeição.
Ninguém mais tem razão.
Só negociam se estão acuados, derrotados ou inferiorizados.
Até serem pegos em algum flagrante.
Na cueca, na pizzaria, no pagamento de contas com cartões corporativos.
Diária ou mensalonicamente.
Aí, camaleonicamente, ficam com carinhas de cordeiros injustiçados.
Vade retro.
Tudo se justifica para aparelhar o Estado, engessar a máquina, não deixar nada funcionar sem passar pelo poder central.
Pela Nomenklatura.
Suas principais obras?
Mensalão, Bancoop, Vedoim, Cartões Corporativos, criação de milhares de cargos em comissão, empreguismo, apoio a Chavez, Morales, às FARCs e um ou outro feito imPACtante...
Sua forma de governo?
Alianças com a direita, com o centro, com evangélicos e com satã e tudo mais que se fizer necessário para se perpetuarem no poder.
Sua democracia?
Tentativas de censura a jornalistas, expulsão de correspondentes.
As ameaçadoras voltas da inflação, da CPMF, do autoritarismo.
Tudo de ruim pode se esperar dessa turma de companheiros que de trabalhadores nada têm.
Quem conhece dessa água sabe que é insalubre.
A senadora Heloisa Helena definiu as personalidades do presidente Lula e de José Dirceu. Segundo ela, o primeiro abraça e beija os opositores e os apunhala pelas costas. O segundo aponta o dedo e diz claramente: “vou te aniquilar”!
Eu não espero nada dessa gente, além deles ficarem bem longe de São Paulo e se possível do Braziu.
Sugiro irem para Cuba, Venezuela, Bolívia, China, Albânia!
Lá não lhes faltarão ídolos para santificar e pobres para enganar.
Levem a Sra. “Marthacha” no primeiro vôo, se decolar e não cair.
Preferencialmente logo, para não termos mais que escutar suas diatribes ácidas, críticas exacerbadas e mentiras ufanísticas.
Falar é fácil.
Empregar companheiros também.
Dia cinco de outubro, domingo, é dia de dizer “não” a essa gente estrelada.
São Paulo, entre muitas outras cidades como Piracicaba, Ribeirão Preto, experimentou o governo da estrelinha vermelha e já lhe disseram que não lhe querem mais.
Ou relaxem e gozem...
Ela é o retrato sem reparos do partido da estrelinha vermelha.
Passar como rolo compressor.
Atropelar quem lhe opuser.
Fora serem petulantes, empedernidos, donos da verdade.
O correto são eles e acima de qualquer suspeição.
Ninguém mais tem razão.
Só negociam se estão acuados, derrotados ou inferiorizados.
Até serem pegos em algum flagrante.
Na cueca, na pizzaria, no pagamento de contas com cartões corporativos.
Diária ou mensalonicamente.
Aí, camaleonicamente, ficam com carinhas de cordeiros injustiçados.
Vade retro.
Tudo se justifica para aparelhar o Estado, engessar a máquina, não deixar nada funcionar sem passar pelo poder central.
Pela Nomenklatura.
Suas principais obras?
Mensalão, Bancoop, Vedoim, Cartões Corporativos, criação de milhares de cargos em comissão, empreguismo, apoio a Chavez, Morales, às FARCs e um ou outro feito imPACtante...
Sua forma de governo?
Alianças com a direita, com o centro, com evangélicos e com satã e tudo mais que se fizer necessário para se perpetuarem no poder.
Sua democracia?
Tentativas de censura a jornalistas, expulsão de correspondentes.
As ameaçadoras voltas da inflação, da CPMF, do autoritarismo.
Tudo de ruim pode se esperar dessa turma de companheiros que de trabalhadores nada têm.
Quem conhece dessa água sabe que é insalubre.
A senadora Heloisa Helena definiu as personalidades do presidente Lula e de José Dirceu. Segundo ela, o primeiro abraça e beija os opositores e os apunhala pelas costas. O segundo aponta o dedo e diz claramente: “vou te aniquilar”!
Eu não espero nada dessa gente, além deles ficarem bem longe de São Paulo e se possível do Braziu.
Sugiro irem para Cuba, Venezuela, Bolívia, China, Albânia!
Lá não lhes faltarão ídolos para santificar e pobres para enganar.
Levem a Sra. “Marthacha” no primeiro vôo, se decolar e não cair.
Preferencialmente logo, para não termos mais que escutar suas diatribes ácidas, críticas exacerbadas e mentiras ufanísticas.
Falar é fácil.
Empregar companheiros também.
Dia cinco de outubro, domingo, é dia de dizer “não” a essa gente estrelada.
São Paulo, entre muitas outras cidades como Piracicaba, Ribeirão Preto, experimentou o governo da estrelinha vermelha e já lhe disseram que não lhe querem mais.
Ou relaxem e gozem...
28 setembro 2008
RECEITA PARA VIVER MAIS DE CEM ANOS
(ou a imortalidade)
Quando era criança a vida parecia eterna e não tinha noção de que já estava na fila da morte.
Lembro que assisti alguns filmes de terror onde almas eram vendidas para o diabo em troca de felicidade e riqueza.
Adorava esses filmes.
Dorian Gray não era exatamente isso, mas era um dos meus preferidos. Somente depois de muito tempo compreendi um pouco a realidade filosófica da história. Entendê-lo mesmo, creio que nem com duzentas releituras.
Sempre achei que nunca fizera esses pactos.
Afinal, se o diabo tivesse tantos poderes assim não viveria no inferno.
Já nasci com genes céticos.
Mas, fazia pequenas promessas para uns santos.
Era só quebrar alguma coisa e esperando um milagre, imaginava que ela se refaria sozinha. Jurava que nunca mais a quebraria.
Sempre cumpri a segunda parte. Nunca mais a quebrava porque ela não se refazia.
Era só perder algo e...
Alô! São Longuinho?
Parecia mais um Saci-Pererê e ainda bem que não morava em apartamento, porque desde a primeira infância eu já tinha os primeiros sintomas de “anciedade”.
Ficava à frente do rádio, quase Galena, orando...
Ai! Meu deus, não deixa o Pelé marcar outro gol contra o Manto Sagrado...
E nada de milagre...
“Ele”, o “negão” era uma “fera”. Fazia o “diabo” em campo.
Ia marcando gol atrás de gol...
Vá pro inferno marcar tantos gols assim.
Enquanto ele jogou, o Manto nunca foi campeão nem de torneio de cara ou coroa com a mesma face dos dois lados da moeda. A danada caía em pé.
E olha que eu rezava.
Foi um dos primeiros motivos para eu descrer em divindades.
Se Jorginho (São Jorge) era arrasado pelo Santos como poderia acreditar em igualdade social.
Quando estava voltando a acreditar no Jorginho após a quebra do tabu, em 1968, aquele Capadócio foi cassado pelo Papa Paulo VI em 1969.
Era época do governo militar. Talvez tenha sido alguma influência.
De repente, a vida passa voando e a morte começa a se avizinhar.
É muito comum, ao aparecimento das primeiras doenças mais sérias começarem as negociatas com deus com aquela fala mole: “Se eu sarar, eu prometo...”
Quase o mesmo que vender a alma a Satã...
Para falar a verdade, tenho que confessar...
Quando criança, também fiz uma promessa ou impus minha condição para morrer.
Não me lembro com qual dos lados foi o acordo, o pedido, a negociata, a promessa, ou a manifestação de último desejo...
O desejo era que antes de morrer eu gostaria de ver o Corínthians campeão da Libertadores da América.
Se essas coisas de fato existirem, aviso a Dercy (in memorian) e ao Niemeyer:
A pessoa mais velha do braziu serei eu...
Provavelmente, serei imortal sem entrar para a Academia Brazileira de Letras...
Agüenta, coração!
Quando era criança a vida parecia eterna e não tinha noção de que já estava na fila da morte.
Lembro que assisti alguns filmes de terror onde almas eram vendidas para o diabo em troca de felicidade e riqueza.
Adorava esses filmes.
Dorian Gray não era exatamente isso, mas era um dos meus preferidos. Somente depois de muito tempo compreendi um pouco a realidade filosófica da história. Entendê-lo mesmo, creio que nem com duzentas releituras.
Sempre achei que nunca fizera esses pactos.
Afinal, se o diabo tivesse tantos poderes assim não viveria no inferno.
Já nasci com genes céticos.
Mas, fazia pequenas promessas para uns santos.
Era só quebrar alguma coisa e esperando um milagre, imaginava que ela se refaria sozinha. Jurava que nunca mais a quebraria.
Sempre cumpri a segunda parte. Nunca mais a quebrava porque ela não se refazia.
Era só perder algo e...
Alô! São Longuinho?
Parecia mais um Saci-Pererê e ainda bem que não morava em apartamento, porque desde a primeira infância eu já tinha os primeiros sintomas de “anciedade”.
Ficava à frente do rádio, quase Galena, orando...
Ai! Meu deus, não deixa o Pelé marcar outro gol contra o Manto Sagrado...
E nada de milagre...
“Ele”, o “negão” era uma “fera”. Fazia o “diabo” em campo.
Ia marcando gol atrás de gol...
Vá pro inferno marcar tantos gols assim.
Enquanto ele jogou, o Manto nunca foi campeão nem de torneio de cara ou coroa com a mesma face dos dois lados da moeda. A danada caía em pé.
E olha que eu rezava.
Foi um dos primeiros motivos para eu descrer em divindades.
Se Jorginho (São Jorge) era arrasado pelo Santos como poderia acreditar em igualdade social.
Quando estava voltando a acreditar no Jorginho após a quebra do tabu, em 1968, aquele Capadócio foi cassado pelo Papa Paulo VI em 1969.
Era época do governo militar. Talvez tenha sido alguma influência.
De repente, a vida passa voando e a morte começa a se avizinhar.
É muito comum, ao aparecimento das primeiras doenças mais sérias começarem as negociatas com deus com aquela fala mole: “Se eu sarar, eu prometo...”
Quase o mesmo que vender a alma a Satã...
Para falar a verdade, tenho que confessar...
Quando criança, também fiz uma promessa ou impus minha condição para morrer.
Não me lembro com qual dos lados foi o acordo, o pedido, a negociata, a promessa, ou a manifestação de último desejo...
O desejo era que antes de morrer eu gostaria de ver o Corínthians campeão da Libertadores da América.
Se essas coisas de fato existirem, aviso a Dercy (in memorian) e ao Niemeyer:
A pessoa mais velha do braziu serei eu...
Provavelmente, serei imortal sem entrar para a Academia Brazileira de Letras...
Agüenta, coração!
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26 setembro 2008
JORGINHO, ESTAMOS EM PRÉ TEMPORADA.
Pelas minhas contas, na noite de 24 de setembro o Manto Sagrado, ao vencer o time da lingüiça, completou a pontuação necessária para voltar para a Série A.
Atingiu 61 pontos e ficou acima da média dos quintos colocados dos últimos anos de disputa da série B.
Em 2006, o quinto colocado, o Paulista de Jundiaí, hoje rebaixado para a série D, ficou exatamente com 61 pontos.
Em 2007, o Marília atingiu 59, mas teve seis pontos perdidos por colocar jogador irregularmente em campo.
Simples opinião, uma vez que, salvo algum terremoto, o Manto será Campeão da Série B, igualando os porquinhos do parque da cerveja (2003), o “glorioso” Brasiliense (2004), os bambis dos pampas (2005), os galos mineiros (2006) e os coxas-brancas das araucárias (2007), times que ascenderam à Serie A sem favorecimentos.
Agora é treinar para não fazer vexame em 2009.
Começar desde já a pré-temporada.
Dar uma limpeza nas beiradas, porque ainda temos uns cabeças-de-bagre.
O time melhorou um pouco, mas ainda deixa muito a desejar.
Colocar juniores neste final de campeonato para não queimarmos outros Lulinhas e Dentinhos colocando em eventuais frias.
Lembro que o último campeonato paulista conquistado foi em 2003.
Já está com cheiro de fila, pois conquistamos 95, 97, 99, 2001, 2003 e paramos.
Agora que fiquei sabendo que só um santo é que faz o milagre, começo a entender certas derrotas.
Estava rezando para muito santo ao mesmo tempo.
Jorginho, Dudu, Ditinho e ainda colocando patuá.
Esquema de revezamento daqui em diante, hein Fiel que tem os dez maiores públicos da Segunda Divisão. Somente o clássico cearense incluiu-se entre os Top ten sem jogo do Corinthians. O recorde da competição é de 47.308 expectadores foi o jogo entre Ceará e o Manto, lá no Castelão.
Só uma curiosidade.
Vocês sabem qual time teve dois dos três maiores públicos no campeonato da série B em 2005?
A Portuguesa.
Inacreditável!
Explica-se...
Jogou as partidas finais contra o Santa Cruz, hoje na série D, quando 60000 pessoas compareceram ao Arrudão e contra o Grêmio com 38000 pessoas no Olímpico.
O segundo maior público foi justamente Grêmio e Santa, no Olímpico.
-------------------------------------------------------------------------------------Semana que vem tem eleição!
Não basta rezar!
Tem que escolher certo!
25 setembro 2008
SÓ UM SANTO SÓ FAZ O MILAGRE?
Quando nem o Frontal, nem o Dormonid dão resultado e o sono não chega, eu apelo.
Sintonizo a televisão em programa evangélico e é quase tiro e queda.
Só não digo que o sono vem por milagre porque os evangélicos não têm santos milagreiros.
Epa!
Era um programa católico.
O padre explicava beatificações, canonizações.
Servia e como conhecimento geral era interessante.
Se algum santo me fizesse dormir seria um milagre.
No pouco que consegui assistir antes do milagroso sono chegar entendi que os santos são uns egoístas.
Cada qual quer o milagre só para si. Não dividem...
O padre afirmou que uma das primeiras perguntas feitas a quem diz ter recebido um milagre é saber se ele rezou para um santo, ou candidato a santificação, só.
Se não foi, cessam as avaliações quanto ao milagre.
Ora! Ora!
Como é difícil ser santo!
Ficou um pouco mais fácil desde 1983, quando deixaram de ser necessários dois milagres para cada fase – beatificação e canonização.
Agora basta um, mas ainda assim acho que o Anchieta não chega lá.
Ainda mais com a Imigrantes.
Apedrejem! Digam que é heresia a brincadeira, mas estou falando sério.
Quanto ao Padre Anchieta me castigar, ele já fazia isso com os índios sem que eles tivessem feito qualquer mal.
Um alerta aos fervorosos que crêem em milagres.
O padre disse que se pedir a intercessão para mais de um candidato a santo, o milagre não vale para canonização.
Analogamente, será que os santos também ficam discutindo para saber quem deve ouvir as orações suplicantes e até se definirem não fazem nada?
Será que ficam naquela de pede só para mim ou não faço?
Vade retro!
Se for assim que funciona, minha mãe poderia ter economizado orações.
Rezava para tudo que era santo e santa.
Nossa Senhora de Fátima, Aparecida, São Judas, Santo Antonio, São Francisco, Santa Edwiges, Menino Jesus de Praga e esta praga – eu - estudava só um pouquinho e passava de ano.
Já pensou o trabalho que seria convencê-la que não precisava rezar tanto, porque só um fazia o milagre.
Ela me fazia ir, às vezes, em cinco, seis igrejas para agradecere cumprir suas promessas.
Poderia ir a uma só.
Eu pensava que os milagres eram obra da somatória das orações, mas agora não sei quem fazia os milagres.
Será que se revezavam para não se cansarem?
Pedirei a São Longuinho para encontrar o autor.
Conversando com meus zíperes, pergunto como se explica a beatificação dos dois jovens pastorinhos de Fátima – os irmãos Jacinta e Francisco?
Ambos foram beatificados em 2000, após comprovarem que fizeram um milagre conjuntamente.
A prima, Irmã Lúcia, morreu aos 97 anos em 2005 e não é beata, ainda.
Já estão abrindo uma exceção.
Pesquisem e verão.
Afinal, pode ou não pode pedir milagre para mais de um candidato a santo?
Lá pelos lados do céu, a união pode fazer a força?
Particularmente, não peço a nenhum, mas ou o padre deu informação errada ou eu “cochilei” e não entendi direito.
Se entendi, cancelem a beatificação dos pastorinhos.
Algo está errado.
Desculpem o ceticismo, mas é brincar com a fé.
Cresse, pediria a todos os santos disponíveis para me ajudarem.
Esse padre que me perdoe, mas na próxima insônia, assistirei leilões.
Quem paga mais, leva!
Sem ódio no coração, hein!
----------------------------------------------------------------
Nota – O autor aceita explicações plausíveis...
Sintonizo a televisão em programa evangélico e é quase tiro e queda.
Só não digo que o sono vem por milagre porque os evangélicos não têm santos milagreiros.
Epa!
Era um programa católico.
O padre explicava beatificações, canonizações.
Servia e como conhecimento geral era interessante.
Se algum santo me fizesse dormir seria um milagre.
No pouco que consegui assistir antes do milagroso sono chegar entendi que os santos são uns egoístas.
Cada qual quer o milagre só para si. Não dividem...
O padre afirmou que uma das primeiras perguntas feitas a quem diz ter recebido um milagre é saber se ele rezou para um santo, ou candidato a santificação, só.
Se não foi, cessam as avaliações quanto ao milagre.
Ora! Ora!
Como é difícil ser santo!
Ficou um pouco mais fácil desde 1983, quando deixaram de ser necessários dois milagres para cada fase – beatificação e canonização.
Agora basta um, mas ainda assim acho que o Anchieta não chega lá.
Ainda mais com a Imigrantes.
Apedrejem! Digam que é heresia a brincadeira, mas estou falando sério.
Quanto ao Padre Anchieta me castigar, ele já fazia isso com os índios sem que eles tivessem feito qualquer mal.
Um alerta aos fervorosos que crêem em milagres.
O padre disse que se pedir a intercessão para mais de um candidato a santo, o milagre não vale para canonização.
Analogamente, será que os santos também ficam discutindo para saber quem deve ouvir as orações suplicantes e até se definirem não fazem nada?
Será que ficam naquela de pede só para mim ou não faço?
Vade retro!
Se for assim que funciona, minha mãe poderia ter economizado orações.
Rezava para tudo que era santo e santa.
Nossa Senhora de Fátima, Aparecida, São Judas, Santo Antonio, São Francisco, Santa Edwiges, Menino Jesus de Praga e esta praga – eu - estudava só um pouquinho e passava de ano.
Já pensou o trabalho que seria convencê-la que não precisava rezar tanto, porque só um fazia o milagre.
Ela me fazia ir, às vezes, em cinco, seis igrejas para agradecere cumprir suas promessas.
Poderia ir a uma só.
Eu pensava que os milagres eram obra da somatória das orações, mas agora não sei quem fazia os milagres.
Será que se revezavam para não se cansarem?
Pedirei a São Longuinho para encontrar o autor.
Conversando com meus zíperes, pergunto como se explica a beatificação dos dois jovens pastorinhos de Fátima – os irmãos Jacinta e Francisco?
Ambos foram beatificados em 2000, após comprovarem que fizeram um milagre conjuntamente.
A prima, Irmã Lúcia, morreu aos 97 anos em 2005 e não é beata, ainda.
Já estão abrindo uma exceção.
Pesquisem e verão.
Afinal, pode ou não pode pedir milagre para mais de um candidato a santo?
Lá pelos lados do céu, a união pode fazer a força?
Particularmente, não peço a nenhum, mas ou o padre deu informação errada ou eu “cochilei” e não entendi direito.
Se entendi, cancelem a beatificação dos pastorinhos.
Algo está errado.
Desculpem o ceticismo, mas é brincar com a fé.
Cresse, pediria a todos os santos disponíveis para me ajudarem.
Esse padre que me perdoe, mas na próxima insônia, assistirei leilões.
Quem paga mais, leva!
Sem ódio no coração, hein!
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Nota – O autor aceita explicações plausíveis...
24 setembro 2008
TEXTO PELA METADE!!!!
Procuro um carro usado para comprar.
Não encontrei nos classificados nenhum usado.
Havia, entretanto, muitos carros “seminovos”.
Ora, pois! Direi...
Encafifei-me...
Seminovo é igual a usado?
A um semivelho?
Semearam-se sementes de dúvidas em mim.
Serei também um semivelho?
Na flor da meia idade?
Meus filhos me chamam de velho.
O feirante chama-me de jovem.
O pessoal da terceira idade também.
Mas as jovens desdenham-me como velho.
Serei o que?
Uma questão semântica.
Ou semiótica?
Penso realizar um seminário para discutir o assunto?
Preciso concretizar essa abstração.
Semiconcreta ou semi-abstrata?
Preciso é relaxar!
Seminu, tomo um semicúpio.
A banheira semicircular é pequena e fico semidobrado.
Oh! Semidiâmetros!
Esqueci-me os sais de banho semi-perfumados.
Ai! Acabo de bater meu semilunar.
Meno male...
Fosse a cabeça poderia ficar semiconsciente.
Meus olhos semicerrados fazem-me ficar semiconfuso.
Imagino fazer cálculos numa folha semi-log e defino melhor o que é um carro seminovo.
Pronta a tese semi-oficial como cabe a um semidouto, repleta de semiprovas comprovo minha semisapiência tendendo à ignorância.
Ao menos, percebo que o corretor de textos do computador é semi-analfabeto. Corrige os hífens pela metade.
Metade certo. Assim a ortografia deste texto deve estar meio correta.
É meio mesmo, não é meia! Corretor semi-apedeuta de meia pataca...
Enfim, deste texto semi-lógico ficam algumas meias certezas:
O hífen, que me infernizou em quase metade do texto, fica mais ou menos na metade da palavra.
Talvez necessite procurar um “hospital-dia” e ficar em regime de semi-internato antes que a outra metade pire. O Teco já está meio confuso e falta um Tico para completar a sandice.
Calma! Já estou nas semifinais.
Vou procurar ser semibreve, pois preciso ajudar minha mulher, que em voz de semínima, pergunta-me se vi o anel semiprecioso que o irmão dela, meu semiparente, deu-lhe de presente.
Pela semi-abertura da janela vejo no céu uma lua semicheia brilhante e refletindo sobre o carro semi-úmido de orvalho que quase dá a imagem de lágrimas. Talvez pressinta que será trocado por um mais seminovo que ele.
Oh! Texto meia boca!
Não encontrei nos classificados nenhum usado.
Havia, entretanto, muitos carros “seminovos”.
Ora, pois! Direi...
Encafifei-me...
Seminovo é igual a usado?
A um semivelho?
Semearam-se sementes de dúvidas em mim.
Serei também um semivelho?
Na flor da meia idade?
Meus filhos me chamam de velho.
O feirante chama-me de jovem.
O pessoal da terceira idade também.
Mas as jovens desdenham-me como velho.
Serei o que?
Uma questão semântica.
Ou semiótica?
Penso realizar um seminário para discutir o assunto?
Preciso concretizar essa abstração.
Semiconcreta ou semi-abstrata?
Preciso é relaxar!
Seminu, tomo um semicúpio.
A banheira semicircular é pequena e fico semidobrado.
Oh! Semidiâmetros!
Esqueci-me os sais de banho semi-perfumados.
Ai! Acabo de bater meu semilunar.
Meno male...
Fosse a cabeça poderia ficar semiconsciente.
Meus olhos semicerrados fazem-me ficar semiconfuso.
Imagino fazer cálculos numa folha semi-log e defino melhor o que é um carro seminovo.
Pronta a tese semi-oficial como cabe a um semidouto, repleta de semiprovas comprovo minha semisapiência tendendo à ignorância.
Ao menos, percebo que o corretor de textos do computador é semi-analfabeto. Corrige os hífens pela metade.
Metade certo. Assim a ortografia deste texto deve estar meio correta.
É meio mesmo, não é meia! Corretor semi-apedeuta de meia pataca...
Enfim, deste texto semi-lógico ficam algumas meias certezas:
O hífen, que me infernizou em quase metade do texto, fica mais ou menos na metade da palavra.
Talvez necessite procurar um “hospital-dia” e ficar em regime de semi-internato antes que a outra metade pire. O Teco já está meio confuso e falta um Tico para completar a sandice.
Calma! Já estou nas semifinais.
Vou procurar ser semibreve, pois preciso ajudar minha mulher, que em voz de semínima, pergunta-me se vi o anel semiprecioso que o irmão dela, meu semiparente, deu-lhe de presente.
Pela semi-abertura da janela vejo no céu uma lua semicheia brilhante e refletindo sobre o carro semi-úmido de orvalho que quase dá a imagem de lágrimas. Talvez pressinta que será trocado por um mais seminovo que ele.
Oh! Texto meia boca!
23 setembro 2008
TELEFONICA - EU TAMBEM ODEIO... (trovas)
Para tragédia falta pouco
Nada tem de cômica
Deixa qualquer um louco
Essa tal de telefônica
Incomodam o dia inteiro
Não tem simancol não
Nem posso ir ao banheiro?
Sem receber uma ligação
Ao inverso quando preciso
Fico pendurado na linha
Que cai sem maior aviso
Sem resolver o probleminha
Não são meros vendedores!
São consultores de produtos
Escutem aqui meus amores
São na verdade uns “farabutos”
Interrompem meu trabalho
Meu lazer, meu descanso
Olhe aqui, bando de paspalho
Quer ainda que eu fique manso
Essa empresinha espanhola
Líder de reclamação no Procon
Já encheu minha sacola
Me esqueçam! E já está bom...
Nada tem de cômica
Deixa qualquer um louco
Essa tal de telefônica
Incomodam o dia inteiro
Não tem simancol não
Nem posso ir ao banheiro?
Sem receber uma ligação
Ao inverso quando preciso
Fico pendurado na linha
Que cai sem maior aviso
Sem resolver o probleminha
Não são meros vendedores!
São consultores de produtos
Escutem aqui meus amores
São na verdade uns “farabutos”
Interrompem meu trabalho
Meu lazer, meu descanso
Olhe aqui, bando de paspalho
Quer ainda que eu fique manso
Essa empresinha espanhola
Líder de reclamação no Procon
Já encheu minha sacola
Me esqueçam! E já está bom...
ERA UM DOMINGÃO!
(Lembrando o Premeditando o Breque)
Três ou quatro chutam bola ao lado da Kombi, bege-ferrugem, enquanto duas mulheres estão sentadas na beira da pista, com ar de cansadas, descascando mexericas.
A porta do motor aberta alerta que algo não está certo.
Os dois homens coçam a cabeça, tentam a partida e nada!
A fumaça branca que sai do escapamento não é de paz!
Quantas pessoas cabem num fusca cereja?
Parece cartola de mágico.
Fora os apetrechos do convescote.
O vento frio contrasta com o sol e os tops não são vestimenta apropriada.
O telefone parece não comunicar com ninguém.
Para a meninada tudo é festa.
O ronco do motor e o “nhec-nhec” da bateria não dão muita esperança de chegarem ao final de seus destinos.
Talvez já tivessem chegado.
Podia ser pior.
É.
O carro da policia rodoviária chega junto com o pessoal da assistência mecânica da concessionária.
Pede os documentos do motorista enquanto o mecânico faz um gesto desanimador.
Revira os bolsos, remexe nas sacolas, procura embaixo do banco da perua e nada.
O extintor está com a recarga vencida.
Quem se preocupa com isso?
Talão de multa na mão e o guincho chegando.
De chinelo não pode dirigir, apontando para os pés do motorista do velho cerejinha, com seu traje passeio típico.
Bermuda, camiseta de umbigo de fora e boné com propaganda política.
Um sapato que não serve aparece do nada.
Pé de pobre não tem tamanho, dizia meu avô.
Aperta que dá!
Se deu aquele monte de gente dentro do carro porque não caberiam cinco dedos ali dentro?
Claro que faltou cinto de segurança no banco de trás.
No da frente também.
Opa! O velho guerreiro pegou!
Era a correia dentada.
Sobe todo mundo.
Tem uma criança sobrando no banco da frente.
Em cima do guincho a perua repousa.
Pode ou não pode ir gente dentro de carro rebocado?
Tem que ir!
O sentido inicial era o oposto.
Aos poucos quase nada faz sentido.
Ainda vai dar praia, grita alguém no fusca.
Melhor retornar, aconselha o policial.
Na vicinal não tem concessionária para socorrer.
O jeito é pegar o primeiro retorno e comer o frango em casa.
Dentro do carro o frio é menor.
Só falta um bebê chorando!
Não vi nenhum, mas devia haver.
Sempre há!
Olha lá! Olha lá!
Inacreditável...
O DKW preto quatro portas completa a paisagem, passando devagar como convinha.
Um de seus passageiros aponta pela janela.
Eles estavam lá, cada qual em seu tempo e lugar na estrada que levava ao litoral.
O sol não bronzeou o corpo todo de todos...
22 setembro 2008
LOURENÇO DIAFÉRIA
LOURENÇO DIAFÉRIA
No dia 16 faleceu, ao 75 anos, o escritor Lourenço Diaféria, um cronista de primeira linha.
Muitas homenagens já lhe foram feitas e faço-lhe a minha.
É o texto que o levou à prisão em 1977, quando ao homenagear a bravura do Sargento Silvio, que morreu ao salvar salvou a vida de um garoto que era atacado por ariranhas, foi considerado um ofensor aos militares, ao citar Duque de Caxias.
------------------------------------------------------------------
HERÓI. MORTO. NÓS.
Lourenço Diaféria
Não me venham com besteiras de dizer que herói não existe. Passei metade do dia imaginando uma palavra menos desgastada para definir o gesto desse sargento Sílvio, que pulou no poço das ariranhas, para salvar o garoto de catorze anos, que estava sendo dilacerado pelos bichos.
O garoto está salvo. O sargento morreu e está sendo enterrado em sua terra.
Que nome devo dar a esse homem?
Escrevo com todas as letras: o sargento Silvio é um herói. Se não morreu na guerra, se não disparou nenhum tiro, se não foi enforcado, tanto melhor.
Podem me explicar que esse tipo de heroísmo é resultado de uma total inconsciência do perigo. Pois quero que se lixem as explicações. Para mim, o herói -como o santo- é aquele que vive sua vida até as últimas conseqüências.
O herói redime a humanidade à deriva.
Esse sargento Silvio podia estar vivo da silva com seus quatro filhos e sua mulher. Acabaria capitão, major.
Está morto.
Um belíssimo sargento morto.
E todavia.
Todavia eu digo, com todas as letras: prefiro esse sargento herói ao duque de Caxias.
O duque de Caxias é um homem a cavalo reduzido a uma estátua. Aquela espada que o duque ergue ao ar aqui na Praça Princesa Isabel - onde se reúnem os ciganos e as pombas do entardecer - oxidou-se no coração do povo. O povo está cansado de espadas e de cavalos. O povo urina nos heróis de pedestal. Ao povo desgosta o herói de bronze, irretocável e irretorquível, como as enfadonhas lições repetidas por cansadas professoras que não acreditam no que mandam decorar.
O povo quer o herói sargento que seja como ele: povo. Um sargento que dê as mãos aos filhos e à mulher, e passeie incógnito e desfardado, sem divisas, entre seus irmãos.
No instante em que o sargento - apesar do grito de perigo e de alerta de sua mulher - salta no fosso das simpáticas e ferozes ariranhas, para salvar da morte o garoto que não era seu, ele está ensinando a este país, de heróis estáticos e fundidos em metal, que todos somos responsáveis pelos espinhos que machucam o couro de todos.
Esse sargento não é do grupo do cambalacho.
Esse sargento não pensou se, para ser honesto para consigo mesmo, um cidadão deve ser civil ou militar. Duvido, e faço pouco, que esse pobre sargento morto fez revoluções de bar, na base do uísque e da farolagem, e duvido que em algum instante ele imaginou que apareceria na primeira página dos jornais.
É apenas um homem que - como disse quando pressentiu as suas últimas quarenta e oito horas, quando pressentiu o roteiro de sua última viagem - não podia permanecer insensível diante de uma criança sem defesa.
O povo prefere esses heróis: de carne e sangue.
Mas, como sempre, o herói é reconhecido depois, muito depois. Tarde demais.
É isso, sargento: nestes tempos cruéis e embotados, a gente não teve o instante de te reconhecer entre o povo. A gente não distinguiu teu rosto na multidão. Éramos irmãos, e só descobrimos isso agora, quando o sangue verte, e quanto te enterramos. O herói e o santo é o que derrama seu sangue. Esse é o preço que deles cobramos.
Podíamos ter estendido nossas mãos e te arrancando do fosso das ariranhas -como você tirou o menino de catorze anos- mas queríamos que alguém fizesse o gesto de solidariedade em nosso lugar.
Sempre é assim: o herói e o santo é o que estende as mãos.
E este é o nosso grande remorso: o de fazer as coisas urgentes e inadiáveis - tarde demais.
Folha de S.Paulo, 1º de setembro de 1977
No dia 16 faleceu, ao 75 anos, o escritor Lourenço Diaféria, um cronista de primeira linha.
Muitas homenagens já lhe foram feitas e faço-lhe a minha.
É o texto que o levou à prisão em 1977, quando ao homenagear a bravura do Sargento Silvio, que morreu ao salvar salvou a vida de um garoto que era atacado por ariranhas, foi considerado um ofensor aos militares, ao citar Duque de Caxias.
------------------------------------------------------------------
HERÓI. MORTO. NÓS.
Lourenço Diaféria
Não me venham com besteiras de dizer que herói não existe. Passei metade do dia imaginando uma palavra menos desgastada para definir o gesto desse sargento Sílvio, que pulou no poço das ariranhas, para salvar o garoto de catorze anos, que estava sendo dilacerado pelos bichos.
O garoto está salvo. O sargento morreu e está sendo enterrado em sua terra.
Que nome devo dar a esse homem?
Escrevo com todas as letras: o sargento Silvio é um herói. Se não morreu na guerra, se não disparou nenhum tiro, se não foi enforcado, tanto melhor.
Podem me explicar que esse tipo de heroísmo é resultado de uma total inconsciência do perigo. Pois quero que se lixem as explicações. Para mim, o herói -como o santo- é aquele que vive sua vida até as últimas conseqüências.
O herói redime a humanidade à deriva.
Esse sargento Silvio podia estar vivo da silva com seus quatro filhos e sua mulher. Acabaria capitão, major.
Está morto.
Um belíssimo sargento morto.
E todavia.
Todavia eu digo, com todas as letras: prefiro esse sargento herói ao duque de Caxias.
O duque de Caxias é um homem a cavalo reduzido a uma estátua. Aquela espada que o duque ergue ao ar aqui na Praça Princesa Isabel - onde se reúnem os ciganos e as pombas do entardecer - oxidou-se no coração do povo. O povo está cansado de espadas e de cavalos. O povo urina nos heróis de pedestal. Ao povo desgosta o herói de bronze, irretocável e irretorquível, como as enfadonhas lições repetidas por cansadas professoras que não acreditam no que mandam decorar.
O povo quer o herói sargento que seja como ele: povo. Um sargento que dê as mãos aos filhos e à mulher, e passeie incógnito e desfardado, sem divisas, entre seus irmãos.
No instante em que o sargento - apesar do grito de perigo e de alerta de sua mulher - salta no fosso das simpáticas e ferozes ariranhas, para salvar da morte o garoto que não era seu, ele está ensinando a este país, de heróis estáticos e fundidos em metal, que todos somos responsáveis pelos espinhos que machucam o couro de todos.
Esse sargento não é do grupo do cambalacho.
Esse sargento não pensou se, para ser honesto para consigo mesmo, um cidadão deve ser civil ou militar. Duvido, e faço pouco, que esse pobre sargento morto fez revoluções de bar, na base do uísque e da farolagem, e duvido que em algum instante ele imaginou que apareceria na primeira página dos jornais.
É apenas um homem que - como disse quando pressentiu as suas últimas quarenta e oito horas, quando pressentiu o roteiro de sua última viagem - não podia permanecer insensível diante de uma criança sem defesa.
O povo prefere esses heróis: de carne e sangue.
Mas, como sempre, o herói é reconhecido depois, muito depois. Tarde demais.
É isso, sargento: nestes tempos cruéis e embotados, a gente não teve o instante de te reconhecer entre o povo. A gente não distinguiu teu rosto na multidão. Éramos irmãos, e só descobrimos isso agora, quando o sangue verte, e quanto te enterramos. O herói e o santo é o que derrama seu sangue. Esse é o preço que deles cobramos.
Podíamos ter estendido nossas mãos e te arrancando do fosso das ariranhas -como você tirou o menino de catorze anos- mas queríamos que alguém fizesse o gesto de solidariedade em nosso lugar.
Sempre é assim: o herói e o santo é o que estende as mãos.
E este é o nosso grande remorso: o de fazer as coisas urgentes e inadiáveis - tarde demais.
Folha de S.Paulo, 1º de setembro de 1977
20 setembro 2008
DEUSINHA, ME LIGA
Estou há uma semana dormindo na sala.
Culpa de uma ligação que minha mulher interceptou.
Cheguei em casa e foi disparando.
Nem me deixou argumentar.
Cachorro!
Comportei-me como tal e me escondi atrás do sofá.
Idiota!
Devia mesmo estar com cara de tal!
Calma! Pedi entre uma vassourada e outra.
O que aconteceu? Encorajado pela distância entre dois sofás...
Você é um cachorro, safado, sem vergonha...
Já ouvi isso em algum lugar... Esperei que tudo fosse virar axé, mas não... Ela estava mais Edinanci que para Ivete...
Isso eu sei, mas o que eu fiz errado desta vez.
Ligou “umazinha” aí e disse que tinha uma proposta de relacionamento com você?
Devo ter feito cara de mais idiota ainda.
Explica!
Explica!
Eu falei primeiro!
Depois de uns três minutos definindo quem falara primeiro e dentro do princípio que é perda de tempo discutir com madame, ainda mais furiosa, deixei que continuasse..
Ela disse que você ligou para ela e propôs um programa, algo assim...
Epa! Epa! Epa!
Geralmente os “disk-sexo” pedem para que liguemos. Uma questão ética...
Ferram a gente na conta do telefone.
No mês seguinte aparece ligação para alguma ilha do Caribe e temos a desculpa que estamos analisando a abertura de contas em paraísos fiscais.
Escapamos de deixar a mulher uma fera e caímos nas garras do Leão.
Mas eu era inocente.
Todo criminoso diz isso.
Nananinanã.
Quem ligou?
Não entendi direito. Acho que era Deuselinda.
Ah!
Você confessa?
Tenha a santa paciência! Deuselinda? Com esse nome?
Deve ser nome de guerra, disse pronta para nova batalha campal... A Glória Menezes chama-se Nilcedes, a Ângela Maria é Abelim, a Dercy era Dolores... Vai ver você a chama de Lindinha...
Lembrei daquela novela da Vênus Platinada, Mandala, onde a Vera Fischer era chamada de Minha Deusa pelo Nuno Leal Maia e comecei a rir... E cometi um ato falho:
Ou Deusinha?
Voou um enfeite da prateleira...
O que mais ela falou?
Que era do relacionamento de programas ou do programa de relacionamento. Não me lembro a ordem... Estou nervosa...
Apesar de ateu, faço um apelo a Deusinha da equipe do programa de relacionamento de telemarketing da empresa que ligou para minha casa na semana passada:
Ligue novamente, por favor!
Ajude-me a esclarecer a situação.
Minha hérnia agradece, porque o sofá está torto...
E o controle remoto da TV, vitima de um choque contra a parede, está no conserto!
Culpa de uma ligação que minha mulher interceptou.
Cheguei em casa e foi disparando.
Nem me deixou argumentar.
Cachorro!
Comportei-me como tal e me escondi atrás do sofá.
Idiota!
Devia mesmo estar com cara de tal!
Calma! Pedi entre uma vassourada e outra.
O que aconteceu? Encorajado pela distância entre dois sofás...
Você é um cachorro, safado, sem vergonha...
Já ouvi isso em algum lugar... Esperei que tudo fosse virar axé, mas não... Ela estava mais Edinanci que para Ivete...
Isso eu sei, mas o que eu fiz errado desta vez.
Ligou “umazinha” aí e disse que tinha uma proposta de relacionamento com você?
Devo ter feito cara de mais idiota ainda.
Explica!
Explica!
Eu falei primeiro!
Depois de uns três minutos definindo quem falara primeiro e dentro do princípio que é perda de tempo discutir com madame, ainda mais furiosa, deixei que continuasse..
Ela disse que você ligou para ela e propôs um programa, algo assim...
Epa! Epa! Epa!
Geralmente os “disk-sexo” pedem para que liguemos. Uma questão ética...
Ferram a gente na conta do telefone.
No mês seguinte aparece ligação para alguma ilha do Caribe e temos a desculpa que estamos analisando a abertura de contas em paraísos fiscais.
Escapamos de deixar a mulher uma fera e caímos nas garras do Leão.
Mas eu era inocente.
Todo criminoso diz isso.
Nananinanã.
Quem ligou?
Não entendi direito. Acho que era Deuselinda.
Ah!
Você confessa?
Tenha a santa paciência! Deuselinda? Com esse nome?
Deve ser nome de guerra, disse pronta para nova batalha campal... A Glória Menezes chama-se Nilcedes, a Ângela Maria é Abelim, a Dercy era Dolores... Vai ver você a chama de Lindinha...
Lembrei daquela novela da Vênus Platinada, Mandala, onde a Vera Fischer era chamada de Minha Deusa pelo Nuno Leal Maia e comecei a rir... E cometi um ato falho:
Ou Deusinha?
Voou um enfeite da prateleira...
O que mais ela falou?
Que era do relacionamento de programas ou do programa de relacionamento. Não me lembro a ordem... Estou nervosa...
Apesar de ateu, faço um apelo a Deusinha da equipe do programa de relacionamento de telemarketing da empresa que ligou para minha casa na semana passada:
Ligue novamente, por favor!
Ajude-me a esclarecer a situação.
Minha hérnia agradece, porque o sofá está torto...
E o controle remoto da TV, vitima de um choque contra a parede, está no conserto!
18 setembro 2008
APOSTOLOS DE PEDRO - BLOG COM DEFEITO
Provavelmente terei que buscar outro servidor.
O google está cada dia pior.
Não consigo mais alterar assinaturas, formatar o blog, olhar estatisticas, a fata se repete.
Se alguém tiver indicações de sites mais organizados, estou em pesquisa.
Desculpem-me por eventual parada nas publicações.
Continarei escrevendo no
o site literário
http://www.pedrogaluchi.prosaeverso.
E provisoriamente no bol
http://apostolosdepedro.zip.net/
O google está cada dia pior.
Não consigo mais alterar assinaturas, formatar o blog, olhar estatisticas, a fata se repete.
Se alguém tiver indicações de sites mais organizados, estou em pesquisa.
Desculpem-me por eventual parada nas publicações.
Continarei escrevendo no
o site literário
http://www.pedrogaluchi.prosaeverso.
E provisoriamente no bol
http://apostolosdepedro.zip.net/
POLITICAMENTE INCORRETO, MAS AINDA ESTOU VIVO...
Cena um – Marginal Pinheiros (SP)
Motorista pára o carro para prestar ajuda a outro motorista que tem seu carro quebrado.
Conserta o carro e ao entrar de volta em seu automóvel é atropelado por uma carreta que abalroou os dois carros.
Morreu no local.
Seu acompanhante disse que o dono do carro que ele tinha parado para ajudar saiu de fininho, à francesa, na ”miúda”.
Cena dois - Marginal Tietê (SP)
Um motoqueiro está estatelado no chão.
O motorista pára para socorrer.
Tem apontado contra si uma arma.
Aparecem outros meliantes que levam seu carro.
O motoqueiro, um jovem de quinze anos, foi preso a seguir, pois é conhecido no “pedaço” por aplicar esse golpe.
Fará uma quarentena em instituição para menores e voltará a aplicar o golpe em breve.
Cena três - Avenida Paulista (SP)
Pára e presta socorro a um atropelado por moto, na faixa de pedestre.
Coloca no seu carro e leva-o ao Hospital de Clínicas.
Já foi chamado duas vezes à Delegacia como testemunha de um fato que não viu.
Aguarda intimações para o Judiciário.
Cena quatro - Poções de Caldas (MG)
Um “pé de cana” cai à frente do meu carro.
Parei e congestionei o trânsito da cidade por uns dois minutos esperando que ele encontrasse os pés e conseguisse se levantar.
Saiu meio de quatro e pelas risadas ao redor devem ser corriqueiras suas quedas.
Cena cinco - Avenida braziu (SP)
Um motoqueiro “fura” o vermelho, colide com um carro e se arrebenta bem à minha frente.
Aciono a seta do carro para a direita e me mando.
Arrumar problema?
Ainda mais que o motoqueiro vestia uma camisa do time dos “porcos”.
Eu, hein!
Juntando o inútil ao desagradável, não há como deixar de ser politicamente incorreto e cínico ao ler as noticias da violência urbana das grandes metrópoles.
Motorista pára o carro para prestar ajuda a outro motorista que tem seu carro quebrado.
Conserta o carro e ao entrar de volta em seu automóvel é atropelado por uma carreta que abalroou os dois carros.
Morreu no local.
Seu acompanhante disse que o dono do carro que ele tinha parado para ajudar saiu de fininho, à francesa, na ”miúda”.
Cena dois - Marginal Tietê (SP)
Um motoqueiro está estatelado no chão.
O motorista pára para socorrer.
Tem apontado contra si uma arma.
Aparecem outros meliantes que levam seu carro.
O motoqueiro, um jovem de quinze anos, foi preso a seguir, pois é conhecido no “pedaço” por aplicar esse golpe.
Fará uma quarentena em instituição para menores e voltará a aplicar o golpe em breve.
Cena três - Avenida Paulista (SP)
Pára e presta socorro a um atropelado por moto, na faixa de pedestre.
Coloca no seu carro e leva-o ao Hospital de Clínicas.
Já foi chamado duas vezes à Delegacia como testemunha de um fato que não viu.
Aguarda intimações para o Judiciário.
Cena quatro - Poções de Caldas (MG)
Um “pé de cana” cai à frente do meu carro.
Parei e congestionei o trânsito da cidade por uns dois minutos esperando que ele encontrasse os pés e conseguisse se levantar.
Saiu meio de quatro e pelas risadas ao redor devem ser corriqueiras suas quedas.
Cena cinco - Avenida braziu (SP)
Um motoqueiro “fura” o vermelho, colide com um carro e se arrebenta bem à minha frente.
Aciono a seta do carro para a direita e me mando.
Arrumar problema?
Ainda mais que o motoqueiro vestia uma camisa do time dos “porcos”.
Eu, hein!
Juntando o inútil ao desagradável, não há como deixar de ser politicamente incorreto e cínico ao ler as noticias da violência urbana das grandes metrópoles.
LADRÃO DEVOLVE CRIANÇA
Em Passo Fundo um ladrão de automóveis passou uma saia justa.
Ficou à espreita, namorou o carro e no descuido do dono, furtou o carro.
Serviço feito, tudo tranqüilo, agora era só desmanchar e vender as peças.
Aqui em St.Paul você pode recomprar seu carro aos pedacinhos.
Basta ir à Av. Ricardo Jafet ou em outras filiais das lojas da franquia Robauto.
Você encontra de fechadura de Ferrari a tampa de combustível de Gordini.
Deve ter alguma lá pelo sul do braziu, também.
Olhando pelo retrovisor para ver se estava sendo seguido, o gatuno assusta-se.
Vê uma roupinha de criança se mexendo.
Fantasmas?!?
Freia o carro e vê que dentro da roupinha havia de fato uma criança.
O furto está quase virando um seqüestro, oh! Raios!
Estou cheio de seqüestros relâmpagos.
O que fazer?
Largar o carro.
O ladrão chamava-se, ou tinha o espírito de, Dimas.
Um bom ladrão.
Pensou rápido!
Pega o celular e chamou seu advogado e explicou o caso.
Se largar a criança aqui, posso ser enquadrado por abandono de menor, doutor?
Sujou!
O quê?
Chamar a polícia?
Onde se viu doutor? E a ética?
Ladrão não pode chamar a polícia, não!
Se não fizer o que o senhor está dizendo o senhor não me defende mais?
Claro que não vou ligar do celular. Sou ladrão, mas não sou burro.
Alô, 190, qual a ocorrência.
Vê se entende, estou nervoso.
Eu roubei um carro e tinha uma criança dentro.
Quero devolver o piazinho!
Como tudo ou nada? E meu “trampo”, não tem mais valia, não?
Ta limpo! Ta limpo!
Onde roubei o carro?
Furtei... Sou 155 e não 157.
Na avenida braziu...
Tinha que ser.
Onde estou?
Qual é! Localiza pelo bina.
Só mais uma coisinha: diz pro “filho da p...” do pai do piá não fazer mais isso.
Irresponsável!
Deixar a criança sozinha no carro!
Onde já se viu...
E desligou, abandonando o carro e o garoto que foram localizados minutos depois.
-------------------------------------------------------------------------------------
Notas do autor: os pais da criança foram indiciados por abandono de menor.
Num outro dia, conto como esqueci meu filho numa banca de jornal.
Felizmente, o crime já prescreveu
Ficou à espreita, namorou o carro e no descuido do dono, furtou o carro.
Serviço feito, tudo tranqüilo, agora era só desmanchar e vender as peças.
Aqui em St.Paul você pode recomprar seu carro aos pedacinhos.
Basta ir à Av. Ricardo Jafet ou em outras filiais das lojas da franquia Robauto.
Você encontra de fechadura de Ferrari a tampa de combustível de Gordini.
Deve ter alguma lá pelo sul do braziu, também.
Olhando pelo retrovisor para ver se estava sendo seguido, o gatuno assusta-se.
Vê uma roupinha de criança se mexendo.
Fantasmas?!?
Freia o carro e vê que dentro da roupinha havia de fato uma criança.
O furto está quase virando um seqüestro, oh! Raios!
Estou cheio de seqüestros relâmpagos.
O que fazer?
Largar o carro.
O ladrão chamava-se, ou tinha o espírito de, Dimas.
Um bom ladrão.
Pensou rápido!
Pega o celular e chamou seu advogado e explicou o caso.
Se largar a criança aqui, posso ser enquadrado por abandono de menor, doutor?
Sujou!
O quê?
Chamar a polícia?
Onde se viu doutor? E a ética?
Ladrão não pode chamar a polícia, não!
Se não fizer o que o senhor está dizendo o senhor não me defende mais?
Claro que não vou ligar do celular. Sou ladrão, mas não sou burro.
Alô, 190, qual a ocorrência.
Vê se entende, estou nervoso.
Eu roubei um carro e tinha uma criança dentro.
Quero devolver o piazinho!
Como tudo ou nada? E meu “trampo”, não tem mais valia, não?
Ta limpo! Ta limpo!
Onde roubei o carro?
Furtei... Sou 155 e não 157.
Na avenida braziu...
Tinha que ser.
Onde estou?
Qual é! Localiza pelo bina.
Só mais uma coisinha: diz pro “filho da p...” do pai do piá não fazer mais isso.
Irresponsável!
Deixar a criança sozinha no carro!
Onde já se viu...
E desligou, abandonando o carro e o garoto que foram localizados minutos depois.
-------------------------------------------------------------------------------------
Notas do autor: os pais da criança foram indiciados por abandono de menor.
Num outro dia, conto como esqueci meu filho numa banca de jornal.
Felizmente, o crime já prescreveu
16 setembro 2008
BANCOOP ERRA NOVAMENTE - NÃO GANHOU NADA
A BANCOOP erra informação novamente. Até parece de propósito
Será estilo redacional Goebbels?
Coloca em seu site que o acordo foi aprovado.
Na reunião do Conselho Superior do Ministério Público os cooperados, vítimas da Cooperativa Habitacional dos Bancários, pleiteavam a mudança dos termos da proposta de acordo proposta pelo promotor Dr. João Guimarães.
A relatora Dra. MARISA ROCHA TEIXEIRA DISSINGER, fez colocações precisas quanto a inadequação da proposta do acordo, que não atende aos interesses dos cooperados e deveriam ser melhor defendidos pelo promotor que se limitou a copiar o voto anteriormente indicado.
Finalizou seu voto afirmando taxativamente que o acordo contraria a decisão anterior do Conselho Superior, que as cláusulas são contrárias aos cooperados e indicou a substituição do promotor Dr. João Guimarães.
Foi acompanhada pelos promotores Dr. JOÃO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS e Dr. ANTONIO DE PADUA BERTONE PEREIRA.
Os demais promotores, sem discutir o mérito do acordo, apoiando-se em questões constitucionais e normas regimentais do Ministério Público rejeitaram abrir o precedente "salutar" - como afirmou o dr. Antonio Bertone - da troca do promotor da ação argumentando basicamente que o conselho não tem poder de fiscalização de acordos.
A Dra. ELOISA DE SOUSA ARRUDA sugeriu o encaminhamento do voto da Dra. Marisa ao Dr. João Guimarães para esclarecê-lo e alterar, se for o caso, a proposta do acordo.
O Dr. TIAGO CINTRA ZARIF sugeriu a desconstituição da ação e proposição de anulatórias pelas associações de cooperados.
O processo continua na 37ª. Vara Cível e o juiz decidirá quanto a homologá-lo ou não.
Um fato chamou a atenção quanto a habitualidade de enganos da Bancoop.
Até seu advogado errou algumas informações.
O advogado da Cooperativa disse que trabalhara na elaboração do projeto da Constituição Federal, pois era assessor do então Deputado Federal Luis Inácio Lula da Silva.
Firme e seguro, afirmou que ele e outras pessoas oriundas do Ministério Público muito lutaram na defesa da inclusão de funções e independência do MP na Constituição Federal/88.
Citou eespcialmente a atuação dos Dr. Luís Antonio Fleury Filho e Dr. José Celso de Melo, realçando que este atualmente é chamado de Celso de Mello e foi presidente do STF, mas na época era Dr. Jose Celso, como seus companheiros dessa empreita.
Foi corrigido pelo corregedor do MP, Dr. ANTONIO DE PADUA BERTONE PEREIRA, ao final do julgamento que fez as observações.
Frisou que Fleury Filho, à época era Secretário de Segurança em São Paulo não participando desses trabalhos e seguramente o Dr. Celso de Mello também não fez parte desse grupo de trabalho.
Aduziu ainda que infelizmente nenhum deputado do Partido dos Trabalhadores, inclusive Lula, assinou a Constituição de 1988.
Percebe-se que até os advogados da Bancoop cometem enganos.
Semelhantes aos erros crassos como divulgar que o acordo foi validado.
Mas tenho que concordar com os companheiros em uma coisa:
A luta continua!
Será estilo redacional Goebbels?
Coloca em seu site que o acordo foi aprovado.
Na reunião do Conselho Superior do Ministério Público os cooperados, vítimas da Cooperativa Habitacional dos Bancários, pleiteavam a mudança dos termos da proposta de acordo proposta pelo promotor Dr. João Guimarães.
A relatora Dra. MARISA ROCHA TEIXEIRA DISSINGER, fez colocações precisas quanto a inadequação da proposta do acordo, que não atende aos interesses dos cooperados e deveriam ser melhor defendidos pelo promotor que se limitou a copiar o voto anteriormente indicado.
Finalizou seu voto afirmando taxativamente que o acordo contraria a decisão anterior do Conselho Superior, que as cláusulas são contrárias aos cooperados e indicou a substituição do promotor Dr. João Guimarães.
Foi acompanhada pelos promotores Dr. JOÃO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS e Dr. ANTONIO DE PADUA BERTONE PEREIRA.
Os demais promotores, sem discutir o mérito do acordo, apoiando-se em questões constitucionais e normas regimentais do Ministério Público rejeitaram abrir o precedente "salutar" - como afirmou o dr. Antonio Bertone - da troca do promotor da ação argumentando basicamente que o conselho não tem poder de fiscalização de acordos.
A Dra. ELOISA DE SOUSA ARRUDA sugeriu o encaminhamento do voto da Dra. Marisa ao Dr. João Guimarães para esclarecê-lo e alterar, se for o caso, a proposta do acordo.
O Dr. TIAGO CINTRA ZARIF sugeriu a desconstituição da ação e proposição de anulatórias pelas associações de cooperados.
O processo continua na 37ª. Vara Cível e o juiz decidirá quanto a homologá-lo ou não.
Um fato chamou a atenção quanto a habitualidade de enganos da Bancoop.
Até seu advogado errou algumas informações.
O advogado da Cooperativa disse que trabalhara na elaboração do projeto da Constituição Federal, pois era assessor do então Deputado Federal Luis Inácio Lula da Silva.
Firme e seguro, afirmou que ele e outras pessoas oriundas do Ministério Público muito lutaram na defesa da inclusão de funções e independência do MP na Constituição Federal/88.
Citou eespcialmente a atuação dos Dr. Luís Antonio Fleury Filho e Dr. José Celso de Melo, realçando que este atualmente é chamado de Celso de Mello e foi presidente do STF, mas na época era Dr. Jose Celso, como seus companheiros dessa empreita.
Foi corrigido pelo corregedor do MP, Dr. ANTONIO DE PADUA BERTONE PEREIRA, ao final do julgamento que fez as observações.
Frisou que Fleury Filho, à época era Secretário de Segurança em São Paulo não participando desses trabalhos e seguramente o Dr. Celso de Mello também não fez parte desse grupo de trabalho.
Aduziu ainda que infelizmente nenhum deputado do Partido dos Trabalhadores, inclusive Lula, assinou a Constituição de 1988.
Percebe-se que até os advogados da Bancoop cometem enganos.
Semelhantes aos erros crassos como divulgar que o acordo foi validado.
Mas tenho que concordar com os companheiros em uma coisa:
A luta continua!
O MENINO PARTEIRO
O Robert, um garoto de oito anos ajudou a mãe, a Roberta, no trabalho de parto EM Guaianases, Zona Leste de São Paulo.
Mérito do menino, sem dúvida!
Trinta segundos na Vênus Platinada é um feito importante.
Felizmente, como é o normal, o parto não foi complicado.
A Lidiane nasceria de qualquer modo.
Numa viatura, numa praça, no ponto de ônibus.
O que passou batido na situação foram declarações do pai, o Leonardo.
Ele disse ter ligado para o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e ninguém atendeu o 192.
Também pudera a audácia.
Acordar o pessoal de madrugada, numa noite de frio.
Léo, você é um desinformado.
Está no site do Ministério da Saúde:
Deve-se chamar o SAMU através do telefone 192, nas seguintes ocorrências:
Está lá no quinto dos doze itens:
- Em trabalhos de parto onde haja risco de morte da mãe ou do feto.
Se o leitor for curioso quanto aos demais itens, dê uma lida no site.
Pôxa, vida, Léo... Você não sabia disso?
Além do que, ter filho de madrugada, só é bom na passagem do ano para saber quem é o primeiro nenê do ano.
E é sempre um pobre.
Gestante rica está comemorando o reveilon e não usa o SAMU.
Só conheço uma pessoa de classe média que o filho atrapalhou a ceia de Natal.
A família ficou em duvida se o batizavam como Natalício, Natal ou Noel.
Registraram o garoto com o nome de Pascoal e até hoje ele confunde sua data de nascimento...
Senhor pai da Lidiane, fique sabendo que em uma eventual nova ocasião, o melhor é ligar para o 190 e dizer que é briga de vizinho.
Uma mentirinha dessas não faz mal.
Eles vêm rapidinho, acionam a sirene e dá tempo de chegar ao Pronto Socorro, mesmo que seja na zona Leste de São Paulo.
Que a Lidiane e sua família sejam muito felizes e não tenham problemas cardio-respiratórios, intoxicações exógenas (o que é isso?), queimaduras graves, sofram maus tratos, tentem o suicídio, sofram de hipertensão, não se afoguem ou levem choques elétricos, nem com produtos perigosos, não sofram traumas ou acidentes com vitimas (se não houver vítimas para que chamar?) e tampouco precisem de transferência hospitalar com risco de morte, que é quando se deve chamar o SAMU.
Se não for de madrugada.
Para terminar me penitencio...
Nunca mais reclamo do meu plano de Saúde.
Tem coisas bem piores.
13 setembro 2008
ETIÓPIA ELIMINADA DA COPA DO MUNDO
Não tem jeito.
Tenho que falar de futebol.
Nem é do Manto Sagrado que já está voltando para série A, dois meses antes do final do campeonato.
Não é também por falta de assunto, mas pela tragicomicidade da notícia.
A Etiópia foi eliminada das eliminatórias da Copa de 2010, devido a problemas internos enfrentado pela Federação Etíope de Futebol.
Resumindo a história, havia irregularidades no comando da Federação.
Não houve eleição para o cargo de presidente da Federação Etíope de Futebol.
Diz a noticia que todos os jogos dos Etíopes foram e serão cancelados e eles ocupavam o terceiro lugar na sua chave, que tinha Marrocos, Mauritânia e Ruanda, onde se classificavam apenas dois para a etapa seguinte.
Apenas para constar, a Eritréia, vizinha da Etiópia, também foi eliminada ou desistiu em outra chave.
Conversei, por telefone, com minha conselheira, dona Yukiko, e ela respondeu que a medida poderia abrir perigosos precedentes.
Podem ser eliminados da copa do Mundo vários países que não elegem presidentes.
A China, a Coréia do Norte, a Líbia entre outros e que a Copa poderia se tornar um fracasso de renda e público.
Expliquei a ela que a eleição era de presidente da Federação de Futebol.
Dona Yukiko me perguntou se na Confederação de Futebol do braziu tem eleição, porque tem o mesmo presidente há tantos anos e se houve eleições para sua prorrogação no cargo, pois seu mandato acabou em 2007 e foi “esticado” até 2014.
Gaguejei, desliguei e liguei para o conselheiro da Pininha, o Sr. Takeo...
Sr. Takeo me disse estar muito preocupado com tudo isso, pois somos o país do futebol, podem aplicar a analogia interpretativa e prorrogar a presidência do braziu, sem eleições.
Aí fui firme na resposta:
Não! Isso não acontecerá. A FIFA nos excluiria da Copa, esquecendo-me que a próxima Copa de 2014 será no braziu, se tivermos estádios ainda de pé.
Afinal a Fonte Nova, em Salvador, está desabando, a Fazendinha não comporta a abertura da Copa, o Pacaembu vive fechado, entre outros.
E o braziu não é a Etiópia, finalizei.Lá há milhões de pessoas que passam fome.
Claro que não, emendou o Takeo. Eles levaram 22 atletas para as Olimpíadas de Pequim e ganharam QUATRO medalhas de ouro e SETE no total. Nós levamos 277 atletas e ganhamos três de ouro e quinze no total.
Fiquei bravo e lhe respondi:
Takeo, tem mais, deus é brazileiro, somos pentacampeões mundiais de futebol. Não vão se meter com a gente.
Takeo se conformou:
Se você está dizendo, vou acreditar, mas que é uma injustiça excluir só a Etiópia da Copa porque não faz eleições na sua federação de futebol, lá isso é.
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http://apostolosdepedro.blogspot.com
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www.allprint.com.br
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Tenho que falar de futebol.
Nem é do Manto Sagrado que já está voltando para série A, dois meses antes do final do campeonato.
Não é também por falta de assunto, mas pela tragicomicidade da notícia.
A Etiópia foi eliminada das eliminatórias da Copa de 2010, devido a problemas internos enfrentado pela Federação Etíope de Futebol.
Resumindo a história, havia irregularidades no comando da Federação.
Não houve eleição para o cargo de presidente da Federação Etíope de Futebol.
Diz a noticia que todos os jogos dos Etíopes foram e serão cancelados e eles ocupavam o terceiro lugar na sua chave, que tinha Marrocos, Mauritânia e Ruanda, onde se classificavam apenas dois para a etapa seguinte.
Apenas para constar, a Eritréia, vizinha da Etiópia, também foi eliminada ou desistiu em outra chave.
Conversei, por telefone, com minha conselheira, dona Yukiko, e ela respondeu que a medida poderia abrir perigosos precedentes.
Podem ser eliminados da copa do Mundo vários países que não elegem presidentes.
A China, a Coréia do Norte, a Líbia entre outros e que a Copa poderia se tornar um fracasso de renda e público.
Expliquei a ela que a eleição era de presidente da Federação de Futebol.
Dona Yukiko me perguntou se na Confederação de Futebol do braziu tem eleição, porque tem o mesmo presidente há tantos anos e se houve eleições para sua prorrogação no cargo, pois seu mandato acabou em 2007 e foi “esticado” até 2014.
Gaguejei, desliguei e liguei para o conselheiro da Pininha, o Sr. Takeo...
Sr. Takeo me disse estar muito preocupado com tudo isso, pois somos o país do futebol, podem aplicar a analogia interpretativa e prorrogar a presidência do braziu, sem eleições.
Aí fui firme na resposta:
Não! Isso não acontecerá. A FIFA nos excluiria da Copa, esquecendo-me que a próxima Copa de 2014 será no braziu, se tivermos estádios ainda de pé.
Afinal a Fonte Nova, em Salvador, está desabando, a Fazendinha não comporta a abertura da Copa, o Pacaembu vive fechado, entre outros.
E o braziu não é a Etiópia, finalizei.Lá há milhões de pessoas que passam fome.
Claro que não, emendou o Takeo. Eles levaram 22 atletas para as Olimpíadas de Pequim e ganharam QUATRO medalhas de ouro e SETE no total. Nós levamos 277 atletas e ganhamos três de ouro e quinze no total.
Fiquei bravo e lhe respondi:
Takeo, tem mais, deus é brazileiro, somos pentacampeões mundiais de futebol. Não vão se meter com a gente.
Takeo se conformou:
Se você está dizendo, vou acreditar, mas que é uma injustiça excluir só a Etiópia da Copa porque não faz eleições na sua federação de futebol, lá isso é.
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11 setembro 2008
O APOCALIPSE?
O APOCALIPSE E O ACELERADOR DE PARTICULAS?
O mundo está vendo ou pagará para ver o que acontece quando há a aceleração de partículas e as primeiras colisões frontais de partículas com velocidade próxima à da luz, ou seja, quando serão recriados os instantes posteriores ao Big Bang, o momento sonhado pelos cientistas, mas temido por aqueles que acham que levará ao fim do mundo.
A experiência, considerada a maior do século vinte (e vinte e um, até aqui), tentará reproduzir o fenômeno da teoria do Big Bang.
Alô...
Yukiko?
O que é Big Bang?
Acho que não é aquele relógio de Londres, não. Aquele é o “Big Ben”
Então você não sabe?
Ah!
É claro, você, um leitor esclarecido que é, já deve saber e mandar-me-á explicações, pois eu e acho que boa parte da população não sabe e nem tem idéia de sua utilidade.
Confesso minha ignorância. Na infância ainda existia o livro dos porquês do Tesouro da Juventude e poderia me esclarecer, senão o que é o Big Bang, mas qual sua utilidade prática para a população do Burundi ou do Congo, por exemplo.
Lá também há muita fome.
Não de saber o efeito Big Bang, mas fome mesmo. Mas deve ser do interesse deles, porque a seguir a notícia informa que querem reproduzir o efeito do Buraco Afro-descendente.
Diz a noticia que existe um tal de LHC – Grande Colisor de Hádrons – ajudou? -que custou US$ 5,64 bilhões e irá descobrir hipotético Bóson de Higgs.
Alô, Yukiko?
Éssa é fácil...
Bóson de Higgs é a "partícula de deus" e seria a partícula atômica número 25, após as 24 já constatadas.
Isso eu entendi... A 25 vem depois da 24.
Não entendeu ainda o que é Bóson?
Tenha a paciência.
Simples.
Acreditava-se que os átomos fossem a unidade indivisível da matéria. Depois, que o próprio átomo era resultado da interação de partículas ainda mais fundamentais. Encontraram os quarks e léptons, férmions e bósons, são 16 partículas fundamentais: 12 partículas de matéria e 4 partículas portadoras de força.
Entendeu?
Pois, é...
Descobrir o Bóson de Higgs, a única peça que falta para montar o quebra-cabeças que explicaria a "materialidade" do nosso universo. A Partícula de Deus
É por isso que se coloca tanta fé na Partícula de Deus. Ela poderia explicar a massa de todas as demais partículas. O próprio Bóson de Higgs seria algo como um campo de energia uniforme. Ao contrário da gravidade, que é mais forte onde há mais massa, esse campo energético de Higgs seria constante. Desta forma, ele poderia ser a fonte não apenas da massa da matéria ordinária, mas a fonte da própria energia escura.
Tóin....
Foi o barulho do choque de meus dois neurônios contra a dura máter...
Os cientistas se dizem muito felizes com a possibilidade de saber de onde viemos e para onde vamos.
Pobres ignorantes que não sabem nem de onde vieram.
Gazetearam as aulas de biologia.
Vai ver acreditam em cegonhas!
E que quando morrerem, se foram bonzinhos vão para o céu e maus para o inferno.
Alegam os sábios que em dois ou três anos saber-se-á se a teoria está correta ou não. Talvez, nos depararemos com um mundo todo novo, que exigirá novas teorias, novos equipamentos e novas descobertas.
E se deus – digo o bóson - não existir? Todo o trabalho foi perdido?
Não!
Um trabalho científico nunca é perdido.
Basta ver que descobriram o Viagra a partir de medicamentos para hipertensão e “angina pectoris”.
??????
Agora que você já está devidamente informado sobre a utilidade prática do LHC, do bóson, sinta-se aliviado.
O experimento pode repetir o efeito do buraco negro e ocasionar o fim do mundo.
Aos que crêem , terão o privilégio de assistir em vida (?) o julgamento final do apocalipse.
Se entenderam o parágrafo anterior, entenderam todo o texto, porque eu não entendi o que escrevi e nem para que serve o experimento fantástico..
Só sei que se vovó fosse viva, diria que esse pessoal está brincando com fogo e quem brinca com fogo faz xixi na cama.
Se o tal do buraco negro não engolir a cama.
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09 setembro 2008
JESUS JEJUOU OU COMEU MEU PÃO?
Costumo fazer compras em um pequeno mercado próximo a minha casa.
Uma pela facilidade e pelo pequeno consumo que faço.
Não compensa pesquisar preços, coisa que muito fiz quando tinha filhos pequenos.
Outra para prestigiar pequenos comerciantes, que afinal de contas são os que mais empregam e ainda temos um atendimento personalizado.
Assim para o pequeno consumo de dia a dia ando duas quadras e trago as compras em sacola de vime.
Estou quase mudando de idéia.
Compro habitualmente pães, frios, cerveja em garrafa de 600 ml. (ainda existem) e outras coisinhas mais.
Essas "outras coisinhas mais" lembram o nome de meu livro de poesias.
Comprem antes que acabe a primeira edição, que por sinal está sendo muito bem aceita...
Onde estava?
Estava tomando meu remédio para memória...
Lembrei...
Estava no mercadinho...
O senhor pesa os pãezinhos e me dê um quarto de queijo prato (um quarto é o mesmo que duzentas e cinqüenta gramos) e duzentas de presunto magro, por favor..
Só tem o pãozinho.
E o que eu coloco no recheio (pensei, mas não falei).
Serve mortadela? - perguntou-me o balconista.
Pesei o pão, agradeci e fui embora.
Isso foi a cena de ontem...
Hoje tentei de novo...
Cadê o pão? – perguntei.
Acabou...
Então me pesa um quarto de queijo e duzentos de presunto.
Só tem muçarela.
Não sei se ele falou certo, mas é muçarela mesmo...
Ou mozzarela...
Não aceitem mais pizza de muzzarela.
É falsa.
Chinesa.
Para evitar confusões, peço “dois queijos”.
Não tem pão, nem queijo prato?
Não.
Esqueci de falar que o balconista ouve música gospell o dia inteiro, em alto e bom som.
Tocava um refrão “jesus está aqui, jesus está aqui.”
Fiquei conversando com meus zíperes.
Pela falta dos produtos, ou jesus estava ali para ficar quarenta dias jejuando.
Ou comeu todo o queijo prato e os pãezinhos, sem multiplicá-los.
De minha parte, comprei os produtos na padaria da outra esquina.
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08 setembro 2008
APOSTOLOS DE PEDRO COMPLETA UM ANO
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UM ANO DE BLOGUI
Há um ano, a frase “ESTÃO ROUBANDO A ÚNICA COISA SERIA DO BRAZIL”, inaugurava o Blogui.
As coisas não parecem ter mudado muito.
Dercy Gonçalves, de quem falei no 100º blog faleceu.
Entretanto, no geral, o Braziu continuou descendo a ladeira e o Manto Sagrado que também desceu para a Série B, já foi jogar em Barueri, mas está voltando para a série A.
O Manto é tão importante para a economia brazileira, que até Vênus Platinada mudou a programação.
Não se chegou, todavia, a conclusão alguma sobre o dinheiro que sumiu dos cofres lá da Fazendinha.
Continuam metendo a mão no dinheiro do INSS.
A BANCOOP continua com suas obras paradinhas, paradinhas não entregando imóvel algum e sendo acionada na Justiça por seus cooperados.
Prenderam e soltaram colarinhos brancos.
Como deuz é brazileiro, a cada falcatrua descoberta no governo ou crise ameaçando, brota um poço de petróleo em mares brazileiros. Pelo nosso histórico, vai ter muita poluição nas praias.
Notícia boa é que acabou a CPMF. Mas os impostos continuam aumentando.
Notícia ruim é que a Marta Favre tem chance de voltar à prefeitura de São Paulo.
Falando em caos, a Bovespa despencou.
Nosso relaxante e gozoso caos aéreo continuou, mas voando baixo Rubinho chegou ao pódio.
Fomos um fracasso nas Olimpíadas.
Rodopiamos, perdemos a vara e caimos de bunda.
A Argentina foi bicampeã olímpica.
LuLLa disse que o jogador brazileiro devia agir igual ao argentino e foi mandado para aquele lugar pelo goleiro da seleção.
Até o Dunga, que era o anão mudo, disse que tem muito fedapê falando mal da seleção.
Sem preocupações. Tudo vai terminar em pizza.
Uma ótima leitura para depois da pizza?
Lancei meus livros.
Comprem para eu poder lançar os próximos.
Se não comprarem, lançarei pragas no dia de Halloween.
Entre as maldades, encherei sua caixa postal com fotos da Marisa de chapeuzinho no desfile militar.
Se eu tiver disposição e leitores, continuarei escrevendo, porque assunto não falta neste "braziu varemnós".
E olhem que nem estou falando das eleilões. Eleilões mesmo, porque no braziu ainda se compra votos.
Soninha quem disse.
Obrigado aos leitores, em especial ao Enio que me incentivou a fazer o blog e prestigiou neste ano...
E muita calma e paciência nesta hora...
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05 setembro 2008
LEMBRANÇAS DO BRASILIO MACHADO
(crônica de Pedro Galuchi)
Não pretendo fazer homenagem piegas, nem recompor diário de estudante.
Apenas umas pequenas lembranças.
Descobri recentemente, e sujeito a confirmação, ser o primeiro, senão o único aluno a estudar onze anos consecutivos, sem reprovação, no Colégio Brasílio Machado, no prédio da Rua Afonso Celso, 311
Em 1962, ingressei, às escondidas e sem matrícula oficial porque a classe estava lotada e eu não tinha sete anos, no Curso Primário Anexo ao Colégio Estadual e Escola Normal Brasílio Machado.
A gravatinha dos meninos e o vestidinho das meninas tinham a logomarca CEEN, que cheio de vergonha, dizia-se ser Cuidado! Estou Esperando Namorado ou, pior, Nenê.
De óculos, calças curtas e cabelinho cortado só a franjinha – igual o Ronaldinho, outrora fenômeno – já estava alfabetizado e caí nas graças da professora Coraly Nunes.
Logo a diretora, dona Creuza, regularizou minha situação.
Modéstia a parte, até porque a modéstia é minha segunda virtude, logo após a primeira, que é a pequena somatória de todas as outras, fui um dos melhores alunos não só na primeira série.
Sabia ler tudinho o que estava escrito na Cartilha Caminho Suave, da Branca Alves de Lima e tabuada tirava de letra.
Depois foi fácil, acho.
Entre uma brincadeira e outra no pátio, ia passando de ano.
Donas Lourdes, Geny, Isabel, Luiza, professoras das séries seguintes onde andarão?
Tínhamos tratamento dentário com o Dr. José Carlos, as normalistas faziam teatrinhos conosco.
Ganhávamos medalhas por bom comportamento e por fazer a lição de casa.
Lembro que um dia não tirei uma nota cem, porque estava com pressa e obviamente seis vezes oito se tornaram setenta e dois.
Depois o exame de admissão.
Que medo!
Qual o quê?
Lá estava eu, magrinho e pequeninho no meio de um monte de marmanjão, cheio de orgulho por usar calça comprida e estar num dos cinco melhores colégios de São Paulo.
Se me lembro eram o Caetano de Campos (Praça da Republica), o Presidente Roosevelt, o Alberto Levy (Indianópolis), o Brasilio e o Zuleika de Barros (Sumaré).
Professor Margarido, diretor da escola, em 1966, decidiu transferir todos os meninos e tive que estudar lá longe na Rua dona Julia, na extensão instalada no Marechal Floriano, onde se “entrava burro e saia baiano”.
O prédio da Afonso Celso ganhou o apelido de Convento.
Um ano de batalha dos pais e estávamos, os melhores alunos da extensão, de volta ao prédio central.
Uma classe só de meninos, no período da manhã.
Naquela época não havia classes mistas no Ginásio.
Segunda série do Ginásio, meu primeiro exame final.
Não consegui fazer os 49 pontos em Ciência e tive que decorar todos os 108 ossos do corpo humano.
Devem ter descoberto mais, mas felizmente eram só 108 naquela época.
O perônio virou fíbula, mas lembro do osso hióide e do músculo esterno-cleido-mastóideo até hoje.
O professor Antonio judiou da gente.
Aprendia-se taquigrafia, espanhol e francês. O Latim já havia sido excluído.
As meninas tinham puericultura e artes.
Aulas de música.
Quarta série do ginásio, outra decisão difícil.
Cientifico, clássico ou normal?
Justamente no meu ano o clássico e o científico se fundiram, o curso primário foi suprimido e os alunos que sobraram da limpeza feita pelos professores, deu num pinguinho de meninos no primeiro colegial em 1971, no Instituto de Educação Brasilio Machado.
Explico.
Era época do estêncil e um professor mais avançado já se valia da cópia heliográfica.
O funcionário da copiadora era amigo de um aluno e passava as provas para ele e este distribuía para seus amigos.
Os alunos mais bagunceiros da classe íam bem nas provas, enquanto os quietinhos, inocentes, tiravam notas abaixo da média.
A trama foi descoberta no dia que o professor disse que as cópias não tinham ficado prontas e iria passar as perguntas na lousa e ouviu alguém falar baixinho: “A prova está diferente!”
Esclarecida a situação foi feita a “limpeza étnica” pelo conselho de classe que reprovou a turma de falsários e convidou-os a se transferirem compulsoriamente.
Assim, os poucos adolescentes que sobraram, uniram-se a alguns que aguardavam na fila uma matrícula no Brasilio e às meninas que queriam estudar de manhã.
Irresistível dizer que a piada era que elas estudavam de manhã para ajudarem as mães a lavar roupa e cuidar da casa à tarde.
Namoricos, paqueras, festivais de música e o colegial passou voando.
Vestibular, todo mundo seguindo sua vida e se afastando do Brasilio.
Estarão vivos os professores?
Por onde andará o palmeirense professor Clóvis Alcides Campolli, cujo trabalho me influenciou a seguir para a Educação Física, quando todos achavam que eu seria engenheiro ou médico e diziam: “Educação Física, mas você é tão inteligente?”
O Professor Helio dos Anjos Menegon sei que se aposentou e continua indo quase diariamente, até a Escola Estadual Brasilio Machado. Certo dia, deu-me uma advertência e mandou-me para a diretoria porque me viu entrando pela janela.
Não acreditou quando disse que tinha ido pegar a bola que havia caído no telhado.
Só no dia seguinte tudo se esclareceu quando pedi ao Clovão que falasse com ele e limpasse minha barra.
Poderia descrever os teoremas da Professora Graciosa e o dia em que sua irmã, a professora Erina (Geografia), rasgou as provas de todos que haviam feito cola nas carteiras e obrigou a raspá-las com vidro e envernizar tudo.
Escapei dessa...
Minha cola estava na lousa lateral.
Agora, se não gostaram da descrição e do texto, culpem, em parte, os professores Mariano e Amílcar Martins Varanda, apesar da “chatice” deste ao conferir se tínhamos feito a lição de casa no caderno brochura com capa de plástico, onde não podíamos arrancar páginas e encher a paciência com as conjunções sindéticas, subjuntivas que tínhamos de saber sem alternativas, senão que se fazer.
O que e o se tinham dezenas de funções e a nossa função era estudar.
Ele me despertou o interesse pelos sonetos simbolistas e pela escrita em geral.
Azar ou sorte de vocês que leram umas pequenas passagens de minha vida em onze anos que passei por lá.
No Curso Primário Anexo ao Colégio Estadual e Escola Normal Brasilio Machado.
Está certo o cabeçalho, professora?
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Publicado também no site São Paulo Minha Cidade
http://www.saopaulominhacidade.com.br/list.asp?ID=2074
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Não pretendo fazer homenagem piegas, nem recompor diário de estudante.
Apenas umas pequenas lembranças.
Descobri recentemente, e sujeito a confirmação, ser o primeiro, senão o único aluno a estudar onze anos consecutivos, sem reprovação, no Colégio Brasílio Machado, no prédio da Rua Afonso Celso, 311
Em 1962, ingressei, às escondidas e sem matrícula oficial porque a classe estava lotada e eu não tinha sete anos, no Curso Primário Anexo ao Colégio Estadual e Escola Normal Brasílio Machado.
A gravatinha dos meninos e o vestidinho das meninas tinham a logomarca CEEN, que cheio de vergonha, dizia-se ser Cuidado! Estou Esperando Namorado ou, pior, Nenê.
De óculos, calças curtas e cabelinho cortado só a franjinha – igual o Ronaldinho, outrora fenômeno – já estava alfabetizado e caí nas graças da professora Coraly Nunes.
Logo a diretora, dona Creuza, regularizou minha situação.
Modéstia a parte, até porque a modéstia é minha segunda virtude, logo após a primeira, que é a pequena somatória de todas as outras, fui um dos melhores alunos não só na primeira série.
Sabia ler tudinho o que estava escrito na Cartilha Caminho Suave, da Branca Alves de Lima e tabuada tirava de letra.
Depois foi fácil, acho.
Entre uma brincadeira e outra no pátio, ia passando de ano.
Donas Lourdes, Geny, Isabel, Luiza, professoras das séries seguintes onde andarão?
Tínhamos tratamento dentário com o Dr. José Carlos, as normalistas faziam teatrinhos conosco.
Ganhávamos medalhas por bom comportamento e por fazer a lição de casa.
Lembro que um dia não tirei uma nota cem, porque estava com pressa e obviamente seis vezes oito se tornaram setenta e dois.
Depois o exame de admissão.
Que medo!
Qual o quê?
Lá estava eu, magrinho e pequeninho no meio de um monte de marmanjão, cheio de orgulho por usar calça comprida e estar num dos cinco melhores colégios de São Paulo.
Se me lembro eram o Caetano de Campos (Praça da Republica), o Presidente Roosevelt, o Alberto Levy (Indianópolis), o Brasilio e o Zuleika de Barros (Sumaré).
Professor Margarido, diretor da escola, em 1966, decidiu transferir todos os meninos e tive que estudar lá longe na Rua dona Julia, na extensão instalada no Marechal Floriano, onde se “entrava burro e saia baiano”.
O prédio da Afonso Celso ganhou o apelido de Convento.
Um ano de batalha dos pais e estávamos, os melhores alunos da extensão, de volta ao prédio central.
Uma classe só de meninos, no período da manhã.
Naquela época não havia classes mistas no Ginásio.
Segunda série do Ginásio, meu primeiro exame final.
Não consegui fazer os 49 pontos em Ciência e tive que decorar todos os 108 ossos do corpo humano.
Devem ter descoberto mais, mas felizmente eram só 108 naquela época.
O perônio virou fíbula, mas lembro do osso hióide e do músculo esterno-cleido-mastóideo até hoje.
O professor Antonio judiou da gente.
Aprendia-se taquigrafia, espanhol e francês. O Latim já havia sido excluído.
As meninas tinham puericultura e artes.
Aulas de música.
Quarta série do ginásio, outra decisão difícil.
Cientifico, clássico ou normal?
Justamente no meu ano o clássico e o científico se fundiram, o curso primário foi suprimido e os alunos que sobraram da limpeza feita pelos professores, deu num pinguinho de meninos no primeiro colegial em 1971, no Instituto de Educação Brasilio Machado.
Explico.
Era época do estêncil e um professor mais avançado já se valia da cópia heliográfica.
O funcionário da copiadora era amigo de um aluno e passava as provas para ele e este distribuía para seus amigos.
Os alunos mais bagunceiros da classe íam bem nas provas, enquanto os quietinhos, inocentes, tiravam notas abaixo da média.
A trama foi descoberta no dia que o professor disse que as cópias não tinham ficado prontas e iria passar as perguntas na lousa e ouviu alguém falar baixinho: “A prova está diferente!”
Esclarecida a situação foi feita a “limpeza étnica” pelo conselho de classe que reprovou a turma de falsários e convidou-os a se transferirem compulsoriamente.
Assim, os poucos adolescentes que sobraram, uniram-se a alguns que aguardavam na fila uma matrícula no Brasilio e às meninas que queriam estudar de manhã.
Irresistível dizer que a piada era que elas estudavam de manhã para ajudarem as mães a lavar roupa e cuidar da casa à tarde.
Namoricos, paqueras, festivais de música e o colegial passou voando.
Vestibular, todo mundo seguindo sua vida e se afastando do Brasilio.
Estarão vivos os professores?
Por onde andará o palmeirense professor Clóvis Alcides Campolli, cujo trabalho me influenciou a seguir para a Educação Física, quando todos achavam que eu seria engenheiro ou médico e diziam: “Educação Física, mas você é tão inteligente?”
O Professor Helio dos Anjos Menegon sei que se aposentou e continua indo quase diariamente, até a Escola Estadual Brasilio Machado. Certo dia, deu-me uma advertência e mandou-me para a diretoria porque me viu entrando pela janela.
Não acreditou quando disse que tinha ido pegar a bola que havia caído no telhado.
Só no dia seguinte tudo se esclareceu quando pedi ao Clovão que falasse com ele e limpasse minha barra.
Poderia descrever os teoremas da Professora Graciosa e o dia em que sua irmã, a professora Erina (Geografia), rasgou as provas de todos que haviam feito cola nas carteiras e obrigou a raspá-las com vidro e envernizar tudo.
Escapei dessa...
Minha cola estava na lousa lateral.
Agora, se não gostaram da descrição e do texto, culpem, em parte, os professores Mariano e Amílcar Martins Varanda, apesar da “chatice” deste ao conferir se tínhamos feito a lição de casa no caderno brochura com capa de plástico, onde não podíamos arrancar páginas e encher a paciência com as conjunções sindéticas, subjuntivas que tínhamos de saber sem alternativas, senão que se fazer.
O que e o se tinham dezenas de funções e a nossa função era estudar.
Ele me despertou o interesse pelos sonetos simbolistas e pela escrita em geral.
Azar ou sorte de vocês que leram umas pequenas passagens de minha vida em onze anos que passei por lá.
No Curso Primário Anexo ao Colégio Estadual e Escola Normal Brasilio Machado.
Está certo o cabeçalho, professora?
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04 setembro 2008
SÓ QUERIA UMA CALCINHA...
JEANS BÁSICA
(crônica de Pedro Galuchi)
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Na foto a calça jeans mais cara do mundo. Custou a algum colecionador a bagatela de US$ 36.099,00.Trata-se de uma calça jeans Levi’s modelo 201 feita na década de 1890, e encontrada recentemente dentro de uma mina no deserto de Mojave, na Califórnia.-------------------------------------------------------------
Minha mulher já estava implicando com minhas duas calças jeans que andavam sozinhas e faziam aquela carinha triste quando não saiam comigo.
Pois bem, só porque uma descosturou no cavalo – nunca entendi porque chama cavalo se fica perto do... – e outra estava com alguns indícios de que iria puir, fui convencido a comprar outro par.
Tenho aquele hábito de ter sempre três calças.
Duas para usar e outra para conferir se não estou engordando.
O tamanho é um segredo de estado.
Lá fomos nós rumo a loja.
No Brás, claro...
Orient Street, Mary Marcolin Avenue.
Começava a saga de encontrar uma calça jeans básica.
Tentem para ver.
A maioria das lojas só vende atacado.
Acima de oito peças.
Mas não tenho dezesseis pernas.
Coitado do saci...
Maravilha! Consegui achar uma loja que vende no varejo e diz que tem calça básica.
Só para esclarecer o que é uma calça básica.
Aquela cor azul das originais calças “Farwest”, Lee, Lewis, sem detalhes.
Sem lantejoulas, cromados especiais, bolsões carpinteiros, desbotadas...
Interatividade aí, pessoal...
Dessa não trabalhamos.
Como assim? Comprei nesta loja e mostrei a calça padrão que estava usando, contendo o selo da loja.
Está em falta.
Sinceramente já estava me sentindo um Dior, um Armani, um Chanel lançando moda.
Um criador do estilo calça jeans básica.
St. Paul Fashion Week, estou chegando.
Alô, Gisele! Quer desfilar com minhas calças?
Quinze minutos depois, com minha mulher me chamando de conservador, teimoso, avesso a novidades, entre outras coisas mais, achamos uma loja que possuía as maravilhosas calças jeans básicas.
O senhor quer ver outras cores ou de sarja?
Sim, desde que seja jeans básico azul.
Tive que ouvir novamente que é difícil fazer compras comigo.
Ora, pois! Eu só quero uma calça jeans básica azul. É difícil?
Só para evitar um desgaste nos próximos três anos, escolhi e comprei logo três.
Para não dizerem que sou resistente, de modelos e cores diferentes.
Jeans azul básico, jeans básico azul e jeans básico azul um pouco mais claro.
Quase um semi-básico.
Mais alguma coisa, perguntou a moça.
Benhê, posso comprar uma para mim?
O posso comprar é meramente informativo.
Quer dizer, vou descer as prateleiras.
Essa, essa, essa, essa...
Brincadeirinha, a cúmplice não é assim.
Pronto, meia hora depois tudo escolhido.
Enganam-se!
Mais alguma coisa?
Oh! Perguntinha inoportuna...
Há mais mercadorias entre a escolha e o caixa do que pode imaginar nossa vã filosofia.
Benhê...
A zona azul está acabando...
Troquei o cartão...
Mais alguma coisa?
Há mais mercadorias entre o caixa e o pacote do que pode imaginar nossa vã filosofia.
E sempre há uma mercadoria que não havia visto.
Alguém pode me dizer, justificadamente, porque uma calça jeans feminina custa mais que uma masculina se leva menos pano.
Desenho, modelito, miçangas...
Interatividade, interatividade...
Mas, e uma bermudinha?
Ham... Ah... É...
Minha missão estava completa...
Quase...
Faltava comprar só...
E eu só queria uma calça jeans básica...
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03 setembro 2008
O QUE É ISSO, MAJOR?
As palavras de Luiz Inácio, o ícone da estrelinha vermelha comparando a Petrobrás à mãe, não sei por que, lembrou-me uma anedota que se contava à época da repressão militar sobre a inteligência e discernimento de um presidente.
Diz a lenda, que ele queria se manter informado de tudo que acontecia no “braziu varemnós” para exaltar o milagroso desenvolvimentismo que ocorria como nunca se tinha visto antes...
Tudo ele perguntava ao Major, seu ajudante de ordens.
Não viajava tanto quanto o atual burgomestre, mas saía bastante de carro, preferencialmente pela Capital Federal e Cidade Maravilhosa.
É bom lembrar que um antecessor seu morreu em acidente de aviação.
Se bem que um outro morreria em acidente de carro...
Enfim, para morrer, basta o presidente estar vivo, não é Tancredo?
O general em seus passeios pelas estradas e avenidas, não podia ver uma placa que já mandava a pergunta:
Major, o que significa AVIBRAS?
Indústria Aerospacial, general.
O que ela faz em beneficio do povo brazileiro?
General, a Avibras Indústria Aerospacial é uma companhia brasileira que projeta, desenvolve e fabrica produtos e serviços de defesa. Fica em São José dos Campos.
Está bem... Está bem... Respondia o General que não tinha muita paciência para as explicações...
Major, o que significa SIDERBRÁS?
Siderurgia Brazileira.
O que ela faz em beneficio do povo brazileiro?
General, a SIDERBRÁS é uma holding estatal para o controle e coordenação da produção siderúrgica estatal.
Está bem... Está bem...
Major, o que significa PETROBRAS?
Petróleo do braziu, general...
O que ela faz em beneficio do povo brazileiro?
A Petrobras - Petróleo Brasileiro S/A é uma empresa estatal de economia mista, que atua no segmento de energia, prioritariamente nas áreas de exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e seus derivados no Brasil e no exterior. Fica no Rio de Janeiro.
Está bem... Está bem...
Major, o que significa ELETROBRAS?
Centrais Elétricas Brasileiras S.A, general.
O que ela faz em beneficio do povo brazileiro?
A Eletrobrás é uma empresa de economia mista e de capital aberto sob controle acionário do Governo Federal brasileiro e atua como uma holding, controlando empresas de geração e transmissão de energia elétrica.
Está bem... Está bem...
Major, o que significa TELEBRAS?
Telecomunicações Brazileiras.
O que ela faz em beneficio do povo brazileiro?
TELEBRAS é uma sociedade anônima aberta, de economia mista, que...
Está bem... Está bem...
O major ficava meio farto das indagações, ainda mais porque o general nunca deixava terminar as explicações.
Major, está me chamando a atenção essa tal de EMOBRAS. Tem placas por todos locais. Essa deve fazer muito pelo povo brazileiro.
O significa EMOBRAS, major?
General, EMOBRAS significa...
EM OBRAS...
E segurou o riso como determina a hierarquia.
“Meno male” que nos tempos atuais, podemos rir das diatribes presidenciais.
Mas não sei o que é pior...
Não poder rir ou rir para não chorar...
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Diz a lenda, que ele queria se manter informado de tudo que acontecia no “braziu varemnós” para exaltar o milagroso desenvolvimentismo que ocorria como nunca se tinha visto antes...
Tudo ele perguntava ao Major, seu ajudante de ordens.
Não viajava tanto quanto o atual burgomestre, mas saía bastante de carro, preferencialmente pela Capital Federal e Cidade Maravilhosa.
É bom lembrar que um antecessor seu morreu em acidente de aviação.
Se bem que um outro morreria em acidente de carro...
Enfim, para morrer, basta o presidente estar vivo, não é Tancredo?
O general em seus passeios pelas estradas e avenidas, não podia ver uma placa que já mandava a pergunta:
Major, o que significa AVIBRAS?
Indústria Aerospacial, general.
O que ela faz em beneficio do povo brazileiro?
General, a Avibras Indústria Aerospacial é uma companhia brasileira que projeta, desenvolve e fabrica produtos e serviços de defesa. Fica em São José dos Campos.
Está bem... Está bem... Respondia o General que não tinha muita paciência para as explicações...
Major, o que significa SIDERBRÁS?
Siderurgia Brazileira.
O que ela faz em beneficio do povo brazileiro?
General, a SIDERBRÁS é uma holding estatal para o controle e coordenação da produção siderúrgica estatal.
Está bem... Está bem...
Major, o que significa PETROBRAS?
Petróleo do braziu, general...
O que ela faz em beneficio do povo brazileiro?
A Petrobras - Petróleo Brasileiro S/A é uma empresa estatal de economia mista, que atua no segmento de energia, prioritariamente nas áreas de exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e seus derivados no Brasil e no exterior. Fica no Rio de Janeiro.
Está bem... Está bem...
Major, o que significa ELETROBRAS?
Centrais Elétricas Brasileiras S.A, general.
O que ela faz em beneficio do povo brazileiro?
A Eletrobrás é uma empresa de economia mista e de capital aberto sob controle acionário do Governo Federal brasileiro e atua como uma holding, controlando empresas de geração e transmissão de energia elétrica.
Está bem... Está bem...
Major, o que significa TELEBRAS?
Telecomunicações Brazileiras.
O que ela faz em beneficio do povo brazileiro?
TELEBRAS é uma sociedade anônima aberta, de economia mista, que...
Está bem... Está bem...
O major ficava meio farto das indagações, ainda mais porque o general nunca deixava terminar as explicações.
Major, está me chamando a atenção essa tal de EMOBRAS. Tem placas por todos locais. Essa deve fazer muito pelo povo brazileiro.
O significa EMOBRAS, major?
General, EMOBRAS significa...
EM OBRAS...
E segurou o riso como determina a hierarquia.
“Meno male” que nos tempos atuais, podemos rir das diatribes presidenciais.
Mas não sei o que é pior...
Não poder rir ou rir para não chorar...
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02 setembro 2008
O VELHO QUE LIA NO BAR
Vejo-o há mais de trinta anos.
Não é recíproco.
Nem deve notar minha existência.
Diz a lenda, era funcionário de uma estatal e há muitos anos é aposentado.
Se tem família, esposa ou filhos ignoro.
Mora num predinho de dois andares e sai todos os dias com um livro embaixo do braço.
Sua caminhada sempre foi curta.
A parada era uma padaria, hoje fechada, localizada a menos de cinqüenta metros de sua casa.
Sentava-se numa das mesinhas, pedia um cerveja e abria o livro.
Livros grossos. Uma vez estava com um Dostoiesvky.
Que inveja!
Nunca o vi lendo um jornal.
Nunca incomodou ninguém.
Nunca o vi conversando com qualquer pessoa, exceto ao levantar o dedo e pedir mais uma cerveja ou um sanduíche ou perguntar quanto era a conta, antes de assinar a dívida no caixa.
Remanescente dos tempos finais do fiado e da caderneta deve ser um dos últimos a ter esse tipo de crédito no bairro.
Dá a impressão que a única mudança capital nestes tempos foi o fechamento da padaria.
Mudou de calçada.
Foi alojar-se num barzinho de esquina.
Primeiro sentava-se numa mesinha do fundo, agora ocupa a mesa mais próxima do balcão.
Alguns dias paro para observá-lo.
Agora também tenho todo o tempo do mundo para fazer qualquer coisa.
Ele parece não desviar os olhos do livro e nem parar a leitura sequer quando beberica o copo, morde o sanduíche ou coloca o garfo na boca.
Sempre lá.
Pela manhã, à tarde, à noitinha.
Sempre lendo.
Diria que ele altera significativamente a estatística da média de livros "per capita" lidos no braziu.
Quanta sabedoria deve ter guardado dentro de si?
Com quem a divide?
Quem passa rápido, quase nada diferente notará nele.
Já era totalmente careca, gordo, passos lentos.
Pelo meu espelho, ele envelheceu bastante.
Já deve ter mais de oitenta anos.
Talvez poucos percebam sua ausência no dia em que se for.
Mereceria uma estátua, perpetuando sua figura lendo na mesa de um bar.
Semelhante a que João Rubinato (Adoniran) ganhou no Bixiga e Carlos Drumond de Andrade em Copacabana.
Se não compôs como Adoniran, nem escreveu como Drumond, deve ser uma das pessoas que mais leram.
Pelo menos dentre as que conheci.
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Não é recíproco.
Nem deve notar minha existência.
Diz a lenda, era funcionário de uma estatal e há muitos anos é aposentado.
Se tem família, esposa ou filhos ignoro.
Mora num predinho de dois andares e sai todos os dias com um livro embaixo do braço.
Sua caminhada sempre foi curta.
A parada era uma padaria, hoje fechada, localizada a menos de cinqüenta metros de sua casa.
Sentava-se numa das mesinhas, pedia um cerveja e abria o livro.
Livros grossos. Uma vez estava com um Dostoiesvky.
Que inveja!
Nunca o vi lendo um jornal.
Nunca incomodou ninguém.
Nunca o vi conversando com qualquer pessoa, exceto ao levantar o dedo e pedir mais uma cerveja ou um sanduíche ou perguntar quanto era a conta, antes de assinar a dívida no caixa.
Remanescente dos tempos finais do fiado e da caderneta deve ser um dos últimos a ter esse tipo de crédito no bairro.
Dá a impressão que a única mudança capital nestes tempos foi o fechamento da padaria.
Mudou de calçada.
Foi alojar-se num barzinho de esquina.
Primeiro sentava-se numa mesinha do fundo, agora ocupa a mesa mais próxima do balcão.
Alguns dias paro para observá-lo.
Agora também tenho todo o tempo do mundo para fazer qualquer coisa.
Ele parece não desviar os olhos do livro e nem parar a leitura sequer quando beberica o copo, morde o sanduíche ou coloca o garfo na boca.
Sempre lá.
Pela manhã, à tarde, à noitinha.
Sempre lendo.
Diria que ele altera significativamente a estatística da média de livros "per capita" lidos no braziu.
Quanta sabedoria deve ter guardado dentro de si?
Com quem a divide?
Quem passa rápido, quase nada diferente notará nele.
Já era totalmente careca, gordo, passos lentos.
Pelo meu espelho, ele envelheceu bastante.
Já deve ter mais de oitenta anos.
Talvez poucos percebam sua ausência no dia em que se for.
Mereceria uma estátua, perpetuando sua figura lendo na mesa de um bar.
Semelhante a que João Rubinato (Adoniran) ganhou no Bixiga e Carlos Drumond de Andrade em Copacabana.
Se não compôs como Adoniran, nem escreveu como Drumond, deve ser uma das pessoas que mais leram.
Pelo menos dentre as que conheci.
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01 setembro 2008
BOTOX... QUEM É QUEM?
Em tento, tento, tento, mas não dá para não falar de política ou do que correr ao redor...
Eu estou ficando cada dia mais confuso...
Depois que o pessoal da estrelinha vermelha assumiu o poder, deixei de distinguir direito o que é direita e o que é esquerda.
Pensei que fosse de esquerda, mas eu era de direita.
Ou ambidestro.
Sei lá.
Ou não.
Agora estou em pânico.
Ontem jurava que o Lulla estava trepado no caminhão fazendo campanha para a Letícia, que é candidata a prefeita na burguesia de St.Paul.
Disseram-me que não era a italianinha Letícia e sim a sra. Favre.
Endoideci-me...
Apostaria meu último real – literalmente - que era a ex-Suplicy que estava fazendo um “agá” no Hair Fashion Show (sei lá o que é isso).
A nota de rodapé dizia que era a Letícia.
O uso do botox está parecendo aquela publicidade de sabonete dos anos 60.
Duas em cada duas mulheres do governo Lulla-lá usam o botox e ficam iguaizinhas...
Será que ele distingue quem é quem?
Deve ter algum truque, algum sinal secreto.
Por exemplo, a Letícia ficava sempre atrás dele nas fotos.
Tenho notado que a Letícia anda meio desaparecida...
Será que a estão excluindo no photo-shop.
Ou será phot-chart, uma vez estejamos em período de corrida eleitoral?
A Favre “leva ele” à reboque...
Literalmente...
Carreatas, caminhão de trio-elétrico...
Mas a dúvida que não me quer calar é:
Letícia não tem aparecido muito porque Lulla pensa que ela é a Favre e quer distância dela como todos os paulistanos esclarecidos?
Ou Lulla está ficando perto da Favre porque pensa que é a Letícia e quer se reconciliar para ganhar cidadania italiana?
Sei lá.
Uma parece a outra, mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa...
Menos na política e no que vai ao seu redor...
De coisa certa e importante mesmo...
Parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida...
Hoje é aniversário do inconfundível Manto Sagrado.
Festeja, Jorginho!
98 aninhos...
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Nas fotos, Favre embora se diga de esquerda está a direita e Leticia, embora direita está à esquerda.
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