Numa noite, embriagado e em alta velocidade, numa estrada vicinal, o motorista vindo de um churrasco, após uma tarde de descanso, arremete sua vistosa pick up sobre uma simples moto 125CC e mata um jovem e seu filho. Recusa-se ao teste de dosagem alcoólica, enfrenta os policiais, causa crise hipertensiva no delegado, que não faz o boletim de ocorrências. Vai para casa livre, leve, solto.
Noutra estrada, um trabalhador após a noite de trabalho, dorme ao volante ou tem uma falha no caminhão, faz uma ultrapassagem perigosa, bate num ônibus e mata oito pessoas. Logo após, vem outro trabalhador com outro caminhão e mata mais dezesseis.
Vão imediatamente presos.
Os dois fatos igualmente lamentáveis são retratos de um Braziu que vai de mal a pior. Mesmo me perguntando se será possível ser pior depois do desgoverno no Ignácio.
Só de passagem, para não perder a piada, temos de lembrar Barão de Itararé: “Quer conhecer o Ignácio, coloque-o no Palácio.”
”...Pariram Matheus, cuida que o filho é teu, Braziu...”
Acidente por acidente, melhor voltar aos acidentes de automóvel...
Os coitados motoristas dos caminhões foram presos. O acoitado alcoólatra vai responder inquérito administrativo.
Qual a diferença...
O alcoólatra é promotor de justiça... Um desses privilegiados por foro especial...Vai ser julgado por seus pares.
Pergunto aos leitores:
Você queira ser par de um alcoólatra assassino?
Ou de assassino de esposa? - Onde está você Igor?
Ou ainda de assassino de estudante em noite de reveillon?
Os motoristas, não sei se eram afrodescendentes ou se prostituíam, mas certamente eram pobres.
Já o promotor era branco e certamente não era pobre.
Ou se acaba com as saúvas ou elas acabam com o Braziu...
Sugiro que se inclua no dicionário da Língua Portuguesa a variante no verbete Saúva – todos os privilegiados do Braziu...
Chega de privilégios...
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