Cumpade...
Oh! Cumpade...
Acorda, cumpade...
Que foi, homi?
Escapo otro da sua vara...
Cumpade, amanhã num venho pescá...
Pruque?
Vô marcá casório...
Doideceu-se? Ocê já é casado...
Mas eu vô dizê que vô casá ca cumade mesmo...
Ai!... Ai!... Ai!...
Qui é isso, cumpade?
To me beliscano...
Pruque?
Ou ocê doideceu-se ou eu to sonhano... Ocê vai casá ca cumade de novo... Isso é doideira memo... Ocê num qué dizê bodas de prata?
Não, cumpade... Vô marcá casório nas igreja...
Exprica isso...
Ocê promete que consegue prestá atenção na cunversa?
Craro... Pruque ocê ta dizeno isso?
È que levaro sua isca de novo...
Pronto! Tirei a vara da água...
Mió...
Mas conta logo...
Cumpade, eu vi na TV que os noivo num tão conseguindo marcá casório nas igreja mais chique... Tem fila pra mais de ano...
Mais de ano?...
Mais de ano...
Mais de ano dá prá casá, emprenhá e fazê o batizado, sô...
Verdade!
Mas num entendi pruque ocê qué marcá casório...
Oh! Cumpade... Quem perdeu a isca agora fui eu...
Continua a história...
Segura a vara...
Ou seguro a vara ou presto a atenção...
Ta bão... Eu e a cumade vamo marcá casório nessas igreja... Numas vinte...
Prá que homi?
Vô sê cambista de casório... A gente marca o casório e deixa o tempo passá... Despois quando tivé pertinho da data, fico na porta das igreja esperano noivo mais carecido, com nenê apressado... Essas coisa... A gente negocia e vende o dia do casório...
E os padre vai querditá que ocê e a cumade são sortero...
Querdita sim... Digo que sô viúvo...
E vai deixá ocê vendê o dia?
Dô um agrado pro padre...
Cê acha que dá certo?
Vamo tentá...
Posso ir junto e levá a cumade?...
Mió não...
Pruque?
Alguém tem ficá guardano nosso lugá aqui no rio...
Verdade!... Dá a isca...
Tá aqui... Não vamo deixá escapá essa...
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