Não vou fazer nenhuma dissertação gestáltica ou jurídica sobre a teoria da aparência.
Mas que ela incomoda e atrapalha muito, isso lá é verdade real... Ou será virtual?...
Vamos por exemplos que são muito mais deliciosos que a teoria...
Você cruza com aquela gostosona na rua...
Parece uma princesa saída dos contos de Grimm...
Aí, vira a cabeça, muda o caminho, presta atenção e o balanço dos quadris e dos peitões seriam mais o chacoalhar do silicone...
Ao oposto, aquela calça justíssima dando forma ao monte de celulite...
Sem machismo...
Camisas listadas dão uma sensação de magreza aos 50% de gordura excedentes...
E os cabelos levemente grisalhos do sarado quarentão... Puro Grecin...
Você vai comprar no shopping... Loja fina... Liquidação de inverno ou de verão ou de primavera ou de outono ou do seu dinheiro...
Olha a etiqueta da Nike, Lacoste ou outra qualquer...
Hum... “Made in China”...
E feita no Bom Retiro ou no Brás por algum boliviano refugiado...
Só de sacanagem, você pega sua calça jeans mais surrada, camiseta branca e procura atendimento numa repartição pública...
Preferivelmente, algum débito tributário...
O atendente vai atendê-lo com aquele jeitinho meigo, tipo mais um “caloteiro enchendo o saco” e nem olha para você e pede os documentos...
De repente, o atendimento muda... Você mostrou para ele a carteirinha do CREA, do Ministério do Exercito... Se for da OAB então, é um tal de doutor para lá, doutor para cá... Vem até cafezinho... Ruim, mas vem...
Ai, essas aparências...
Nem tudo que é bom parece ruim... Ou será ao inverso...
O governo da estrela vermelha parecia bom... É ruim...
A BANCOOP então... Parecia uma maravilha... Em conseqüência de ser administrada pelo pessoal da estrela vermelha, deu em catástrofe... É péssima...
Já o time do Corinthians... Parece ruim, não?
Contraria até a teoria... É muito ruim, mesmo...
A teoria da aparência não deve ser confundia com a Lei de Murphy...
Naquela se algo vai dar errado, dá mesmo e da maneira pior possível...
Na aparência parece que era bom e não é...
Uma diferença sutil...
Comida de restaurante... Que feijoada deliciosa feita naquela panelinha gordurenta...
Aí, não, né companheiro (ôôôpsss!!!)...
O que os olhos não vêem o coração não sente...
Neste caso o estômago será a primeira vitima a sentir...
Diz o ditado: ”A primeira impressão é a que fica...”
E aquela louca paixão, hoje ex-mulher, deixa-me a impressão final que vai lhe levar até o último centavo... Muito diferente da primeira...
Vejam as Marias Chuteiras, Marias Gasolina, Marias Amantes de Políticos...
Parecem uns doces... Quanta amargura pagar pensão aos filhos de uma noite de verão...
Diz outro ditado: ”Não existe mulher feia... Você é que não bebeu o suficiente...”
É a consumação, você acorda... Passa a ressaca... Acha os ósculos...
Meio adormecido, esfrega os olhos e pergunta: “Você é a faxineira nova?” Que está fazendo aí na cama? Vista-se e vai trabalhar...
Quanta crueldade...
Outro dia passei uma dessas... Estava tratando com o pedreiro na porta de um prédio...
Ele bem vestido, dentro de seus padrões, no estilo “primeira impressão” e eu com minha característica calça jeans surrada e camiseta branca...
Uma senhora nos abordou dirigindo a mim: O senhor é que o pedreiro do prédio?...
Ela se ferrou...
Eu não sabia fazer serviço algum e o pedreiro ficou ofendido por ela achar que pedreiro tem de se vestir mal, teve uma péssima primeira impressão da mulher, pois ele parecia politicamente correto, não gostou da discriminação e não pegou o serviço...
Parece que este assunto não tem fim...
Então chega, por hoje...
30 novembro 2007
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Um comentário:
Já dizia a minha avó que as aparências enganam.
Só que o nosso mundo capitalista-consumista desenfreado valoriza cada vez mais apenas as aparências. O que adianta o conteúdo se o produto (mesmo que o produto seja gente) é descartável?
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