13 novembro 2012
METRÔ ALTERA NOME DE ESTAÇÃO
Por determinação da Portaria 2013/A2 a estação da Linha Vermelha Palmeiras-Barra Funda, passa a ser denominada PALMEIRAS SÓ AFUNDA.
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04 novembro 2012
POSSE ACADEMIA ITANHAENSE DE LETRAS
Convido para posse na Academia Itanhaense de Letras
Dia 10.Nov/12 (Sábado).
Camara Municipal Itanhaém
20h.
http://vidaexpressovida.blogspot.com.br/2012/10/convite.html
Dia 10.Nov/12 (Sábado).
Camara Municipal Itanhaém
20h.
http://vidaexpressovida.blogspot.com.br/2012/10/convite.html
15 setembro 2012
ESPETÁCULOS QUE NÃO SE DEVE PERDER
Para quem gosta de boa arte, até meados de outubro estarão em cartaz quatro espetáculos que devem ser assistidos.
Quatro formatos diferentes de montagem, todas de excelente qualidade.
NEW YORK, NEW YORK - O famoso musical que dispensa maiores comentários está no Teatro Sérgio Cardoso - R. Rui Barbosa, 153 - Tel: 3288-0136. De quinta a domingo.
TEATRO CEGO - O GRANDE VIUVO - Em cartaz no Crisantempo - Rua Fidalga, 521 (V Madalena) - tel: 3819-2287. Aos sábados e domingos. A peça é um conto de Nélson Rodrigues. O diferencial é ser apresentada totalmente no escuro, como se todos na platéia fossem deficientes visuais - três dos artistas são deficientes. Envolve-se a platéia nas sensações dos outros quatro sentidos. Merece ser experimentada.
LUIS ANTONIO-GABRIELA, dirigido por Nelson Baskerville, está no João Caetano - R. Borges Lagoa, 650 (Metrô Santa Cruz) - tel: 5573-3774. Conta a historia do homossexual L.Antonio que desafia as regras sociais da decada de 60. Interessantissima montagem. De sexta a domingo.
A BOLA DA VEZ: PLINIO MARCOS - Em cartaz no Maria Della Costa - R.Paim, 72 - Tel: 3256-9115. Bela homenagem ao escritor maldito censurado nos anos de ditadura. Quintas e sextas às 21h.
NÃO PERCAM, NÃO PERCAM, NÃO PERCAM...
Peraí ...
SÃO QUATRO NÃO PERCAM...
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14 setembro 2012
ACORDO COM BANCOOP - A pior solução
Uma assembléia com oitenta pessoas favoráveis a um acordo com a BANCOOP.
Maioria estrondosa.
E daí?
Podem passar por cima da lei?
Podem exercer o direito de outras pessoas?
Podem representar quem não está na ação civil?
Podem representar quem não está na ação civil?
A “comissão” é apta a comercializar imóveis?
Ora, ora...
Balelas!
As espertas retiradas da BANCOOP das ações servem para duas
coisas:
1 – Livrar a cara dos investigados por estelionato.
2 - Criar cizânia entre os cooperados.
A BANCOOP derrotada sai de cena cambaleante, deixando suas vítimas
se digladiando. Vai para a platéia divertir-se com as batalhas internas para
resolver o golpe que ela causou.
Frases soltas à parte, a situação é prato cheio.
Vamos às batalhas judiciais, com a multiplicação de ações
individuais. Pelo menos 50 pessoas defenderão seu interesse de não pagar nada.
Trinta já estão certas disso.
Quem pagará a parte deles já dissemos. Os “acordantes” que não
querem acordar para a realidade do acordo inócuo e confessarem sua dívida a
nova incorporadora.
O prejuízo será de quem assinar o acordo.
Se havia a propalada “demora” da execução, agora teremos
essa demora multiplicada.
Atentem que a entrega judicial do empreendimento está por um
fio.
Ainda é tempo!
E quem avisa...
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04 junho 2012
ENGASGADO
Pois é!
Sabe gente...
Fica o dito por não dito, meu são Benedito.
Encosta na parede! Deita no chão! Mão na cabeça! Abre as
pernas!
Nada a dizer, não, senhor!
Ah, é? E tome cacetada...
Enquanto isso, lá nos palácios os envolvidos nas maracutaias
gerais do “braziu varemnóes” sussurram, como se nada soubessem:
“Não falo! Não falo! Não falo!”
“Só me abro para o
Juiz!”
“Quero exercer meu direito constitucional!”
Claro, Excelência! O doutor está dispensado.
Peraí! E o meu direito de não ser espoliado por essa raça
sem pedigree?
Têm tantas coisas que dizem ao juiz - de futebol - que eu
queria dizer a essa canalha.
Vou esperar o fim do Mensalão para dizer diretamente ao
chefe. Esse dia está próximo.
Afinal, duendes existem.
Não existem?
Então não saberemos esse segredo de estado?
Os envolvidos estão todos escondidos atrás da poeira da
Cachoeira.
Perguntem, corrigindo-me: Água da Cachoeira, você que dizer?
Não! Eu quis dizer mesmo é outra coisa, que estão tomando
cuidado para não respingar.
Senão haverá muita gente pulando de asa Delta, rolando morro
abaixo e gritando:
Quem foi que inventou o Braziu? Foi Seu Cabral! Foi Seu
Cabral!
Desta vez, sacrificaram Torres para proteger a Dama e salvar
o Rei.
Aos Geraldinos, aqui da arquibancada, só resta gritar,
enquanto deixam:
Braziu! Independência ou Morte!
Morte?
Causa mortis: Engasgo de ossos de falcatruas (ave símbolo da
pátria amada).
A cigana jura que está escrito nas estrelas.
Mas, sabe gente...
Fica o dito por não dito, meu são Benedito.
Pois é!
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03 fevereiro 2012
SEMPRE IGUAL... NUNCA MUDA...
Às vezes, para não dizer sempre, nem nunca, dizem que fico mal humorado.
Sempre me dizem isso, mas nunca concordo, e, como é óbvio aos modestos, sempre tenho razão.
Nunca discuta isso.
Meu grilo falante é meio fofoqueiro e sempre me provoca. Nunca dei muita atenção a ele. Mas, ele garante que também andam dizendo que estou caducando.
Nunca escutei falarem isso perto de mim. Entretanto, sempre é bom desconfiar, ainda que a racionalidade, sempre costumeira, de meus textos comprovar o contrário, à semelhança de um litotes.
Tais fofocas devem ser decorrentes de quase sempre me estrepar nas estripulias que cismam sempre dizer que faço. Ou levo a culpa desde criança. Também, pudera. Nunca escutava minha mãe sempre a recomendar para eu tomar cuidado.
Outra coisa que ela sempre dizia é que era necessário estudar para crescer na vida e, perdoem-me a humilde modéstia e sinceridade, é claro, como sempre acontece, nunca fazia isso, mas sempre passava de ano.
A cada 365 dias, eu e todos os demais passávamos de ano.
Quase sempre assim.
Às vezes, coincidentemente sempre nos anos de Jogos Olímpicos, o dia 28 de fevereiro ficava de segunda época e tinha que repetir.
Sempre foi assim, não foi?
Claro que não!
Tudo começou quando Gregório XIII, também apelidado – sempre tem um apelido – de Gregório Chiiiiiiiii, que humildemente, como sempre cabe a nós, os magnânimos, batizou o seu calendário de calendário GregoriAno.
Feliz com o fato, saiu, como sempre fazia, cantando como nunca pelos corredores do Vaticano.
As datas são mais ou menos precisas. Afinal, diz a lenda, o calendário de Chiiiiii foi oficializado em 24 de fevereiro de 1582. Então, como sabermos corretamente datas anteriores, “vg”, como o dia do achamento do braziu, da América, et coetera, et coetera, et coetera?
Nunca saberemos ao certo, certo?
E pensar que sempre tirava notas baixas, porque nunca acertava, ou sempre errava as datas que o professor de história me perguntava.
O astuto leitor deve estar encafifado como sempre. Questionando como nunca meus conhecimentos.
Foi apenas uma pegadinha. Como sempre é a desculpa dos mestres quando erram.
Gregório Chiiii nunca cantou nos corredores do Vaticano. Cantava sempre, mas no Palácio de Latrão onde os papas ficavam de 313 d.C (calendário Juliano) até 1929 d.C.(calendário Gregoriano), quando criaram o Vaticano.
Não! Nunca desejei confundir o leitor.
È exatamente assim.
O calendário gregoriano alterou todas as datas anteriores, estabelecidas pelo calendário Juliano do Julio César em 46 a.C.
Verbi gratia, para o Juliano, Fevereiro tinha 29 ou 30 dias.
Sempre achei fosse porque o César gostasse muito de Carnaval, para esconder suas atrocidades, mas nunca tive certeza.
En passant (galicismo), uma pequena observação, apenas para confundir e desviar a atenção do que sempre importa...
Sempre (quase) me perguntam por que uso “vg”, ao invés de “p.ex”., isto.é “verbi gratia” (latinismo ou romantismo?), no lugar de “por exemplo” como sempre fazia até descobrir que os “vgs” dos textos jurídicos nunca significaram vírgula, como sempre achei.
Aí, passei sempre a escrever assim.
Uns dizem que é Direito demais, outros que é errado.
Nunca todos concordam. Sempre tem um do contra.
Isto é, quase sempre...
Aprendi, em minhas análises – psiquiátricas e não sintáticas - que nunca, como sempre fazemos, devemos dizer que algo ou uma pessoa sempre é assim, nunca é assim.
Assim é assim e “pf”. Este “pf” é minúsculo, uma vez signifique ponto final. Prato feito de boteco deve sempre ser escrito PF maiúsculo.
Que foi grilo-falante?
Ah! Como sempre, estou esquecendo de algo. Hoje é aniversário de quem? Nunca me lembro de aniversários.
Mas sempre me lembro que nunca lembrava de pagar minhas contas no dia certo. Até seguir os conselhos de um senhor que garantia que quase nunca esquecia de nada. Passei a usar um calendário gregoriano que ganhei do Sr. Juliano, gerente do banco, e que está sempre caído (o calendário) no chão perto da escrivaninha.
Não que eu marque qualquer data de vencimento das contas.
Nunca me lembraria de fazer isso.
Já pensaram no trabalho que dá, “vg”, escrever no dia 01 “pagar conta de Luz”, no dia 10 “pagar conta de água”, no dia 15 “pagar telefone” e assim até o dia 20, quando sempre parei de pagar qualquer conta, porque nunca sobra dinheiro.
Salário sempre acaba antes do mês.
Querem saber como marco o calendário?
Simples solução, como sempre convém a grandes problemas.
Fiz um carimbo e coloco em todos os dias: “Veja se hoje não tem conta ou imposto a pagar”.
Aí, abro a gaveta e confiro.
Genial, não?
Como sempre.
Nunca tinham pensado nisso, falem a verdade.
Calma! Agüenta aí! Estou concluindo.
Sempre me ensinaram que a conclusão tem sempre que confirmar a tese apresentada no início do texto.
Nunca se esqueçam disso, bradava sempre um professor de redação e lógica.
Quem quiser entender melhor, siga meus sempre exemplares e lógicos textos. Às vezes, enrolo-me um pouco, mas não neste texto, aparentemente sem nexo, onde, se me lembro, comecei dizendo que sempre dizem que estou sempre mal humorado. Lembram-se ou se esqueceram, como quase sempre ocorre comigo? Nunca me lembro – ou quase sempre me esqueço - do parágrafo anterior e quase sempre (ou às vezes?) tenho que retomar a leitura.
Sou brasileiro!
E como é de nossa natureza, sempre acreditamos em estranhas profecias que algum dia a corrupção acabará ou os impostos diminuirão nestas terras, que nem sabemos a data correta que foi achada.
Hoje, como sempre, acordei feliz com a esperança renovada.
Até abrir o jornal e ler que mais e mais corrupções são descobertas, outro ministro saiu, há mais suspeitas pelo ar e o governo pensa em novos impostos para cobrir gastos impublicáveis.
Todos os dias a mesma coisa.
Sempre... Sempre... Sempre...
Nunca... Nunca... Nunca sossegam...
Sempre assim...
Não tenho, como sempre, razão em ficar mal humorado e parecer caduco?
Parece que isso nunca acaba.
Pronto... Acabei!
Por favor, não diga que estou caduco, nem fique mal humorado.
Sorria!
Ah! E volte sempre...
Prometemos que não haverá caos aéreo.
Nunca mais?
Nem pra Copa?
Volta, vai!
Sempre me dizem isso, mas nunca concordo, e, como é óbvio aos modestos, sempre tenho razão.
Nunca discuta isso.
Meu grilo falante é meio fofoqueiro e sempre me provoca. Nunca dei muita atenção a ele. Mas, ele garante que também andam dizendo que estou caducando.
Nunca escutei falarem isso perto de mim. Entretanto, sempre é bom desconfiar, ainda que a racionalidade, sempre costumeira, de meus textos comprovar o contrário, à semelhança de um litotes.
Tais fofocas devem ser decorrentes de quase sempre me estrepar nas estripulias que cismam sempre dizer que faço. Ou levo a culpa desde criança. Também, pudera. Nunca escutava minha mãe sempre a recomendar para eu tomar cuidado.
Outra coisa que ela sempre dizia é que era necessário estudar para crescer na vida e, perdoem-me a humilde modéstia e sinceridade, é claro, como sempre acontece, nunca fazia isso, mas sempre passava de ano.
A cada 365 dias, eu e todos os demais passávamos de ano.
Quase sempre assim.
Às vezes, coincidentemente sempre nos anos de Jogos Olímpicos, o dia 28 de fevereiro ficava de segunda época e tinha que repetir.
Sempre foi assim, não foi?
Claro que não!
Tudo começou quando Gregório XIII, também apelidado – sempre tem um apelido – de Gregório Chiiiiiiiii, que humildemente, como sempre cabe a nós, os magnânimos, batizou o seu calendário de calendário GregoriAno.
Feliz com o fato, saiu, como sempre fazia, cantando como nunca pelos corredores do Vaticano.
As datas são mais ou menos precisas. Afinal, diz a lenda, o calendário de Chiiiiii foi oficializado em 24 de fevereiro de 1582. Então, como sabermos corretamente datas anteriores, “vg”, como o dia do achamento do braziu, da América, et coetera, et coetera, et coetera?
Nunca saberemos ao certo, certo?
E pensar que sempre tirava notas baixas, porque nunca acertava, ou sempre errava as datas que o professor de história me perguntava.
O astuto leitor deve estar encafifado como sempre. Questionando como nunca meus conhecimentos.
Foi apenas uma pegadinha. Como sempre é a desculpa dos mestres quando erram.
Gregório Chiiii nunca cantou nos corredores do Vaticano. Cantava sempre, mas no Palácio de Latrão onde os papas ficavam de 313 d.C (calendário Juliano) até 1929 d.C.(calendário Gregoriano), quando criaram o Vaticano.
Não! Nunca desejei confundir o leitor.
È exatamente assim.
O calendário gregoriano alterou todas as datas anteriores, estabelecidas pelo calendário Juliano do Julio César em 46 a.C.
Verbi gratia, para o Juliano, Fevereiro tinha 29 ou 30 dias.
Sempre achei fosse porque o César gostasse muito de Carnaval, para esconder suas atrocidades, mas nunca tive certeza.
En passant (galicismo), uma pequena observação, apenas para confundir e desviar a atenção do que sempre importa...
Sempre (quase) me perguntam por que uso “vg”, ao invés de “p.ex”., isto.é “verbi gratia” (latinismo ou romantismo?), no lugar de “por exemplo” como sempre fazia até descobrir que os “vgs” dos textos jurídicos nunca significaram vírgula, como sempre achei.
Aí, passei sempre a escrever assim.
Uns dizem que é Direito demais, outros que é errado.
Nunca todos concordam. Sempre tem um do contra.
Isto é, quase sempre...
Aprendi, em minhas análises – psiquiátricas e não sintáticas - que nunca, como sempre fazemos, devemos dizer que algo ou uma pessoa sempre é assim, nunca é assim.
Assim é assim e “pf”. Este “pf” é minúsculo, uma vez signifique ponto final. Prato feito de boteco deve sempre ser escrito PF maiúsculo.
Que foi grilo-falante?
Ah! Como sempre, estou esquecendo de algo. Hoje é aniversário de quem? Nunca me lembro de aniversários.
Mas sempre me lembro que nunca lembrava de pagar minhas contas no dia certo. Até seguir os conselhos de um senhor que garantia que quase nunca esquecia de nada. Passei a usar um calendário gregoriano que ganhei do Sr. Juliano, gerente do banco, e que está sempre caído (o calendário) no chão perto da escrivaninha.
Não que eu marque qualquer data de vencimento das contas.
Nunca me lembraria de fazer isso.
Já pensaram no trabalho que dá, “vg”, escrever no dia 01 “pagar conta de Luz”, no dia 10 “pagar conta de água”, no dia 15 “pagar telefone” e assim até o dia 20, quando sempre parei de pagar qualquer conta, porque nunca sobra dinheiro.
Salário sempre acaba antes do mês.
Querem saber como marco o calendário?
Simples solução, como sempre convém a grandes problemas.
Fiz um carimbo e coloco em todos os dias: “Veja se hoje não tem conta ou imposto a pagar”.
Aí, abro a gaveta e confiro.
Genial, não?
Como sempre.
Nunca tinham pensado nisso, falem a verdade.
Calma! Agüenta aí! Estou concluindo.
Sempre me ensinaram que a conclusão tem sempre que confirmar a tese apresentada no início do texto.
Nunca se esqueçam disso, bradava sempre um professor de redação e lógica.
Quem quiser entender melhor, siga meus sempre exemplares e lógicos textos. Às vezes, enrolo-me um pouco, mas não neste texto, aparentemente sem nexo, onde, se me lembro, comecei dizendo que sempre dizem que estou sempre mal humorado. Lembram-se ou se esqueceram, como quase sempre ocorre comigo? Nunca me lembro – ou quase sempre me esqueço - do parágrafo anterior e quase sempre (ou às vezes?) tenho que retomar a leitura.
Sou brasileiro!
E como é de nossa natureza, sempre acreditamos em estranhas profecias que algum dia a corrupção acabará ou os impostos diminuirão nestas terras, que nem sabemos a data correta que foi achada.
Hoje, como sempre, acordei feliz com a esperança renovada.
Até abrir o jornal e ler que mais e mais corrupções são descobertas, outro ministro saiu, há mais suspeitas pelo ar e o governo pensa em novos impostos para cobrir gastos impublicáveis.
Todos os dias a mesma coisa.
Sempre... Sempre... Sempre...
Nunca... Nunca... Nunca sossegam...
Sempre assim...
Não tenho, como sempre, razão em ficar mal humorado e parecer caduco?
Parece que isso nunca acaba.
Pronto... Acabei!
Por favor, não diga que estou caduco, nem fique mal humorado.
Sorria!
Ah! E volte sempre...
Prometemos que não haverá caos aéreo.
Nunca mais?
Nem pra Copa?
Volta, vai!
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25 janeiro 2012
MONOTONIA!
Dezembro - Brasileiro.
Janeiro - Copa São Paulo.
Todo mês um título?
Está ficando sem graça!
Afinando a voz, pessoal:
"Manu, nóis é fera!
Mundial em Itaquera"...
Janeiro - Copa São Paulo.
Todo mês um título?
Está ficando sem graça!
Afinando a voz, pessoal:
"Manu, nóis é fera!
Mundial em Itaquera"...
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19 janeiro 2012
ELIS - A FALTA QUE ELA ME FAZ
Quase tudo já se falou sobre Elis Regina...
Exceto da falta que ela me faz.
19 de Janeiro de 1982, estava exatamente sobre a ponte pênsil de São Vicente, quando ouvi, sem maiores avisos: “Elis morreu”...
Freei o carro e travei-me...
Rápido, a idéia: “Ela não podia fazer isso”...
Morrer aos trinta e seis anos...
Como Marilyn...Elis não tinha esse direito...
Havia muitas músicas para gravar...
Muitos compositores para lançar...
Muito a apimentar o mundo...
Lembro-me de frases marcantes de Elis...
Uma vez ela disse que parara a terapia para dar uma folga para a terapeuta...
Tinha razão!
Às vezes é preciso dar folga para os outros...
Mas não era o caso...
Elis dava prazer como seu canto...
Outra frase de Elis: “As pessoas se esquecem de dizer eu te amo...”
E não custa nada...
Não adianta dizer-lhe agora... Ela não vai ouvir...
Elis não tinha o direito de abandonar seus fãs amantes sem prévio aviso...
A gente tinha que se preparar...
Fazer uma terapia...
Por mais que escute as músicas de Elis, elas parecem sempre novas...
Aquela voz, que brincava com as notas musicais, não morre...
Felizmente...
È só fechar os olhos e ela parece ali fascinando, querendo a volta do irmão do Henfil, homenageando as Marias, levando-me de arrastão a tamborilar os dedos e acompanhando-a, esperando que ela fosse sair de dentro do CD e cantar só para mim, levando-me num trem azul, tirando-me o medo de amar e ser livre...
Elis você tinha que avisar a gente...
Você que cantava toda mistura de ritmos, bagunçou tudo na nossa cabeça com a sua ausência...
Embora nestes trinta anos tenham surgido excelentes cantoras com vozes maravilhosas o espaço de Elis é insubstituível...
Olho para meus CDs e fazer o quê?...
Numa repetitiva overdose de tantas madrugadas, ouço mais um, na esperança que entre uma música e outra, Elis apareça com outra frase surpreendente...
Ela não aparece...
Entretanto, nunca irá desaparecer...
Exceto da falta que ela me faz.
19 de Janeiro de 1982, estava exatamente sobre a ponte pênsil de São Vicente, quando ouvi, sem maiores avisos: “Elis morreu”...
Freei o carro e travei-me...
Rápido, a idéia: “Ela não podia fazer isso”...
Morrer aos trinta e seis anos...
Como Marilyn...Elis não tinha esse direito...
Havia muitas músicas para gravar...
Muitos compositores para lançar...
Muito a apimentar o mundo...
Lembro-me de frases marcantes de Elis...
Uma vez ela disse que parara a terapia para dar uma folga para a terapeuta...
Tinha razão!
Às vezes é preciso dar folga para os outros...
Mas não era o caso...
Elis dava prazer como seu canto...
Outra frase de Elis: “As pessoas se esquecem de dizer eu te amo...”
E não custa nada...
Não adianta dizer-lhe agora... Ela não vai ouvir...
Elis não tinha o direito de abandonar seus fãs amantes sem prévio aviso...
A gente tinha que se preparar...
Fazer uma terapia...
Por mais que escute as músicas de Elis, elas parecem sempre novas...
Aquela voz, que brincava com as notas musicais, não morre...
Felizmente...
È só fechar os olhos e ela parece ali fascinando, querendo a volta do irmão do Henfil, homenageando as Marias, levando-me de arrastão a tamborilar os dedos e acompanhando-a, esperando que ela fosse sair de dentro do CD e cantar só para mim, levando-me num trem azul, tirando-me o medo de amar e ser livre...
Elis você tinha que avisar a gente...
Você que cantava toda mistura de ritmos, bagunçou tudo na nossa cabeça com a sua ausência...
Embora nestes trinta anos tenham surgido excelentes cantoras com vozes maravilhosas o espaço de Elis é insubstituível...
Olho para meus CDs e fazer o quê?...
Numa repetitiva overdose de tantas madrugadas, ouço mais um, na esperança que entre uma música e outra, Elis apareça com outra frase surpreendente...
Ela não aparece...
Entretanto, nunca irá desaparecer...
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15 janeiro 2012
ITANHAÉM E O DIREITO AO SOSSEGO
Na mesma semana em que se divulgou a vitória de Itanhaém no combate a dengue, outro fato relacionado à saúde, deixa-me indignado e irritado.
Causa diagnosticada da irritação: exposição excessiva ao barulho.
Neste caso, a cidade é Itanhaém – litoral sul de São Paulo -, mas serve para qualquer uma onde a paz do cidadão é desrespeitada pelo poder público que, a titulo de divertir o turista, contrata (ou autoriza) caminhões de som para fazerem barulho na praia, por sete, oito, dez horas diárias.
Assim se deu.
Na primeira semana de Janeiro de 2012 - quinta, sexta, sábado e domingo - instalou-se na Praia do Sonho, conhecida também por abrigar a Cama de Anchieta, um caminhão de uma emissora de FM, com o patrocínio de uma empresa de esfihas, recentemente instalada na cidade, e uma marca de cerveja.
Talvez, oculto entre os patrocinadores haja interessados em garantir o emprego aos otorrinolaringologistas da cidade ou, porque não, no crescimento do comércio de aparelhos auditivos.
Fato o barulho ter permanecido, ininterrupto das 10 às 17 horas, em volume certamente muito superior ao recomendado como suportável pelo ser humano.
Estivesse entre nós, duvido que Anchieta conseguisse trabalhar em sua catequese com um barulho desses
Quem sabe até castigasse os índios se batessem um tamborzinho enquanto falasse aos aborígenes ou mesmo interrompessem sua “siesta”.
No mínimo, mandá-los-ia tocar lá na Cibratel ou outra praia mais deserta da cidade. Quem sabe na aldeia de Abarebebê, em Peruíbe?
No Poço das Antas em Mongaguá, talvez fosse mais apropriado, cochicha-me o Grilo Falante.
Seja para onde fossem, com certeza, respeitariam o Jesuíta.
Entretanto, nestes tempos de falta de respeito e ética, tudo se pode nas praias, ainda que fira o direito ao sossego dos moradores, garantido inclusive no Código Civil.Mas aos organizadores do evento, parece tratarem por idiotas aos que incomodam.
O que a Prefeitura não percebe em seu oportunismo de momento, é que estes moradores, através do pagamento de seus impostos, é que sustentam a cidade, garantem os salários dos criadores da programação cultural da cidade e movimentam efetivamente o comércio da cidade ao longo do ano.
Vivêssemos numa democracia, far-se-iam análises e consultas prévias sobre as conseqüências do evento.
Algum morador da Praia do Sonho foi consultado sobre o interesse ou inconveniência em ouvir músicas – de gosto duvidoso por sinal – durante o dia inteiro?
Pergunto, e sei que alguns outros incomodados fazem o mesmo questionamento: Se o som não incomoda, porque não colocam o trio elétrico no pátio do estacionamento da Prefeitura, durante a semana, e em frente das casas do Prefeito, Secretário da Cultura e demais organizadores aos sábados e domingos.
Seguindo na trilha das consultas, se conseguirmos uma, chegaremos aos médicos.
Consultou-se algum otorrino sobre as irreversíveis lesões auditivas causadas pela prolongada exposição a ruídos superiores a 70 dB?
Talvez entre os presentes na praia houvesse diversos trabalhadores que recebem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) na empresa onde trabalha, para proteger-se de máquinas muito menos ruidosas que o som a que se expunham.
Ouviu-se algum dermatologista ou oncologista quanto aos cânceres de pele causados, pela exposição ao sol, à platéia instigada a ficar dançando horas ao sol de fritar ovos na areia? Antes que contraponham, não há protetor solar que evite ao excesso.
Pediatras opinaram sobre os males causados pelo som às crianças pequenas.
Agora que a barulheira parou, consigo escutar incautos defensores da ditatorial zorra instalada na Praia do Sonho em Janeiro de 2012.
O que eles dizem?
Chega, mano!
Que cara chato!
Mude-se para o Alaska!
Este é um conselho sábio e mais simples que uma Ação Civil Pública.
Quem estiver incomodado que se mude.
Farei isso.
Não para o Alaska, pois o frio causa-me sinusite e não simpatizo com a Sarah Palin.
Entretanto, apesar de apreciar muito as belezas naturais de Itanhaém, no verão de 2013, provavelmente, farão a zorra na praia sem o dinheiro de meus impostos.
Vendo um apartamento, frente ao mar, na Praia do Sonho.
Preço a combinar.
O comprador receberá, no ato da escritura, um par de protetores auriculares usados e inúteis.
Causa diagnosticada da irritação: exposição excessiva ao barulho.
Neste caso, a cidade é Itanhaém – litoral sul de São Paulo -, mas serve para qualquer uma onde a paz do cidadão é desrespeitada pelo poder público que, a titulo de divertir o turista, contrata (ou autoriza) caminhões de som para fazerem barulho na praia, por sete, oito, dez horas diárias.
Assim se deu.
Na primeira semana de Janeiro de 2012 - quinta, sexta, sábado e domingo - instalou-se na Praia do Sonho, conhecida também por abrigar a Cama de Anchieta, um caminhão de uma emissora de FM, com o patrocínio de uma empresa de esfihas, recentemente instalada na cidade, e uma marca de cerveja.
Talvez, oculto entre os patrocinadores haja interessados em garantir o emprego aos otorrinolaringologistas da cidade ou, porque não, no crescimento do comércio de aparelhos auditivos.
Fato o barulho ter permanecido, ininterrupto das 10 às 17 horas, em volume certamente muito superior ao recomendado como suportável pelo ser humano.
Estivesse entre nós, duvido que Anchieta conseguisse trabalhar em sua catequese com um barulho desses
Quem sabe até castigasse os índios se batessem um tamborzinho enquanto falasse aos aborígenes ou mesmo interrompessem sua “siesta”.
No mínimo, mandá-los-ia tocar lá na Cibratel ou outra praia mais deserta da cidade. Quem sabe na aldeia de Abarebebê, em Peruíbe?
No Poço das Antas em Mongaguá, talvez fosse mais apropriado, cochicha-me o Grilo Falante.
Seja para onde fossem, com certeza, respeitariam o Jesuíta.
Entretanto, nestes tempos de falta de respeito e ética, tudo se pode nas praias, ainda que fira o direito ao sossego dos moradores, garantido inclusive no Código Civil.Mas aos organizadores do evento, parece tratarem por idiotas aos que incomodam.
O que a Prefeitura não percebe em seu oportunismo de momento, é que estes moradores, através do pagamento de seus impostos, é que sustentam a cidade, garantem os salários dos criadores da programação cultural da cidade e movimentam efetivamente o comércio da cidade ao longo do ano.
Vivêssemos numa democracia, far-se-iam análises e consultas prévias sobre as conseqüências do evento.
Algum morador da Praia do Sonho foi consultado sobre o interesse ou inconveniência em ouvir músicas – de gosto duvidoso por sinal – durante o dia inteiro?
Pergunto, e sei que alguns outros incomodados fazem o mesmo questionamento: Se o som não incomoda, porque não colocam o trio elétrico no pátio do estacionamento da Prefeitura, durante a semana, e em frente das casas do Prefeito, Secretário da Cultura e demais organizadores aos sábados e domingos.
Seguindo na trilha das consultas, se conseguirmos uma, chegaremos aos médicos.
Consultou-se algum otorrino sobre as irreversíveis lesões auditivas causadas pela prolongada exposição a ruídos superiores a 70 dB?
Talvez entre os presentes na praia houvesse diversos trabalhadores que recebem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) na empresa onde trabalha, para proteger-se de máquinas muito menos ruidosas que o som a que se expunham.
Ouviu-se algum dermatologista ou oncologista quanto aos cânceres de pele causados, pela exposição ao sol, à platéia instigada a ficar dançando horas ao sol de fritar ovos na areia? Antes que contraponham, não há protetor solar que evite ao excesso.
Pediatras opinaram sobre os males causados pelo som às crianças pequenas.
Agora que a barulheira parou, consigo escutar incautos defensores da ditatorial zorra instalada na Praia do Sonho em Janeiro de 2012.
O que eles dizem?
Chega, mano!
Que cara chato!
Mude-se para o Alaska!
Este é um conselho sábio e mais simples que uma Ação Civil Pública.
Quem estiver incomodado que se mude.
Farei isso.
Não para o Alaska, pois o frio causa-me sinusite e não simpatizo com a Sarah Palin.
Entretanto, apesar de apreciar muito as belezas naturais de Itanhaém, no verão de 2013, provavelmente, farão a zorra na praia sem o dinheiro de meus impostos.
Vendo um apartamento, frente ao mar, na Praia do Sonho.
Preço a combinar.
O comprador receberá, no ato da escritura, um par de protetores auriculares usados e inúteis.
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12 janeiro 2012
REVEILLON NA PRAIA
Alerta: Qualquer semelhança deste texto com fatos reais significa que o autor atingiu sua meta. Este relato acontece em tudo que é cidade do litoral.
Réveillon! Oba!
Vamos a La playa, oh! oh! oh! oh! oh!
Atentem para a diferença!
É narrativa do réveillon.
Fosse Natal seria ho! ho! ho! Apenas três ho!
Réveillon na praia é uma delícia. Aquele marzão... Sol... Praião... Tudo maravilhoso em nossos planos...
De repente, muito mais que de repente chega aquele monte de gente...
Os turistas...
Esse ser estranho no qual os humanos se transformam quando saem de seu habitat.
Um caso científico a ser estudado.
O que é o turista de réveillon?
Dirão rapidamente... Turista é aquele contribuinte que será esfolado nos preços das diárias de hotel, apartamentos de aluguel, restaurantes, ambulantes.
As prefeituras os esperam com todo carinho.
Preparam shows de cantores sertanejos – conhecidos ou não, de bandas absolutamente desconhecidas, provavelmente, a serviços de médicos otorrinolaringologistas especializados em surdez.
Claro! Gastarão em cerca de dez minutos de fogos de artifícios a verba que poderia ser destinada a compra de material escolar, medicamentos. Mas, o turista nem perceberá esse detalhe.
Réveillon não é hora de pensar nessas coisas. De mais a mais, ele estará mais preocupado em descobrir onde comprar mais cerveja, pois as três dúzias de latinhas que começou a beber as oito da manhã estão terminando.
Ele não tem culpa da Prefeitura não haver providenciado latões para recolher as latinhas. Diga-se de passagem, não tem mesmo... Então, fazer o que? Deixar as latinhas pela praia.
Quase meia noite!
Viva!
Hora dos fogos de artifício.
Alguém já definiu bem o que são os fogos de artifício: Algo que explode e fica fedendo.
Seria bem mais econômico e ecologicamente correto, se todos ficassem soltando puns na praia, ao invés de queimar-se verba pública.
Os cachorros ficariam menos assustados com o barulho.
Barulho! Barulho! Barulho!
Por que quase todos adoradores de funk, acham que a população inteira tem que ouvir? Passei a madrugada toda escutando carros tunados desfilando pela avenida.
Quero ver quem dirá que meu mau humor matinal foi sem razão.
Piorou, quando resolvi andar pela praia.
Pobre Iemanjá! Quem disse que ela queria aquele monte de flores? Devolveu tudo. Junto com garrafas de uísque vagabundo, garrafinhas de vodka – inteiras ou em caquinhos, garrafas pet e preservativos.
Tudo espalhado pela areia, onde as, ainda hoje inocentes, crianças, e talvez futuros bárbaros, insistem em brincar de castelinho.
Aliás, eu que jurava ter certeza fosse o homem descendente dos macacos – até pelas macaquices praticadas durante as “festividades de confraternização”, passei a raciocinar se, na verdade, não descendemos do porco.
Com certeza, não! Porcos são animais limpos. Cobrem-se de lama para proteger a pele.
Não posso afirmar convictamente se as pessoas estiradas pela areia, na manhã do dia primeiro eram “madrugadores”, conscientes dos males causados pela radiação dos raios solares, bronzeando-se antes das dez horas ou mero rescaldo da noite anterior, pela aparência em cacos da maioria. Mais cacos que eles somente os de garrafas deixados na areia.
Para felicidade geral dos moradores da cidade, neste ano o réveillon foram apenas dois dias de caos.
Poderia ser pior.
No ano passado emendou quinta, sexta, sábado e domingo.
Parece absurdo, mas alguns vizinhos, que puderam abandonar a cidade, procuraram refúgio lá em São Paulo para ter um pouco de paz.
Feliz ano novo aos sobreviventes de mais um réveillon na praia.
Ao trabalho para pagar o IPTU e sustentar o próximo.
Réveillon! Oba!
Vamos a La playa, oh! oh! oh! oh! oh!
Atentem para a diferença!
É narrativa do réveillon.
Fosse Natal seria ho! ho! ho! Apenas três ho!
Réveillon na praia é uma delícia. Aquele marzão... Sol... Praião... Tudo maravilhoso em nossos planos...
De repente, muito mais que de repente chega aquele monte de gente...
Os turistas...
Esse ser estranho no qual os humanos se transformam quando saem de seu habitat.
Um caso científico a ser estudado.
O que é o turista de réveillon?
Dirão rapidamente... Turista é aquele contribuinte que será esfolado nos preços das diárias de hotel, apartamentos de aluguel, restaurantes, ambulantes.
As prefeituras os esperam com todo carinho.
Preparam shows de cantores sertanejos – conhecidos ou não, de bandas absolutamente desconhecidas, provavelmente, a serviços de médicos otorrinolaringologistas especializados em surdez.
Claro! Gastarão em cerca de dez minutos de fogos de artifícios a verba que poderia ser destinada a compra de material escolar, medicamentos. Mas, o turista nem perceberá esse detalhe.
Réveillon não é hora de pensar nessas coisas. De mais a mais, ele estará mais preocupado em descobrir onde comprar mais cerveja, pois as três dúzias de latinhas que começou a beber as oito da manhã estão terminando.
Ele não tem culpa da Prefeitura não haver providenciado latões para recolher as latinhas. Diga-se de passagem, não tem mesmo... Então, fazer o que? Deixar as latinhas pela praia.
Quase meia noite!
Viva!
Hora dos fogos de artifício.
Alguém já definiu bem o que são os fogos de artifício: Algo que explode e fica fedendo.
Seria bem mais econômico e ecologicamente correto, se todos ficassem soltando puns na praia, ao invés de queimar-se verba pública.
Os cachorros ficariam menos assustados com o barulho.
Barulho! Barulho! Barulho!
Por que quase todos adoradores de funk, acham que a população inteira tem que ouvir? Passei a madrugada toda escutando carros tunados desfilando pela avenida.
Quero ver quem dirá que meu mau humor matinal foi sem razão.
Piorou, quando resolvi andar pela praia.
Pobre Iemanjá! Quem disse que ela queria aquele monte de flores? Devolveu tudo. Junto com garrafas de uísque vagabundo, garrafinhas de vodka – inteiras ou em caquinhos, garrafas pet e preservativos.
Tudo espalhado pela areia, onde as, ainda hoje inocentes, crianças, e talvez futuros bárbaros, insistem em brincar de castelinho.
Aliás, eu que jurava ter certeza fosse o homem descendente dos macacos – até pelas macaquices praticadas durante as “festividades de confraternização”, passei a raciocinar se, na verdade, não descendemos do porco.
Com certeza, não! Porcos são animais limpos. Cobrem-se de lama para proteger a pele.
Não posso afirmar convictamente se as pessoas estiradas pela areia, na manhã do dia primeiro eram “madrugadores”, conscientes dos males causados pela radiação dos raios solares, bronzeando-se antes das dez horas ou mero rescaldo da noite anterior, pela aparência em cacos da maioria. Mais cacos que eles somente os de garrafas deixados na areia.
Para felicidade geral dos moradores da cidade, neste ano o réveillon foram apenas dois dias de caos.
Poderia ser pior.
No ano passado emendou quinta, sexta, sábado e domingo.
Parece absurdo, mas alguns vizinhos, que puderam abandonar a cidade, procuraram refúgio lá em São Paulo para ter um pouco de paz.
Feliz ano novo aos sobreviventes de mais um réveillon na praia.
Ao trabalho para pagar o IPTU e sustentar o próximo.
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