No prédio ao lado da casa havia uma piscina colada ao muro da divisa dos terrenos.
Do telhado da churrasqueira daria para ver as babás levando as crianças ao playground e adolescentes tomando sol ao lado da piscina.
Digo daria pois o que não dava é para chegar ao telhado da churrasqueira. Eram mais de seis metros de altura e não havia escada que chegasse até lá.
Usem a imaginação!
Que tal a manchete ou chamada de programa de crimes:
“Tarado flagrado praticando o voyeurismo pedófilo enquanto esperava o fogo acender”.
Eu, hein!
No dia do fato, jovens deviam estar próximos da piscina se aquecendo.
O vetusto senhor nem estava em casa naquela tarde fria de domingo.
Nem percebeu o acontecimento.
Se alguém lhe tivesse contado não acreditaria, como qualquer leitor de sanidade média.
Alguém deve ter chegado de repente.
A mãe de um dos jovens dedurado pelo irmão caçula?
O zelador que fora atrás da faxineira?
A síndica que descera para conferir o que o marido poderia estar fazendo na sala de ginástica, ao invés de roncar no sofá?
O inevitável aconteceu.
Seria um flagrante na galera.
O jeito foi sumir com as provas do crime.
Na manhã seguinte o senhor viu o inusitado.
Dezenas de revistas pornográficas espalhadas pelo quintal.
Comentou com seus zíperes:
Ao vivo, não cai nenhuma...
Recolheu e...
20 maio 2010
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