21 outubro 2009

VAI GRAXA, AÍ, DOTÔ?

Dotô, jogava o Flamengo eu queria escutar... (João Bosco)
O personagem começava a justificar ao “Exmo. Sr. Doutor” Juiz seu desejo de separação...
Ai! Ai! Ai!Ai! Ai!Ai!
Esses doutores!
Eu me arrepio quando me chamam de dotô...
Já começo a procurar de onde apareceu mais um “flanelinha” vindo morder algum para olhar meu carro e não riscá-lo.
Penso, logo...
Fico me questionando...
Onde estão os doutores responsáveis pela segurança pública que eu sustento?
Leva um troco aí, companheiro (ato falho!)...
Só isso, dotô?
O carro é velho e já está todo riscado, argumento...
Um muxoxo e um comentário tipo: “Não se fazem mais dotores como antigamente...
Só para me desmoralizar...
Mereço!
Brazilian People tem mania de dotô!
Se não for dotô, não é ninguém...
Certa feita, um cirurgião-dentista não colocou o “Dr.” em seu cartão de visita, pois racionalmente sabia que “Doutor” não é para qualquer um.
Só para os pós-graduados.
“Strictu senso”, pós o mestrado...
Ouviu a “pérola” de um cliente: “O dotô não é dotô?
Recém formado preferiu mudar o cartão a explicar... E o braziu ganhou mais um dotô...
O tipo de calçado nos faz passar de “tio” a “dotô”...
Usava tênis para dar aulas e era “Tio”, esse termo pejorativo que tratam os professores, mesmo que tenham pós-graduação... Um dia saindo do fórum de paletó e gravata, onde era mera testemunha de um acidente de carro, virei dotô...
O engraxate me perguntou: “Vai graxa aí, dotô?”...
Quase perco minha identidade...
Ser ou não ser?...
Que dilema!
Uso sapatos ou faço análise?
Sintética...
Bem sintética a análise de uma ação judicial que corre em Niterói desde 2005...
Um “Exmo Sr. Dr.” processou o seu condomínio porque o porteiro não o chamava de Dotô...
O “Exmo. Sr. Dr.” perdeu a ação em primeira instância e está recorrendo...
O porteiro nem trabalha mais no prédio...
Diz a lenda, que sem a menor qualificação para ser flanelinha ou engraxate, trabalha como segurança numa repartição pública e chama todo mundo de dotô...
Vejam se pode uma coisa dessas!
O Judiciário que é sustentado pelo meu imposto perdendo tempo por uma “Incompatibilidade de Gênios”...

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