Impressiona-me a batalha de dedos apontando quem é mais culpado
nesta rede de corrupção da “Pátria amada,
braziu”. Parece aquelas brigas de infância “ele me xingou primeiro”.
Porque o Cunha é aquilo, o Dirceu fez primeiro, O Vaccari pedia tanto, a Odebrecht
deu de monte, et coetera, et coetera et coetera...
Lembro-me de conhecida “piadinha” jurídica, quando o
Magistrado noviço ao julgar seu primeiro caso ouve o reclamante e terminada a
audiência dirige-se ao escrevente: “Ouviu a história? Condenarei o acusado”.
Ao que retruca o escrevente: ”Excelência, desculpe-me,
mas escute o acusado antes”.
O reclamado é ouvido e o Magistrado novamente conversa
com o escrevente: “Que mentiroso o acusador, condená-lo-ei!”
“Excelência, desculpe-me, mas o senhor já avaliou as
provas?”, retrucou o escrevente.
Provas para lá, provas para cá, o Juiz indeciso, após tantas
certezas refreadas por alertas do escrevente para não se precipitar, finalmente
toma a decisão: “Absolvo as partes e condeno o escrevente”.
Prenderam o Japa!
Diferentemente do escrevente que nada fizera, mas culpado
de um crime ocasional, justificadamente condenável, a prisão do Japa servirá
uns dias com escudo de defesa e arma de ataque das “vítimas do golpe”.
Inocentes defensores ou cúmplices do “Lullo-petismo”
ficarão desviando a atenção dos mais incautos.
Até que entendam que tanto o escrevente quanto o Japa
eram meros cumpridores de ordens legais. Nada tendo a ver com os crimes
Enquanto os criminosos, a conhecer-se da história do “braziu
varemnóis”, estarão entre acordos e delações, livrando suas caras e, devorando
lautas pizzas, rindo do escrevente e do Japa.
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