O “braziu varemnóis” está parado.
Em determinado período do final do século XX aconteceu
cenário semelhante.
Recomendava-se que seria melhor ficar parado mesmo, pois
um passo à frente poderia significar despencar num precipício sem fundo.
Veio a esperança no fim do governo militar e levar-se os
trabalhadores ao poder.
Tivemos que nos pintar de verde-amarelo, vender
estrelinhas vermelhas, iguais as que carregávamos na camisa.
Lutas para tirar “os pelegos” dos sindicatos.
Nunca elegi um presidente no século passado.
Acreditava quase piamente na estrelinha.
Na virada do século, as luzes do novo tempo se apagaram e
pude perceber a grande mentira.
E continuei sem eleger um presidente.
Rude luta contra a maioria tingida de vermelho aparelhada
por todas as ramificações do Estado.
Enfim, se o tempo cura quase tudo, passaram-se uns trinta
anos daquela época de paralisia.
Andamos realmente um pouco à frente.
Depois a realidade...
Fomos parando, parando,.......pa...ran...
Rala esperança...
Pintar-se de verde-amarelo?
Enfrentar milícias paramilitares de roupas vermelhas e
foices na mão.
Desaparelhar o Estado...
Pelegos devoram sobras do jantar dos Bichos e ameaçam com
facas e garfos aos que olham à janela com fome.
Orwell descreveu porcos andando sobre duas patas.
No “braziu varemnóis” é um pouco diferente.
São jararacas rastejantes que infestam o país.
“Braziu varemnóis” está parado.
E terá que andar para trás para recuperar o rumo do
sonho, que o Lulo-petismo levou à beira do precipício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário