27 outubro 2014

ODEIO NORDESTINOS? CUIDADO CANTOR...

Na disputa maniqueísta PT versus anti-PT, depois do telecatch dos programas e debates eleitorais, não há nada mais negativo que o divisionismo que se tenta implantar no país, ao molde mais tenebroso de uma política bolivariana-soviética de guerra de classes sociais.Lembrei-me da frase: ”O capitalismo é a exploração do homem pelo homem. E o comunismo é exatamente o contrário.”, da Revolução dos Bichos, do pouco que conheço dos pensamentos anti-democráticos de Voltaire, da suíte de sete mil reais de Lula no Copacabana.Não adentrarei em meandros filosóficos, mas entendo que instigar a diferenciação de classes sociais, de ódio aos nordestinos é muito pior que Mensalões, Petrolões, Alstons.

É um crime de lesa-pátria.
A Venezuela democrática chavista sobrevivia de vender petróleo para movimentar os carros americanos. Hoje, expulso o “grande mal dos ricos”, os venezuelanos sofrem as consequências.
A Bolívia vive, sem falarmos na cocaína, de exportar gás para os ricos e do confisco de riquezas capitalistas. Sobreviverá até o final da democracia de Evo?.
A ditadura soviética principiou na promessa de igualdade e matou ou congelou na Sibéria, quem dela discordasse.
Nosso grande “pai dos pobres” era um ditador.
Como defender essa tese de guerrilha social?

O PT tem um projeto de poder até o fim dos tempos. Nem que na ânsia traiçoeira do jogo do poder, os mentores da guerrilha social precisem abraçar “coronéis” nordestinos.  

O povo não belicoso do “braziu varemnós” precisa ficar atento para não se deixar iludir e entrar neste jogo sujo proposto, especialmente por aqueles que mais quatro anos estarão de posse da caneta distribuindo muito mais que projetos sociais. Estarão, sem qualquer marco regulatório, instigando um ódio nunca visto neste país.

15 outubro 2014

Debate Eleitoral

Oh! debate chato! Passaram o tempo todo se debatendo para não responder as perguntas. Mas, segundo Diuma o importante é ser fundamental(ista), para não tergiversar fulanizando. De novidade mesmo foi ela ter ficado em cima do muro e não revelar em qual zona de Minas a irmã do "Ai"écio trabalhava. Será que com delação premiada ela entrega?.

Um haikai apropriado  :

Campanhas eleitorais
O pobre povo enganado
Cada um prometendo mais
Mentiras pra todo lado

14 outubro 2014

ÓDIO AOS PETISTAS

Refrescado em meu ar condicionado, assistindo a um desses canais (de)formadores de opinião, tomando uma água mineral francesa, vejo no Facebook reclamações quanto ao comportamento que estaria sendo tomado pela turminha de lá de cima do muro diante dos estrelados ainda aturdidos pela reação de Aécio. Alegam estarem sendo discriminados, hostilizados, bulinizados, com perseguições de patrões a empregados sob a ameaça da perda de seus empregos se os tucanos não ocuparem o poste mais alto do Planalto.
Pobres coitados! Faz-me rir! Fazendo-se de vítimas, ao melhor estilo dos inocentes de punhos erguidos ao serem colocados de castigo pela Polícia Federal.
Quem, salvo maior engano, instiga o ódio às “zelites” e anda de braços com coronéis do Nordeste, não é da turminha de cima do muro e chama-se Luiz. Amicíssimo de governantes defensores da democracia, que não cassam concessões de TV, nem expropriam empresas brasileiras. Aliás, persegue com fervor a corrupção. Tanto que o tesoureiro de campanha de Dilma é nada menos que João Vaccari, indiciado criminalmente quando fazia estágio de desvio de dinheiro na BANCOOP –Cooperativa Habitacional que lesou cerca de três mil famílias em São Paulo.
Mas línguas dizem perseguir corruptos para cobrar seu dízimo do butim.
Ô, Geraldo! Que calor! Nada de chover em São Paulo. As represas vão secar. Assim não dá para transpor o Rio São Francisco. Tem que transpor logo, pois em breve não haverá “Integração Nacional”. Uma das fontes, lá em Minas Gerais – terra do Aécio, vejam vocês – também está seca.
Socorro Padim Ciço!
Minha dose de uísque. Mas, não paraguaio. Não dá para confiar neles, tanto que os expulsamos do Mercosul. Vejam se pode. O Paraguai não compactuava com camarada Chavez.
E por aí poderia seguir desfiando “lições de democracia”. Entretanto está na hora de relaxar em minha banheira de ofurô, antes que o apartamento de cobertura onde moro, seja invadido.
Ódio aos adversários, sabe-se muito bem quem tem.

06 julho 2014

QUERO MORRER NO VERÃO

Quero morrer no Verão!
Não sei se é melhor ou pior que em outras Estações.
Não tenho essa referência, pois ainda não conversei com ninguém que tenha morrido em qualquer Estação.
Mas algo me diz que morrer no Verão é mais leve.
Verão é alegria...
Natal... Carnaval... Fantasias... Roupagens minúsculas de bronzeadas na praia...
Quero morrer no Verão depois do Natal...
Depois do Réveillon também...
Detestaria estragar o período... Ser uma lembrança triste à época das festas...
Quero morrer após as festas, mas de repente... Sem ninguém contando os dias que me restem, sem qualquer parente trocando presentes, pensando em presentes melhores para o natal seguinte, supondo estar incluído num testamento que menti ter feito.
Quero morrer no Verão, mas não no Carnaval... Deixo essa apoteose aos sambistas.
E, caso seja velado de madrugada, não quero atrapalhar o programa de algum convidado da última hora, que houvesse planejado assistir aos desfiles no Sambódromo.
Quero morrer no Verão, antes de meu aniversário para evitar completar mais um ano na contagem regressiva da Vida.
Se morrer aos sessenta e nove (ou setenta e nove ou oitenta e nova) quase certamente ouvirei as habituais frases consternadas: “Morreu tão jovem... Não tinha nem setenta (ou oitenta ou noventa)”...  Morrendo aos setenta (ou oitenta ou noventa), quase ouvirei palavras habituais de consolo: “É a Vida... Viveu bastante... Estava com mais de setenta (ou oitenta ou noventa)!”.
Farei ouvidos moucos aos comentários: “Já foi tarde”.
Quero mesmo morrer no Verão...
Livrar-me-ei da obrigação da única certeza da Vida, depois da morte... Fazer a declaração do Imposto de Renda, no outonal final de Abril... Ao tornar-me Pó, viro Espólio...
Quero morrer no Verão para que se possa servir cerveja gelada, ao invés daqueles cafezinhos insossos das antessalas de velórios.
Com muito salgadinho, salame e azeitonas.
Quero morrer no Verão!
O Verão parece-me ser mais apropriado para rir daquelas passagens hilárias ou pitorescas, sempre lembradas nas últimas horas na presença do “de cujus”.
Quero morrer no Verão, apesar de alguns inconvenientes.
Que traje vestir-me-ão?
Estarei indefeso...
Por favor, não me obriguem um terno... Ficarei com calor.
Nada de melhor roupa
Basta-me uma camiseta polo básica e aquela habitual e surrada calça jeans. Poderia até ser uma bermuda, mas posso estar com as pernas muito brancas.
Quero morrer no Verão, mas se, por motivo de força maior, não for possível, prometo não reclamar no PROCON, nem no SAC da Vida, pois para esta não há garantias ou prazos de validade previsíveis.
Afinal, a Vida é apenas um breve intervalo que passamos acordados na eternidade sonolenta do Tempo.
Importa ser bem vivida em todas as Estações.

03 maio 2014

BANANAS NA MACACADA


Até que um dia, o mais frágil deles...  arranca-nos a voz da garganta... E já não podemos dizer nada. (Maiakovski)

Lá pelo ano 33 d.C., alguns primatas viram outros primatas arremessando algo em direção a uma fêmea. Primeiro acharam que jogavam bananas para alimentá-la.
Mas, não!
Eram pedras.
A fêmea cometera um crime imperdoável.
Um dos primatas falou algumas palavras e pararam os arremessos.
Dias depois, primatas - Erectus, gorilas e macacos-prego – viram àquele primata passar e arremessaram pedras.
Ficaram assistindo ao desfile.
Soube-se que iria ser pregado por ser culpado de crimes imperdoáveis.
Deixaram pregar.
Não era com eles.
Bananas aos macacos!
A todos os macacos.
Aos orangotangos, chimpanzés, micos leão-dourado.
Viva a macacada!
Esses primatas...
À falta de pão... banana e circo, desfile pelas ruas da Galileia. Pela Paulista. Pelo Sambódromo.
Cabeças cheias de bananas ao melhor estilo Carmen Miranda.
Yes! Nós temos bananas.
Por toda parte.
Nem precisa plantar.
Primatas se multiplicam.
Tem banana aí, Painho?
Pra todo mundo. Pra dar e vender.
Quase nada mais ao antigo preço de banana.
O preço a ser pago anda meio alto.
Quanta custa a ética? A dignidade? A capacidade de entendimento ao respeito que merecem todos os macacos desde o respeitável e admirado Dr. Australopitecus até o humilde Sr. Inominado que por falta de galho, dorme no chão?
Cada macaco deveria ter seu galho.
Mas não tem galho para todos.
Isso se resolve.
Lei da Selva.
Acerte-se uma pedrada no macaco e tire-o do galho.
Atirem-se pedras, sem entender-se o espelho, que tantas vezes atingido, nem sente mais as trincas, quase transformado em areia.
À falta de pedras, joguem bananas.
Um primata, em 2014 d.C., pegou a banana e comeu-a, mesmo correndo o risco de levar cartão amarelo.
Que falta de educação jogar a casca no gramado!
Reza a lenda que aquele primata de 33 d.C. ficou feliz por haverem parado de jogarem pedras sobre a primata fêmea.
Depois, cansado, sentou-se e...
Comeu as pedras?
Deve as estar digerindo até hoje face a decepção quanto a ilusória e efêmera vitória.
Pois em verdade, em verdade mesmo, os primatas nunca pararam de jogar pedras em primatas.  Apenas mudam o alvo. E o formato da pedra.
Pedras. Bananas. Madalenas. Genis. Judeus. Negros. Desaforos. Injustiças.
Engolimos tudo. Todos os dias.
Para que importar-me com uma banana jogada num primata?

Não é comigo.


15 abril 2014

NOTA DE FALECIMENTO

Comunicamos, com pesar, o falecimento do Sr. Braz Silva Rennós, decorrente de falência múltipla dos órgãos. O falecido vinha adoentado há muito tempo. Sofrera, por mais de vinte anos, de paralisia de quase todos os membros, decorrente do regime que forçadamente passou para tratamento de suposta doença, que lhe atingia o lado esquerdo do corpo. Quando se pensava curado, foi vítima de desnutrição decorrente de contínuos e intermitentes desvios da circulação de elementos vitais, com entupimento de diversas partes do corpo por excesso de sanguessugas. Tal adoecimento causou-lhe sérias complicações e efeitos colaterais, que se estenderam até a data de seu óbito. Padecia ainda de micoses na virilha pelo hábito de esconder cédulas junto às partes íntimas. No começo do século começou a enfrentar séria degeneração que o levou à perda da visão. Os sintomas iniciais da doença era ver estrelas vermelhas quando piscava. Logo a seguir veio a obnubilação total. Após atingir os olhos o mal atingiu também diversas partes do corpo. Equipes médicas fizeram tratamento perfunctório contra essa alergia, mas ela se disseminou por todas as partes internas do organismo, causando rigidez na execução das atividades mais essenciais e na capacidade de julgamento, entre outras. De outra parte, talvez como efeito colateral, Sr. Braz passou a ter problemas mentais, com atitudes alopradas. Passou a se automedicar com imensos gastos mensais pagos a especialistas no mal das estrelas. Elas se multiplicaram. Preferiu não fazer as cirurgias recomendadas para extirpar os cancros causadores dos males. Em 2008, quando atacado por uma infecção externa, igualmente não levou a sério, causando consequências complicadíssimas no estado geral do paciente. Novamente alertado por especialistas, preferiu tratamento com pão e manteiga. Descuidou-se também quanto ao consumo de álcool, tendo ainda sido contaminada sua carne. Talvez por falta de Educação ou já surdo, fazia ouvidos moucos e nunca escutou os alertas quanto ao seu descuido com a Saúde. Quando deu por si, a metástase estava instalada de modo irreversível. Quase todo apodrecido, exalando fortes odores pelos poros. Prostrou-se incurável. Nem todas as orações a tantos santos por ele admirados puderam salvá-lo. Não havia milagre para tantas doenças. Atendendo seu último pedido, o corpo será velado na Necrópole Central do Bairro do Planalto e posteriormente cremado, para que seu mal não mais se propague.