Dezembro - Brasileiro.
Janeiro - Copa São Paulo.
Todo mês um título?
Está ficando sem graça!
Afinando a voz, pessoal:
"Manu, nóis é fera!
Mundial em Itaquera"...
25 janeiro 2012
19 janeiro 2012
ELIS - A FALTA QUE ELA ME FAZ
Quase tudo já se falou sobre Elis Regina...
Exceto da falta que ela me faz.
19 de Janeiro de 1982, estava exatamente sobre a ponte pênsil de São Vicente, quando ouvi, sem maiores avisos: “Elis morreu”...
Freei o carro e travei-me...
Rápido, a idéia: “Ela não podia fazer isso”...
Morrer aos trinta e seis anos...
Como Marilyn...Elis não tinha esse direito...
Havia muitas músicas para gravar...
Muitos compositores para lançar...
Muito a apimentar o mundo...
Lembro-me de frases marcantes de Elis...
Uma vez ela disse que parara a terapia para dar uma folga para a terapeuta...
Tinha razão!
Às vezes é preciso dar folga para os outros...
Mas não era o caso...
Elis dava prazer como seu canto...
Outra frase de Elis: “As pessoas se esquecem de dizer eu te amo...”
E não custa nada...
Não adianta dizer-lhe agora... Ela não vai ouvir...
Elis não tinha o direito de abandonar seus fãs amantes sem prévio aviso...
A gente tinha que se preparar...
Fazer uma terapia...
Por mais que escute as músicas de Elis, elas parecem sempre novas...
Aquela voz, que brincava com as notas musicais, não morre...
Felizmente...
È só fechar os olhos e ela parece ali fascinando, querendo a volta do irmão do Henfil, homenageando as Marias, levando-me de arrastão a tamborilar os dedos e acompanhando-a, esperando que ela fosse sair de dentro do CD e cantar só para mim, levando-me num trem azul, tirando-me o medo de amar e ser livre...
Elis você tinha que avisar a gente...
Você que cantava toda mistura de ritmos, bagunçou tudo na nossa cabeça com a sua ausência...
Embora nestes trinta anos tenham surgido excelentes cantoras com vozes maravilhosas o espaço de Elis é insubstituível...
Olho para meus CDs e fazer o quê?...
Numa repetitiva overdose de tantas madrugadas, ouço mais um, na esperança que entre uma música e outra, Elis apareça com outra frase surpreendente...
Ela não aparece...
Entretanto, nunca irá desaparecer...
Exceto da falta que ela me faz.
19 de Janeiro de 1982, estava exatamente sobre a ponte pênsil de São Vicente, quando ouvi, sem maiores avisos: “Elis morreu”...
Freei o carro e travei-me...
Rápido, a idéia: “Ela não podia fazer isso”...
Morrer aos trinta e seis anos...
Como Marilyn...Elis não tinha esse direito...
Havia muitas músicas para gravar...
Muitos compositores para lançar...
Muito a apimentar o mundo...
Lembro-me de frases marcantes de Elis...
Uma vez ela disse que parara a terapia para dar uma folga para a terapeuta...
Tinha razão!
Às vezes é preciso dar folga para os outros...
Mas não era o caso...
Elis dava prazer como seu canto...
Outra frase de Elis: “As pessoas se esquecem de dizer eu te amo...”
E não custa nada...
Não adianta dizer-lhe agora... Ela não vai ouvir...
Elis não tinha o direito de abandonar seus fãs amantes sem prévio aviso...
A gente tinha que se preparar...
Fazer uma terapia...
Por mais que escute as músicas de Elis, elas parecem sempre novas...
Aquela voz, que brincava com as notas musicais, não morre...
Felizmente...
È só fechar os olhos e ela parece ali fascinando, querendo a volta do irmão do Henfil, homenageando as Marias, levando-me de arrastão a tamborilar os dedos e acompanhando-a, esperando que ela fosse sair de dentro do CD e cantar só para mim, levando-me num trem azul, tirando-me o medo de amar e ser livre...
Elis você tinha que avisar a gente...
Você que cantava toda mistura de ritmos, bagunçou tudo na nossa cabeça com a sua ausência...
Embora nestes trinta anos tenham surgido excelentes cantoras com vozes maravilhosas o espaço de Elis é insubstituível...
Olho para meus CDs e fazer o quê?...
Numa repetitiva overdose de tantas madrugadas, ouço mais um, na esperança que entre uma música e outra, Elis apareça com outra frase surpreendente...
Ela não aparece...
Entretanto, nunca irá desaparecer...
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15 janeiro 2012
ITANHAÉM E O DIREITO AO SOSSEGO
Na mesma semana em que se divulgou a vitória de Itanhaém no combate a dengue, outro fato relacionado à saúde, deixa-me indignado e irritado.
Causa diagnosticada da irritação: exposição excessiva ao barulho.
Neste caso, a cidade é Itanhaém – litoral sul de São Paulo -, mas serve para qualquer uma onde a paz do cidadão é desrespeitada pelo poder público que, a titulo de divertir o turista, contrata (ou autoriza) caminhões de som para fazerem barulho na praia, por sete, oito, dez horas diárias.
Assim se deu.
Na primeira semana de Janeiro de 2012 - quinta, sexta, sábado e domingo - instalou-se na Praia do Sonho, conhecida também por abrigar a Cama de Anchieta, um caminhão de uma emissora de FM, com o patrocínio de uma empresa de esfihas, recentemente instalada na cidade, e uma marca de cerveja.
Talvez, oculto entre os patrocinadores haja interessados em garantir o emprego aos otorrinolaringologistas da cidade ou, porque não, no crescimento do comércio de aparelhos auditivos.
Fato o barulho ter permanecido, ininterrupto das 10 às 17 horas, em volume certamente muito superior ao recomendado como suportável pelo ser humano.
Estivesse entre nós, duvido que Anchieta conseguisse trabalhar em sua catequese com um barulho desses
Quem sabe até castigasse os índios se batessem um tamborzinho enquanto falasse aos aborígenes ou mesmo interrompessem sua “siesta”.
No mínimo, mandá-los-ia tocar lá na Cibratel ou outra praia mais deserta da cidade. Quem sabe na aldeia de Abarebebê, em Peruíbe?
No Poço das Antas em Mongaguá, talvez fosse mais apropriado, cochicha-me o Grilo Falante.
Seja para onde fossem, com certeza, respeitariam o Jesuíta.
Entretanto, nestes tempos de falta de respeito e ética, tudo se pode nas praias, ainda que fira o direito ao sossego dos moradores, garantido inclusive no Código Civil.Mas aos organizadores do evento, parece tratarem por idiotas aos que incomodam.
O que a Prefeitura não percebe em seu oportunismo de momento, é que estes moradores, através do pagamento de seus impostos, é que sustentam a cidade, garantem os salários dos criadores da programação cultural da cidade e movimentam efetivamente o comércio da cidade ao longo do ano.
Vivêssemos numa democracia, far-se-iam análises e consultas prévias sobre as conseqüências do evento.
Algum morador da Praia do Sonho foi consultado sobre o interesse ou inconveniência em ouvir músicas – de gosto duvidoso por sinal – durante o dia inteiro?
Pergunto, e sei que alguns outros incomodados fazem o mesmo questionamento: Se o som não incomoda, porque não colocam o trio elétrico no pátio do estacionamento da Prefeitura, durante a semana, e em frente das casas do Prefeito, Secretário da Cultura e demais organizadores aos sábados e domingos.
Seguindo na trilha das consultas, se conseguirmos uma, chegaremos aos médicos.
Consultou-se algum otorrino sobre as irreversíveis lesões auditivas causadas pela prolongada exposição a ruídos superiores a 70 dB?
Talvez entre os presentes na praia houvesse diversos trabalhadores que recebem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) na empresa onde trabalha, para proteger-se de máquinas muito menos ruidosas que o som a que se expunham.
Ouviu-se algum dermatologista ou oncologista quanto aos cânceres de pele causados, pela exposição ao sol, à platéia instigada a ficar dançando horas ao sol de fritar ovos na areia? Antes que contraponham, não há protetor solar que evite ao excesso.
Pediatras opinaram sobre os males causados pelo som às crianças pequenas.
Agora que a barulheira parou, consigo escutar incautos defensores da ditatorial zorra instalada na Praia do Sonho em Janeiro de 2012.
O que eles dizem?
Chega, mano!
Que cara chato!
Mude-se para o Alaska!
Este é um conselho sábio e mais simples que uma Ação Civil Pública.
Quem estiver incomodado que se mude.
Farei isso.
Não para o Alaska, pois o frio causa-me sinusite e não simpatizo com a Sarah Palin.
Entretanto, apesar de apreciar muito as belezas naturais de Itanhaém, no verão de 2013, provavelmente, farão a zorra na praia sem o dinheiro de meus impostos.
Vendo um apartamento, frente ao mar, na Praia do Sonho.
Preço a combinar.
O comprador receberá, no ato da escritura, um par de protetores auriculares usados e inúteis.
Causa diagnosticada da irritação: exposição excessiva ao barulho.
Neste caso, a cidade é Itanhaém – litoral sul de São Paulo -, mas serve para qualquer uma onde a paz do cidadão é desrespeitada pelo poder público que, a titulo de divertir o turista, contrata (ou autoriza) caminhões de som para fazerem barulho na praia, por sete, oito, dez horas diárias.
Assim se deu.
Na primeira semana de Janeiro de 2012 - quinta, sexta, sábado e domingo - instalou-se na Praia do Sonho, conhecida também por abrigar a Cama de Anchieta, um caminhão de uma emissora de FM, com o patrocínio de uma empresa de esfihas, recentemente instalada na cidade, e uma marca de cerveja.
Talvez, oculto entre os patrocinadores haja interessados em garantir o emprego aos otorrinolaringologistas da cidade ou, porque não, no crescimento do comércio de aparelhos auditivos.
Fato o barulho ter permanecido, ininterrupto das 10 às 17 horas, em volume certamente muito superior ao recomendado como suportável pelo ser humano.
Estivesse entre nós, duvido que Anchieta conseguisse trabalhar em sua catequese com um barulho desses
Quem sabe até castigasse os índios se batessem um tamborzinho enquanto falasse aos aborígenes ou mesmo interrompessem sua “siesta”.
No mínimo, mandá-los-ia tocar lá na Cibratel ou outra praia mais deserta da cidade. Quem sabe na aldeia de Abarebebê, em Peruíbe?
No Poço das Antas em Mongaguá, talvez fosse mais apropriado, cochicha-me o Grilo Falante.
Seja para onde fossem, com certeza, respeitariam o Jesuíta.
Entretanto, nestes tempos de falta de respeito e ética, tudo se pode nas praias, ainda que fira o direito ao sossego dos moradores, garantido inclusive no Código Civil.Mas aos organizadores do evento, parece tratarem por idiotas aos que incomodam.
O que a Prefeitura não percebe em seu oportunismo de momento, é que estes moradores, através do pagamento de seus impostos, é que sustentam a cidade, garantem os salários dos criadores da programação cultural da cidade e movimentam efetivamente o comércio da cidade ao longo do ano.
Vivêssemos numa democracia, far-se-iam análises e consultas prévias sobre as conseqüências do evento.
Algum morador da Praia do Sonho foi consultado sobre o interesse ou inconveniência em ouvir músicas – de gosto duvidoso por sinal – durante o dia inteiro?
Pergunto, e sei que alguns outros incomodados fazem o mesmo questionamento: Se o som não incomoda, porque não colocam o trio elétrico no pátio do estacionamento da Prefeitura, durante a semana, e em frente das casas do Prefeito, Secretário da Cultura e demais organizadores aos sábados e domingos.
Seguindo na trilha das consultas, se conseguirmos uma, chegaremos aos médicos.
Consultou-se algum otorrino sobre as irreversíveis lesões auditivas causadas pela prolongada exposição a ruídos superiores a 70 dB?
Talvez entre os presentes na praia houvesse diversos trabalhadores que recebem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) na empresa onde trabalha, para proteger-se de máquinas muito menos ruidosas que o som a que se expunham.
Ouviu-se algum dermatologista ou oncologista quanto aos cânceres de pele causados, pela exposição ao sol, à platéia instigada a ficar dançando horas ao sol de fritar ovos na areia? Antes que contraponham, não há protetor solar que evite ao excesso.
Pediatras opinaram sobre os males causados pelo som às crianças pequenas.
Agora que a barulheira parou, consigo escutar incautos defensores da ditatorial zorra instalada na Praia do Sonho em Janeiro de 2012.
O que eles dizem?
Chega, mano!
Que cara chato!
Mude-se para o Alaska!
Este é um conselho sábio e mais simples que uma Ação Civil Pública.
Quem estiver incomodado que se mude.
Farei isso.
Não para o Alaska, pois o frio causa-me sinusite e não simpatizo com a Sarah Palin.
Entretanto, apesar de apreciar muito as belezas naturais de Itanhaém, no verão de 2013, provavelmente, farão a zorra na praia sem o dinheiro de meus impostos.
Vendo um apartamento, frente ao mar, na Praia do Sonho.
Preço a combinar.
O comprador receberá, no ato da escritura, um par de protetores auriculares usados e inúteis.
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12 janeiro 2012
REVEILLON NA PRAIA
Alerta: Qualquer semelhança deste texto com fatos reais significa que o autor atingiu sua meta. Este relato acontece em tudo que é cidade do litoral.
Réveillon! Oba!
Vamos a La playa, oh! oh! oh! oh! oh!
Atentem para a diferença!
É narrativa do réveillon.
Fosse Natal seria ho! ho! ho! Apenas três ho!
Réveillon na praia é uma delícia. Aquele marzão... Sol... Praião... Tudo maravilhoso em nossos planos...
De repente, muito mais que de repente chega aquele monte de gente...
Os turistas...
Esse ser estranho no qual os humanos se transformam quando saem de seu habitat.
Um caso científico a ser estudado.
O que é o turista de réveillon?
Dirão rapidamente... Turista é aquele contribuinte que será esfolado nos preços das diárias de hotel, apartamentos de aluguel, restaurantes, ambulantes.
As prefeituras os esperam com todo carinho.
Preparam shows de cantores sertanejos – conhecidos ou não, de bandas absolutamente desconhecidas, provavelmente, a serviços de médicos otorrinolaringologistas especializados em surdez.
Claro! Gastarão em cerca de dez minutos de fogos de artifícios a verba que poderia ser destinada a compra de material escolar, medicamentos. Mas, o turista nem perceberá esse detalhe.
Réveillon não é hora de pensar nessas coisas. De mais a mais, ele estará mais preocupado em descobrir onde comprar mais cerveja, pois as três dúzias de latinhas que começou a beber as oito da manhã estão terminando.
Ele não tem culpa da Prefeitura não haver providenciado latões para recolher as latinhas. Diga-se de passagem, não tem mesmo... Então, fazer o que? Deixar as latinhas pela praia.
Quase meia noite!
Viva!
Hora dos fogos de artifício.
Alguém já definiu bem o que são os fogos de artifício: Algo que explode e fica fedendo.
Seria bem mais econômico e ecologicamente correto, se todos ficassem soltando puns na praia, ao invés de queimar-se verba pública.
Os cachorros ficariam menos assustados com o barulho.
Barulho! Barulho! Barulho!
Por que quase todos adoradores de funk, acham que a população inteira tem que ouvir? Passei a madrugada toda escutando carros tunados desfilando pela avenida.
Quero ver quem dirá que meu mau humor matinal foi sem razão.
Piorou, quando resolvi andar pela praia.
Pobre Iemanjá! Quem disse que ela queria aquele monte de flores? Devolveu tudo. Junto com garrafas de uísque vagabundo, garrafinhas de vodka – inteiras ou em caquinhos, garrafas pet e preservativos.
Tudo espalhado pela areia, onde as, ainda hoje inocentes, crianças, e talvez futuros bárbaros, insistem em brincar de castelinho.
Aliás, eu que jurava ter certeza fosse o homem descendente dos macacos – até pelas macaquices praticadas durante as “festividades de confraternização”, passei a raciocinar se, na verdade, não descendemos do porco.
Com certeza, não! Porcos são animais limpos. Cobrem-se de lama para proteger a pele.
Não posso afirmar convictamente se as pessoas estiradas pela areia, na manhã do dia primeiro eram “madrugadores”, conscientes dos males causados pela radiação dos raios solares, bronzeando-se antes das dez horas ou mero rescaldo da noite anterior, pela aparência em cacos da maioria. Mais cacos que eles somente os de garrafas deixados na areia.
Para felicidade geral dos moradores da cidade, neste ano o réveillon foram apenas dois dias de caos.
Poderia ser pior.
No ano passado emendou quinta, sexta, sábado e domingo.
Parece absurdo, mas alguns vizinhos, que puderam abandonar a cidade, procuraram refúgio lá em São Paulo para ter um pouco de paz.
Feliz ano novo aos sobreviventes de mais um réveillon na praia.
Ao trabalho para pagar o IPTU e sustentar o próximo.
Réveillon! Oba!
Vamos a La playa, oh! oh! oh! oh! oh!
Atentem para a diferença!
É narrativa do réveillon.
Fosse Natal seria ho! ho! ho! Apenas três ho!
Réveillon na praia é uma delícia. Aquele marzão... Sol... Praião... Tudo maravilhoso em nossos planos...
De repente, muito mais que de repente chega aquele monte de gente...
Os turistas...
Esse ser estranho no qual os humanos se transformam quando saem de seu habitat.
Um caso científico a ser estudado.
O que é o turista de réveillon?
Dirão rapidamente... Turista é aquele contribuinte que será esfolado nos preços das diárias de hotel, apartamentos de aluguel, restaurantes, ambulantes.
As prefeituras os esperam com todo carinho.
Preparam shows de cantores sertanejos – conhecidos ou não, de bandas absolutamente desconhecidas, provavelmente, a serviços de médicos otorrinolaringologistas especializados em surdez.
Claro! Gastarão em cerca de dez minutos de fogos de artifícios a verba que poderia ser destinada a compra de material escolar, medicamentos. Mas, o turista nem perceberá esse detalhe.
Réveillon não é hora de pensar nessas coisas. De mais a mais, ele estará mais preocupado em descobrir onde comprar mais cerveja, pois as três dúzias de latinhas que começou a beber as oito da manhã estão terminando.
Ele não tem culpa da Prefeitura não haver providenciado latões para recolher as latinhas. Diga-se de passagem, não tem mesmo... Então, fazer o que? Deixar as latinhas pela praia.
Quase meia noite!
Viva!
Hora dos fogos de artifício.
Alguém já definiu bem o que são os fogos de artifício: Algo que explode e fica fedendo.
Seria bem mais econômico e ecologicamente correto, se todos ficassem soltando puns na praia, ao invés de queimar-se verba pública.
Os cachorros ficariam menos assustados com o barulho.
Barulho! Barulho! Barulho!
Por que quase todos adoradores de funk, acham que a população inteira tem que ouvir? Passei a madrugada toda escutando carros tunados desfilando pela avenida.
Quero ver quem dirá que meu mau humor matinal foi sem razão.
Piorou, quando resolvi andar pela praia.
Pobre Iemanjá! Quem disse que ela queria aquele monte de flores? Devolveu tudo. Junto com garrafas de uísque vagabundo, garrafinhas de vodka – inteiras ou em caquinhos, garrafas pet e preservativos.
Tudo espalhado pela areia, onde as, ainda hoje inocentes, crianças, e talvez futuros bárbaros, insistem em brincar de castelinho.
Aliás, eu que jurava ter certeza fosse o homem descendente dos macacos – até pelas macaquices praticadas durante as “festividades de confraternização”, passei a raciocinar se, na verdade, não descendemos do porco.
Com certeza, não! Porcos são animais limpos. Cobrem-se de lama para proteger a pele.
Não posso afirmar convictamente se as pessoas estiradas pela areia, na manhã do dia primeiro eram “madrugadores”, conscientes dos males causados pela radiação dos raios solares, bronzeando-se antes das dez horas ou mero rescaldo da noite anterior, pela aparência em cacos da maioria. Mais cacos que eles somente os de garrafas deixados na areia.
Para felicidade geral dos moradores da cidade, neste ano o réveillon foram apenas dois dias de caos.
Poderia ser pior.
No ano passado emendou quinta, sexta, sábado e domingo.
Parece absurdo, mas alguns vizinhos, que puderam abandonar a cidade, procuraram refúgio lá em São Paulo para ter um pouco de paz.
Feliz ano novo aos sobreviventes de mais um réveillon na praia.
Ao trabalho para pagar o IPTU e sustentar o próximo.
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