Que saudade da aurora da minha vida, da escola querida, que acho que nem voltando mais.
Que conta é essa, perguntou a professora?
De mais.
E esta?
De menos. (Se dissesse “menas” era exame, segunda época e reprovação irrecuperável).
E esta aqui, crianças?
De vezes.
E esta?
De dividir.
A professora completou: Como só acertaram, por aproximação, a divisão, dividirei a nota de vocês até aprenderem que a de menos é subtração, de vezes é multiplicação e a outra é adição. Não é demais aprender o nome certo?
Nós custávamos a aprender aritmética. A professora trabalhava muito, passava-nos dezenas de problemas, continhas, expressões, et coetera.
Eu pensei que aprendera.
Mas sabe gente, são tantas coisas que ouço e faz tanto tempo que aprendi... Assim tipo a nível de estou começando a achar mesmo que mudaram a matemática (ou aritmética) junto com a nova ortografia.
Rádio e TV também são educação. Ou não, diria ouvir estrelas. E .ensinam errado, despudoradamente, sem direito a revisão.
Outro dia o spiquer do football protestava que o preço do ingresso dobrara de valor. Aumentara 200%. Não fosse o amor a minha calculadora, presenteada pela madrinha, tê-la-ia defenestrado. Refleti e guardei-a, pois é uma raridade não chinesa.
Consultei um dicionário de matemática. Dobrar significa aumentar 100% e não 200.
Um economista não economizou na análise. Disse que a taxa de inflação crescera 3% menos. Acho que terei voltar para terapia analítica.
Já me assustei com demanda ociosa, paralisei-me ao aumento negativo. Assim, sinto-me diminuído em meus conhecimentos.
Uma pérola? O valor do produto (não era o resultado da conta de vezes) está oitenta vezes menor. Tentei decifrar a conta, mas essa nem pedindo socorro a Dona Graciosa (*)!
Coisa de louco, sô!
“Me solta, enfermeiro. Amarra eles”.
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(*) – Professora de Matemática do Colégio Estadual Brasílio Machado, nos anos dourados da aurora de minha vida, no século passado, que muito me ensinou.
28 janeiro 2011
MATEMÁTICA MODERNA APLICADA?
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