“Braziu varemnóis”
está em maus lençóis. Ideologias à parte, como é a letra daquele samba Reunião
de Bacana? Em rápida análise temos quatro candidatos com espírito fascista.
Bolsa e o coronel de Sobral escancarados. A musa do Acre enrustida em sua rede com
a fala mansa de discutir... discutir... discutir... O Organização Criminosa
defensora das democracias latino-americanas é fascista no DNA. Lembro ainda que
o governo do "cavalo do homem mais puro" foi um desastre em Sampa.
Sua grande obra foram ciclofaixas pintadas a esmo e redução de velocidade nas
marginais. As opções seriam o "Novo" ou "Podemos". Muito estranho
o baixo índice do Picolé nas pesquisas. O estado de SP (22% do eleitorado
brasileiro) é dominado pelo tucanato e no boca a boca, especialmente no
interior, ele tem muito voto.
16 setembro 2018
15 setembro 2018
PININHA E O HORÁRIO POLÍTICO
PINA E O HORÁRIO POLÍTICO
Pina! O que está fazendo com a TV ligada a essa hora.
Vendo o horário político. É minha hora de descanso.
Sua hora de descanso? Você me falou às 11.30h que iria
almoçar mais cedo. São uma e quinze. Aliás combinamos reduzir seu horário de
almoço para meia-hora, para você sair mais cedo.
Gegê, que mau-humor!
Veja lá como fala!
Desculpa, dona Gertrudes, mas o moço do rádio de manhã
disse que é programa obrigatório. Tem que cumprir a lei, não tem?
Ai... Ai... Ai... Ai... Ai... Pina. É obrigatória a
transmissão do programa, não é obrigatório assistir...
Ah! Nunca entendo direito.
E de mais a mais, se você escutou no rádio, não precisa
assistir à televisão. É a mesma coisa. Falam as mesmas coisas.
Isso a senhora tem razão. Eu até pensei que fosse reclame
de novela. Essas tipo assim “Vale a pena ver de novo”.
Então, desligue a TV e vai arrumar a cozinha.
Agora não! Quero ver a moça que prometeu trabalhar para
melhorar as condições de trabalho das empregadas domésticas.
Quem é?
Não sei. Ela falou no rádio de manhã. Quero votar nela.
Eu vejo na Internet. Lembra o nome dela?
Não.
Lembra o número dela?
Não.
Lembra o partido dela?
Partido?
Ai... Ai... Ai... Ai... Ai... Pina, como você vai votar
numa pessoa que você não tem a menor ideia de quem seja.
Ai... Ai... Ai... Ai... Ai... Dona Gertrudes. Por isso,
eu quero ver a cara dela. Pra ver se ela é igual eu... Se tem cara de quem levanta
às quatro e meia, toma três conduções para trabalhar...
E você vai saber tudo isso vendo a pessoa cinco segundos?
Pelo jeitão dela dá pra saber...
Pina! Por que você não muda de profissão?
Gegê, o que eu fiz de errado?
Não é isso, Pina! É que se você consegue saber o que uma
pessoa é em cinco segundos, deveria montar uma tenda e prever o futuro numa
bola de cristal.
A senhora acha que eu tenho jeito pra isso?
Talvez, mas não tem férias, 13º.terceiro, Fundo de Garantia...
Quero não.
Agora, pode desligar a TV, que acabou o programa...
Ai! Gegê... Viu só...Você me atrapalhou... Não vi a minha
candidata...
Amanhã passa de novo.
E eu posso assistir?
Pina! Quer ver como você prevê o futuro? Adivinhe o que
direi...
Já sei... Pina! Já pra cozinha...
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01 setembro 2018
O CANTO DAS NINFAS
O CANTO DAS NINFAS
Do outro lado do rio haveria um segredo
Causava medo de provocar arrepio
No meio da mata perto do horizonte
Existiria uma fonte, nascente do rio
Onde atraentes ninfas entoam canções
Cada uma mais bela de falsas ilusões
Reza a lenda que certo dia um pescador
Em plena juventude, valentia e ardor
Ouviu a cantoria, imaginou maravilhas
Ignorou alertas, desafiando o destino
Num ato de desatino, adentrou pelas trilhas
Nunca mais voltou, ninguém mais o viu
Desse tempo em diante, a coragem sumiu
Se o vento assovia, o arvoredo balança
Fecham janelas, alertam a vizinhança
Passam tramelas, protegem as crianças
Ninguém se atreve chegar perto do rio
Preferem ficar onde a ninfa não alcança
Medo e desconfiança não faz bom juízo
Se moça bonita surgisse no vilarejo
Andasse sozinha, ousasse um sorriso
Provocasse nos homens suspiro de desejo
Era motivo de ira de mulher ciumenta
Algumas até jogavam nela água-benta
A lenda reza que um homem surgiu no vento
Nenhuma mãe da vila reconhecia o rebento
Cabelos grisalhos, espalhando brilho no olhar
A Felicidade do pródigo retornando ao lar
Sentou-se no banco da praça e pôs-se a cantar
Uma história de vida e a volta ao seu lugar:
“Do outro lado do rio, não há mistério ou segredo
São as mesmas águas moldando o rochedo
O canto das ninfas é o despertar da ilusão
Enfrentar os medos que nos prendem no chão
Alçar voo livre e escrever nosso enredo
Olhar à frente, seguir perene rumo ao horizonte
As ninfas estão por aí cantando e estendendo a mão
Resta-nos o desafio de encontrar o caminho da fonte”
De repente...
No rastro de uma estrela cadente
Surgiu lentamente
Uma ninfa atraente
Cantando docemente
Estendeu seu véu
Deu a mão ao jovem valente
E desapareceram no céu
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