As pedras se movem
Eles saem do covil
Ávidos consomem
A Pátria mãe gentil
Senhores feudais
E servis capatazes
Querem sempre mais
De tudo são capazes
Nunca satisfeitos
Ágeis e sutis
Fazem mil trejeitos
Passeiam em Paris
Malas cheias de grana
Jantar à luz de vela
Que vida bacana
Não largo mais ela
Algo fora de plano
Camburão e algemado
Deve ser engano
Cadê meu advogado
Uma tênue ilusão
No horizonte do povo
Mas essa história
Tem final sinistro
Amigo de Ministro
Passa só um dia na prisão
Faz sinal de vitória
Começa tudo de novo
De certo, só um fato
Esse é sem perdão
Você pagará o pato
Não tem jeito, não!
---------------------------------------------------------------------------------
https://www.recantodasletras.com.br/poesias-do-cotidiano/6430376